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AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE

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1 
 
 
AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3 
ESPORTES, JOGOS, LUTAS E GINÁSTICAS ................................................ 4 
AVALIAÇÃO DE PERFORMACE ..................................................................... 6 
AVALIAÇÃO DO ATLETA ............................................................................... 8 
CRITÉRIOS CIENTÍFICOS APLICADOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ................. 8 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ................................... 9 
TESTE ............................................................................................................ 11 
AVALIAÇÃO ................................................................................................... 12 
EXISTEM QUATRO TIPOS DE VALIDADE ................................................... 14 
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR ........................................................... 15 
TREINAMENTO DE FORÇA E POTÊNCIA ................................................... 18 
CONCLUSÃO FINAL ...................................................................................... 22 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo serviços 
educacionais em nível superior. 
 
A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e 
ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país 
na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A informação é fundamental para a tomada de decisão na área de saúde. No 
campo da Avaliação Física até alguns anos atrás, suas informações ainda eram bem 
escassas no Brasil, não proporcionando aos profissionais desta área de estudo um 
aprofundamento para o aumento de seus conhecimentos. Atualmente, a Avaliação 
Física é uma área de vanguarda na pesquisa e do mercado de trabalho, pautada em 
métodos científicos, oferecendo tecnologias inovadoras para sua utilização e 
aplicabilidade. 
O Manual de Avaliação Física foi um trabalho realizado com muita seriedade e 
competência. A equipe multidisciplinar que assume esta obra, sem dúvida, possui uma 
larga experiência prática e de intervenção científico- -acadêmica sobre o assunto em 
questão. Antes de ser uma obra que apenas reproduz, como receitas repetidas de um 
cardápio, os conhecimentos acerca da avaliação física é uma coletânea de 
depoimentos acerca de testes e medidas para avaliar as capacidades físicas em 
diferentes vertentes. 
Neste sentido, cada autor desta obra dá aos leitores esclarecimentos e técnicas que 
podem ser aplicados por profissionais da área da saúde, tanto no campo de 
intervenção como na prática acadêmica. É, portanto, uma peça fundamental, 
indispensável e séria, uma obra que serve de orientação, a que se pode recorrer com 
garantias de absoluta qualidade e completa segurança. 
Com base no exposto, poucos trabalhos têm tratado em conjunto as avaliações físicas 
necessárias para prescrição do treinamento e os métodos de treinamento, ou seja, 
não há a união da ciência do treinamento esportivo e da fisiologia do esporte. Deste 
4 
 
 
modo, esta revisão tem por objetivo explanar sobre alguns métodos de avaliação 
funcional e prescrição do treinamento baseado nos resultados destas avaliações. 
 
ESPORTES, JOGOS, LUTAS E GINÁSTICAS 
 
 
 
 Tentar definir critérios para delimitar cada uma destas práticas corporais é 
tarefa arriscada, pois as sutis interseções, semelhanças e diferenças entre uma e outra 
estão vinculadas ao contexto em que são exercidas. Existem inúmeras tentativas de 
circunscrever conceitualmente cada uma delas, a partir de diferentes pressupostos 
teóricos, mas até hoje não existe consenso. 
As delimitações utilizadas no presente documento têm o intuito de tornar viável ao 
professor e à escola operacionalizar e sistematizar os conteúdos de forma mais 
abrangente, diversificada e articulada possível. Assim, consideram-se esporte as 
práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em 
federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação 
amadora e a profissional. Envolvem condições espaciais e de equipamentos 
sofisticados como campos, piscinas, bicicletas, pistas, ringues, ginásios, etc. 
 A divulgação pela mídia favorece a sua apreciação por um diverso contingente de 
grupos sociais e culturais. Por exemplo, os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de 
Futebol ou determinadas lutas de boxe profissional são vistos e discutidos por um 
grande número de apreciadores e torcedores. Os jogos podem ter uma flexibilidade 
maior nas regulamentações, que são adaptadas em função das condições de espaço 
e material disponíveis, do número de participantes, entre outros. 
5 
 
