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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS - AULA 2 - A PSICANÁLISE - História e Principais Conceitos

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a psicanálise: 
história e principais conceitos
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS 
Aula 2
HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
► Origem da PSICANÁLISE → Encontro de Freud com a histeria e com a histérica. 
► Freud começou a trabalhar com outro médico, o dr. Joseph Breuer, que usava a hipnose no tratamento dos distúrbios histéricos. 
■ Ambos buscaram desvendar o papel essencial da palavra nas sessões de hipnose.
■ Através da conversa, os pacientes levavam ao reconhecimento do motivo psicológico causador do mal-estar. 
■ Surge o conceito de talking cure, método de “conversar”, mesmo hipnotizado, fazendo da palavra um instrumento libertador e da suspensão dos sintomas. 
► Freud conclui que se a palavra pode substituir os sintomas, logo essas manifestações só podem ser substitutas de atos psíquicos normais. 
“Esta palavra recuperada” vem acompanhada de uma descarga emocional que estava reprimida e o resultado desta libertação emocional é uma catarse. 
Catarse possibilita o alívio da tensão psicológica pela limpeza simbólica que produz ao ser reproduzida essa tensão, mas liberada da censura da consciência pelas palavras pronunciadas.
HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
► Freud cria a ideia de INCONSCIENTE → com a hipnose constata que muitas lembranças da infância, ou do passado histórico dos pacientes, tinham sido esquecidas, ou simplesmente expulsas da consciência, mas quando estas memórias eram recordadas, pela ausência da repressão consciente, o comportamento se modificava.
■ Existência do Traumatismo Psíquico → Representações mentais (memórias, fantasias) não podem então ser expressas na sua totalidade na consciência, explicando como a dor do que foi vivido deu lugar a esta substituição pelo sintoma. 
■ A presença de um conflito na mente do indivíduo favorece uma recusa de encará-lo, formando uma necessidade de retirar de alguma forma esta representação da consciência → Representações mentais que precisam ser recuperadas pelo tratamento. 
HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
► Em um mundo patriarcal, Freud ousou ouvir a histérica, e via na histeria uma manifestação psíquica, como uma forma de significar o corpo e o mundo. 
	■ Ele pôde perceber o “valor do sintoma” e estudá-los sob uma nova óptica.
► Freud e Breuer apresentaram três pontos fundamentais da Histeria: 
1) Os sintomas histéricos faziam sentido → sensação de sufocação / acessos traumáticos / paralisia dos membros / desmaios / perda da audição / incapacidade repentina de falar / vômitos persistentes / incapacidade de ingerir alimentos / esquecimento da língua materna.
2) Existia um trauma que causara a doença, que tinha ligação com impulsos libidinais que haviam sido reprimidos, os conflitos.
3) A lembrança desse trauma e sua catarse era o caminho para a cura.
Associação livre de ideias 
► Associação Livre de Ideias → Freud abandona a hipnose e descobre que se mantivesse o paciente em estado de relaxamento e deixando de lado toda a reflexão consciente para poder falar da ideia livremente, o paciente experimentava um grande alívio de suas tensões psíquicas, porque conseguia recordar fatos do passado bem distante. 
■ Aplicação da técnica da livre associação aos sonhos → Valoriza a característica flexível desta técnica e seus aspectos dinâmicos de estabelecer um diálogo entre o que se encontra inconsciente no material consciente. 
■ Freud consegue demonstrar como a livre associação por meio da interpretação dos sonhos permite um acesso ao inconsciente e quais são os processos psíquicos que estão em jogo. 
sonhos
► SONHOS – Expressa um desejo inconsciente de modo disfarçado, o que faz ter um aspecto incongruente e incompreensível na maioria das vezes.
■ É uma satisfação disfarçada dos desejos que foram recalcados durante o estado de vigília, possuindo:
● Um conteúdo manifesto - A descrição que se faz ao relembrar o sonho.
● Um conteúdo latente – Que possui o significado verdadeiro do sonho.
