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Causas e Tipos de Diarreia

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Universidade Tiradentes - Medicina P3
 Diarréia 
TUTORIA
● A diarreia é causada por excesso
de secreção de água e eletrólitos
em resposta à irritação. 
● Sempre que um segmento do
intestino grosso fica
intensamente irritado, a mucosa
secreta grandes quantidades de
água e eletrólitos, além do muco
alcalino viscoso normal. 
● Essa secreção atua diluindo os
fatores irritantes e causando um
movimento rápido das fezes em
direção ao ânus. 
● No entanto, a diarreia também
elimina os fatores irritantes, o que
promove a recuperação mais
precoce da doença do que
poderia ocorrer de outra forma.
ENTERITE/INFLAMAÇÃO INTESTINAL:
● Enterite é uma inflamação
geralmente causada por vírus ou
bactérias no trato intestinal. 
● Em todos os pontos em que a
infecção está presente, a mucosa
fica irritada e sua taxa de
secreção aumenta muito. 
● A motilidade da parede intestinal
geralmente aumenta
acentuadamente. 
● Como resultado, grandes
quantidades de líquido são
disponibilizadas para lavar o
agente infeccioso em direção ao
ânus e, ao mesmo tempo, fortes
movimentos de propulsão
impulsionam esse líquido para a
frente. 
● De especial interesse é a
diarreia causada por cólera (e
menos frequentemente por outras
bactérias, como alguns bacilos
patogênicos do cólon). 
● A toxina do cólera estimula
diretamente a secreção excessiva
de eletrólitos e líquido das criptas
de Lieberkühn no íleo distal e no
cólon. 
● A quantidade pode ser de 10 a 12
ℓ por dia, embora o cólon possa
geralmente reabsorver no
máximo 6 a 8 ℓ por dia. 
● A perda de líquido e eletrólitos
pode ser tão debilitante em vários
dias que pode ocorrer a morte. 
● Com a terapia adequada com
reposição de líqidos, junto com o
uso de antibióticos, quase
nenhuma pessoa com cólera
morre, mas, sem terapia, até 50%
dos pacientes morrem.
DIARREIA PSICOGÊNICA:
● Diarreia que acompanha os
períodos de tensão nervosa. Esse
tipo de diarreia, denominado
diarreia emocional psicogênica. 
● Esse tipo de diarreia é causado
pela estimulação excessiva do
sistema nervoso parassimpático,
que excita muito (1) a
1
Identificar os
fatores
desencadeantes da
diarréia:
motilidade e (2) a secreção de
muco no cólon distal. 
RETOCOLITE ULCERATIVA:
● A colite ulcerativa é uma doença
em que extensas áreas das
paredes do intestino grosso ficam
inflamadas e ulceradas. 
● A motilidade do cólon ulcerado
costuma ser tão grande que os
movimentos de massa ocorrem
durante a maior parte do dia, e
não nos habituais 10 a 30
minutos. 
● Além disso, as secreções do cólon
são bastante aumentadas. Como
resultado, o paciente apresenta
evacuações diarreicas repetidas. 
● Alguns médicos acreditam que
isso resulte de um efeito alérgico
ou imunodestrutivo, mas também
pode resultar de uma infecção
bacteriana crônica ainda não
compreendida.
OUTRAS CAUSAS:
● Agentes infecciosos, intolerância
alimentar, fármacos ou doença
intestinal. 
CAUSAS MAIS COMUNS NA
INFÂNCIA:
Causas infecciosas: 
A) Bacterianas: Salmonella, Shigella,
Campylobacter, Yersinia, Escherichia
coli. 
B) Virais: Rotavírus, Norovírus,
Adenovírus. 
C) Protozoários: ameba, Giárdia lamblia,
Cryptosporidium. 
Causas dietéticas: sorbitol, glutamato
monossódico, frutose, intolerâncias
alimentares (à lactose, sacarose, feijão,
frutas, pimenta, etc.).
Causadas por medicações:
antibióticos, laxativos. 
Causas alérgicas: alergia à proteína do
leite de vaca, da soja ou de outros
alimentos. 
Causas funcionais: diarreia funcional
do lactente e pré-escolar, síndrome do
intestino irritável. 
Diarreia associada a substâncias
exógenas: excesso de líquidos
carbonados; excesso de sorbitol, xilitol e
manitol; excesso de antiácidos, laxativos
como lactulose e hidróxido de magnésio;
alta ingestão de metilxantinas (café, chá
e refrigerante à base de cola).