 
São exercidos com um caráter competitivo, cooperativo ou recreativo em situações 
festivas, comemorativas, de confraternização ou ainda no cotidiano, como simples 
passatempo e diversão. Assim, incluem-se entre os jogos as brincadeiras regionais, 
os jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua e as brincadeiras infantis de modo 
geral. As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), 
mediante técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão 
de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. 
Caracterizam-se por uma regulamentação específica, a fim de punir atitudes de 
violência e de deslealdade. Podem ser citados como exemplo de lutas desde as 
brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas mais complexas da 
capoeira, do judô e do caratê. As ginásticas são técnicas de trabalho corporal que, de 
modo geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas. 
 Por exemplo, pode ser feita como preparação para outras modalidades, como 
relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma 
recreativa, competitiva e de convívio social. Envolvem ou não a utilização de materiais 
e aparelhos, podendo ocorrer em espaços fechados, ao ar livre e na água. Cabe 
ressaltar que são um conteúdo que tem uma relação privilegiada com 
“Conhecimentos sobre o corpo”, pois, nas atividades ginásticas, esses 
conhecimento se explicitam com bastante clareza. Atualmente, existem várias 
técnicas de ginástica que trabalham o corpo de modo diferente das ginásticas 
tradicionais (de exercícios rígidos, mecânicos e repetitivos), visando à percepção do 
próprio corpo: ter consciência da respiração, perceber relaxamento e tensão dos 
músculos, sentir as articulações da coluna vertebral. 
 Uma prática pode ser vivida ou classificada em função do contexto em que ocorre e 
das intenções de seus praticantes. Por exemplo, o futebol pode ser praticado como 
um esporte, de forma competitiva, considerando as regras oficiais que são 
estabelecidas internacionalmente (que incluem as dimensõesdo campo, o número de 
participantes, o diâmetro e peso da bola, entre outros aspectos), com plateia, técnicos 
e árbitros. 
Pode ser considerado um jogo, quando ocorre na praia, ao final da tarde, com times 
compostos na hora, sem árbitro, nem torcida, com fins puramente recreativos. Pode 
ser vivida também como uma luta, quando os times são compostos por meninos de 
6 
 
 
ruas vizinhas e rivais, ou numa final de campeonato, por exemplo, entre times cuja 
rivalidade é histórica. Em muitos casos, esses aspectos podem estar presentes 
simultaneamente. 
Os esportes são sempre notícia nos meios de comunicação e dentro da escola; 
portanto, podem fazer parte do conteúdo, principalmente nos dois primeiros ciclos, se 
for abordado sob o enfoque da apreciação e da discussão de aspectos técnicos, 
táticos e estéticos. Nos ciclos posteriores, existem contextos mais específicos (como 
torneios e campeonatos) que possibilitam que os alunos vivenciem uma situação mais 
caracterizada como esporte. 
Incluem-se neste bloco as informações históricas das origens e características dos 
esportes, jogos, lutas e ginásticas, valorização e apreciação dessas práticas. A gama 
de esportes, jogos, lutas e ginásticas existentes no Brasil são imensas. Cada região, 
cada cidade, cada escola tem uma realidade e uma conjuntura que possibilitam a 
prática de uma parcela dessa gama. 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE PERFORMACE 
A avaliação de performance é uma ferramenta imprescindível no mundo corporativo 
de hoje. Por meio de diferentes métodos e técnicas, as equipes do setor de recursos 
humanos elaboram estratégias variadas para fazer o reconhecimento e a avaliação de 
seus grupos de colaboradores, o que pode contribuir bastante para impulsionar uma 
empresa na direção certa. 
7 
 