► Sua formação se dá por mecanismos: 
a) Condensação – O sonho tem a função de unir, juntar, integrar ou “condensar” pensamentos apresentados sob a forma de um elemento só formando a imagem onírica. 
b) Deslocamento - Considerado como processo essencial por transportar para um elemento considerado como de mínima importância para a consciência, para escapar de sua censura, uma intensidade afetiva que caberia de fato a outro objeto desejado. 
c) Figuração. São numerosos, e para entender seus significados ou o que querem “dizer”, necessário estabelecer associações lógicas para com as expressões oníricas manifestadas, buscando por meio delas o entendimento de "quando", “porque" “como “algo aconteceu para o sonhador”. 
.
transferência
► Freud vai chamar de Transferência a relação que mantém o analisando em sua busca, bem como o analista em sua escuta: 
■ Quando o paciente tende a reviver a situação nele por meio de sentimentos e percepções associados às figuras parentais, ou pessoas significativas do passado, porque introjetou a figura do analista e projetando nele suas figuras do passado, a análise dessa situação resulta em bom desempenho para o processo terapêutico ter continuidade. 
► Freud deixa claro que o que ocorre na relação particular entre analisando e analista, é o tratamento para o processo de cura da alma. 
■ O problema todo será o de fazer com que haja um despregar-se da transferência.
resistência
► Freud dá ao mecanismo de afastamento das emoções o nome de Resistência.
■ Certos pensamentos descartados da consciência devido a processos como a repressão - a rejeição e a negação - as forças presentes nessa “brincadeira”, feita pela repressão, se manifestarão por meio de modos de resistência que se opõem aos esforços para trazer de volta à consciência as lembranças dolorosas. 
► Resistência → Tendência nos pacientes de se expressarem de modo muito intelectualizado, repetindo imagens do passado de modo frio, como se estivesse resistindo a entrar em contato com os sentimentos e emoções. 
■ Quando ela se manifestava nenhuma mudança se processa no comportamento, pois as emoções não são consideradas e incorporadas ao relato. 
■ A dificuldade de unir as emoções com suas representações problemáticas contidas nas lembranças → Material de tratamento e de análise.
libido
► Freud vai chamar de “Libido" a força psíquica de natureza sexual presente em todas as pessoas → Representante de todas as manifestações do instinto de vida.
■ O conflito psíquico é sempre um produto das complicadas interações entre desejos de natureza sexual com as necessidades adaptativas.
■ Libido é energia psíquica → Pode tomar formas diversas e não são finalizadas no sentido do ato sexual propriamente dito. 
► A parte psíquica da sexualidade, como impulso à ação, é definida por Freud como pulsão → Gera desejos, os quais não aceitam nem reconhecem as regras da realidade.
 ■“O desejo” não é controlado por nenhuma regra social, cultural e moral → Produz o conflito psicológico sempre quando esse desejo entra em contato com a realidade.
 ■ A “colisão entre desejo e realidade” surge à formação de fantasias, que ficam como fantasmas atormentadores da vida psicológica.
instinto
► Desejo → A representação psicológica do Instinto.
■ Não tem um objeto concreto, pois é uma fantasia.
► Necessidade → A excitação corpórea que causa o desejo. 
■ Se dirige a uma satisfação, por exemplo, sinto fome, busco comida. 
► INSTINTO é um quantum de energia psíquica → Quantidade daquilo que a mente necessita para funcionar. 
► Todo instinto tem uma fonte, uma finalidade, um objeto e um impulso, havendo dois grandes grupos de instintos: Instinto de vida e Instinto de morte.
■ Instinto de Vida é o portador de Eros, necessário para manutenção da sobrevivência e sustentação da vida
■ Instinto de Morte é o portador do Thanatos, e se refere aos comportamentos autodestrutivos, ou à agressão e violência.
teoria do desenvolvimento psicossexual
► Todo bebê é colocado em situações de angústia em função de sua imaturidade biológica, e para amenizar essa situação a intervenção do outro se faz necessária.
■ A pessoa que pode aliviar essasituação de desconforto é a mãe, que além de acalmar a aflição, favorece com as primeiras satisfações sentidas pelo bebê, como por exemplo a da fome. 
■ A figura da mãe, se liga à primeira relação do desconforto do bebê com a consequente experiência do prazer por ele sentida. 
■ A mãe, enquanto a portadora do prazer, se torna o objeto de desejo do filho.
