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TEP e Emergência hipertensiva

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
TEP 
PROBLEMA 2M2 - UM “INTRUSO” PASSEANDO PELAS VEIAS QUE ESTAVAM ANTES EM 
ALTA TENSÃO 
Luciana, 49 anos, obesa, comerciante, foi submetida a uma colecistectomia de urgência, ficando imobilizada no leito 
hospitalar por 24 horas. No 2º dia, ao movimentar-se para andar até o banheiro, sentiu dor súbita em hemitórax 
esquerdo, tosse com hemoptóico e dispnéia. 
O plantonista chamado verificou que a paciente estava também com taquicardia e sensação de morte iminente. A 
pressão arterial era de 70x40 mmHg e a SpO2 era de 86% em ar ambiente. Na ausculta pulmonar observouse 
diminuição do MV no terço médio do hemitórax esquerdo e ausência de estertores. No exame geral, notou que a 
paciente era portadora de varizes em membros inferiores, com o membro inferior direito apresentando-se 
edemaciado e com sinal de Homans positivo. Foi então solicitado Raio X de tórax e posteriormente Tomografia 
Computadorizada de Tórax. Já com os resultados dos exames, o plantonista instituiu então o tratamento. 
Na reunião da Unidade Cirúrgica, o preceptor chefe enfatizou a necessidade de alguns cuidados preventivos que 
deveriam ter sido observados antes da cirurgia e no pós-operatório imediato, orientando também os médicos 
residentes nos cuidados a serem determinados na ocasião da alta hospitalar da paciente, e no questionamento da 
paciente quanto a casos semelhantes na família. Durante a anamnese, quando foi perguntado sobre a história prévia 
da paciente, ela relatou que a única doença que tem é hipertensão arterial sistêmica e que por isso toma losartana 
50 mg de 12/12 horas de forma contínua. 
Quando foi perguntado sobre antecedentes familiares, ela relatou que o pai teve infarto agudo do miocárdio aos 
50 anos. O interno que acompanhava a consulta perguntou ansiosamente: - Nós devemos continuar o tratamento 
com anti-hipertensivos? E mesmo não sendo o caso da paciente, o estudante comentou com o preceptor que já 
escutou falar em hipertensão do avental branco, hipertensão mascarada e crise hipertensiva, mas não se lembrava 
bem o que significava cada termo. 
 
INSTRUÇÃO: Toda falta de ar é TEP? A TEP é sempre causada por TVP? Uma paciente com PA elevada em uma 
aferição já é possível fazer o diagnóstico de hipertensão arterial? 
 
Referências Bibliográficas: 
Doenças Pulmonares – Tarantino – Quinta Edição. 
Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. Sociedade Brasileira de Pneumologia e 
Tisiologia. 
Caio Julio Cesar dos Santos Fernandes e colaboradores. Os novos anticoagulantes no tratamento do 
tromboembolismo venoso. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2016. 
Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência – Sociedade Brasileira de Cardiologia 
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83 
Braunwald- Tratado de Doenças cardiovasculares- 9ª edição 
 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
1) DISCUTIR FISIOPATOLOGIA, FATORES 
DE RISCO E QUADRO CLÍNICO NO TEP. 
O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma das 
emergências mais subdiagnosticadas e é a terceira 
causa de morte por evento cardiovascular! Fica atrás 
apenas do AVC e da Síndrome Coronariana Aguda. 
Assim como a Trombose Venosa Profunda (TVP), o 
TEP é uma doença venosa profunda ou 
tromboembolismo venoso. 
 
Fisiopatologia: 
As condições da tríade de Virchow (estase venosa, 
lesão vascular e hipercoagulabilidade) são alguns dos 
gatilhos para ativação de fatores tissulares que 
desencadeiam cascatas de coagulação para a 
formação do trombo venoso. 
O trombo não costuma se originar na circulação 
pulmonar. Ele se forma em determinado local e migra 
para os vasos pulmonares. 
 
Usualmente, os trombos que possuem maior 
probabilidade de migrar para a circulação pulmonar 
são aqueles originários das veias profundas proximais 
dos membros inferiores, notadamente as ileais e 
femorais. 
Os vasos dos membros inferiores tem maior 
predisposição à estase sanguínea, já que tem que 
vencer a gravidade para levar o sangue ao coração e 
são mais propensos à imobilizações. 
Contudo, a ocorrência cada vez maior de tratamentos 
por via de acesso venoso central tem aumentado o 
número de casos de EP com trombos oriundos de 
membros superiores. 
Uma vez desprendidos na circulação venosa, os 
trombos podem embolizar retrogradamente, passam 
pela veia cava inferior e chegam à artéria pulmonar, 
causando uma obstrução mecânica que desencadeia 
uma vasoconstrição secundária e a liberação de 
substâncias inflamatórias. A partir daí ocorrem 
alterações pulmonares e cardíacas importantes! 
 
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Primeiramente, pelo fato de ter um trombo na 
circulação pulmonar, impedindo a passagem do 
sangue, vamos ter uma região de hipoperfusão 
sanguínea. 
Como não há problema na ventilação, essa área 
pouco perfundida vai permanecer bem ventilada, 
aumentando o chamado espaço morto (não há troca 
gasosa, ou seja, não há hematose). 
Além disso, devido a essa isquemia, ocorre liberação 
de substâncias neuro-humorais que agem à distância 
e reduzem liberação do surfactante e promovem 
broncoespasmos, gerando áreas de atelectasia em 
locais bem perfundidos, favorecendo ainda mais a 
hipoxemia nesses pacientes. 
Esses fatores contribuem para o aumento da 
resistência vascular pulmonar e como consequência, 
geram dilatação com sobrecarga do ventrículo direito 
(porque esse ventrículo direito precisa bombear com 
mais força o sangue para vencer a resistência 
pulmonar e conseguir enviar o sangue para o pulmão 
através da artéria pulmonar) e deslocamento do septo 
interventricular para o lado esquerdo. 
Inicialmente, o VD consegue manter o débito 
cardíaco, contudo essa adaptação não é sustentável a 
longo prazo frente a uma alta resistência pulmonar 
constantemente mantida pelo trombo. 
O que ocorre posteriormente é a falência gradual de 
VD, com redução de sua contratilidade e débito, e 
uma falência de VE associada (devido à redução do 
seu enchimento diastólico), o que leva a diminuição 
do débito cardíaco, da pressão arterial sistêmica e da 
perfusão da coronária direita até seu infarto agudo e 
óbito por choque cardiogênico. 
A isquemia miocárdica ocorre por dois motivos: 
• A dilatação do VD, que promove estiramento e 
colabamento das coronárias; 
• A disfunção secundária do VE, que causa redução 
da pré carga, redução do débito cardíaco 
culminando em, além de hipotensão sistêmica, 
hipoperfusão coronariana. 
A falência ventricular é uma condição de durabilidade 
variável, com deterioração mais rápida em pacientes 
com disfunção cardíaca ou respiratória prévia, 
neoplasia, idade superior a 70 anos ou imobilização 
por doença neurológica. A magnitude das alterações 
também depende, obviamente, do tamanho do 
êmbolo. 
 
Fatores de risco para Tromboembolismo 
Pulmonar: 
Podem ser hereditários ou adquiridos – servem tanto 
para TEP como para TVP. 
Os fatores de risco estão relacionados com a 
fisiopatologia da doença: formação de trombos – 
Tríade de Virchow: 
• Estase 
• Hipercoagulabilidade 
• Lesão endotelial 
Então, para pensar nos fatores de risco é só pensar em 
condições que gerem algum dos 3 pontos da Tríade 
de Virchow. 
 
Fatores de risco hereditários: 
• Mutação do fator V de Leiden 
• Mutação do gene de protrombina 
• Deficiência da proteína C ou S 
• Deficiência de antitrombina 
• Desfibrinogemia 
• Deficiência de Plasminogênio 
 
Fatores de risco adquiridos: 
 
 
Cerca de 90% dos casos de TEP surgem de TVP 
Prévia. No entanto, é importante saber que a maior 
parte dos trombos que se desprendem, ganham a 
corrente sanguíneo, vão para os pulmões e originam 
TEP estão nas veias ílio-femorais (metade dos trombos 
íleo-femorais evoluem para embolia pulmonar). Mas, 
e os trombos na panturrilha? Esses, sozinhos, tem 
risco baixo, porém a maioria dos trombos ílio-
femorais advém de trombos na veia poplítea. 
 
Quadro clínico do TEP: 
TVP e TEP estão conectados, portanto, ao identificar 
algumsinal que abra a suspeita de embolia pulmonar 
devemos pesquisar os sinais e sintomas de TVP e vice-
versa. 
Sinais e sintomas de TVP: 
• Dor espontânea ou a palpação do membro 
inferior 
• Edema assimétrico e depressível de membro 
inferior 
• Empastamento 
• Sinal de Homans 
• Dilatação Venosa superficial (rubor local) 
• Calor local 
Sinais e sintomas de TEP: 
• Dispneia 
• Dor pleurítica 
• Dor torácica subesternal 
• Tosseg 
• Hemoptise 
• Taquicardia 
• Taquipneia 
• Sibilos 
• Febre 
• Edema unilateral de MMII 
São muito inespecíficos – o que ajuda na conduta 
diagnóstica são os escores de probabilidade pré-
teste. 
Um achado que sempre deve levantar suspeita de 
TEP: dispneia súbita. 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-
pulmonar-fique-ligado-pode-ser-tep 
 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-
pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook 
 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-fique-ligado-pode-ser-tep
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-fique-ligado-pode-ser-tep
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
2) DISCUTIR A ETIOLOGIA, 
FISIOPATOLOGIA E COMPLICAÇÕES DA 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA. 
TVP é a coagulação do sangue em uma veia profunda 
de um membro (panturrilha, coxa em geral) ou pelve. 
Decorre de condições que comprometem o retorno 
venoso, acarretando disfunção ou lesão endotelial ou 
provocando hipercoagulabilidade. 
A trombose venosa profunda do membro inferior tem 
probabilidade muito maior de provocar embolia 
pulmonar, possivelmente em virtude da maior 
quantidade de coágulo. As veias superficiais femoral 
e poplítea das coxas e as veias fibulares e tibiais 
posteriores da panturrilha são as mais 
frequentemente comprometidas. A trombose venosa 
profunda das veias da panturrilha tem menor 
probabilidade de ser uma fonte de êmbolos 
volumosos, mas pode propagar-se para veias 
proximais da coxa e a partir daí desencadear embolia 
pulmonar. Cerca de 50% dos pacientes com 
trombose venosa profunda têm embolia pulmonar 
oculta e no mínimo 30% dos pacientes de embolia 
pulmonar têm trombose venosa profunda 
demonstrável. 
 
