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AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP

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Prévia do material em texto

• Pergunta 1 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os habitats naturais. 
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia a charge. 
 
 
AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP
 
 
O objetivo da charge é 
Resposta 
Selecionada: 
c. valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas 
importantes para a construção do conhecimento. 
 
 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a tirinha. 
 
 
O objetivo da tirinha é 
 
Resposta Selecionada: a. criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. 
 
 
 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
O Estado brasileiro é laico? 
A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o 
Império, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades religiosas 
não pagam impostos (renda, IPTU, ISS etc.) e recebem subsídios financeiros para suas 
instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das 
escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como 
discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso 
são funcionários públicos e recebem salários, configurando apoio financeiro do Estado a 
religiões, que, aliás, são as credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas 
sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, dificultando a 
promulgação de leis no que diz respeito à pesquisa científica, aos direitos sexuais e 
reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de 
excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, inclusive nos tribunais. 
Disponível em <http://ole.uff.br/o-estado-brasileiro-e-laico/>. Acesso em 25 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O efeito de humor da tirinha apoia-se no duplo significado da palavra “estado”, entendida como 
entidade política e como situação. 
II. De acordo com o texto, ainda são fortes as influências religiosas no Estado brasileiro, o que o 
impede de ser classificado como laico. 
III. A resposta do pai, nos quadrinhos, revela que ele é contra as pesquisas científicas, assim como 
são, segundo o texto, as instituições religiosas. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: c. Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia o texto e observe a imagem. 
Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? 
Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica 
 
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a 
historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos definidos e mais 
permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O 
filtro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar 
essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio rosto. A 
sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, 
autora da tese “Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza 
(1900-1959)” e estudiosa da história da beleza. 
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca 
por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento 
labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação 
de botox e peeling, laser e suspensão com fios. Em 2017, um estudo da Academia 
Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas que 
fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes 
procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos 
das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos 
vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e 
ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perfis da rede social”. 
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de 
mulheres cujas características corporais lhe agradem e também uma foto com o filtro que 
as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito 
até certo ponto; o filtro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há 
riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada. 
EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de 
maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 
(com adaptações). 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de 
conseguir uma aparência igual às imagens obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de 
selfies perfeitas. 
II. O dedo em riste na figura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas 
vezes, levam as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modificar os 
verdadeiros rostos. 
III. Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o 
espelho, e não com as redes sociais. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: b. II. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 6 
 
 
Leia o texto. 
Brasil é penúltimo país em ranking global para aposentadoria com qualidade 
Brasil só ganha da Índia e perde para emergentes, como Chile, México e Colômbia em 
grupo de 44 países. 
O Brasil é o penúltimo em um ranking global que lista os melhores países para se 
aposentar com qualidade. Entre as 44 nações, o Brasil figura na 43ª posição, só à 
frente da Índia (44º), e atrás de países da América Latina como Chile (34º), México 
(36º) e Colômbia (42º). Os países no topo do ranking com melhor indicador de 
aposentadoria são Noruega (1º), Suíça (2º) e Islândia (3º). 
O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, empresa americana de 
gestão de ativos. Entre as nações listadas estão membros da OCDE (Organização 
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os grandes emergentes dos 
Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Quatro critérios são considerados para a nota 
recebida por cada país: saúde, bem-estar econômico, renda durante a aposentadoria 
e qualidade de vida. A maior nota do Brasil foi no índice de qualidade de vida (59%), 
seguida de renda (57%), e saúde (56%). A nota máxima possível é 100% em todas as 
categorias. A pior nota foi o critério macro de bem-estar econômico (4%), puxado 
especialmente pela falta de igualdade de renda. 
O ranking classifica 2022 como “um ano ruim para se aposentar” diante de inflação em 
patamares elevados ao redor do mundo. Os preços vertiginosos do petróleo, alimentos 
e moradia estão corroendo o poder de compra dos trabalhadores que pretendem se 
aposentar em breve. Outro desafio é a taxa de dependência, com pessoas mais 
velhas precisando de outros integrantes da família, em idade ativa, para bancar os 
benefícios previdenciários. Conforme a população mundial envelhece, há uma pressão 
nesta taxa, o que pode piorar as condições de aposentadoria. “Para as instituições, as 
populações que envelhecem rapidamente testarão os limites dos sistemas de 
benefícios para aposentadorias”, diz o estudo. “Em vez de esperar que seus 
investimentos e dinheiro guardado gerassem uma renda sustentável (movimento 
impulsionado por taxas de juros altas), os aposentados foram forçados a usar suas 
reservas durante essesúltimos dois anos quando normalmente procuram preservar 
seu capital. Como resultado, ou as reservas foram fortemente afetadas ou os 
aposentados assumiram mais riscos para compensar o momento diante de um 
mercado volátil”, contextualiza a Natixix. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/brasil-e-penultimo-pais-em-ranking-global-para-
aposentadoria-com-qualidade-veja-lista/>. Acesso em 21 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A desigualdade de renda foi o item que mais pesou negativamente na avaliação do Brasil no 
ranking de qualidade da aposentadoria. 
II. O Brasil obteve uma nota em qualidade de vida maior do que as notas dos demais países da 
América Latina. 
III. O ano de 2022 foi considerado ruim para se aposentar devido à elevada inflação. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: e. III, apenas. 
 