► A personalidade se edifica, na teoria freudiana, por meio dos estágios oral, anal, fálico e genital, e entre pulsões ou impulsos de vida e de morte. 
■ O indivíduo pode estacionar e ficar “fixado” mais em uma fase que em outra e essa situação de fixação traz consequências visíveis para o próprio processo de amadurecimento emocional.
complexo de édipo
► Por meio da análise dos sonhos, Freud descobriu a importância da sexualidade, sobretudo a infantil, na origem psíquica (psicogênese) de processos patológicos. 
■ A sexualidade infantil manifestada, sobretudo, pelo Complexo de Édipo.
► O termo Complexo de Édipo, criado por Freud e inspirado na tragédia grega Édipo Rei, designa o conjunto de desejos amorosos e hostis que o menino enquanto ainda criança experimenta com relação a sua mãe”.
■ Angústia de Castração → Um dos componentes centrais do complexo de Édipo nos meninos.
teoria do desenvolvimento psicossexual
► Freud elabora inicialmente no Primeiro Tópico a diferenciação do aparelho psíquico entre:
■ Inconsciente → Lugar das representações das pulsões reprimidas → desejos e impulsos.
■ Pré consciente → Local na psique das representações não reprimidas.
■ Consciente → Onde se dá a atividade de consciência → Lugar dos sintomas.
► Posteriormente no Segundo Tópico as estâncias são definidas como Ego, Id e Superego e o Inconsciente não é mais um "lugar" e sim uma qualidade que é atribuída às diferentes instâncias do aparelho psíquico. 
■ Ego → Possuidor de funções como controle dos impulsos, inteligência, mecanismos de defesa → Uma instância psíquica mista → Regida pelo princípio da realidade, desenvolvendo o pensamento lógico e realista.
■ Id → Depositário dos instintos, pulsões, desejos e fantasias → Regido pelo princípio do prazer, para reduzir a tensão e evitar a dor.
■ Superego → Incorporação da imagem paterna, a partir da passagem pelo Édipo, sendo uma instância em que os processos agem na consciência moral → Dita o que se deve fazer e o que é expressamente vetado.
narcisismo
► Todo objeto relacional se constrói por meio das relações estabelecidas pelo bebê com o outro → Esse objeto se configura como um complemento à necessidade de satisfação da tensão pulsional dirigida ao seio como aquele que tem poder de satisfazer a pulsão oral. 
■ O bebe vai incorporar, pela sua identificação com o objeto de prazer – o seio – uma imagem encarnada por todas as pessoas que se ocupam dele, mas estando sempre em primeiro lugar a mãe. 
► O narcisismo é antes de tudo a identificação com este outro, a imagem como a de um espelho, que o sujeito adquire de si mesmo por interiorização do modelo do outro → É uma interiorização ao ego do bebê, que se constitui neste momento, por meio do investimento do objeto. 
● O termo narcisismo vai designar as diferentes formas de amor de si mesmo como objeto sexual que pode descrever no ser humano. 
► O narcisismo também está ligado às manifestações patológicas de personalidade:
■ Primeiramente nas psicoses, paranóia, por exemplo, este investimento narcísico do ego é extremo e coexiste com um rebaixamento dos outros do objeto.
■ Em segundo lugar, às personalidades com traços perversos, como é o caso daqueles que são chamados na atualidade de narcisistas perversos. 
Bibliografia
● BALDWIN, A. L. TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. Ed. Pioneira, SP, 1973.
● COREY, G. TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO E PSICOTERAPIA. Ed. Campus, RJ, 1993.
● EIZIRIK, C. L.; HAUCK, S.; CAPPELARI, C. P. C. PSICANÁLISE E PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA. In: PSICOTERAPIAS ABORDAGENS ATUAIS. CORDIOLI & GREVET (Orgs.), Ed. Artmed, P. Alegre, 2019.
● HEIDBREDER, E. PSICOLOGIAS DO SÉC. XX. Ed. Mestre Jou, SP, 1969.
● PONCIANO, R. PSICOTERAPIA – TEORIA E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS. Ed. Summus, SP, 2017.
● URRUTIGARAY, M. C. F. TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS. SESES (Estácio), Rio de Janeiro, RJ, 2018.

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