Etiologia: 
Muitos fatores podem contribuir para a TVP. 
O câncer é um fator de risco de trombose venosa 
profunda, especialmente em pacientes idosos e 
naqueles com trombose recorrente. 
A associação é mais forte para tumores de células 
endoteliais secretoras de mucina, como cânceres 
intestinais ou pancreáticos. 
Cânceres ocultos podem estar presentes em 
pacientes com trombose venosa profunda aguda 
aparentemente idiopática, mas extensa propedêutica 
de pacientes para os tumores não é recomendada a 
menos que os pacientes tenham maiores fatores de 
risco de câncer ou sintomas sugestivos de um câncer 
oculto. 
 
Fisiopatologia: 
A trombose venosa profunda nos membros inferiores, 
na maioria das vezes, resulta de 
• Retorno venoso prejudicado (p. ex., em pacientes 
imobilizados) 
• Lesão ou disfunção endotelial (p. ex., após fratura 
nas pernas) 
• Hipercoagulabilidade 
A trombose venosa profundanos membros superiores 
na maioria das vezes resulta de 
• Lesão endotelial decorrente de cateteres venosos 
centrais, marca-passos ou uso de drogas 
injetáveis 
A trombose venosa profunda de membro superior 
ocasionalmente ocorre como parte da síndrome da 
veia cava superior (SVC) (compressão ou invasão da 
veia cava superior por um tumor, causando sintomas 
como edema facial, veias do pescoço dilatadas e 
rubor facial) ou resulta de um estado hipercoagulável 
ou compressão da veia subclávia no desfiladeiro 
torácico. A compressão pode ser decorrente de 
primeira arco costal normal, acessória ou feixe fibroso 
(síndrome do desfiladeiro torácico) ou acontecer 
durante atividade vigorosa de um braço (trombose de 
esforço ou síndrome de Paget Schroetter, que 
responde por 1 a 4% dos casos de trombose venosa 
profunda do membro superior). 
Geralmente, a trombose venosa profunda começa 
nas cúspides das valvas venosas. Os trombos 
consistem em trombina, fibrina e hemácias, com 
relativamente poucas plaquetas (trombo vermelho); 
sem tratamento, os trombos podem se propagar no 
sentido proximal ou migrar para os pulmões. 
 
Complicações: 
As complicações mais comuns da trombose venosa 
profunda incluem 
• Insuficiência venosa crônica 
• Síndrome pós-flebítica 
• Embolia pulmonar 
De forma menos comum, a trombose venosa 
profunda aguda conduz à phlegmasia alba dolens ou 
phlegmasia cerulea dolens e ambas, a menos que 
imediatamente diagnosticadas e tratadas, podem 
acarretar gangrena venosa (úmida). 
 
Na phlegmasia alba dolens, uma complicação rara 
da trombose venosa profunda durante a gestação, as 
pernas tornam-se leitosas. A fisiopatologia é 
desconhecida, mas o edema pode aumentar a 
pressão dos tecidos moles acima da pressão de 
perfusão capilar resultando em isquemia do tecido e 
gangrena úmida. 
 
Na phlegmasia cerulea dolens, a trombose venosa 
iliofemoral maciça acarreta oclusão venosa quase 
total, o membro inferior torna-se isquêmica, 
extremamente dolorosa e cianótica. A fisiopatologia 
pode envolver estase completa do fluxo sanguíneo 
arterial e venoso no membro inferior porque o retorno 
venoso é ocluído ou o edema maciço interrompe o 
fluxo sanguíneo. Gangrena venosa pode se 
desenvolver. 
 
Infecção raramente se desenvolve em coágulos 
venosos. A tromboflebite supurativa da veia jugular 
(síndrome de Lemierre), infecção bacteriana (em geral 
anorganismo aeróbia) da veia jugular interna e 
tecidos moles circunjacentes podem suceder 
faringoamigdalite, sendo geralmente complicadas 
por bacteremia e sepse. Na tromboflebite pélvica 
séptica, a trombose pélvica desenvolve-se após o 
parto e se torna infectada, causando febre periódica. 
Tromboflebite supurativa (séptica), uma infecção 
bacteriana de uma veia superficial periférica, 
compreende infecção e coagulação que, geralmente, 
é causada por cateterismo venoso. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/doen%C3%A7as-
cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-
perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
3) DEFINIR O TRATAMENTO E PROFILAXIA 
DO TEP E DO TVP. 
Conduta terapêutica no TEP: 
Paciente instável: 
O TEP é uma das causas de CHOQUE OBSTRUTIVO, 
ou seja, se o paciente estiver sinais de instabilidade 
hemodinâmica e choque devemos ESTABILIZAR O 
PACIENTE E REALIZAR UMA TERAPIA DE IMEDIATO. 
Nesses casos, o ideal é TROMBÓLISE com rTpa ou 
Tenecplase. Não sendo possível, realizar 
anticoagulação com Heparina de baixo peso 
molecular! 
Paciente estável: iniciar a anticoagulação. Se o 
paciente tiver contraindicação absoluta à 
anticoagulação deve-se pedir interconsulta com a 
cirurgia vasculara para avaliar possibilidade de uso 
filtros de veia cava inferior! 
Eles são alternativas para prevenir novos trombos em 
duas situações: 
• Contraindicação à anticoagulação 
• Falha da anticoagulação 
 
Existe possibilidade de tratamento ambulatorial? 
Sim! Atualmente existe o Pulmonary Embolism 
Severity Index (PESI) que nos permite tratar 
ambulatorialmente os pacientes estáveis com bom 
prognóstico, o que seria um somatório do PESI <= 85. 
Entretanto, (e bote entretanto nisso) temos que avaliar 
nosso julgamento clínico:o paciente tem acesso aos 
medicamentos? Ele é um paciente com boa 
aderência? Tem outras comorbidade? Tudo deve ser 
avaliado. 
 
 
Seguimento e alta hospitalar: 
Após o uso do anticoagulante injetável como 
enoxaparina, devemos transicionar para outro 
anticoagulante oral: warfarina ou os novos 
anticoagulantes. 
A alta do paciente deve ser feita idealmente após 2 
RNI consecutivos na faixa terapêutica. Após a alta, 
solicitar RNI a cada 7 dias (por 2-3 semanas) e depois 
a cada 15 dias (2 vezes) e posteriormente 
mensalmente. Porém, tudo isso depende do 
anticoagulante oral utilizado. E por quanto tempo? 
Depende dos fatores de risco, se o paciente é de sexo 
feminino, se está associado à neoplasia… A 
anticoagulação varia de 3 a 6 meses de duração. 
 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-
pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook 
 
Profilaxia TEP: 
A profilaxia da TVP é a melhor forma de prevenção da 
TEP, sendo altamente custo-efetiva. 
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQ
MJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20d
a%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente
%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9
%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr
%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20a
nticoagula%C3%A7%C3%A3o. 
 
Tratamento TVP: 
A base do tratamento da Trombose Venosa Profunda 
(TVP) é a anticoagulação. 
Assim, o objetivo principal da anticoagulação é 
prevenir de trombose adicional e de complicações 
precoces e tardias. 
Ao se falar em uma anticoagulação inicial, estamos 
nos referindo à terapia realizada dentro dos primeiros 
10 dias após o diagnóstico da doença. Outros 
modelos de tratamento são o da anticoagulação de 
longo prazo, por um tempo determinado, e a 
prolongada, sem prazo para finalizar. 
O tratamento da TVP com anticoagulação é indicado 
para todos os pacientes com TVP proximal. Quanto 
aos pacientes com uma TVP distal, é indicado em 
casos selecionados. 
TVP proximal 
No caso do paciente com TVP proximal, o trombo está 
localizado nas veia poplítea, femoral ou ilíaca. 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
https://www.scielo.br/j/jpneu/a/H5dBgnqGqxtz5kQMJWmFMVv/?lang=pt#:~:text=A%20profilaxia%20da%20TVP%20%C3%A9,%2C%20sendo%20altamente%20custo%2Defetiva.&text=A%20TEP%20%C3%A9%20uma%20complica%C3%A7%C3%A3o,de%20pr%C3%B3%2Dcoagula%C3%A7%C3%A3o%20e%20anticoagula%C3%A7%C3%A3o
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
Nesse grupo, a terapia anticoagulante é indicada 
mesmo na ausência de sintomas e contraindicada 
apenas na impossibilidade individual de receber o 
anticoagulante. 
Isso pode ser explicado pelo alto risco de a TVP 
proximal resultar em uma embolia pulmonar, o que 
pode ser muito reduzido com a anticoagulação. 
 
