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CARNE DE LABORATÓRIO

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Universidade Estadual do Ceará - UECE
Faculdade de Veterinária - FAVET
Higiene, Insp. Tec. Prod. Orig. Animal II
Discente: Amanda Ribeiro de Sousa
● Carne de Laboratório
A carne de laboratório, também conhecida como carne cultivada, carne in
vitro ou carne celular, é uma inovação tecnológica revolucionária no campo da
produção de alimentos. Ao contrário da carne convencional, que é obtida por meio
da criação e abate de animais, a carne de laboratório é produzida a partir de células
animais cultivadas em um ambiente controlado de laboratório. Esse processo
envolve a coleta de células-tronco ou células musculares de um animal vivo, que
são então cultivadas e multiplicadas em um meio de cultura para formar tecido
muscular.
A carne de laboratório apresenta uma série de benefícios potenciais. Ela tem
o potencial de reduzir a necessidade de criação intensiva de animais, diminuindo
assim os impactos ambientais associados à produção convencional de carne, como
desmatamento, emissões de gases de efeito estufa e uso excessivo de recursos
naturais. Além disso, a carne de laboratório pode oferecer uma alternativa mais
ética para os consumidores que se preocupam com o bem-estar animal.
A carne cultivada, parte da agricultura celular, busca desenvolver produtos de
origem animal com menor ou nenhum envolvimento direto do animal. Embora em
estágio inicial, esta tecnologia envolve a engenharia de tecidos e gorduras, com
potencial comercial apontado por patentes nos EUA. Superar obstáculos técnicos,
incluindo alto custo de produção, é necessário para viabilidade em grande escala.
Argumentos favoráveis incluem segurança alimentar, bem-estar animal e
preservação ambiental, embora haja debates na comunidade científica. A
composição exata da carne cultivada ainda é desconhecida, mas sua introdução no
mercado é buscada após a verificação de propriedades e superação de barreiras
legais. No entanto, críticos, como Verbeke et al. (2015), destacam possíveis
consequências sociais adversas, como a minimização da atividade agropecuária e
perda de tradições sociais, levantando dúvidas sobre a estabilidade do
conhecimento científico nessa área.
REFERENCIAL TEÓRICO
VERBEKE, W.; MARCU, A.; RUTSAERT, P.; GASPAR, R.; SEIBT, B.; FLETCHER, D.;BARNETT, J.
‘Would you eat cultured meat?’: Consumers’ reactions and atitude formation in Belgium, Portugal and
the United Kingdom. Meat Science, v. 102, p. 49-58, 2015.
POST, M. J. Proteins in cultured beef. In: YEDA, R. Y. (Ed.) Proteins in food processing. London:
Woodhead Publishing, 2017.
STEPHENS, N.; SILVIO, L. D.; DUNSFORD, I.; ELLIS, M.; GLENCROSS, A.; SEXTON, A. Bringing
cultured meat to market: technical, socio-political, and regulatory challenges in cellular agriculture.
Trends in Food Science & Technology, v. 78, p. 155-16, 2018.

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