 
 
 
 
 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia o texto. 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como 
a apneia, e o maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de 
um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e 
comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o 
repouso noturno é essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, 
sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o 
risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características 
anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o 
ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um 
sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de 
sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da gordura corporal 
e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente 
ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. Estudos 
demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas em razão 
do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas 
de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam 
considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é 
tão simples diagnosticar esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos 
sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que 
aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em 
termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, 
nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir 
eventos cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A 
redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a 
condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do 
sono na saúde cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em 
cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da 
Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono 
noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de 
Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. 
E isso inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não 
está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que 
praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme 
melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, 
portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida 
listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na 
associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de 
doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, 
depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 
horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas 
provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros 
hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-pelo-seu-
coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios 
 
de sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não 
depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 8 
 
 
Leia o fragmento de texto abaixo, que é um trecho da Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2020. 
Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 4 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto da Constituição, a liberdade religiosa é garantida no Brasil. 
II. A Constituição proíbe o uso da tortura no Brasil e a utilização de meios degradantes ou 
desumanos. Essa proibição inclui ações tomadas pelo próprio Estado brasileiro. 
III. O texto da Constituição garante a liberdade de expressão, destacando especialmente 
trabalhos de naturezas artística, intelectual e científica. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: e. I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
 
 
Lei torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa 
Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lei Nº 14.532, de 
11.01.2023) tornou mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa. 
As religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a 
liberdade de crenças. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, só em 2022 
foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020. 
A lei sancionada, que equipara o crime de injúria racialao crime de racismo, também 
protege a liberdade religiosa. A lei, agora, prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, 
impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A 
pena será aumentada de metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, 
além de pagamento de multa. Antes, a lei previa pena de 1 a 3 anos de reclusão. 
A punição agora é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa 
discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor. A expectativa é de 
que a nova lei ajude a punir quem comete crimes religiosos e ajude a proteger a vítima, 
que muitas vezes não encontra amparo quando tenta fazer uma denúncia. 
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/18/lei-torna-mais-severas-as-penas-para-crimes-de-
 intolerancia-religiosa.ghtml>. Acesso em 26 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, cerca de 45% das vítimas da intolerância religiosa no Brasil são adeptas de 
religiões de matriz africana. 
II. O racismo e a intolerância religiosa são formas de preconceito, que pode ser alimentado pelas 
relações sociais e pelas instituições, como mostram os quadrinhos. 
III. A expectativa em torno da lei criada é que ela busque proteger todas as religiões com ações e 
gestos concretos que garantam o direito à liberdade de crença. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia o texto. 
O deleite e as dores da superdotação 
A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode causar um 
incêndio devastador, esclarecem especialistas 
Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer durante toda a 
vida com problemas mentais e de relacionamento, com um sentimento de não 
pertencimento pela falta de diagnóstico e de atendimento de especialistas e, às vezes, 
com indiferença dentro das escolas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5% 
das crianças e dos adolescentes estão nas salas de aula sem reconhecimento de seus 
potenciais, sem desfrutarem dos seus direitos garantidos na legislação brasileira. A Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 traz quem é esse público e qual 
é o direito do superdotado e sustenta que a criança com altas 
habilidades/superdotação é público-alvo da educação especial. 
Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma área do 
conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da superdotação relaciona-se ao seu 
traço de heterogeneidade. Assim, algumas pessoas podem destacar-se em um setor, 
ou podem combinar várias áreas, explica Ângela Magda Rodrigues Virgolim, graduada 
e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília e fundadora do “Instituto 
Virgolim para Altas Habilidades e Superdotação”. 
“Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o 
desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade; por isso, o 
processo de reconhecimento é fundamental”, alerta Denise Rocha Belfort Arantes-
Brero, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD). 
O professor é capaz de identificar a superdotação porque está todo dia em contato 
com o aluno e conhece seu desempenho, estando apto a fazer uma análise 
comparativa. “Uma professora de matemática é capaz de reconhecer qual aluno se 
destaca comparado aos seus pares etários. E isso é possível para o professor em 
qualquer disciplina”, afirma Denise Brero, que é também especialista em educação 
especial para dotados e talentosos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG) e 
doutora em Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem pela Universidade 
Estadual Paulista em Bauru. 
Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e se 
destacam, sendo visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são ignorados por 
professores que não olham, não escutam e não são sensíveis a isso, esclarece Olzeni 
Ribeiro, consultora da Unesco e do Ministério da Educação na criação de cursos na 
área de altas habilidades/superdotação, além de doutora em Educação, 
neuropsicopedagoga clínica e institucional e especialista em altas 
habilidades/superdotação. 
“Quando eu peço aos pais que descrevam seus filhos superdotados, a palavra 
‘sensível’ aparece com mais frequência. E a sensibilidade assume muitas formas: os 
sentimentos são facilmente magoados, com possíveis crises de choro compulsivo. 
Eles ‘sentem os sentimentos’ dos outros, respondem às críticas de forma intensa e às 
vezes reagem a estímulos do ambiente como luz, ruído, texturas, poluição do ar e 
determinados alimentos. O perfeccionismo e a intensidade também surgem com 
 