TVP distal 
Já o trombo na TVP distal localiza-se nas veias da 
panturrilha, sendo a maioria na tibial posterior e 
fibular. Ou seja, é uma trombose localizada abaixo do 
joelho, em veias da panturrilha. 
O tratamento da TVP distal isolada representa um 
grande desafio terapêutico e por isso pode variar a 
depender do serviço. 
O motivo disso é que, em caso de uma TVP distal 
isolada, as veias não podem ser detectadas pela 
ultrassonografia de compressão, mas apenas quando 
se trata do exame feito em toda a perna. Isso torna o 
exame difícil de ser realizado e interpretado. 
Embora alguns especialistas defendam que todos os 
pacientes com TVP distal isolada recebam 
anticoagulação, outros apontam que uma minoria 
seleta pode evitar a anticoagulação. 
Essa preferência parte do princípio de que os 
pacientes com TVP distal isolada têm menor risco de 
embolização do que aqueles com TVP proximal e que, 
em alguns pacientes, as TVP distais resolvem 
espontaneamente sem terapia. 
 
As contraindicações para o tratamento com 
anticoagulantes para TVP proximal e distal podem ser 
absolutas ou relativas. 
As absolutas incluem pacientes com sangramento 
ativo, como na hemorragia intracraniana aguda (HIC), 
visto a potencialidade da medicação piorar o quadro 
e não melhorá-lo. Outras delas, incluem: 
• Cirurgia ou algum procedimento recente com alto 
risco de sangramento; 
• Dátese hemorrágica grave; 
• Trauma maior. 
Quanto à contraindicações relativas, podemos citar: 
• Sangramento recorrente de múltiplas 
telangiectasias gastrointestinais; 
• Tumores intracranianos ou espinais; 
• Dissecção aórtica estável; 
• Cirurgia ou procedimento de baixo risco de 
sangramento. 
 
https://www.sanarmed.com/tratamento-da-tvp-voce-
sabe-a-forma-correta-de-manejar-posme 
 
Prevenção da TVP: 
É preferível e mais seguro evitar a trombose venosa 
profunda do que tratá-la, particularmente em 
pacientes de alto risco. As seguintes modalidades são 
utilizadas 
• Prevenção de imobilidade 
• Anticoagulação (p. ex., heparina de baixo peso 
molecular, fondaparinux, varfarina com dose 
ajustada, anticoagulante oral de ação direta) 
• Compressão pneumática intermitente 
Filtros de veia cava inferior (VCI) não previnem 
trombose venosa profunda, mas às vezes são 
inseridos na tentativa de prevenir embolia pulmonar 
(EP). O filtro de VCI pode ajudar a prevenir EP em 
pacientes com trombose venosa profunda de 
membros inferiores que têm contraindicações à 
terapia anticoagulante ou em pacientes com 
trombose venosa profunda recorrente (ou êmbolos) 
apesar de anticoagulação adequada. Os filtros de VCI 
às vezes são usados em situações em que a eficácia 
não é comprovada, por exemplo, para a prevenção 
primária da EP em pacientes após certos tipos de 
cirurgia ou em pacientes com múltiplas lesões graves. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/doen%C3%A7as-
cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-
perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp 
 
4) RELEMBRAR OS FATORES DE RISCO, 
DIAGNÓSTICO, CLASSIFICAÇÃO DE HAS 
E TRATAMENTO. 
Definição: 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição 
clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados 
e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se 
frequentemente a alterações funcionais e/ou 
estruturais dos órgãosalvo (coração, encéfalo, rins e 
vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com 
consequente aumento do risco de eventos 
cardiovasculares fatais e não fatais. 
 
Fatores de risco: 
• Idade principalmente acima de 50 anos 
• Prevalência parecida entre ambos os sexos,sendo 
mais comum em homens até 50 anos, invertendo 
esta relação nas décadas subsequentes 
• Indivíduos não brancos 
• Excesso de peso 
• Sedentarismo 
• Ingesta aumentada de sal e álcool 
• Fatores socioeconômicos e genéticos 
 
Diagnóstico e classificação da HAS: 
A medida de pressão arterial é fundamental no 
diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica, 
devendo ser realizada em toda avaliação médica ou 
por outros profissionais da saúde. 
Os procedimentos de medida da pressão arterial são 
simples e de fácil realização, contudo nem sempre são 
realizados de forma adequada. Condutas que podem 
evitar erros são, por exemplo, o preparo apropriado 
do paciente e o uso de técnica padronizada e 
equipamento calibrado. Na primeira avaliação, as 
medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, 
em caso de diferença, deve-se utilizar como 
referência sempre o braço com o maior valor para as 
medidas subsequentes. O indivíduo deverá ser 
https://www.sanarmed.com/tratamento-da-tvp-voce-sabe-a-forma-correta-de-manejar-posme
https://www.sanarmed.com/tratamento-da-tvp-voce-sabe-a-forma-correta-de-manejar-posme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
investigado para doenças arteriais se apresentar 
diferenças de pressão entre os membros superiores 
maiores de 20/10 mmHg para as pressões 
sistólica/diastólica respectivamente (VI Diretrizes 
Brasileiras de Hipertensão, 2010). 
Em cada consulta deverão ser realizadas pelo menos 
três medidas: sugere-se o intervalo de um minuto 
entre elas, embora esse aspecto seja controverso. A 
média das duas últimas deve ser considerada a PA 
real. Caso as pressões sistólicas e/ou diastólicas 
obtidas apresentem diferença maior que 4 mmHg, 
deverão ser realizadas novas medidas até que se 
obtenham medidas com diferença inferior. 
Após a verificação correta da PA, classificamos os 
indivíduos como representado a seguir: 
• Classificação da Pressão Arterial 
º Classificação da pressão arterial de acordo com a 
medida casual no consultório (> 18 anos) 
 
 
Quando as pressões sistólicas e diastólicas situam-se 
em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada 
para classificação da pressão arterial. 
Com a utilização das ferramentas diagnósticas e de 
classificação descritas acima, seguem algumas 
recomendações de seguimento e reavaliações 
ambulatoriais resumidas abaixo: 
º Recomendações para o seguimento: prazos 
máximos para reavaliação* 
 
 
Decisão terapêutica e metas 
A decisão terapêutica deve ser baseada no risco 
cardiovascular considerando-se a presença de fatores 
de risco, lesão em órgão-alvo e/ou doença 
cardiovascular estabelecida, e não apenas no nível da 
PA (quadros 4 e 5). 
 
 
 
Tratamento não medicamentoso e abordagem 
multiprofissional: 
O tratamento não medicamentoso consiste em seguir 
as seguintes orientações que estarão aprofundadas 
no texto das Diretrizes de Hipertensão Arterial (VI 
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010): 
1. Controle de peso 
2. Estilo alimentar (dietas DASH, mediterrânea, 
vegetariana e outras) 
3. Redução do consumo de sal 
4. Ácidos graxos insaturados (ômega 3) 
5. Consumo de fibras, proteína de soja, oleaginosas, 
chocolate amargo, laticínios, alho, chá e café 
6. Moderação no consumo de álcool 
7. Realização constante de atividade física 
8. CPAP e outras formas de tratamento da síndrome 
da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) 
9. Controle do estresse psicossocial 
10. Cessação do tabagismo 
11. Acompanhamento com equipe multiprofissional – 
médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, 
psicólogos, assistentes sociais, professores de 
educação física etc. 
 
Tratamento medicamentoso 
O objetivo primordial do tratamento da hipertensão 
arterial é a redução da morbidade e da mortalidade 
cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem 
não só reduzir a pressão arterial, mas também os 
eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se 
possível, a taxa de mortalidade. No quadro 6 
resumimos algumas características importantes dos 
anti-hipertensivos. 
 
 
Qualquer medicamento dos grupos de anti-
hipertensivos comercialmente disponíveis, desde que 
resguardadas as indicações e contraindicações 
específicas, pode ser utilizado para o tratamento da 
hipertensão arterial. Os principais grupos de anti-
hipertensivos estão resumidos no quadro 7. As 
dezenas de drogas que se encaixam nesses 
respectivos grupos são descritas detalhadamente no 
capítulo de tratamento medicamentoso das Diretrizes 
Brasileiras de Hipertensão Arterial (VI Diretrizes 
Brasileiras de Hipertensão, 2010). 
 
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
 
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab
/1/unidades_casos_complexos/unidade19/unidade1
9_ft_has.pdf 
 
5) RECONHECER A EMERGÊNCIA 
HIPERTENSIVA E SEU MANEJO CLÍNICO. 
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença de alta 
prevalência no Brasil e em todo o mundo ocidental. A 
elevação dos níveis de PA costuma ser assintomática, 
principalmente se ocorre de forma insidiosa, levando 
a alterações fisiopatológicas progressivas. Quando 
essa elevação adquire um ritmo abrupto, surgem 
sintomas relacionados à desadaptação dos órgãos-
alvo, que passam a apresentar sofrimento e risco de 
estabelecimento de lesões definitivas, caracterizando 
as emergências hipertensivas. 
 
Classificação: 
Emergência Hipertensiva é a situação caracterizada 
por PA marcadamente elevada com lesão de órgãos-
alvo (encefalopatia hipertensiva, síndrome 
coronariana aguda, acidente vascular encefálico, 
edema agudo de pulmão, eclampsia e dissecção 
aórtica), requerendo internação em unidades de 
cuidados intensivos e uso de medicações 
intravasculares. A urgência hipertensiva tem como 
característica o aumento da PA que não representa 
risco imediato de vida e nem dano agudo a órgãos-
alvo e o controle da PA poderá ser feito com a 
redução gradual em 24h. 
 