 
Conhecendo os funcionários de uma corporação e tendo claramente definidas as suas 
tarefas, potencialidades, competências e diferenciais, se torna mais fácil elaborar 
planejamentos de crescimento e desenvolvimento para a empresa, já que, por meio 
da avaliação de performance, problemas e soluções podem ser identificados de 
forma mais imediata. 
Boa parte das grandes empresas de hoje realizam, anualmente (ou bianualmente), 
pesquisas extensas entre os seus funcionários, buscando tanto entendê-los melhor 
em relação a suas aspirações como encontrar problemas frequentes que causam 
deficiências dentro de equipes específicas. A observação do clima do ambiente de 
trabalho e do engajamento das equipes de uma empresa também é feita pelo rh, para 
que a pesquisa tenha visões de diferentes pontos de vista. 
Além de uma análise focada nos funcionários, as corporações também devem receber 
feedbacks por parte dos gerentes de cada equipe, e é a partir destas informações 
combinadas que serão analisadas os resultados individuais de cada colaborador. 
Em muitos casos, os próprios gerentes e líderes de uma empresa também são 
analisados neste processo, contribuindo para que mudanças e adaptações que 
auxiliem no engajamento de times de trabalho sejam realizadas. 
Cabe a cada empresa decidir sobre a divulgação dos resultados finais desta avaliação 
aos seus colaboradores, e muitas acabam optando pela não comunicação aos 
funcionários, em busca de evitar problemas. No entanto, até mesmo a divulgação das 
questões onde são encontradas falhas na performance de um colaborador podem se 
transformar em melhorias para a empresa – já que, tendo um feedback de sua 
atuação, um colaborador pode encontrar soluções para os problemas identificados. 
Optando pela divulgação de dados, é importante que líderes e gerentes criem um 
ambiente amigável e aberto para que os resultados sejam debatidos, pois, é 
justamente a partir deste tipo de reunião que o setor de recursos humanos pode 
garantir as informações necessárias para inciar planos de ação de melhorias para a 
empresa ou um grupo determinado. 
Nesta etapa do processo, é o profissional de rh quem deve captar as ideias, reações 
e queixas dos colaboradores, para que possa filtrar o que faz sentido entre o que foi 
8 
 
 
debatido e, assim, elaborar as melhores maneiras de resolucionar as adversidades. 
Além de ser uma boa ferramenta para descobrir problemas e soluções, a análise de 
performance é a principal metodologia utilizada para que o reconhecimento de 
funcionários seja realizado, permitindo que o setor de rh ofereça mais motivações e 
benefícios aos funcionários de maior destaque. 
 
 
AVALIAÇÃO DO ATLETA 
 
 
Aplicados na Educação Física; Avaliação da composição corporal; Bases teóricas da 
aptidão aeróbica; Testes para avaliação aeróbica; Testes para avaliação anaeróbica; 
Avaliação muscular; Avaliação da aptidão física em jovens; Avaliação postural; 
Avaliação motora em esporte adaptado; Interpretação rápida do ECG; Matemática 
aplicada na Educação Física. 
 
 
CRITÉRIOS CIENTÍFICOS APLICADOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Por existirem em Educação Física numerosos instrumentos de teste, para se fazer 
uma escolha é necessário pensar cuidadosamente nos méritos de cada um deles ao 
 
9 
 
 
selecioná-los. Antes mesmo que um teste possa ser selecionado para um programa 
de avaliação, devem certificar que ele foi elaborado dentro dos padrões científi- cos, 
medindo aquilo que se propõe a medir, ou seja, seguindo os critérios de autenticidade 
científica. 
A aplicação do conhecimento científico para determinar o tipo e a quantidade de 
atividades físicas necessárias vai ao encontro das necessidades de cada indivíduo. E 
neste ponto a ciência do movimento humano tem mostrado um importante avanço nos 
últimos anos, através de um desenvolvimento contínuo e sistemático. 
Ao se lidar com a ciência do movimento humano, não se lida apenas com o aspecto 
físico, mas trabalha-se o desenvolvimento global do homem. O conceito globalidade 
humana é hoje algo tão firmado e universalmente aceito que é inadmissível manter-se 
separada a educação intelectual da educação física. 
 Mas como localizar potencialidades e debilidades? Como transformar o deficiente em 
eficiente? Como ajustar o treinamento à realidade biológica? Como monitorar o seu 
desenvolvimento? É neste ponto que o processo de medidas e avaliação surge como 
um elemento de suma importância tanto no treinamento desportivo como no processo 
educacional. Durante este processo os professores e treinadores devem utilizar-se de 
instrumentos que o permitirão atingir seus objetivos, com segurança e confiabilidade. 
Para isso, devem respeitar os critérios de autenticidade científica. Os principais 
objetivos do processo de medidas e avaliação são: 
 Determinar o processo em que o indivíduo se encontra; 
 Classificar os indivíduos; 
 Reajustar o treinamento; 
 Manter padrões; 
 Motivar. Quando se lida com esta área do saber existem alguns conceitos que 
a partir da sua compreensão e utilização, tudo mais depende. 
 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
10 
 