frequência nas descrições dos pais”, descreve Olzeni. 
“O que precisa ser desmitificado é que a alta habilidade/superdotação não está 
somente relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O que pesa mais é a 
história de vida, o que a criança faz, seu desempenho, mais do que a pontuação do 
QI”, determina Denise Brero. 
Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. Sentem-se 
desafiados. Para a especialista, a criança superdotada questiona mais, traz novidades 
e se interessa por um conteúdo mais aprofundado. Ela expressa que esses alunos 
enriquecem a turma e cita o médico Joseph Salvatore Renzulli, um dos maiores 
especialistas na educação de superdotados: “Uma maré crescente leva todos os 
navios. Mas os superdotados têm que ser olhados na sua individualidade e receber 
alguma atenção especial para continuarem a florescer, a desenvolver os seus 
potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam produtores 
de conhecimento e contribuam para o desenvolvimento da sociedade”. 
Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar atentos se 
aparecerem sintomas como desmotivação, vontade de faltar às aulas, dor de barriga e 
de cabeça, falta de envolvimento e de interesse, tristeza. Ao longo da vida, em alguns 
momentos, o superdotado precisará de um acompanhamento psicológico para lidar 
com essas questões – se aparecerem. 
Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias específicas dentro da escola: o 
enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos. Cada caso é avaliado para 
definir qual estratégia beneficiará mais a criança. O desejo da criança deve ser 
respeitado, e todo o processo deve ser acompanhado, pois se trata de uma mudança 
abrupta. Em muitos casos, a aceleração de estudos (pular a série) é positiva, a criança 
se sente motivada. 
O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, cujo 
conhecimento é devorar leituras, escrever muito bem, e a escola o adora pois ele não 
gera demandas, mas é muito prejudicado porque a escola bloqueia o 
desenvolvimento. “Toda escola no Brasil estabelece um teto de aprendizagem, o que 
prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora do livro “Criatividade”, em uma 
perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções, publicado com a 
chancela da Unesco. 
Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais força e 
expressão a um ambiente no qual suas habilidades não são percebidas e suas 
necessidades não são atendidas. Podem ter um comportamento social inadequado, 
revelando hostilidade e agressão com relação aos outros (pais, professores, figuras de 
autoridade) ou se entregando a atos de delinquência social. 
“Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios que 
diminuem a energia, a cognição e a intelectualidade da criança. O remédio é um freio 
para sua inteligência, e sua intelectualidade é destruída”, revela Olzeni, pedagoga, há 
30 anos atuando na área da educação com altas habilidades/superdotação e outras 
condições especiais. 
Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação para a 
escola, pelo amor de Deus, não digam que esses pais são vaidosos. A superdotação é 
genética, não é fabricada. Se não fordiagnosticada e devidamente trabalhada, esse 
adulto precisará de terapia, se não chegar ao suicídio”. Crianças com altas habilidades 
são um precioso recurso nacional que precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido. 
Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com 
adaptações). 
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que 
Resposta 
Selecionada: 
e. ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a pessoa em uma 
condição especial de aprendizagem, que demanda das escolas uma forma 
diferenciada de trabalho pedagógico. 
 