 
Avaliação clínica e laboratorial: 
A propedêutica do paciente com emergência 
hipertensiva geralmente se inicia pela aferição da PA 
acima de 180 x 120 mmHg, embora este nível de 
pressão não seja absolutamente obrigatório. 
Pacientes com menor reserva funcional de 
determinados órgãos podem apresentar emergência 
hipertensiva com níveis pressóricos menores. De 
fundamental importância é a velocidade em que a PA 
se eleva (8). 
A história clínica deve ser completa, incluindo 
antecedentes do paciente, uso de medicações, abuso 
de drogas ilícitas e as condições cardiovasculares, 
cerebrovasculares e renais. Os sintomas que 
motivaram o paciente a procurar o serviço de 
emergência devem ser explorados de forma 
adequada, sobretudo quando incluírem queixas de 
dor torácica, dispneia ou alterações neurológicas. 
As condições clínicas do paciente precisam ser 
prontamente avaliadas, especialmente, os exames 
neurológicos, cardiológicos, pulmonares e vasculares 
como mostrado na Fig. 2. 
Todos os pacientes com emergências hipertensivas 
devem realizar os seguintes exames: hemograma 
completo, ureia sérica, creatinina sérica, eletrólitos 
(sódio, potássio, magnésio), urina tipo I (pesquisa de 
proteinúria ou hematúria microscópica), radiografia 
de tórax, eletrocardiograma e glicemia capilar (7). 
Cabe também a dosagem de marcadores de necrose 
miocárdica seriada (CKMB, CPK e troponina). 
A tomografia de tórax e o ecocardiograma 
transesofágico são excelentes métodos para o 
diagnóstico do comprometimento da aorta. A 
tomografiacomputadorizada de crânio ajuda na 
definição da causa de possível comprometimento 
neurológico, se esse é secundário a hemorragias 
intracranianas, infarto cerebral ou edema. De forma 
lógica, a indicação de um ou outro exame deverá 
obedecer a critérios clínicos baseados na avaliação 
inicial, e deve servir para confirmar ou afastar alguma 
suspeita diagnóstica. 
 
Meta de Tratamento 
O objetivo do tratamento medicamentoso é a 
redução da PA média em 25% dos níveis pressóricos 
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade19/unidade19_ft_has.pdf
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade19/unidade19_ft_has.pdf
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade19/unidade19_ft_has.pdf
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
aferidos na admissão do paciente, o que 
habitualmente é o necessário para controlar a 
complicação em curso ou instalada (4). Essa medida 
visa à preservação da autorregulação cerebral, 
coronariana e renal, evitando o hipofluxo e isquemia 
nestes órgãos. Quanto à normalização dos níveis 
tensionais, é uma meta a ser alcançada em regime de 
tratamento ambulatorial (6). A única exceção a esta 
regra fica por conta dos pacientes com dissecção de 
aorta, onde a redução pressórica deve ser a máxima 
tolerada. Essa medida permite a estabilização do 
quadro e a abordagem cirúrgica precoce da 
dissecção (5,8). 
 
 
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/13374
29435EmergHipert.pdf 
 
DISPARADORES: 
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/institucional/
gestao-daqualidade/Documents/2018-11-01- 
protocolos/Protocolo%20TEV/Protocolo%20TEV_VF.
pdf https://www.scielo.br/pdf/jvb/v18/1677-5449-
jvb-18-e20180021.pdf 
http://departamentos.cardiol.br/sbc-
dha/profissional/revista/24-1.pdf 
https://www.youtube.com/watch?v=2ZK8ckmi5zU 
 
 
IRAT: 
1) Mulher de 44 anos, no 3° DPO de gastroplastia 
para obesidade mórbida, estava bem e já havia 
iniciado dieta. Todavia, apresentou súbito 
desconforto respiratório, com cianose de 
extremidades e taquicardia. Apresenta glicemia 
capilar de 130mg/dL e a pressão arterial era de 
120/65 mmHg. A gasometria arterial mostrava pH 
= 7,50; pO2 = 55 mmHg; pCO2 = 34 mmHg; HC03 
= 16 mEq/L e SatO2 = 87 mmHg. Em relação a este 
caso clínico, assinale a opção CORRETA: 
a) O diagnóstico provável é de infarto agudo do 
miocárdio (IAM). Devem ser solicitados enzimas 
cardíacas e eletrocardiograma (ECG) e o paciente 
deve ser encaminhado para estudo 
angiocoronariográfico. 
b) O diagnóstico provável é de fistula gástrica. Deve-
se realizar tomografia de abdome com contraste 
e avisar a equipe cirúrgica sobre a alta 
probabilidade de haver nova abordagem 
cirúrgica. 
c) O diagnóstico provável é de choque séptico. 
Deve ser realizada expansão volêmica, ventilação 
não invasiva, administração de corticoide e 
reavaliação após 6 horas. 
d) O diagnóstico provável é de embolia pulmonar. 
Devem ser solicitados enzimas cardíacas, D-
dímero, eletrocardiograma (ECG), radiografia de 
tórax, ecodopplercardiograma e angiotomografia 
do tórax. 
V – histórico de cirurgia (tríade de Virchow) 
 
 
Estima-se que 65% a 90% dos episódios de TEP 
originam-se do sistema venoso profundo dos 
membros inferiores, incluindo ilíacas, femorais e 
poplíteas. 
Substa ̂ncias liberadas pelo êmbolo podem levar a 
broncoconstrição local e disfunção do surfactante 
◦ Favorece a ocorrência de atelectasias 
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337429435EmergHipert.pdf
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337429435EmergHipert.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=2ZK8ckmi5zU
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
◦ Baixa V/Q 
◦ Hipoxemia 
 
Quando a obstrução da circulação pulmonar é 
extensa, há aumento do espaço-morto, com 
intensificação da hipoxemia e retenção de gás 
carbônico. 
TEP extensas determinam hipertensão pulmonar 
aguda 
◦ obstrução mecânica da circulação 
◦ vasoconstrição 
◦ resultado da ação de mediadores inflamatórios e da 
hipóxia. 
 
A hipertensão pulmonar determina redução do 
débito cardíaco e hipotensão. 
O choque circulatório ocorre quando a obstrução do 
leito vascular pulmonar se aproxima de 75%. 
Os principais fatores de risco congênitos para TEP 
são: 
◦ Fator V de Leiden 
◦ Hiper-homocisteinemia 
◦ Anticoagulante lúpico (ou anticorpo anti-fosfolípide) 
◦ Deficiências de anti-trombina III, proteína C e 
proteína S 
 
Procedimentos cirúrgicos estão entre as condições 
que se associam com risco maior de eventos 
tromboembólicos. 
◦ Baseando-se no tipo de cirurgia, na sua duração e 
em condições clínicas do paciente, como idade e 
comorbidades, pode-se estabelecer uma escala com 
níveis crescentes de risco. 
 
As principais manifestações clínicas presentes nos 
episódios agudos submaciços de TEP são: 
◦ taquipneia (FR no adulto > 20 ciclos/min), dispneia, 
dor torácica pleurítica, taquicardia, apreensão, tosse e 
hemoptise 
 
Cor pulmonale agudo (TEP maciço): 
◦ apresentação mais grave da TEP 
◦ manifesta-se sob a forma de choque cardiogênico 
◦ obstrução de 65-75% da circulação pulmonar, ou 
mesmo em níveis menores em pacientes com doença 
cárdio-pulmonar prévia 
◦ O paciente apresenta-se com: taquicardia, 
hipotensão, palidez e sudorese fria, turgência jugular, 
terceira bulha, hiperfonese de P2. 
◦ Pode haver síncope ou mesmo morte súbita. 
 
Gasometria Arterial 
Pode haver hipoxemia no TEP em até 80% dos casos, 
mas as alterações mais frequentes são a alcalose 
respiratória e a hipocapnia, pelo aumento da 
frequência respiratória. A diferença alvéolo-arterial de 
oxigênio (D(A-a)O2) pode estar aumentada pelo 
aumento do espaço morto, mas é normal em até 20% 
dos casos confirmados de Tromboembolismo 
pulmonar. Deste modo, uma gasometria normal não 
exclui o diagnóstico de TEP, e tampouco há um 
padrão que o diagnostique com certeza. 
Além desses exames iniciais, é importante ressaltar o 
crescente papel da troponina e do BNP (peptídeo 
natriurético cerebral) nessa avaliação inicial. As 
troponinas I e T estão elevadas em até 50% das 
embolias maciças, sendo fator de mau prognóstico 
por se relacionar com maior tempo de hipotensão e 
maior mortalidade. Já o BNP em concentrações 
elevadas (> 400 pg/mL), que está intimamente 
relacionado com insuficiência cardíaca, parece ser 
preditor de complicações e hospitalização 
prolongada no paciente com TEP; por outro lado, 
baixos valores (< 50 pg/mL) podem se relacionar com 
curso clínico benigno. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes
/1640/tromboembolismo_pulmonar.htm 
 
 
Interpretação de gasometria: 
O pH plasmático representa a relação entre o 
bicarbonato e o dióxido de carbono, segundo a 
fórmula de Henderson-Hasselbach: 
 
Esta fórmula nos mostra que: 
• se o HCO3 aumenta, o pH aumenta, tornando o 
meio básico. 
• Se o pCO2 aumenta, o pH diminui, tornando o 
meio ácido. 
No plasma sanguíneo, o HCO3 e o CO2 compõem o 
sistema tampão bicarbonato-CO2 (de acordo com 
reação química descrita abaixo), que é o principal 
sistema regulador do pH plasmático, evitando 
variações bruscas. 
 
Nessa equação de um equilíbrio químico, a parte da 
esquerda é a parte metabólica da equação, exercida 
pelos rins, enquanto que a parte da direita é a parte 
respiratória, exercida pelos pulmões. Percebam que 
qualquer alteração em um lado irá repercurtir no 
outro, através de uma compensação. 
A compensação respiratória de um distúrbio 
metabólico é imediata, gerando hipo ou 
hiperventilação. Já a compensação metabólica de um 
distúrbio respiratório pode levar até três dias para 
acontecer com sua máxima efetividade. 
Com isso, temos que o pH normal varia de 7,35 – 7,45. 
• pH < 7,35 à acidose 
• pH > 7,45 à alcalose 
Um distúrbio metabólico compensa com um 
mecanismo respiratório, ou vice-versa. Se essa 
compensação do distúrbio primário for insuficienteou excessiva, temos um distúrbio secundário 
associado. 
 