Processo digestivo anormal: fibrose
cística, síndrome de Shwachman-
Diamond, deficiência isolada de enzima
pancreática, pancreatite crônica,
deficiência de enteroquinase,
tripsinogênio, colestase crônica, uso de
sequestrante de sal biliar, má absorção
primária de sal biliar e ressecção do íleo
terminal. 
Má absorção de nutrientes:
deficiência de sacarase-isomaltase,
deficiência de lactase, má absorção de
glicose-galactose, má absorção de
frutose, síndrome do intestino curto. 
Processos imunes/inflamatórios:
alergia alimentar, doença celíaca,
gastroenterite eosinofílica, enteropatia
autoimune, síndrome IPEx e
imunodeficiências primárias ou
secundárias, doenças inflamatórias
intestinais. 
Defeitos estruturais: doença de
inclusão microvilositária, enteropatia
tuffting, diarreia fenotípica, deficiência
de sulfato--heparina, deficiência de
integrina e linfangiectasia. 
Defeitos no transporte de eletrólitos
e metabólicos: cloridorreia congênita,
má absorção de sódio, acrodermatite
enteropática, deficiência de folato,
abetalipoproteinemia 
Doenças da motilidade: doença de
Hirschsprung, pseudo-obstrução
intestinal crônica, tireotoxicose. 
Diarreias não específicas: diarreia
crônica funcional, síndrome do intestino
irritável. 
Doenças neoplásicas: hormônios
secretores neuroendócrinos, VIPoma,
APUdomas, mastocitose, síndrome de
zollinger-Ellison 
2
Outras causas: doença celíaca, fibrose
cística (mucoviscidose), enteropatia
ambiental, intoxicação.
DII (DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL):
● Compreende a retocolite
ulcerativa, a doença de Crohn e a
colite indeterminada.
● Dor abdominal, cólicas, diarreia,
sangramento retal, urgência fecal
e fadiga extrema. 
● Os sintomas cardinais são dores
abdominais de caráter
intermitente, cólicas, diarreia
crônica e evacuações
mucossanguinolentas. 
ENTEROPATIA ALÉRGICA:
● A enteropatia alérgica
acompanhada ou não de colite
resulta de resposta anormal à
proteína alimentar, sendo o leite
de vaca o alérgeno predominante.
● A diarreia, com ou sem sangue, a
anemia e a inapetência estão
presentes. 
● Nos primeiros meses de vida,
predominam as reações alérgicas
não IgE mediadas, de difícil
reconhecimento, por não haver
comprovação laboratorial
disponível
DIARREIA COLERÉTICA:
● Ocorrem nos pacientes com má
absorção de ácidos biliares. 
● O íleo terminal apresenta
processo inflamatório extenso e
grave, ou pode estar com
superfície de absorção reduzida,
como nos casos de síndrome do
intestino curto. 
● Os sais biliares não
completamente absorvidos
excedem a capacidade absortiva
do íleo distal, o que acarreta
igualmente diarreia de caráter
secretor.
MÁ ABSORÇÃO DE CARBOIDRATO:
● A mais comum é a intolerância à
lactose decorrente da redução da
atividade lactásica nas
microvilosidades do epitélio
intestinal. 
● A intolerância à lactose (IL) pode
ser adquirida, relacionada às
lesões da mucosa do intestino
delgado, secundárias às
gastroenterites aguda e
persistente, que determinam
lesões ultraestruturais do epitélio
intestinal, com redução
significativa da concentração de
lactase. 
● A lactose não completamente
hidrolisada é fermentada pelas
bactérias colônicas, resultando
em produção de ácidos orgânicos,
butirato e gases voláteis. 
● As fezes são ácidas e provocam
em lactentes assaduras de difícil
controle. Há, ainda, raros casos
em que se constata diarreia
osmolar por déficit da enzima
sacarase-isomaltase, após
ingestão de sucos açucarados. 
● Entre seus sintomas, destacam-se
tanto diarreia quanto prisão de
ventre, desarranjos estomacais e
gases. 
SCI (SÍNDROME DO CÓLON
IRRITÁVEL)
● Os principais sintomas são
dor/mal estar abdominais
intermitentes e crônicos, assim
como alterações da função
intestinal.
● Esta pode manifestar-se como
constipação, diarréia ou ambos.