 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais consideram que a avaliação deve ser algo útil, 
tanto para o aluno como para o professor, para que ambos possam dimensionar os 
avanços e as dificuldades dentro do processo de ensino e aprendizagem e tornálo 
cada vez mais produtivo. Tradicionalmente, as avaliações dentro desta área se 
resumem a alguns testes de força, resistência e flexibilidade, medindo apenas a 
aptidão física do aluno. O campo de conhecimento contemplado por esta proposta vai 
além dos aspectos biofisiológicos. 
Embora a aptidão possa ser um dos aspectos a serem avaliados, deve estar 
contextualizada dentro dos conteúdos e objetivos, deve considerar que cada indivíduo 
é diferente, que tem motivações e possibilidades pessoais. Não se trata mais daquela 
avaliação padronizada que espera o mesmo resultado de todos. 
 
Isso significa dizer que, por exemplo, se um dos objetivos é que o aluno conheça 
alguns dos seuslimites e possibilidades, a avaliação dos aspectos físicos estará 
relacionada a isso, de forma que o aluno possa compreender sua função imediata, o 
contexto a que ela se refere e, de posse dessa informação, traçar metas e melhorar o 
seu desempenho. 
Além disso, a aptidão física é um dos aspectos a serem considerados para que esse 
objetivo seja alcançado: o conhecimento de jogos, brincadeiras e outras atividades 
corporais, suas respectivas regras, estratégias e habilidades envolvidas, o grau de 
independência para cuidar de si mesmo ou para organizar brincadeiras, a forma de se 
relacionar com os colegas, entre outros, são aspectos que permitem uma avaliação 
abrangente do processo de ensino e aprendizagem. 
 Dessa forma, os critérios explicitados para cada um dos ciclos de escolaridade têm 
por objetivo auxiliar o professor a avaliar seus alunos dentro desse processo, 
abarcando suas múltiplas dimensões. Também buscam explicitar os conteúdos 
fundamentais para que os alunos possam seguir aprendendo. 
 
 
11 
 
 
 
 
TESTE 
 Instrumento de ampla aceitação, quando aplicados com vigor e interpretados 
prudentemente, os testes são umas das muitas técnicas utilizadas por psicólogos e 
professores. Prova definida, que implica realizar determinada tarefa, idênticas para 
todos os sujeitos examinados, com uma técnica bem precisa para a apreciação do 
resultado. Então podemos entender como teste: instrumento científico, de valor 
diagnóstico, que implica uniformidade nas condições de aplicação e correção e que 
vem sempre acompanhado de normas para sua interpretação. 
TIPOS DE TESTE 
a) Teste de eficiência – estuda aspectos cognitivos como: inteligência, aptidões. 
b) Teste de personalidade – estuda aspectos conativos e afetivos como: caráter, 
afetividade. 
 MEDIDA 
Técnica de avaliação que usa procedimentos precisos e objetivos, resultando em uma 
resposta que pode ser expressa numericamente. A medida assume duas formas: a 
qualitativa e a quantitativa. Logo, pode ser vista como uma técnica de avaliação que 
se vale de procedimentos precisos e objetivos, dos quais resultam dados quantitativos 
e que, geralmente, expressam um resultado em uma forma numérica. Há, contudo, 
situações em que a resposta não pode ser plenamente quantificada, mas julgada a 
partir de alguns parâmetros. 
12 
 
 
Manual de Avaliação Física 2ed MIOLO.indd 20 12/04/2012 14:26:45 21 Como 
quantificar a motivação, atenção e outros elementos deste tipo? Podemos qualificálos 
de forma gradativa como: bom, regular e ruim, a partir de parâmetros comparativos 
que diminuam a interferência da subjetividade. Qualifi cações estas serão utilizadas 
como resposta do teste, de uma forma objetiva, sendo assim consideradas medidas 
qualitativas. 
ANÁLISE Comparando-se resultados, pode-se determinar a realidade dos elementos 
que compõe o grupo em relação à totalidade ou comparar grupos entre si, permitindo 
determinar pontos fortes e fracos, positivos e negativos, estabelecendo-se a realidade 
do trabalhado em um momento. As classificações dos resultados de um aluno ou de 
um atleta em um determinado momento são consequências de uma análise de 
resultados. 
 