Parâmetros avaliados na gasometria: 
Gases: 
PaO2: pressão parcial de oxigênio. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1640/tromboembolismo_pulmonar.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1640/tromboembolismo_pulmonar.htm
 
10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
• Indica a fração de oxigênio que está livre no 
sangue 
• Reflete a hematose – troca de oxigênio alvéolo-
capilar 
• VR: 80-100mmHg 
• Valores menores traduzem uma hipoxemia 
PaCO2: pressão parcial de gás carbônico 
• Reflete a ventilação alveolar. 
• O gás carbônico é o gás mais solúvel no sangue. 
• VR: 35-45 mmHg. 
• Valores maiores demonstram hipoventilação, 
retenção de gás carbônico. 
• Valores menores demonstram hiperventilação 
Saturação e O2 
• É o percentual de hemoglobina do sangue arterial 
que está ligada ao oxigênio 
• VR: acima de 95% 
• Essa saturação é calculada a partir da PaO2 
sanguínea, podendo diferir do valor da oximetria 
de pulso, que calcula a saturação de maneira 
indireta. 
Bases: 
HCO3: bicarbonato Standard 
• Principal base avaliada na gasometria é o 
bicarbonato de sódio. 
• O bicarbonato Standard é a principal 
representação da concentração dessa base 
• VR: 21-27 mEq/L. 
Buffer Base e Base Excess: 
• Bicarbonato não é a única base do nosso 
organismo. 
• Há outras que, quando somadas, representam um 
valor, que é o Buffer Base. 
• Esse valor é fixo – espécie de valor de referência 
esperado para a soma das bases. 
• Se todas as Bases do paciente quando somadas 
não corresponderem ao valor de referência da 
Buffer Base, esse excesso é correspondente ao 
Base Excess. 
• VR base Excess: de -3 a +3 
• Se tivermos um valor de bases menor que -3, o 
organismo está perdendo bases por um distúrbio 
primário (acidose metabólica) ou compensatório 
(alcalose respiratória – excreção maior de bases 
para compensar uma diminuição da PCO2). 
• Caso tenhamos um valor superior a +3, há um 
aumento do total de bases, ou seja, o organismo 
está retendo bases podendo indicar um distúrbio 
primário (alcalose metabólica) ou compensatório 
(acidose respiratória – retenção de bases para 
compensar um aumento de PCO2). 
 
https://www.sanarmed.com/interpretacao-de-
gasometria-arterial-e-identificacao-de-disturbios-
acido-base-yellowbook 
 
 
2) Paciente admitido no pronto-atendimento com 
queixa de dor torácica de início súbito, do tipo 
pleurítica, localização lateral associada a tosse e 
hemoptise. Antecedente de cirurgia redutora de 
fratura de membros inferiores recente. Ao exame 
físico apresenta hipoxemia e taquipneia. Qual a 
etiologia mais provável? 
a) Dissecção de aorta. 
b) Infarto agudo do miocárdio. 
c) Enfisema do mediastino. 
d) Embolia pulmonar. 
 
O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma condição 
comum e frequentemente fatal 
◦ Consiste em obstrução de uma artéria ou de um de 
seus ramos por trombo originado em outro local do 
corpo 
◦ Mais comumente nos membros inferiores (trombose 
venosa profunda TVP) 
 
As manifestações clínicas são variáveis 
Devemos suspeitar de TEP frente a um paciente 
internado com a sintomatologia descrita, 
especialmente se há história de cirurgia prévia. 
Um conceito relevante nesse contexto é o da tríade de 
Virchow 
◦ 1) Lesão endotelial 
◦ 2) Hipercoagulabilidade 
◦ 3) Estase venosa 
 
A presença de dois desses fatores aumenta 
consideravelmente o risco de trombose venosa 
profunda. Idosos em pós-operatório apresentam 
estado de hipercoagulabilidade, estase venosa, 
lesões endoteliais 
São de alto risco para eventos tromboembólicos!!! 
 
3) Homem de 25 anos apresentou embolia 
pulmonar aguda depois de 24 horas da 
apendicectomia. A conduta recomendada em 
relação à anticoagulação é: 
a) Suspender em, no máximo, 1 mês, desde que não 
apresente TVP associada e por ser paciente 
jovem. 
b) Suspender assim que receber alta hospitalar e 
retomar as atividades laborais. 
c) Prolongar por mais de 6 meses, pois se trata de 
paciente jovem com possibilidade alta de 
recorrência. 
d) Manter por três meses. 
 
A anticoagulação é a base fundamental para o 
tratamento da maioria dos pacientes com TEP 
◦ interromper a propagação do trombo 
◦ minimizar o risco de recorrências 
https://www.sanarmed.com/interpretacao-de-gasometria-arterial-e-identificacao-de-disturbios-acido-base-yellowbook
https://www.sanarmed.com/interpretacao-de-gasometria-arterial-e-identificacao-de-disturbios-acido-base-yellowbook
https://www.sanarmed.com/interpretacao-de-gasometria-arterial-e-identificacao-de-disturbios-acido-base-yellowbook
 
11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
◦ prevenir mortalidade 
 
Segundo a sociedade brasileira de cardiologia a 
duração da anticoagulação oral deve ser 
individualizada 
◦ Risco de recorrência de TEP se o tratamento for 
suspenso 
◦ Risco de sangramento se o tratamento for mantido 
 
Três estudos avaliaram o risco-benefício do 
tratamento de curta duração (4 a 6 semanas), contra o 
tratamento com duração convencional (3 a 6 meses). 
◦ Os resultados desses estudos apontaram para uma 
maior incidência de recorrência de TEV, entre aqueles 
anticoagulados por um período mais curto. 
◦ Período mínimo de tratamento para prevenção de 
TEV deve ser o de 3 meses. 
 
Seguimento ambulatorial e alta hospitalar 
Após o uso do anticoagulante injetável como 
enoxaparina, devemos transicionar para outro 
anticoagulante oral: warfarina ou os novos 
anticoagulantes. 
A alta do paciente deve ser feita idealmente após 2 
RNI consecutivos na faixa terapêutica. Após a alta, 
solicitar RNI a cada 7 dias (por 2-3 semanas) e depois 
a cada 15 dias (2 vezes) e posteriormente 
mensalmente. Porém, tudo isso depende do 
anticoagulante oral utilizado. E por quanto tempo? 
Depende dos fatores de risco, se o paciente é de sexo 
feminino, se está associado à neoplasia. A 
anticoagulação varia de 3 a 6 meses de duração. 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-
pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook 
 
A anticoagulação a longo prazo deve ter como 
objetivo a menor taxa de recorrência possível, com o 
mínimo de complicações hemorrágicas. Es-tudos 
recentemente publicados demonstraram que na fase 
crônica de anticoagulação, isto é, após pelo menos 3 
meses de tratamento com RNI entre 2,0-3,0, a 
redução do objetivo terapêutico para um RNI entre 
1,5-2,0 manteve a alta eficácia na pre-venção de 
recorrência de TEV quando comparada ao tratamento 
com placebo. Entretanto, a recor-rência de TEV com o 
RNI entre 1,5-2,0 foi maior que a que ocorre com o 
objetivo do RNI entre 2,0-3,0. Por outro lado, as 
complicações hemorrágicas ocorrem 
aproximadamente com a mesma frequên-cia, com o 
objetivo convencional e com o RNI mais baixo. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes
/5952/tromboembolia_pulmonar_tratamento.htm#:~
:text=Alguns%20pacientes%20que%20mant%C3%A
Am%20boa,o%20m%C3%ADnimo%20de%20compli
ca%C3%A7%C3%B5es%20hemorr%C3%A1gicas. 
 
4) Paciente, 34 anos, do sexo feminino, dá entrada 
em pronto atendimento com quadro de dor 
torácica súbita, dispneia e hipotensão. No seu 
histórico, de importante, apenas o fato de fazer 
uso de anticoncepcional hormonal combinado 
para tratamento de sangramento uterino 
disfuncional. Um D-dímero realizado na admissão 
veio normal. Radiografia de tórax e ECG sem 
alterações significativas. O próximo passo mais 
acurado para elucidação diagnóstica é: 
a) Ecocardiograma transtorácico. 
b) Angiotomografia de tórax. 
c) Broncoscopia com lavado. 
d) Ressonância nuclear de tórax. 
e) Fazer curva de troponina. 
 
Qualquer paciente com quadro de: 
◦ dor torácica súbita, dispneia e hipotensão 
Atentar para possível tromboembolismo pulmonar 
◦ Correlacionar histórico de uso de anticoncepcional 
hormonal combinado 
◦ D-dimero negativo devemos pensar em outras 
etiologias de dor torácica 
◦ dissecção de aorta 
Como medida para melhor avaliaçãoseria 
interessante a realização de angiotomografia de tórax 
para diferenciar os diagnósticos. 
 
Sintomas de dissecção de aorta 
O quadro clínico clássico é a dor torácica retroesternal 
de início agudo, de forte intensidade, com irradiação 
para as costas, algumas vezes irradiado para o 
abdome (principalmente se Stanford B), associado a 
sudorese, palidez cutânea e taquicardia. 
O exame mais utilizado é a angiotomografia (Fig. 
11.5), que define com clareza as características da 
lesão na maioria dos casos. 
 