SÍNDROMES DE MÁ ABSORÇÃO:
● A má absorção causa diarreia,
perda de peso e fezes volumosase excepcionalmente fétidas. 
● O diagnóstico é baseado nos
sintomas característicos,
juntamente com exames.
DOENÇA CELÍACA (INTOLERÂNCIA AO
GLÚTEN)
3
2. Entender os sinais e
sintomas das doenças
diarreicas:
● Dor abdominal, constipação,
gases, náusea, perda de peso e
diarreia.
● Mais da metade dos celíacos têm
sinais e sintomas que não estão
relacionados ao sistema
digestivo, tais como: Anemia;
Dermatite herpetiforme (lesões
bolhosas na pele).
MÁ ABSORÇÃO DE GORDURA:
● Fezes volumosas, de aspecto
brilhante, odor pútrido e que
boiam no vaso sanitário
caracterizam a esteatorreia,
frequentemente observada na
fibrose cística. 
● A má absorção decorre da
insuficiência pancreática
exócrina. Ao nascimento, o íleo
meconial pode ser uma
manifestação. 
● Na abetalipoproteinemia, não há
formação dos quilomícrons
necessários para a absorção das
vitaminas lipossolúveis. 
● Sintomas neurológicos podem
estar presentes.
ALTERAÇÕES DA MOTILIDADE:
● A doença de Hirschsprung
caracteriza-se fundamentalmente
por distensão abdominal e
extrema dificuldade evacuatória
decorrente da ausência dos
gânglios mioentéricos. 
● A pseudo-obstrução intestinal
crônica é uma condição rara
determinante de distensão
crônica das alças intestinais,
retardo do transito colônico e
surtos de diarreia decorrentes do
sobre crescimento bacteriano do
intestino. 
● Não há processo inflamatório em
curso ou déficit de absorção. O
apetite está preservado e o
estado nutricional é normal. As
evacuações são amolecidas, por
vezes líquidas e frequentemente
contém restos alimentares. 
DIARREIA COMUM:
● Caracteriza-se normalmente por
provocar apenas fezes soltas e
aguadas e durar no máximo 2
semanas. 
● Ocorre mais em crianças. 
● Pode estar associada a uma
combinação de estresse,
remédios e alimentos. Por
exemplo, excesso de gorduras, de
cafeína, mudança do tipo de água
ingerida ou mesmo ansiedade
diante de acontecimentos
importantes podem provocar esse
tipo de diarreia;
DIARREIA INFECCIOSA:
● Comum em crianças, provoca
além dos sintomas da diarreia
comum, febre, perda de energia e
de apetite. 
● É causada por vírus e bactérias.
Se não for convenientemente
tratada, pode demorar até 1
semana para os sintomas
desaparecerem.
AMEBÍASE:
● Pode ocasionar desde leve dor de
estômago e flatulência até febre,
prisão de ventre, debilidade física
e fezes aguadas com manchas de
sangue. 
● É causada por um protozoário que
invade o sistema gastrintestinal
transportado por água ou comida
contaminada. 
● Infecção típica dos trópicos,
manifesta-se também nos
habitantes de regiões de clima
temperado; 
GIARDÍASE:
● Causada pela giárdia, um
protozoário, seus sintomas
variam da simples dor estomacal
à diarreia persistente ou à
presença de fezes pastosas. 
● Outros sintomas também podem
aparecer: desconforto abdominal,
eructação (arroto), dor de cabeça
e fadiga. 
● A giárdia espalha-se no aparelho
digestivo através da ingestão de
4
água e alimentos contaminados.
Também pode ser transmitida por
relações sexuais ou por
excrementos.
FISIOPATOLOGIA DA DIARREIA:
Para que ocorra diarréia aguda
infecciosa, os microrganismos precisam
romper essa barreira e aderir à
superfície mucosa. 
Depois da aderência à superfície celular,
os microrganismos exercem seus fatores
de virulência por meio da produção de
enterotoxina, citotoxina e lesão da
mucosa intestinal de intensidade
variada, podendo até determinar em
alguns casos infecção generalizada. 
O rotavírus causa lesões focais, com
infecção das células vilositárias apicais,
que concentram as dissacaridases,
principalmente a enzima lactase. Com a
destruição desses enterócitos e a
reposição por células imaturas, há
diminuição da atividade enzimática,
reduzindo a absorção dos
carboidratos, com ênfase na lactose. 