 
 
• Pergunta 11 
 
 
Leia o texto. 
A questão da uberização ou plataformização do trabalho tem um potencial de se generalizar 
para todas as categorias profissionais. Ela já está avançando para setores da saúde (como 
cuidadoras e enfermeiras particulares), educação, serviços de limpeza doméstica (faxineiras), 
além de novas “modalidades” de trabalho, como as fazendas de cliques. Essa tendência de 
expansão só é possível por conta de novas tecnologias que têm sido implementadas no nosso 
cotidiano, em particular no mundo do trabalho (como é o caso da internet 5G, big data, 
internet das coisas etc.). Por exemplo, a modalidade de teletrabalho – hoje presente em várias 
categorias profissionais e um problema central para o mundo sindical – não deixa de ser uma 
forma de plataformização (isto é, um trabalho mediado por uma tecnologia informacional, 
como um tablet, um computador ou um celular). A diferença entre um entregador de uma 
plataforma digital e um servidor público do setor judiciário que trabalha hoje em home office é 
o contrato de trabalho, ou seja, os direitos adquiridos. 
A grande novidade das empresas-plataformas é que elas levaram ao extremo a exteriorização 
das atividades de trabalho, transferindo as responsabilidades aos trabalhadores. Dizem que 
estão apenas fazendo a intermediação entre clientes e trabalhadores (durante um tempo, 
tentaram chamar isso de “economia de compartilhamento”) e, por conta disso, não 
reconhecem o vínculo de emprego de seus entregadores ou motoristas. Mais que isso, deixam 
para eles todo o custo do processo de trabalho ou de serviço como, por exemplo, o aluguel ou o 
financiamento do carro ou da motocicleta, os custos com o combustível, a manutenção etc. Na 
verdade, o que essas empresas estão fazendo é litigioso, deixando milhões de trabalhadores e 
trabalhadoras sem qualquer direito ou assistência. Elas mesmas reconheceram isso quando 
aceitaram a inclusão de entregadores e motoristas no regime público de previdência social, 
com contrapartida financeira por parte delas. 
Mas a questão central, como muito bem apontaram as lideranças de entregadores e parte dos 
representantes sindicais, não está em incluí-los no regime de previdência e assegurar a eles um 
seguro saúde. Eles querem mais. Muitos dizem: “Nenhum direito a menos!”. E há uma 
compreensão, entre ativistas e pesquisadores, de que, se esta nova lógica de relação de 
trabalho das empresas-plataformas se estabelecer na legislação brasileira, serão abertas as 
portas para a plataformização de todas as categorias profissionais. Está em jogo, portanto, o 
futuro do mundo do trabalho e não apenas de uma ou outra categoria profissional. 
 
Disponível em <https://www.ihu.unisinos.br/626697-as-empresas-plataformas-sao-o-que-capital-financeiro-capital-
produtivo-rentistas-comercio-ou-produtoras-de-valor-a-maioria-delas-e-tudo-isso-ao-mesmo-tempo-entrevista-
especial-com-ricardo-festi?fbclid=IwAR2RACgqBJcwmbkA1FuqojtR7S38uAbXGc-
3_Ei9Vzl2rT8EMblKwNUIJgs>. Acesso em 07 mar. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A plataformização do trabalho beneficiou os trabalhadores de diferentes categorias, pois 
possibilitou a intermediação entre eles e os clientes e a garantia de seus direitos trabalhistas no 
momento da pandemia. 
II. A uberização, possibilitada pelas novas tecnologias, implica a precarização do trabalho, com a 
perda de direitos historicamente adquiridos. 
III. A plataformização representa uma evolução no mundo do trabalho, com a possibilidade de mais 
empregos e mais benefícios aos trabalhadores. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: c. Apenas a afirmativa II é correta. 
 