Um achado que sempre deve levantar suspeita de 
TEP: dispneia súbita. 
Uso de ACO – fator de risco adquirido para TEP. Mas 
seguindo os escores de probabilidade pré-teste, 
falta informação para dizermos se precisa de angio tc 
ou não. 
O Ecocardiograma tem baixa sensibilidade para o 
diagnóstico de TEP. 
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/mDZWtDJWD3tQct
jkz8FN7Gq/?lang=pt 
A ecocardiografia é ferramenta muito utilizada em 
pacientes com suspeita de tromboembolismo 
pulmonar, sobretudo na vigência de instabilidade 
hemodinâmica, ao permitir a avaliação da função 
ventricular direita, tendo sua disfunção uma das 
possíveis complicações neste contexto clínico. 
https://blog.escolaecope.com.br/tromboembolismo-
pulmonar-e-ecocardiografia-atencao-para-a-janela-
supraesternal/ 
A broncoscopia é um exame de diagnóstico que nos 
permite avaliar a traqueia, os brônquios e parte dos 
pulmões. A broncoscopia é feita através da 
introdução na boca ou no nariz de um tubo, 
designado broncoscópio que possui na sua 
extremidade uma câmara de vídeo e uma fonte de luz 
fria. Como a broncoscopia é um procedimento que 
usa vídeo é, muitas vezes, referida também como 
videobroncoscopia. Este instrumento permite ao 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5952/tromboembolia_pulmonar_tratamento.htm#:~:text=Alguns%20pacientes%20que%20mant%C3%AAm%20boa,o%20m%C3%ADnimo%20de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20hemorr%C3%A1gicas
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5952/tromboembolia_pulmonar_tratamento.htm#:~:text=Alguns%20pacientes%20que%20mant%C3%AAm%20boa,o%20m%C3%ADnimo%20de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20hemorr%C3%A1gicas
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5952/tromboembolia_pulmonar_tratamento.htm#:~:text=Alguns%20pacientes%20que%20mant%C3%AAm%20boa,o%20m%C3%ADnimo%20de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20hemorr%C3%A1gicas
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5952/tromboembolia_pulmonar_tratamento.htm#:~:text=Alguns%20pacientes%20que%20mant%C3%AAm%20boa,o%20m%C3%ADnimo%20de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20hemorr%C3%A1gicas
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5952/tromboembolia_pulmonar_tratamento.htm#:~:text=Alguns%20pacientes%20que%20mant%C3%AAm%20boa,o%20m%C3%ADnimo%20de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20hemorr%C3%A1gicas
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/mDZWtDJWD3tQctjkz8FN7Gq/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/mDZWtDJWD3tQctjkz8FN7Gq/?lang=pt
https://blog.escolaecope.com.br/tromboembolismo-pulmonar-e-ecocardiografia-atencao-para-a-janela-supraesternal/
https://blog.escolaecope.com.br/tromboembolismo-pulmonar-e-ecocardiografia-atencao-para-a-janela-supraesternal/
https://blog.escolaecope.com.br/tromboembolismo-pulmonar-e-ecocardiografia-atencao-para-a-janela-supraesternal/
 
12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
médico examinar diretamente as vias respiratórias. De 
uma forma geral, a broncoscopia diagnóstica pode 
ser aconselhada quando há emissão de sangue 
através das vias respiratórias (por exemplo, 
expectoração raiada de sangue), quando estão 
presentes alterações na radiografia ou na TAC 
torácica, nas situações de tosse persistente sem causa 
esclarecida, para rever achados de endoscopias 
respiratórias realizadas anteriormente. 
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumo
logia/broncoscopia/ 
Ressonância nuclear: 
O exame de escolha para diagnóstico de trombo-
embolismo pulmonar (TEP) é angiotomografia 
(exame mais rápido e barato que a angio 
ressonância magnética). Mas utilizando um 
protocolo combinado de RM (progressão de RM em 
tempo real para RM de perfusão e desta para angio-
RM) apresenta resultados semelhantes ao da 
angiotomografia. 
https://www.doctoralia.com.br/perguntas-
respostas/uma-ressonancia-magnetica-do-torax-
consegue-detectar-trombose-e-embolia-pulmonar 
 
D-dímero tem alta sensibilidade e baixa 
especificidade para detecção de tromboembolismo 
pulmonar ou trombose venosa profunda em 
populações de baixo risco; Ou seja, nas populações 
de baixo risco para TEP ou TVP, um D-dímero 
negativo exclui tais condições! 
https://pebmed.com.br/d-dimero-o-que-voce-
precisa-saber-para-sua-pratica-
clinica/#:~:text=D%2Dd%C3%ADmero%20tem%20al
ta%20sensibilidade,d%C3%ADmero%20negativo%2
0exclui%20tais%20condi%C3%A7%C3%B5es! 
 
 
 
https://ibsp.net.br/materiais-cientificos/protocolo-
para-avaliacao-de-suspeita-de-tep/ 
 
Escores de probabilidade pré-teste para 
Tromboembolismo Pulmonar (TEP): 
Escore de Wells: 
 
Escore de Geneva: 
 
 
• Escore baixo = d-dímero. Se vier negativo eu 
descarto TEP, se vier positivo eu realizo Angio-TC 
de Tórax! 
• Escore médio ou alto: Eu realizo Angio-TC de 
tórax: se vier positivo eu confirmo TEP, se vier 
negativo eu descarto TEP. 
 
Ou seja: d-dímero positivo não confirma TEP mas 
devido ao seu valor preditivo negativo, quando o d-
dímero estiver negativo as chances de ser 
tromboembolismo pulmonar são MUITO baixas! 
 
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/broncoscopia/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/broncoscopia/
https://www.doctoralia.com.br/perguntas-respostas/uma-ressonancia-magnetica-do-torax-consegue-detectar-trombose-e-embolia-pulmonar
https://www.doctoralia.com.br/perguntas-respostas/uma-ressonancia-magnetica-do-torax-consegue-detectar-trombose-e-embolia-pulmonar
https://www.doctoralia.com.br/perguntas-respostas/uma-ressonancia-magnetica-do-torax-consegue-detectar-trombose-e-embolia-pulmonar
https://pebmed.com.br/d-dimero-o-que-voce-precisa-saber-para-sua-pratica-clinica/#:~:text=D%2Dd%C3%ADmero%20tem%20alta%20sensibilidade,d%C3%ADmero%20negativo%20exclui%20tais%20condi%C3%A7%C3%B5es
https://pebmed.com.br/d-dimero-o-que-voce-precisa-saber-para-sua-pratica-clinica/#:~:text=D%2Dd%C3%ADmero%20tem%20alta%20sensibilidade,d%C3%ADmero%20negativo%20exclui%20tais%20condi%C3%A7%C3%B5es
https://pebmed.com.br/d-dimero-o-que-voce-precisa-saber-para-sua-pratica-clinica/#:~:text=D%2Dd%C3%ADmero%20tem%20alta%20sensibilidade,d%C3%ADmero%20negativo%20exclui%20tais%20condi%C3%A7%C3%B5es
https://pebmed.com.br/d-dimero-o-que-voce-precisa-saber-para-sua-pratica-clinica/#:~:text=D%2Dd%C3%ADmero%20tem%20alta%20sensibilidade,d%C3%ADmero%20negativo%20exclui%20tais%20condi%C3%A7%C3%B5es
https://pebmed.com.br/d-dimero-o-que-voce-precisa-saber-para-sua-pratica-clinica/#:~:text=D%2Dd%C3%ADmero%20tem%20alta%20sensibilidade,d%C3%ADmero%20negativo%20exclui%20tais%20condi%C3%A7%C3%B5es
https://ibsp.net.br/materiais-cientificos/protocolo-para-avaliacao-de-suspeita-de-tep/
https://ibsp.net.br/materiais-cientificos/protocolo-para-avaliacao-de-suspeita-de-tep/
 
13 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-
pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook 
 
 
5) Fazem parte da escala de WELLS para 
diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, 
EXCETO: 
a) Câncer em atividade 
b) Idade > 65 anos 
c) Imobilização maior ou igual a 3 dias e/ou cirurgia 
a menos de 4 semanas 
d) Frequência cardíaca › 100 bpm 
Idade faz parte do escore de Geneva 
 
O score de Wells é um modelo de predição clínica, 
baseado em sinais e sintomas, fatores de risco e 
diagnósticos alternativos, estimando a probabilidade 
pré-teste (Dx inicial) para TVP. 
Entre os fatores analisados temos: 
◦ Sinais objetivos de TVP (Edema, dor á palpação) => 
+3 
◦ Taquicardia(> 100 bpm) => +1,5 
◦ Imobilização> 3 dias consecutivos (Exceto idas ao 
banheiro) => +1,5 
◦ OU Cirurgia nas ultimas 4 semanas 
◦ TVP ou TEP prévios (Com diagnostico objetivo) => 
+1,5 
◦ Hemoptise => +1 
◦ Neoplasia maligna (ativa ou termino de tratamento ‹ 
6 meses) => +1 
◦ Diagnostico alternativo menos provavel que TEP => 
+3 
 
 
Tratamento TEP: 
Heparinização: Heparina não fracionada (HNF) e 
heparina de baixo peso molecular (HBPM). 
◦ A heparinização com HNF deve ser feita por via 
endovenosa, com uma dose de ataque seguida da 
manutenção por infusão contínua, e com 
monitorização baseada nos níveis de TTPA (tempo de 
tromboplastina parcial ativado). 
◦ HBPM: nadroparina, enoxiparina e dalteparina. Não 
há necessidade de se monitorar a anticoagulac ̧ão dos 
pacientes, pois as características farmacocinéticas e 
farmacodinâmicas das heparinas de baixo peso 
molecular garantem que, com as doses preconizadas, 
a anticoagulação será obtida. 
 