DIARREIA NÃO INFLAMATÓRIA OU
AQUOSA:
● Está associada à eliminação de
fezes líquidas volumosas, mas
sem sangue;
● Sintomas: cólicas periumbilicais,
distensão abdominal por gases; e
náuseas ou vômitos. 
● Em muitos casos, esse tipo de
diarreia é causado por bactérias
produtoras de toxinas ou outros
patógenos (p. ex., vírus, Giardia)
que interrompem a absorção ou o
processo secretório normal do
intestino delgado. 
● Vômitos abundantes sugerem
enterite viral ou intoxicação
alimentar por S. aureus. 
● Embora geralmente seja branda,
a diarreia (que se origina do
intestino delgado) pode ser
volumosa e causar desidratação
com hipopotassemia e acidose
metabólica (i. e., cólera). 
● Como não há invasão dos tecidos,
também não há leucócitos nas
fezes. 
DIARRÉIA INFLAMATÓRIA
SANGUINOLENTA OU DISENTERIA:
● Geralmente se caracteriza por
febre e diarreia sanguinolenta
(disenteria). 
● A diarreia inflamatória é causada
por patógenos que invadem a
mucosa do intestino delgado ou
grosso, ocasionando resposta
inflamatória local ou sistêmica,
dependendo da extensão da
injúria 
● Esse tipo de diarreia é causado
pela invasão das células
intestinais ou toxinas associadas
às infecções. 
● Como as infecções associadas a
esses microrganismos afetam
predominantemente o intestino
grosso, a eliminação de fezes é
frequente, as fezes têm volume
pequeno e a defecação está
associada a cólicas no quadrante
inferior esquerdo do abdome,
urgência para defecar e tenesmo.
● A disenteria infecciosa deve ser
diferenciada da colite ulcerativa
aguda, que pode causar diarreia
sanguinolenta, febre e dor
abdominal. 
● Diarreia que persiste por 14 dias
não pode ser atribuída a
patógenos bacterianos (exceto C.
difficile) e o paciente deve ser
avaliado a procura de outra causa
de diarreia crônica. 
● O quadro clínico caracteriza-se
por febre, mal-estar, vômitos, dor
abdominal do tipo cólica e
5
3. Distinguir diarreia
crônica e aguda:
diarreia disentérica, com fezes
contendo sangue, muco e
leucócitos. 
● Em algumas situações, os
microrganismos podem atingir a
circulação sistêmica, afetando
órgãos a distância como
articulações, fígado, baço e
sistema nervoso central. 
● A principal complicação da
diarreia aguda é a desidratação,
que nos casos de maior gravidade
pode levar a distúrbio
hidroeletrolítico e acidobásico,
choque hipovolêmico e até morte.
● As crianças menores de 1 ano são
as mais vulneráveis. 
● Nas populações mais carentes, a
diarreia aguda pode ser um fator
determinante ou agravante da
desnutrição, que por sua vez
aumenta a predisposição à
infecção, além de uso prévio
recente de antibióticos.
DIARREIA OSMÓTICA:
● Grande quantidade de moléculas
hidrossolúveis no lúmen intestinal
e isso leva a uma retenção
osmótica de água. 
● A causa mais frequente é o uso
de laxativos e má absorção
intestinal de carboidratos.
Também associada ao rotavírus. 
● A água é atraída para dentro do
lúmen intestinal pela
concentração hiperosmótica do
seu conteúdo, a tal volume que o
cólon não consegue reabsorver o
excesso de líquido. 
● Em pessoas com deficiência de
lactase, a intolerância à lactose
se deve à ausência da enzima
lactase. A atividade inadequada
de lactase possibilita que a
lactose chegue ao intestino
grosso. A flora no intestino grosso
constitui uma via de resgaste
para a digestão de lactose que é
clivada em ácidos graxos de
cadeia curta e gás,
principalmente hidrogênio (H2),
dióxido de carbono (CO2) e
metano (CH4). A lactose não
digerida pode provocar diarreia
osmótica. 
● Em geral, a diarreia osmótica
regride com a suspensão da
ingestão alimentar 
DIARRÉIA SECRETÓRIA:
● Ocorre quando há estímulos que
provocam aumento da secreção
da mucosa intestinal. É um
distúrbio no transporte
hidroeletrolítico (GAP osmolar
fecalbaixo). 
● Causada geralmente por vírus
(rotavírus), enterotoxinas das
bactérias (cólera, e.coli e
neoplasias). 
