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Princípios da Videolaparoscopia ● Introdução e histórico: ○ grande aceitação e desenvolvimento ○ a não realização de estudos clínicos randomizados e prospectivos ○ expansão para várias especialidades médicas. ● Vantagens: ○ menor permanência hospitalar ○ retorno precoce às atividades habituais ○ menor trauma cirúrgico ○ menor dor pós operatório ○ menor resposta metabólica ao trauma (menores elevações de citocinas pró inflamatórias (0800 - 1268) ○ cirurgia convencional - cirurgião dependente ○ cirurgia laparoscópica - tecnologia dependente ● Equipamento: ○ sistema óptico conectado a fonte de luz ○ monitor de vídeo ○ videocâmera de alta resolução ○ insuflador automático de gás ○ eletrocautério ou bisturi ultrassônico ○ pinças cirúrgicas ● Criação do espaço operatório: ○ cavidade abdominal: espaço virtual ○ espaço operatório: Pneumoperitônio ○ Alternativa - elevadores de parede abdominal (não adequado) ○ Insuflação com gazes: ■ hélio ■ argônio ■ óxido nitroso ■ gás carbônico (CO2) ○ Inerte, não combustível, abundante: ■ gás carbônico (facilmente eliminado pelo pulmão) ● Criação do espaço operatório: ○ Indução de pneumoperitônio - 4 técnicas: ■ 1- Punção com agulha de veress e introdução do primeiro trocarte às cegas. ■ 2- Introdução do primeiro trocarte às cegas sem utilização prévia de agulha de Veress, ■ 3- Introdução do primeiro trocarte sob visão direta pela técnica aberta: ● Primeiro trocarte às cegas ● Primeiro trocarte por técnica aberta (Hasson) ● Trocanter óptico ■ 4- Utilização de trocarte óptico, com ou sem utilização de agulha de Veress. ○ Alguns cuidados: ■ aspiração; para ver se não esta perfurando algo. ■ teste da gota ■ aderências (técnica aberta) ■ insuflação gradativa (Até 2,5 L/min) ■ Dificuldades (local exato? relaxamento?) ■ Início da insuflação - alterações hemodinâmicas mais intensas ■ maior número de óbitos - primeiros 5 minutos ■ 5 minutos - diminuição do débito cardíaco (20 - 40%) ■ arritmias são comuns (25 - 47%) ■ arritmias sinusais benignas - cessam após pneumoperitônio (hipercarbia > 50 mmHg) ● IMPORTANTE: ○ Pressão inicial para insuflação entre 6 a 8 mmHg ○ Fluxo inicial 1L/min ○ Pressão entre 12 a 15 mmHg (evitar síndrome compartimental) ● CAI NA PROVA: ○ Tipos de arritmias mais comum na indução do pneumoperitônio: ■ Taquicardia sinusal - resposta fisiológica simpática pela absorção de Co2. ■ Bradicardia sinusal (MAIS COMUM) - arritmia mais comum - Estimulação vagal pelo estiramento do pneumoperitônio. ■ Tratamento = desinsuflação. ● Alterações fisiológicas durante a laparoscopia: ○ Múltiplas alterações - nem sempre perceptíveis: ■ Cuidado especial: ● idosos ● múltiplas comorbidades ● grávidas ● criticamente enfermos ○ Efeitos cardiovasculares do pneumoperitônio: ■ pneumoperitônio: aumento pressão intra abdominal ■ compressão sistema venoso - aumento da pressão venosa central. ■ Aumento PVC = diminuição da pré carga. ■ Ativação simpática = taquicardia ■ Alterações hemodinâmicas em fases: ● 5 min: decréscimo do DC ● 10 min: retorno do DC ■ Proporcionais a pressão intra-abdominal (12 mmHg) ○ Posição do paciente em relação ao ato operatório: ■ Repercussões hemodinâmicas dependentes da posição ■ Maiores efeitos: trendelemburg ou proclive ■ Indução de pneumoperitônio em proclive: diminuição 50% do D.C ■ Trendelemburg: aumento do retorno venoso ○ Absorção de CO2: ■ Hipercapnia isolada - eleva DC, PAM e FC. ■ Efeitos do pneumoperitônio com CO2: ● diminuição do DC, elevação da RVP ● sem efeito na FC ■ Efeitos da absorção de CO2, é incertos. ○ Resposta neuro-humoral: ■ elevação de ADH, renina, aldosterona ■ aumento da pressão abdominal - aumento NOR e epinefrina ■ resposta menor do que procedimentos convencionais ○ Alterações pulmonares: ■ alterações menores do que em procedimentos convencionais (principalmente abdome superior): ● redução da capacidade pulmonar total ● redução da capacidade vital forçada ● diminuição do fluxo expiratório forçado ● redução das complicações respiratórias (minimiza restrições respiratórias) ○ Resposta imunológica: ■ agressão menor - resposta menos acentuada: ● correlação clínica: ○ redução de infecção PO ○ menores níveis de PCR e leucócitos ○ menores índices de anti necrose tumoral e IL-6 ● Considerações sobre anestesia: ○ Anestesia geral com monitorização (capnógrafo) ○ Possibilidade de agentes anestésicos de curta duração (alta precoce) ○ Possibilidade de anestesia regional ou local ○ Anestesia regional - menor vômitos ○ Anestesia regional - Dificuldade de posicionamento: ■ risco de aspiração ■ DPOC - possível vantagem ○ Alterações respiratórias < em pacientes despertos ● Na real: ○ E as gestantes? É possível realizar videolaparoscopia em gestantes? ○ R: não tem problema em fazer nas gestantes, tem muito mais importante casos de colecistite aguda ou pancreatite aguda. ● Considerações sobre gestantes: ○ Diminuição do retorno venoso = hipofluxo ao útero ○ Procedimentos em menor tempo possível ○ Paciente em decúbito lateral esquerdo ○ Indução de pneumoperitônio aberto ○ Pressão mais baixa durante a cirurgia. ● CAI NA PROVA: ○ Complicações da laparoscopia: ■ insuflação extraperitonial inadvertida: ● Ocorre devido ao posicionamento inadvertido de agulha de veress ● O local de maior ocorrência é subcutâneo /intravascular / espaço pré-peritoneal / vísceras / omento / mesentério / retroperitônio. ● Podendo causa enfisema subcutâneo: grande - possibilidade de hipercapnia e acidose respiratória. ● Identificação: aumento da pressão do aparelho ● A maioria das vezes tratamento conversador. ■ complicações cardiovasculares: ● Alterações hemodinâmicas fisiológicas geralmente não levam à repercussão clínica. ● Alerta - portadores de doença cardiovascular prévia ● Prevenção - indução do pneumoperitônio em posição dorsal. ● Hipoxemia: lesões pré-existentes / hipoventilação / pneumotórax / broncoaspiração ● Hipercapnia: DPOC acentuada / aumento da absorção de CO2 (insuflação extraperitoneal). ● Complicações pulmonares < em laparoscopia do que em procedimentos convencionais. ● OBS: 45 minutos para os níveis de CO2 retornarem ao normal após desinflação (condições fisiológicas) ■ complicações pulmonares: ■ pneumotórax, pneumomediastino e pneumopericárdio: ● Pneumotórax: infrequente (difusão de gás / lesão da pleura parietal / defeito do diafragma) ● Perda do plano anestésico e contração abrupta do abdome - fator possível. ● Mínimo - tratamento conservador ● Comprometimento moderado - drenagem ■ lesões vasculares: ● Indução do pneumoperitônio ● introdução de trocartes laterais ● choque hipovolêmico (conversão cirúrgica) ■ lesões gastrointestinais: ● vísceras ocas ● delgado, cólon, duodeno ou estômago. ● diagnóstico precoce ● manifestação tardia ● fator de risco (cirurgia prévia) ● importância da identificação e reparo. ■ lesões de bexiga: ● incomuns (agulha de veress ou trocartes) ● prevenção com esvaziamento urinário ● pneumatúria / hematúria ● lesões menores (conservador) ● lesões maiores (reparo) ■ fenômenos tromboembólicos: ● pressão < 15 mmHg - pouca interferência do retorno venoso de MMIISS ● considerar prevenção conforme risco ● menos eventos em estudos comparativos. ■ Infecção de ferida operatória: ● incomuns ● fácil controle ● operados em vigÊncia de infecção ● idosos, obesos, DM, imunocomprometidos ● portal de maior manuseio (remoção do espécime - abrir e retirar o ponto) ■ hérnias incisionais: ● menos de 0,1% ● dúvidas sobre síntese de planos aponeuróticos ● geralmente incisões com ampliação/umbilical. ■ dor pós-operatória: ● menor lesão tecidual - menor dor ● manobras que visam diminuir a dor: ○ remoção de gás residual ○ limpeza da região subfrênica ○ infiltração de incisões com anestésicos locais (antes) ● dor residual no ombro ● Contraindicações: ○ Processo tecnológico e experiência do cirurgião ○ Maioria de contra indicações são relativas ○ Gestação ○ Obesidade importante ○ Peritonites graves ○ Aderências severas ○ Doenças cardiovascular grave ○ Obstrução intestinal com distensãoimportante ○ Aneurismas abdominais volumosos ○ Hérnias irredutíveis ● Pegadinha: ○ Contraindicação absoluta: ■ instabilidade hemodinâmica, paciente chocado não pode fazer pneumoperitônio pois irá diminuir ainda mais o DC. ● Principais aplicações: ● Laparoscopia diagnóstica e terapêutica no trauma: ○ Trauma contuso ou penetrante ○ Estabilidade hemodinâmica ○ Lesões da transição toracoabdominal (diafragma) ○ Descrição de lesões despercebidas (6,25%) ● Laparoscopia nas urgências abdominais: ○ abdome agudo (diagnóstico e terapêutica) ○ vários estudos bacteriológicos em apendicite aguda ○ Efetividade e segurança ○ Observação criteriosa a peritonite difusa ● Laparoscopia e câncer: ○ Dúvidas: ■ eficiência quanto a radicalidade da ressecção ■ disseminação de células neoplásicas ■ implantação metastática nos portais ○ Vantagem provável: ■ menor resposta inflamatória (aumento resposta - aumento crescimento Tu, aumento permeabilidade de metástases) ○ Boas evidÊncias de efetividade no câncer ● Cirurgia robótica: ○ extensão da cirurgia videoassistida ○ médico manipula o robô através de um console ○ melhorar a capacidade cirúrgica ○ técnica aberta ou videoassistida ○ Vantagens: ■ precisão ■ redução das incisões ■ menor perda de sangue ■ melhor manipulação ■ magnificação dos movimentos (tridimensional) ■ melhor ergonomia ○ Desvantagens: ■ custo do equipamento ■ necessidade de treinamento adicional
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