 
AVALIAÇÃO 
 
 
 
 Processo que utiliza técnicas de medidas; quando aplicadas resultam em dados 
quantitativos ou qualitativos, que são utilizados por comparação com critérios 
preconcebidos (5). A avaliação é um recurso que se aplica ao avaliado e ao processo, 
podendo ser um indicador quantitativo ou qualitativo, utilizando elementos objetivos 
ou subjetivos empregados para comparação de resultados (6). Não deve ser encarada 
como produto de um momento, mas sim de período, possibilitando reajustar o 
programa a fi m de atingir o objetivo almejado. 
13 
 
 
 
 
 
TIPO DE AVALIAÇÃO 
 Avaliação Diagnóstica – Análise dos pontos fortes e fracos do atleta, aluno ou 
equipe, em relação a determinada característica. 
Avaliação Formativa – Informa sobre o progresso dos indivíduos, no decorrer do 
processo ensino-aprendizagem, indicando ao professor o grau de aprendizagem do 
aluno. 
 Avaliação Somativa – Soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada 
unidade do planejamento, com intuito de obter o progresso do aluno. 
 
SELEÇÃO DOS TESTES 
Depois de determinar o porquê e o que medir ou testar devemos selecionar o melhor 
teste. Os testes selecionados deverão ter parâmetros aceitáveis para efetuar a tomada 
de decisão. Deve-se verificar sempre a validade, fidedignidade e objetividade dos 
testes propostos (1). Durante o processo avaliativo é muito importante que o professor 
de educação física utilize-se de instrumentos ou testes que lhe permitirão atingir seus 
objetivos com segurança e consistência. 
 VALIDADE 
 Indica se o teste mede aquilo que deve ou pretende medir, ou seja, é a segurança da 
interpretação dos resultados do teste. Na educação física existem inúmeros 
instrumentos de teste; para se fazer uma escolha, é necessário estudar 
cuidadosamente os objetivos de cada um deles ao fazer sua seleção . Para garantir 
uma interpretação adequada, o professor deve conhecer o tipo de validade que o teste 
propõe. 
14 
 
 
 EXISTEM QUATRO TIPOS DE VALIDADE 
 
 Validade Lógica – é subjetiva e não é expressa por valores numéricos. Entretanto, 
ela é considerada como um pressuposto para outros tipos de validade muito utilizada 
na área de educação física. Ela é invocada quando a medida obviamente retrata a 
performance que está sendo medida. Validade por Conteúdo – assim como a validade 
lógica, não pode ser expressa por valores numéricos. 
 É muito utilizada nas avaliações curriculares das unidades de ensino de 1º e 2º graus, 
ou seja, é uma relação de ensinar e testar. Resume-se quase que exclusivamente à 
aprendizagem em ambientes educacionais. Logo, um teste tem validade por conteúdo 
se amostrar adequadamente o que foi abrangido no curso. Validade por Critério – é 
a comparação entre os escores do teste proposto com a medida padrão, pois usa uma 
medida critério ou teste padrão conhecido e que já possua autenticidade científica 
comprovada; é expressa matematicamente, através de um coeficiente de correlação. 
A validade por critério dividiu-se em validade concorrente e por predição. Validade 
Concorrente – é a relação dos escores de um teste proposto com um outro teste, 
chamado padrão, por ter comprovada a sua validade. 
Utilizada quando se deseja substituir um teste longo ou complexo, por um outro teste 
curto e de fácil aplicação. Validade por Predição – utilizada pelos professores de 
educação física quando se deseja prever resultados futuros de um indivíduo em uma 
característica ou habilidade específica. Comprova através de um coeficiente de 
correlação que irá estabelecer uma relação entre teste proposto e a medida critério, é 
influenciada pelo tamanho da amostra e pelo erro padrão estimado. 
Validade por Construção – é entendida como grau no qual o teste mede uma 
característica, ou constructo que não pode ser diretamente medido, relacionando-se 
os resultados do teste com algum comportamento. Constructo – nome que se dá a 
características que não podem ser medidas, como: personalidade, estresse etc. 
 A validade por construção é dada através de métodos diferenciados e cada um destes 
é mais apropriado a determinada situação. 
 
