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O tempo máximo gasto para a refrigeração do leite deve ser de no máximo, três horas após o termino da ordenha (tem 3 horas para retornar a 4 oC). OBS: O tanque precisa ser higienizado da mesma forma que se higieniza a tubulação. Além disso, o tanque precisa ficar em um local protegido, sem insetos e animais. LEGISLAÇÃO A qualidade do leite iniciou no Brasil em 1999, quando se criou o primeiro programa para melhorar a qualidade do leite. IN 77/2018 Atualmente todo o laticínio precisa coletar uma amostra mensal de cada tanque que ele capta leite e mandar para fazer analise em laboratório reconhecidos pelo ministério da agricultura (laboratório da RBQL). O que se analisa: -Gordura; -Proteína; -Lactose; -Sólidos não gordurosos; -Sólidos totais; -Contagem de células somáticas (CCS); -Contagem padrão em placas (CPP). -Resíduos de antibióticos (em teoria) Para determinar a composição do leite utiliza a metodologia de absorção de infravermelho. No caso de CCS e CCP utiliza-se citometria de fluxo (conta as células que passam). IN 76/2018 Atualmente o leite cru refrigerado de tanque individual ou comunitário deve apresentar medias geométricas trimestrais de: -CPP: max 300.000 UFC/ml; -CCS: max 500.000 CS/ml. OBS: se o produtor não atende CCS, o laticínio deverá dar assistência para o produtor. No caso da CPP acima do limite, o laticínio poderá suspender a coleta de leite até atingir o resultado normal. IN 76/2018 – LEITE TIPO A Os limites das medias geométricas trimestrais deverão apresentar: -CPP: max 10.000 UFC/ml; -CCS: 400.000 CS/ml. OBS: atualmente só existe leite pasteurizado tipo A e leite pasteurizado convencional. AINDA NA PROPRIEDADE A legislação determina que é proibido: -Utilizar substâncias que aumente a secreção láctea e que sejam capazes de prejudicar a saúde humana e animal; -Desnatar leite na fazenda (só em laticínio). É proibido enviar leite a qualquer estabelecimento industrial onde: -A fazenda esteja interditada pelo órgão de saúde animal; -Animais não estejam clinicamente sãs e em bom estado de nutrição; -Animais encontram-se no último mês de gestação ou fase colostral; -Animais apresentam doenças que possam ser disseminadas pelo leite; -Animais que estejam recebendo medicamento dentro do período de carência. Durante a captação do leite (carro-tanque) deve-se colher amostra do leite de cada produtor separadamente. TRANSPORTE DO LEITE O leite sai da fazendo com no máximo 4 graus e precisa chegar ao laticínio com no máximo 7 graus. Excepcionalmente poderá chegar a 9 graus (casos de atrasos, acidentes, etc), porém não podendo virar rotina. A pessoa que realiza a captação do leite deverá analisar: -Temperatura do tanque; -Teste rápido (indicador de acidez do leite e de estabilidade térmica). -TESTE DE ALIZAROL Esse teste, através da alizarina, indica se o leite está ácido, normal ou alcalino. Também vai uma solução de álcool etílico 72% de concentração para indicar a estabilidade térmica (simulando o efeito da pasteurização). OBS: o teste de estabilidade, mostra a qualidade da caseína do leite, que caso esteja com baixa qualidade, durante a pasteurização ela coagula e entope as tubulações. -Normal: cor marrom-tijolo (pH entre 6,4 a 6,8); -Ácido: amarelo (abaixo de 6,4 - rejeita); -Alcalino: roxo (acima de 6,8 – rejeita). -CAUSAS DE LEITE ÁCIDO (AMARELO) -Muita contaminação (higienização ruim); -Alimentação; -Falta de temperatura adequada de conservação; -Colostro. -CAUSAS DE LEITE ALCALINO (ROXO) -Mastite; -Fraude de adição de água; -Resíduos de produtos de higienização (detergente alcalino). CAMINHÃO Deverá ser de ácido inoxidável e apresentar mangueira de fácil higienização. Quando o caminhão chega ao lacticínio, deve-se jogar água por fora para retirar a poeira e após descarregar deverá ser higienizado igual as tubulações. DESCARREGAMENTO
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