 
 
 
• Pergunta 12 
 
 
Leia o texto. 
São Paulo tem início de ano mais frio desde 1965, aponta Inmet 
Os primeiros dias de 2023 na cidade de São Paulo (SP) foram os mais frios para um 
mês de janeiro desde 1965. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 
pleno verão, a média de temperatura máxima observada nos dez primeiros dias deste 
ano ficou em 23,9ºC. É o menor valor já registrado para o período desde 1965, quando 
a média chegou a 23,8ºC. 
De acordo com o Inmet, na capital e em grande parte do estado de São Paulo, as 
temperaturas estão abaixo da média por causa da Zona de Convergência do Atlântico 
Sul (ZCAS), resultado do encontro de ventos úmidos vindos do Atlântico, mais frios, 
passando pela faixa leste do estado, com ventos vindos da Bacia Amazônica. “Este 
sistema foi potencializado por águas costeiras mais frias que o normal para a época do 
ano e por áreas de baixa pressão, assim ajudando a promover dias seguidos de tempo 
nublado a encoberto, volumes expressivos de chuva e temperaturas abaixo da média”, 
diz nota do instituto. 
Historicamente, a média de temperatura máxima que costuma ser registrada nos 
primeiros dez dias do mês de janeiro é em torno de 27,9ºC. 
A média de temperatura mínima observada nos primeiros dez dias deste ano, 
estabelecida em 17,6ºC, também está abaixo da média histórica para o período, que é 
em torno de 18,8ºC. 
Chuvas 
Segundo o Inmet, o acumulado de chuvas registrado entre os dias 1º e 10 de janeiro 
foi de 79,8 milímetros (mm), volume que se encontra dentro da média para o período, 
em torno de 81mm. 
Disponível em <https://www.metroworldnews.com.br/foco/2023/01/11/sao-paulo-tem-inicio-de-ano-mais-frio-desde-
1965-aponta-inmet/>. Acesso em 17 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A temperatura máxima média indica a temperatura mais elevada atingida no período em 
determinado local. 
II. Na cidade de São Paulo, os dez primeiros dias de janeiro de 2023 foram marcados por 
temperaturas mais baixas do que a média histórica e o volume acumulado de chuva ficou acima 
dos volumes registrados desde 1965. 
III. O encontro de ventos úmidos e frios vindos do Atlântico com ventos vindos da Bacia 
Amazônica foi responsável pelas baixas temperaturas observadas em janeiro de 2023. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: d. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 13 
 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 
5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez 
consecutiva que a inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário 
Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas 
(11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde 
e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação 
veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do 
ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de variação, e os 
Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 
p.p.) entre os nove grupos pesquisados. 
 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% dogrupo “alimentação e bebidas”. Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a 
maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que 
contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. 
Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês 
(18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve 
aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%. 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio 
dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos 
para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto 
de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. Vale destacar também a alta de 13,52% dos 
produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/36051-inflacao-
sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5-79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflação 
acumulada no país. 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do 
grupo “alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e 
bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 14 
 
 
Leia o texto. 
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara 
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra 
Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O 
monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento 
acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e 
dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra 
indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram 
a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. 
Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório 
“Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para 
combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito com imagens 
da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar 
com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por 
outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas 
vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao 
Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no 
Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. 
Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com 
cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do 
Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os 
impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que são focados no 
desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no 
quadro de saúde das comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de 
casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos 
corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas 
comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental 
(ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é 
um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas 
cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep 
Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 
40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 
21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território 
indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do 
Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento 
pelo garimpo desde 2016. 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária 
estão inversamente relacionados desde 2016. 
II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. 
III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças 
e a destruição ambiental. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 15 
 
 
Leia o texto. 
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos 
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e 
incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades 
brasileiras com base em anúncios na internet. 
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três 
vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap. 
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice 
desde 2011 (17,30%). 
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a 
escalada de preços, estão: 
I. o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na 
pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o aluguel; 
 
II. a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia 
(GO), que vivem um momento de valorização imobiliária. 
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja 
freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto 
o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos 
preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da 
inflação. 
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. 
III. Goiânia (GO): 32,93% 
IV. Florianópolis (SC): 30,56% 
V. Curitiba (PR): 24,47% 
VI. Fortaleza (CE): 21,33% 
VII. Belo Horizonte (MG): 20,01% 
VIII. Rio de Janeiro: 17,93% 
IX. Recife (PE): 17,07% 
X. Salvador (BA): 16,56% 
XI. São Paulo: 14,63% 
XII. Porto Alegre (RS): 11,14% 
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-aluguel-2022-
fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em Goiânia. 
II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média registrada 
no país. 
III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é 
aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São Paulo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 16 
 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da 
educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la é ajudar os estudantes a 
melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um 
texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a seguinte solicitação: "Escreva um 
artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escreverredação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu 
afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos estudantes feedback instantâneo 
sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o 
tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, 
mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a se disseminar na 
 
educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas 
estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de educação, Renato Feder. 
"Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, 
ortográficos e de pontuação, além de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. 
Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma 
sistematiza a sua correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do 
texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio lógico?", 
"Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma 
forma que o programa implementado nas escolas paranaenses quando ele foi secretário. 
O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes 
do 6º ao 9º ano e do ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com 
uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São 
Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos financiados por institutos sociais, e 
atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à 
classe A de São Paulo, como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre 
as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil 
estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por 
melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial não consegue substituir o olhar 
humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser 
observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o estudante tem ao receber 
um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue 
ter os seus textos lidos por professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com 
treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, além de monitorar o 
desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e 
aplicativos que oferecem correção de redação instantânea gratuitamente (há serviços 
pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de 
professores brasileiros a Glau e a Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, 
em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto e, também, de evitar plágios, 
pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma 
professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que essas ferramentas 
podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas 
com a mediação do docente". "A tecnologia pode apontar um erro de pontuação, por 
exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas 
ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a criatividade não seja 
tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão 
do que a BNCC [Base Nacional Comum Curricular] determina, que o aprendizado busque 
novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e 
doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os modelos do pensamento 
algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e 
esses casos não são identificados por essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas 
"podem ajudar o professor a ser mais eficaz", desde que utilizadas com cautela. "Essas 
plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro 
parágrafo e avaliam como se relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona 
para alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do 
ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens do uso da inteligência 
artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar 
alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-
a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%2
0de%20escrita.%22>. Acesso em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT 
substitui plenamente a figura humana, pois sua tecnologia permite que ela realize com eficiência 
todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos 
positivos e negativos da inteligência artificial para os estudantes e é um exemplo claro do potencial 
dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas 
escolas públicas e apontará aos estudantes os erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 17 
 
 
Leia o texto. 
Desmatamento na Amazônia chega a quase 8 mil km2 em 2022, pior acumulado em 
15 anos. Apenas em agosto, foram derrubados 1.415 km². Além disso, a 
degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas cresceu 
54 vezes. 
Em 2022, o desmatamento acumulado na Amazônia já chegou a quase 8 mil km² apenas 
em oito meses, sendo o maior dos últimos 15 anos. Segundo dados do Instituto do 
Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), somente em agosto foram derrubados 
1.415 km² de floresta, uma área quatro vezes maior do que Belo Horizonte. 
Outro problema foi a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas 
queimadas, que cresceu 54 vezes na região em relação ao mesmo mês do ano passado. 
A área degradada passou de 18 km² em agosto de 2021 para 976 km² em agosto de 
2022. 
Além de ameaçar diretamente a vida de povos e comunidades tradicionais e causar 
perdas na biodiversidade, esse aumento na destruição também afeta a camada de 
ozônio e contribui para o aquecimento global em um momento de emergência climática. 
Por isso, neste Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, é importante 
olhar para a floresta em pé como uma das soluções para proteger as populações das 
consequências desse desequilíbrio do clima, entre elas a maior frequência e intensidade 
de eventos extremos como secas e tempestades. 
“Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes 
negativos de devastação da Amazônia, com o aumento no desmatamento e na 
degradação florestal. E infelizmente temos visto ações insuficientes para combater esse 
problema”, lamenta a pesquisadora Bianca Santos, do Imazon. 
O instituto classifica como desmatamento quando a vegetação foi totalmenteremovida, o 
chamado “corte raso”, e como degradação florestal quando parte da mata foi retirada por 
causa da extração de madeira ou afetada pelo fogo. Por isso, é comum que uma área 
classificada como degradada seja posteriormente desmatada. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O desmatamento da Amazônia tem implicações sociais e ambientais, pois afeta comunidades 
da região e contribui para o aquecimento global. 
II. Pelo gráfico, observa-se que a área degradada na Amazônia foi maior durante o ano de 2021 
do que durante o ano de 2022. 
III. Desmatamento e degradação florestal são termos sinônimos, que se referem à destruição das 
áreas verdes. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. Apenas a afirmativa I é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 18 
 