● Os produtos da digestão
bacteriana da lactose podem
provocar diarreia secretória e
distensão intestinal por gás,
eventos que provavelmente
provocam sintomas. 
● A intolerância à lactose se
caracteriza por sinais/sintomas
abdominais (p. ex., náuseas,
distensão abdominal e dor) após
a ingestão de laticínios. 
● Os sais de magnésio no leite de
magnésia e em alguns antiácidos
não são bem absorvidos e
causam diarreia quando são
ingeridos em quantidades
expressivas.
DIARRÉIA EXSUDATIVA:
● Secreção de soro, sangue, muco
ou pus, a partir de áreas
inflamadas, o que pode ocasionar
na diarreia. 
● Relacionada com doenças
ulcerativas ou infiltrativas que
aumentam o volume fecal e
causam a diarreia. 
● Neoplasias intestinais, doenças
inflamatórias intestinais, colite
induzida por antibiótico e
parasitoses, como a giardíase.
DIARRÉIA MOTORA OU FUNCIONAL:
6
● Aumento da motilidade intestinal,
o que causa inadequada mistura
do alimento com as enzimas
digestivas e pouco contato com a
superfície de absorção da mucosa
intestinal. 
● Diagnóstico de exclusão. 
● Exemplo: Neuropatia diabética.
DIARREIA DISABSORTIVA:
● Síndrome de má absorção e
digestão. 
● Comum ter lipídios nas fezes
(comum esteatorreia). 
FATORES DE RISCO:
DIARREIA AGUDA:
● A diarreia que começa
subitamente e persiste por menos
de 2 semanas geralmente é
causada por agentes infecciosos. 
● Mais de 3 evacuações por dia de
consistência líquida ou pastosa. 
● Frequentemente são subdivididas
em não inflamatórias (volumes
grandes) e inflamatórias (volumes
pequenos) com base nas
características das fezes
diarreicas. 
● Pode ter causas infecciosas e não
infecciosas. As causas infecciosas
apresentam uma maior
prevalência e impacto. 
● Causas não infecciosas:
Alergias, intolerâncias e erros
alimentares, além de certos
medicamentos. 
● Causas infecciosas: os vírus, as
bactérias e os protozoários. No
mundo inteiro, os vírus são os
principais. Os vírus são altamente
infectantes e necessitam de baixa
carga viral para causar doença. 
● Patógenos entéricos causam
diarreia por vários mecanismos.
Alguns não são invasivos e não
provocam inflamação, mas
secretam toxinas que estimulam
a secreção de líquidos. 
● Outros invadem e destroem as
células epiteliais e, deste modo,
alteram o transporte de líquidos,
de modo que a atividade
secretória continua, mas a
atividade absortiva é
interrompida. 
● A doença diarreica na maior parte
das vezes representa uma
infecção do tubo digestivo por
vírus, bactérias ou protozoários e
tem evolução autolimitada, mas
pode ter consequências graves
como desidratação, desnutrição
energético-proteica e óbito. 
DIARREIA PERSISTENTE:
● Mais de 2 semanas e menos de 4.
● Episódio diarreico de causa
presumivelmente infecciosa, que
se inicia com um processo agudo
e se prolonga, de forma não
usual, por um período igual ou
superior a 14 dias. 
● Quando o processo em curso
ultrapassa 14 dias, define-se
como diarreia crônica. Alguns
autores utilizam o termo “diarreia
persistente” quando o processo
em questão decorre de etiologia
infecciosa, e denominam crônica
quando não associada à infecção
pregressa.
7
DIARREIA CRÔNICA:
● A diarreia é considerada crônica
quando os sintomas persistem
por 4 semanas ou mais. 
● A diarreia crônica está associada
frequentemente aos distúrbios
como DII, SCI, síndromes de má
absorção, doenças endócrinas
(hipertireoidismo, neuropatia
autônoma diabética) ou colite
pós-irradiação. 
● Existem quatro grupos principais
de diarreia crônica: conteúdo
intraluminal hiperosmótico;
aumento dos processos
secretórios do intestino; doenças
inflamatórias; e processos
infecciosos. 
● A diarreia crônica pode ser
isolada ou associada ao diabete
melito tipo I. O quadro clínico é
grave, compreendendo diarreia
crônica, dermatite, tireoidite e
diabete melito. 