Anticoagulantes orais: novos anticoagulantes orais 
(dabigatrana - PRADAXA, rivaroxabana - XARELTO, 
apixabana - ELIQUIS, edoxabana) – não necessitam 
controle de RNI ou TTPA. 
◦ Warfarina: age inibindo a síntese dos fatores da 
coagulação dependentes da vitamina K (fatores II, VII, 
IX e X). 
◦ Deve ter obrigatoriamente um período de 
superposição de heparina e anticoagulante oral de no 
mínimo 4 dias 
◦ A dose da warfarina é ajustada pelo tempo de 
protrombina, cujo resultado é normatizado sob a 
forma de RNI 
◦ Mantida entre 2 e 3. O controle da RNI deve ser 
semanal no primeiro mês e, depois, quinzenal ou 
mensal. 
 
Trombolíticos: A indicação absoluta é a presença de 
instabilidade hemodinâmica. 
◦ Podem ser administrados até 14 dias após o início 
dos sintomas de embolia pulmonar 
◦ Estreptoquinase: 250.000 UI em infusão venosa em 
30 minutos (ataque), seguida de 100.000UI/hora 
durante 24 horas. 
◦ Rt-PA: 100mg, em infusão venosa contínua por 2 
horas em veia periférica 
 
Profilaxia medicametnosa TEP/TVP: 
Os esquemas profiláticos medicamentosos existentes 
podem ser divididos em dois grandes grupos: 
Esquema para pacientes de moderado risco 
• Heparina não-fracionada 5000 u sub-cutânea de 12-
12 horas 
• Heparina de baixo peso molecular (enoxiparina, 0,2 
cc sc 1x/dia; nadroparina, 0,3 cc sc 1x/dia; dalteparina 
2500 u sc 1x/dia) 
Esquema para paciente de alto risco 
• Heparina não-fracionada em dose sub-cutânea 
ajustada para manter o TTPA em 1,5 vezes o valor do 
testemunho 
• Heparina de baixo peso molecular (enoxiparina, 0,2 
cc sc de 12-12 h; nadroparina, 0,3 cc sc de 12- 12h; 
dalteparina 2500 u sc 12-12h). 
 
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
https://www.sanarmed.com/tromboembolismo-pulmonar-tep-resumo-completo-yellowbook
 
14 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
6) Paciente do sexo masculino, 65 anos, sem 
queixas no momento da consulta, diabético em 
seguimento há 5 anos com avaliação de órgãos-
alvo sem alterações, comparece em retorno de 
rotina trazendo exames solicitados previamente, 
mostrando alterações no colesterol total cujo 
resultado é de 268 mg/dL, além de azotemia que 
o paciente não possuía antes, estimando-se um 
clearance de creatinina de 53 mL/min/m2. Ao 
exame físico o paciente mostra-se com sobrepeso, 
normocorado, normocárdico, eupneico, hidratado, 
sem edemas aparentes, pressão arterial de 148x 
95 mmHg, glicemia capilar de 178 mg/dL; sem 
outras alterações. Com base no quadro 
apresentado pelo paciente, assinale a conduta 
correta. 
a) Por tratar-se de hipertensão estágio 1 o paciente 
deve ser orientado a realizar mudanças de estilo 
de vida como dieta e exercício, devendo ser 
reavaliado em 3 meses. 
b) Por tratar-se de paciente com hipertensão estágio 
2 de baixo risco cardiovascular está indicada a 
introdução de terapia medicamentosa com IECA 
ou BRA. 
c) Por haver evidência de nefropatia diabética o uso 
de IECA ou BRA está contraindicado devido o 
risco de perda acelerada da função renal. 
d) Trata-se de paciente com hipertensão estágio 1 
de alto risco cardiovascular, estando indicada a 
introdução de terapia medicamentosa conjunta às 
mudanças de estilo de vida. 
e) Por tratar-se de paciente com hipertensão estágio 
2 de risco cardiovascular muito alto está indicada 
a introdução de terapia medicamentosa com 
IECA ou BRA + diurético tiazídico. 
 
Questão importante sobre tratamento da HAS e 
indicações de terapia medicamentosa. 
Alternativa A: Incorreta. A terapia não farmacológica 
só é aceitável em pacientes hipertensos grau l e com 
risco cardiovascular baixo ou moderada, por no 
máximo 3-6 meses. Paciente em questão possui 
múltiplos fatores de risco com risco cardiovascular 
alto 
Alternativa B: Incorreta. Apesar da terapia com IECA 
ou BRA ser de primeira linha para HAS, o paciente 
apresenta-se no estágio I de hipertensão (PAS 140-
159, PAD 90-99) 
Alternativa C: Incorreta. Pelo contrário, o IECA e BRA 
é recomendado para paciente com DRC, diminui 
microalbuminúria e retarda progressão da doença. 
Alternativa D: Correta. HAS estágio I com alto risco 
cardiovascular é indicação de combinação de terapia 
medicamentosa e não medicamentosa da HAS. 
Alternativa E. Incorreta. Paciente apresenta HAS 
estágio I. 
 
Classificação e tratamento: 
 
 
Rastreio e tratamento: 
 
 
 
Mesmo reconhecendo-se que qualquer classificação 
da Hipertensão Arterial é arbitrária, é sabidamente 
indispensável agrupar os pacientes por critérios que 
estratifiquem seu grau de risco cardiovascular, não 
apenas do ponto de vista operacional, como é o caso 
de programas de grande porte, mas também pela 
necessidade de dar suporte à abordagem clínica 
individual hipertensão arterial paciente estar em faixa 
diferente da diastólica, considerar-se-á, para efeito de 
classificação, o nível mais alto. 
V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial: 
 
15 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
Além dos níveis pressóricos, a presença de fatores de 
risco (Quadro 1), lesões de órgão-alvo e doenças 
cardiovasculares (Quadro 2) devem ser sempre 
considerados para uma adequada estratificação do 
risco (Quadro 3). 
 
 
 
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/123738/DLFE
-1673.pdf/1.0 
 
A Diretriz Brasileira de HA de 2020 estabelece que 
para o tratamento do paciente hipertenso é 
necessário obter o controle pressórico alcançando a 
meta de pressão arterial (PA) previamente 
estabelecida. Tal meta deve ser definida 
individualmente, sempre considerando a idade e a 
presença de doença cardiovascular (DCV) ou de seus 
fatores de risco. De forma geral, deve-se reduzir a PA 
visando a alcançar valores menores que 140/90 
mmHg e não inferiores a 120/70 mmHg. Nos 
indivíduos mais jovens e sem fatores de risco, podem-
se alcançar metas mais baixas com valores inferiores a 
130/80 mmHg. 
• HA estágio 1, mas com RCV alto e os estágios 2 
ou 3: iniciar tratamento com associação entre 
duas classes farmacológicas, em doses baixas. Se 
necessário aumentar as doses, ou incluir uma 
terceira classe de medicamento. Em caso de 
insucesso trocar a combinação ou incluir 
medicamento de outras classes farmacológicas. 
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-o-tratamento-de-
primeira-linha-para-hipertensao-2/ 
 
7) Valéria, 37 anos de idade, negra, professora 
primária, vem à consulta na sua UBS para realizar o 
exame preventivo do câncer de colo uterino. Faz 
uso de DIU. fuma 20 cigarros por dia há 20 anos, 
está com sobrepeso, não pratica atividade física 
regularmente e não faz uso de medicações. Mora 
com dois filhos menores de idade, Raquel de 5 
anos e Carlos de 8 anos. Valéria não refere 
sintomas de hipertensão. A pressão arterial aferida 
é de 150/100 mmHg, em ambos os membros 
superiores, sentada, há 40 minutos sem fumar e 
em repouso, com a bexiga vazia. Assinale qual das 
situações a seguir é um achado que sugere 
hipertensão primária: 
a) Hipertireoidismob) Fraca resposta ao tratamento anti-hipertensivo. 
c) Presença de obesidade central. 
d) Doença renal parenquimatosa. 
e) Apnéia obstrutiva do sono. 
As outras alternativas estariam relacionadas à HAS 
secundária (causa identificada). 
 
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/123738/DLFE-1673.pdf/1.0
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/123738/DLFE-1673.pdf/1.0
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-o-tratamento-de-primeira-linha-para-hipertensao-2/
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-o-tratamento-de-primeira-linha-para-hipertensao-2/
 
16 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Hipertensão é a elevação sustentada em repouso da 
pressão arterial sistólica (≥ 140 mmHg), diasto ́lica (≥ 
90 mmHg) ou ambas. 
Hipertensão primária é a mais comum e tem maior 
ligação com fatores ambientais, como obesidade, 
estresse, alta ingesta de sódio. 
Hipertensão secundária - Hipertensão com causa 
identificada 
◦ Resulta de outros fatores os quais contribuem 
diretamente para seu surgimento 
◦ apneia obstrutiva do sono, doença renal crônica, 
aldosteronismo primário, síndrome de Cushing, 
dentre outras. 
Hipertensão que apresenta fraca resposta à anti-
hipertensivos deve ser investigada para hipertensão 
resistente, e causas secundárias devem ser afastadas. 
 
Hipertensão essencial ou hipertensão primária, é a 
pressão arterial elevada (superior a 140/90 mmHg) 
sem qualquer causa identificável – tem mais relação 
com fatores modificáveis 
Há vários fatores que sabidamente aumentam o risco 
de desenvolver pressão alta: 
• Membro familiar com PA elevada 
• Sobrepeso 
• Inatividade física 
• Tabagismo 
• Etilismo 
• Diabetes 
https://ada.com/pt/conditions/essential-
hypertension/ 
 
8) Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando a 
classe de anti-hipertensivos aos eventos adversos 
possíveis: 
Coluna 1 
1. Hiperpotassemia. 
2. Broncoespasmo. 
3. Edema de membros inferiores. 
4. Hiperglicemia. 
Coluna 2 
( ) Ramipril. 
( ) Anlodipino. 
( ) Atenolol. 
(4) Hidroclorotiazida 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, 
de cima para baixo, é: 
a) 4-1-3-2. 
b) 1-3-2-4. 
c) 3-2-4-1. 
d) 3-4-1-2. 
 