 
Leia o texto e o infográfico. 
Há muitas maneiras de adquirir o estilo de vida vegano. De acordo com a Organização The Vegan 
Society, do Reino Unido, o veganismo é uma filosofia e um estilo de vida que busca “excluir, na 
medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com animais para 
alimentação, vestuário ou qualquer outro propósito”. A proposta da The Vegan Society é 
promover o desenvolvimento e o uso de alternativas livres de animais para o benefício dos seres 
humanos, dos seres vivos em geral e do meio ambiente. 
Uma dieta predominantemente à base de plantas e com baixo teor de sal, gorduras saturadas e 
açúcares adicionados é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte de 
um estilo de vida saudável em seu documento “Dietas à base de plantas e seu impacto na saúde, 
sustentabilidade e meio ambiente”, publicado em 2021. 
A OMS caracteriza seis estilos distintos de dietas à base de plantas, que enfatizam alimentos 
derivados de vegetais, juntamente com o consumo reduzido ou a exclusão total de produtos 
derivados de animais. As dietas sugeridas são vegana, lactovegetariana, ovolactovegetariana, 
ovovegetariana, peixe-vegetariana e semivegetariana. 
 
Disponível em <https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/10/o-que-e-veganismo>. Acesso em 05 jan. 2023 
(com adaptações). 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A recomendação da OMS por dietas à base de vegetais, como o veganismo, está baseada em 
estudos que comprovam os malefícios da carne e de outros derivados animais para a saúde humana. 
II. No período pesquisado, o veganismo no Brasil não cresceu, colocando nosso país em último 
lugar na representatividade desse estilo de vida entre os países avaliados. 
III. O veganismo representa uma preocupação com a saúde e com o meio ambiente. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. II e III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 19 
 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
Um artigo publicado recentemente na revista 9ª Arte tem como tema a baixa 
participação da população negra na arte do Brasil, mais especificamente nos 
quadrinhos, apesar de serem a maioria da população. No trabalho intitulado “A maioria 
da população brasileira é minoria nos quadrinhos”, Roberto Elísio dos Santos, livre-
docente em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da 
USP, tomou como inspiração os estudos do pesquisador Nobu Chinen sobre a quase 
inexistência do negro como personagem da chamada 9ª arte, as histórias em 
quadrinhos (HQs). Visto que a maioria da população brasileira é negra, não faz sentido 
 
tão poucos personagens negros nas histórias em quadrinhos. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo 
levantamento populacional, 43,1% dos brasileiros entrevistados se declaram brancos, 
9,3% pretos e 46,5% pardos. 
A situação de preconceito, nos meios artísticos, vem mudando aos poucos, “mas a 
presença de personagens negros nos produtos midiáticos não reflete os dados sociais 
do país. Se somos, então, um país negro, onde estão os pretos e pardos nos meios de 
comunicação?”, questiona Chinen. A história brasileira mostra 400 anos de escravidão, 
ao longo dos quais a exclusão, a discriminação e o racismo determinaram as condições 
econômicas precárias, desumanas, acompanhadas pelo difícil acesso dos 
afrodescendentes à educação e ao digno convívio social de igualdade. 
A arte, em particular as histórias em quadrinhos, reflete as condições preconceituosas 
enfrentadas pela população negra, expressas graficamente com a imagem negativa do 
negro nesse tipo de publicação artística. Os padrões europeus dos corpos conceituados 
como “normais e perfeitos” sempre colocaram à margem etnias diferentes. Santos cita a 
revista Gibi, lançada em 1939 e publicada até os anos 1990, em que o personagem 
Pererê, historicamente o mais bem-sucedido personagem negro das histórias em 
quadrinhos, não é baseado em um ser real, é um ser mitológico do folclore brasileiro. Na 
revista “O Tico-Tico” (de 1905 a 1962), o garoto negro Giby era empregado da família. 
O artista J. Carlos, em 1924, apresenta sua personagem Lamparina, uma menina negra, 
como alguém “que ostenta um aspecto de animal […], com os braços nas proporções de 
um chimpanzé”. Destaca-se que, segundo o pesquisador Chinen, esse “talvez seja o 
caso mais notório de uma representação negativa do negro nos quadrinhos brasileiros”. 
As precárias condições de vida dos afrodescendentes brasileiros foram retratadas de 
maneira crítica, em nossa história mais recente, por cartunistas engajados socialmente 
como Novaes, Henfil e, mais notadamente Edgar Vasques. Nobu Chinen, afirma Santos, 
“faz um inventário dos personagens negros infantis”, pondo em cena “personagens 
pouco conhecidos ou esquecidos que formaram, por meio dos quadrinhos, uma visão 
dos afrodescendentes brasileiros, mais próximos ou distantes da grande parcela da 
população do Brasil”. 
Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/qual-o-papel-dos-personagens-negros-nas-historias-em-quadrinhos-
brasileiras/>. Acesso em 7 mar. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto afirma que a população negra é sub-representada nas histórias em quadrinhos como 
consequência do fato de uma minoria dos brasileiros (9,3% do total) se considerar preta. 
II. A charge mostra que muitos negros conseguiram ser reconhecidos pelos seus feitos, o que refuta 
as informações presentes no texto. 
III. O fato de o Pererê ser o personagem negro mais bem-sucedido na história dos quadrinhos 
brasileiros deve-se a ele representar um ser mitológico. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 20 
 