TIPOS DE DESIDRATAÇÃO:
● Desidratação hipertônica:
acontece quando o corpo perde
mais água que eletrólitos. Menos
frequente, esta desidratação
pode ocorrer devido à ingestão de
solução hipertônica ou à
ocorrência de doenças, como a
diabetes insipidus. 
● Desidratação isotônica:
quando o corpo perde a mesma
quantidade de água e eletrólitos,
podendo acontecer em quadros
de diarreia e vômitos. 
● Desidratação hipotônica:
quando o corpo perde mais
eletrólitos que água.
Normalmente é causada por
sudorese excessiva ou diarreia
intensa. 
● Desidratação voluntária: a
desidratação hipotônica também
pode ser causada pela ingestão
de grandes quantidades de água
pura (sem eletrólitos) em um
curto espaço de tempo. Ela pode
ocorrer durante a prática
esportiva, quando o corpo perde
muitos eletrólitos na sudorese, ou
em quem bebe muita água
mesmo sem sentir sede
MANEJO DA DIARREIA:
PLANO A:
● Tratamento no domicílio. 
● É obrigatório aumentar a oferta
de líquidos, incluindo o soro de
reidratação oral (reposição para
prevenir a desidratação) e a
manutenção da alimentação. 
● Tratamento com alimentos que
não agravem a diarreia. Deve-se
dar mais líquidos do que o
paciente ingere normalmente.
São considerados líquidos
adequados: sopa de frango com
hortaliças e verduras, água de
coco, água. 
● São inadequados: refrigerantes,
líquidos açucarados, chás, sucos
comercializados, café. 
● Ainda no Plano A, deve-se iniciar
a suplementação de zinco e
manter a alimentação habitual. 
● Os sinais de alarme devem ser
enfatizados: aumento da
frequência das dejeções líquidas,
vômitos frequentes, sangue nas
fezes, recusa para ingestão de
líquidos, febre, diminuição da
atividade, presença de sinais de
desidratação, piora do estado
geral).
PLANO B:
● Administrar o soro de reidratação
oral sob supervisão médica
(reparação das perdas vinculadas
à desidratação). 
● Manter o aleitamento materno e
suspender os outros alimentos
(jejum apenas durante o período
da terapia de reparação por via
oral). Após o término desta fase,
retomar os procedimentos do
Plano A. 
● De acordo com a OMS é
importante que a alimentação
8
4. Compreender os tipos de
desidratação e seus
manejos de acordo com o
Ministério da Saúde:
seja reiniciada no serviço de
saúde para que as mães sejam
orientadas quanto à importância
da manutenção da alimentação. 
● A primeira regra nesta fase é
administrar a solução de terapia
de reidratação oral (SRO), entre
50 a 100 mL/Kg, durante 2 a 4
horas. 
● A SRO deve ser oferecida de
forma frequente, em quantidades
pequenas com colher ou copo,
após cada evacuação. 
● A mamadeira não deve ser
utilizada. 
● Considera-se fracasso da
reidratação oral se as dejeções
aumentam, se ocorrem vômitos
incoercíveis, ou se a desidratação
evolui para grave. 
● Nesta fase deve-se iniciar a
suplementação de zinco.
PLANO C:
● Corrigir a desidratação grave com
terapia de reidratação por via
parenteral (reparação ou
expansão). 
● Em geral, o paciente deve ser
mantido no serviço de saúde, em
hidratação parenteral de
manutenção, até que tenha
condições de se alimentar e
receber líquidos por via oral na
quantidade adequada. 
● As indicações para reidratação
venosa são: desidratação grave,
contraindicação de hidratação
oral (íleo paralítico, abdômen
agudo, alteração do estado de
consciência ou convulsões),
choque hipovolêmico. 
● Idealmente deve-se conseguir a
punção de veia calibrosa. 
● Quando necessário, sobretudo em
casos de choque hipovolêmico,
podem ser necessários dois
acessos venosos. Caso não seja
possível, considerar infusão intra-
óssea. 
● Podem ser utilizadosos seguintes
critérios para internação
hospitalar: choque
hipovolêmico, desidratação grave
(perda de peso maior ou igual a
10%), manifestações neurológicas
(por exemplo, letargia e
convulsões), vômitos biliosos ou
de difícil controle, falha na terapia
de reidratação oral, suspeita de
doença cirúrgica associada ou
falta de condições satisfatórias
para tratamento domiciliar ou
acompanhamento ambulatorial. 
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