 
Efeitos colaterais de anti-hipertensivos são questões 
cobradas com muita frequência, fique atento. 
Ramipril (IECA): hipercalemia e tosse seca 
Anlodipino (BCC): edema perimaleolar 
Atenolol (BB): broncoespasmo e bradicardia 
Hidroclorotiazida(tiazídico): distúrbio metabólico 
(hiperglicemia, dislipidemia), hidroeletrolítico 
(hiponatremia) e aumento de ácido úrico (evitar se 
Gota). 
 
Esquema de associação medicamentosa, de acordo 
com mecanismos de ação e sinergia. 
 
 
 
9) Paciente masculino deu entrada no serviço de 
emergência com queixa de cefaléia frontal, 
referida como enxaqueca. Ao exame físico 
apresentava-se com FC = 100 bpm - PA = 180x130 
mmHg, exame neurológico normal, sem déficits 
focais, fundo de olho evidenciando papilas 
normais, sem sinais de hemorragia. Submetido a 
eletrocardiograma sem alterações significativas. 
Assinale o diagnóstico e a conduta correta: 
a) O paciente apresenta-se em urgência 
hipertensiva, devendo receber medicação via oral 
(captopril) e com reavaliação ambulatorial 
precoce (em até 7 dias). 
b) O paciente apresenta-se em uma emergência 
hipertensiva, porque há lesão em órgão alvo, 
devendo receber medicação parenteral 
(nitroprussiato de sódio) e internação em 
enfermaria após estabilização. 
c) O paciente apresenta-se em uma emergência 
hipertensiva, porque há hemorragia em retina, 
devendo receber medicação parenteral 
(nitroprussiato de sódio) e internação em UTI. 
d) O paciente apresenta hipertensão arterial crônica 
e não se caracteriza urgência ou emergência 
hipertensiva, devendo ser liberado após 
medicação via oral (furosemida). 
 
As elevações acentuadas e agudas de pressão arterial 
(pressão diastólica usualmente acima de 130 mmHg) 
eram caracterizadas, no passado, como crises 
hipertensivas 
◦ pressupunham risco aumentado de complicações 
cardiovasculares 
◦ acidente vascular encefálico, cegueira, infarto do 
miocárdio e outras 
https://ada.com/pt/conditions/essential-hypertension/
https://ada.com/pt/conditions/essential-hypertension/
 
17 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Atualmente: 
◦ Emergência hipertensiva é quando há dano agudo 
em órgão-alvo representando risco a curto prazo 
◦ Urgência hipertensiva as elevações de pressão 
arterial não estão associadas com repercussões de 
gravidade imediatas 
 
Na questão, estamos diante de uma urgência 
hipertensiva, devendo o paciente receber medicação 
via oral (captopril) e com reavaliação ambulatorial 
precoce (em até 7 dias). 
 
 
 
 
 
 
Emergência hipertensiva: situações clínicas 
sintomáticas nas quais há elevação acentuada da PA 
(arbitrariamente definida como PAD >= 120 mmHg) 
com a presença de lesão de órgãos-alvos de forma 
aguda e progressiva. 
Estes mesmos níveis pressóricos sem lesão de órgãos 
alvos caracteriza a urgência hipertensiva (UH). 
Diferenciar uma de outra situação é essencial para o 
emergencista clínico, visto que, interfere diretamente 
no tratamento imediato a ser feito ainda no pronto-
socorro (PS): no cenário de UH, o tratamento VO é 
indicado, enquanto pacientes com EH necessitam de 
internação em UTI e uso de anti-hipertensivo pela via 
endovenosa por apresentarem início de ação rápido 
e meia vida curta. 
 
Um dado importante que devemos estar atentos em 
nossa prática clínica é que em relativos casos de 
instalação aguda, a exemplo das glomerulopatias 
agudas e toxemia gravídica, a crise hipertensiva 
poderá ser capaz de ocorrer em níveis pressóricos 
pouco elevados, como uma pressão arterial diastólica 
em torno de 100 a 110 mmH1, ratificando o conceito 
que a “clínica é soberana” frente a valores absolutos 
da PA. 
https://pebmed.com.br/urgencia-vs-emergencia-
hipertensiva-como-diagnosticar-e-tratar/ 
 
O manejo terapêutico das urgências hipertensivas 
deve ser feito com agentes anti-hipertensivos 
administrados por via oral, que tenham início de ação 
e tempo de duração da ação relativamente curtos (1 a 
6 horas). 
Em geral, o paciente pode ser observado por algumas 
horas em ambiente calmo, com o objetivo de reduzir 
a PA e de controlar os sintomas. Quando as condições 
clínicas estiverem estáveis, o paciente pode ser 
liberado para a residência, e deve retornar em 
consulta médica dentro de 72 horas. 
As medicações mais utilizadas atualmente para o 
tratamento das urgências hipertensivas no Brasil são a 
clonidina (0,1-0,2 mg VO + 0,1 mg/h até 0,6 mg) e o 
captopril (25 mg vo + 25 mg após 2 hs). 
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5
579307671539114883pdfenCRISES%20HIPERTENSI
VAS%20-
%20DEFININDO%20A%20GRAVIDADE_REVISTA%2
0SOCESP%20V28%20N3.pdf 
 
10) O objetivo é reduzir a PA média em 
aproximadamente 10 a 15% na primeira hora e 
não mais do que 25% ao fim do primeiro dia de 
tratamento da encefalopatia hipertensiva. Sendo 
correto o item: 
a) Diminuições mais profundas e rápidas podem 
provocar hipoperfusão cerebral e perda dos 
mecanismos de autorregulação vascular. 
b) Diminuições mais profundas e rápidas não 
podem provocar hipoperfusão cerebral e perda 
dos mecanismos de autorregulação vascular. 
https://pebmed.com.br/urgencia-vs-emergencia-hipertensiva-como-diagnosticar-e-tratar/
https://pebmed.com.br/urgencia-vs-emergencia-hipertensiva-como-diagnosticar-e-tratar/
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5579307671539114883pdfenCRISES%20HIPERTENSIVAS%20-%20DEFININDO%20A%20GRAVIDADE_REVISTA%20SOCESP%20V28%20N3.pdf
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5579307671539114883pdfenCRISES%20HIPERTENSIVAS%20-%20DEFININDO%20A%20GRAVIDADE_REVISTA%20SOCESP%20V28%20N3.pdf
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5579307671539114883pdfenCRISES%20HIPERTENSIVAS%20-%20DEFININDO%20A%20GRAVIDADE_REVISTA%20SOCESP%20V28%20N3.pdf
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5579307671539114883pdfenCRISES%20HIPERTENSIVAS%20-%20DEFININDO%20A%20GRAVIDADE_REVISTA%20SOCESP%20V28%20N3.pdfhttps://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5579307671539114883pdfenCRISES%20HIPERTENSIVAS%20-%20DEFININDO%20A%20GRAVIDADE_REVISTA%20SOCESP%20V28%20N3.pdf
 
18 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
c) Diminuições mais profundas e rápidas podem 
provocar hipoperfusão cerebral e nunca perda 
dos mecanismos de autorregulação vascular. 
d) Diminuições mais profundas e lentas podem 
provocar hipoperfusão não cerebral e perda dos 
mecanismos de autorregulação vascular 
https://www.sanarmed.com/posicionamento-luso-
brasileiro-de-emergencias-hipertensivas-2020-ligas 
 
No tratamento da encefalopatia hipertensiva, o 
objetivo é: 
◦ reduzir a PA média em aproximadamente 10 a 15% 
na primeira hora e não mais do que 25% ao fim do 
primeiro dia de tratamento 
◦ DIMINUIÇÕES MAIS PROFUNDAS E RÁPIDAS 
PODEM PROVOCAR HIPOPERFUSÃO CEREBRAL E 
PERDA DOS MECANISMOS DE AUTORREGULAÇÃO 
VASCULAR 
 
Devido à necessidade de controle rápido da PA, 
recomenda-se o uso de fármacos por via endovenosa 
◦ Nitroprussiato de sódio (vasodilatador arterial e 
venoso) 
◦ Nicardipina (bloqueador dos canais de cálcio di-
hidropiridínico com ação vasodilatadora arteriolar) 
◦ clevidipina (bloqueador dos canais de cálcio di-
hidropiridínico de curta ação) 
◦ labetalol (bloqueador alfa e beta-adrenérgico) 
◦ fenoldopam (agonista dos receptores periféricos de 
dopamina-1). 
 
O tratamento dos pacientes com Emergência 
Hipertensiva visa à redução rápida da PA com a 
finalidade de impedir a progressão das Lesões de 
Órgão Alvo. Os indivíduos devem ser admitidos 
preferencialmente em UTI, tratados com anti-
hipertensivos intravenosos (IV) e monitorados 
cuidadosamente durante a terapia para evitar 
hipotensão. As recomendações gerais de redução da 
PA para EH devem ser: 
PA média ≤ 15% na 1a hora; 
PA 160/100-110 mmHg nas próximas 2 a 6 h; 
PA 135/85 mmHg em um período de 24-48 h 
subsequentes. 
Entretanto, as EH devem ser abordadas considerando 
o sistema ou o órgão-alvo acometido. 
https://www.sanarmed.com/posicionamento-luso-brasileiro-de-emergencias-hipertensivas-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/posicionamento-luso-brasileiro-de-emergencias-hipertensivas-2020-ligas

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