 
Leia o texto. 
Perfil de imóveis ociosos no centro de São Paulo revela manutenção da herança 
mercantil brasileira 
 
Estudo mostra que muitas das construções abandonadas estão em posse de gerações 
de herdeiros, que veem o imóvel como problema ou têm expectativas irreais sobre o 
mercado; do outro lado, estão numerosas famílias vivendo em habitações precárias na 
periferia 
Camilla Almeida - 06/03/2023 
Uma construção ociosa é aquela que está desocupada, inativa ou subutilizada, sem 
cumprir sua função social. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (Smule) 
de São Paulo estima que 881 imóveis estejam nesta condição apenas no distrito da Sé. 
Ana Gabriela Akaishi, doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, 
analisou os perfis dos donos de imóveis ociosos e explicou os entraves colocados por 
esses proprietários para a comercialização, com destaque para herdeiros e instituições 
religiosas. 
O estudo revelou que 74% dos analisados são herdeiros rentistas e instituições 
religiosas, denominados pela urbanista como “o arcaico setor proprietário rentista 
imobiliário”. “Esses proprietários carregam raízes históricas e geracionais vinculadas a 
capitais familiares antigos de caráter mercantil, que aplicavam inicialmente em prédios de 
aluguel no momento em que o centro deSão Paulo estava em um boom no processo de 
verticalização”, explica a pesquisadora. 
Para chegar a estes dados, a pesquisadora verificou os perfis dos 50 donos dos imóveis 
de maior valor venal da área – número que estima o preço do bem, obtido por meio de 
uma avaliação pela prefeitura. Por meio de entrevistas com agentes imobiliários, 
associações beneficentes religiosas e com integrantes do mercado imobiliário em geral, 
Ana Gabriela Akaishi conseguiu traçar a genealogia econômica, política e social desses 
proprietários. Ela também realizou um levantamento em bases de dados e acervos 
históricos da Prefeitura de São Paulo por intermédio da plataforma GeoSampa. 
Contraste 
Foi o contraste entre a carência populacional por habitação na cidade e a grande 
quantidade de imóveis ociosos que a instigou a pesquisar o tema. São Paulo conta com 
um enorme déficit habitacional, que pode chegar a 450 mil famílias a serem realocadas. 
“Temos quase 3 milhões de pessoas vivendo em aglomerados como favelas, 
loteamentos precários e moradias irregulares, principalmente nas periferias. E essas 
pessoas têm que se deslocar diariamente por horas até o seu local de trabalho, que 
geralmente é nas áreas centrais”. 
Enquanto isso, no centro, estão prédios fechados e em ruínas, terrenos baldios e 
construções abandonadas sendo usados como estacionamentos rotativos. “Em todos 
esses casos temos a subutilização da terra urbana num dos lugares com a melhor 
estrutura na cidade”, pontua a pesquisadora ao “Jornal da USP”. 
Historicamente, a área central de São Paulo era considerada um centro comercial e 
cultural desde a fundação da cidade, sendo predominantemente ocupada pela classe 
dominante. Grandes empresas e corporações mantinham suas sedes na região, com 
arranha-céus e prédios que chamavam atenção de quem passava por lá. Lojas e 
casarões de barões do café também se destacavam junto a obras arquitetônicas 
grandiosas, como o Teatro Municipal. Contudo, com a mudança do centro comercial para 
outros bairros da cidade na década de 1960, a área passou por um grave e acelerado 
processo de decadência e deterioração, com aumento da especulação imobiliária. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto evidencia o contraste entre a carência de moradia digna para cerca de 3 milhões de 
pessoas na cidade de São Paulo e a existência de imóveis ociosos na área central. 
II. Até a década de 1960, o centro de São Paulo era uma área nobre, ocupada pela elite paulistana. 
III. Atualmente, 74% dos imóveis do centro da cidade de São Paulo são ociosos e pertencem a 
herdeiros e a instituições religiosas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 
Terça-feira, 9 de Maio de 2023 22h07min57s G

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