15 
 
 
FIDEDIGNIDADE 
 É a possibilidade de repetição de uma medida. Um teste não pode ser válido ser não 
for fi dedigno. A fidedignidade indica até que ponto as diferenças individuais nos 
resultados dos testes podem ser atribuídas a erros ocasionais de medida, e até que 
ponto elas revelam diferenças intrínsecas nos atributos em consideração. Ela pode 
ser interpretada através de um coeficiente de correlação que será obtido pela 
concordância dos resultados dos testes . Se você não confiar em que testes 
sucessivos produzam os mesmos valores,então não podemos confiar no teste. A 
fidedignidade é expressa por um coeficiente de correlação, que varia de 0,00 a 1,00. 
Quanto mais próximo de 1,00 menor variação de erro é refletida pelo resultado. 
OBJETIVIDADE 
É o grau de concordância com o qual vários indivíduos marcam os mesmos resultados 
no teste, ou seja, é a ausência da influência do avaliador nos resultados do teste, que 
são expressos através de um coeficiente de correlação (1), seguindo os mesmos 
procedimentos e valores da fidedignidade. 
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO (R) Conhecido como grau de concordância entre 
duas variáveis. A correlação entre variáveis pode denotar a existência de uma 
associação ou pode dar uma indicação do grau com o qual as duas variáveis estão 
envolvidas. Quanto mais altos forem os coeficientes de correlação para validade, 
fidedignidade e objetividade, sua avaliação terá maior confiabilidade (Tabela 2.1). 
 
 
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR 
 
16 
 
 
 
 
Para Weineck21, força máxima pode ser definida como a maior força que o sistema 
neuromuscular pode exercer através de contração voluntária máxima, ocorrendo 
(dinâmica) ou não (estática) movimento articular. O treinamento resistido promove 
aumento da força máxima, e este aumento seria devido ao incremento da secção 
muscular transversa, aumento da sincronização e dos disparos nervosos das unidades 
motoras, e diminuição do fenômeno de co-contração22. 
 Pesquisas têm sido realizadas na tentativa de desenvolver métodos de avaliar a 
força máxima em atletas de maneira confiável, válida e fidedigna, visto que esta 
capacidade física é pré-requisito para o sucesso em muitos esportes de competição, 
e o aumento da força é objetivo principal do treinamento resistido23. Porém, um dos 
problemas encontrados é o da especificidade do movimento, visto que as avaliações 
são realizadas em aparelhos típicos de musculação, fugindo dos padrões de 
movimentos dos esportes. 
 O teste mais comumente utilizado e pesquisado é o de uma repetição máxima 
(1RM), que foi definido por Pereira & Gomes24 como a maior carga que pode ser 
movida por uma amplitude específica de movimento uma única vez e com padrão de 
movimento correto. 
 No que tange à confiabilidade do teste de 1-RM, Dias et al.23, verificaram nas suas 
revisões que vários estudos demonstraram níveis moderados e até mesmo elevados 
de correlação intraclasses no teste-reteste. 
17 
 
 
 Segundo Dias et al., esta não seria a melhor análise destes dados, visto que neste 
mesmo estudo foi encontrado um nível elevado de correlação entre o primeiro dia de 
teste da 1-RM e o quarto dia, mas quando utilizado o procedimento de plotagem de 
Bland e Altman, um recurso estatístico que permite a análise da concordância entre 
as medidas obtidas nas diferentes sessões de testes de 1-RM, ficou evidente que 
mesmo em indivíduos treinados (mais de seis meses), seria necessário um tempo de 
familiarização com o teste para que não se tire conclusão equivocada, e este tempo 
estaria por volta de 3 sessões para os exercícios agachamento e supino, e 2 sessões 
para o exercício rosca bíceps. 
 Contudo, este trabalho utilizou praticantes recreacionais de musculação com mais de 
seis meses de experiência, e não atletas que visam alta performance, o que pode 
resultar em dados diferentes do acima exposto. 
 A intensidade do exercício geralmente é determinada através do percentual da 
carga máxima em uma única repetição (1-RM), ou estipulada pelo número de 
repetições máximas e este fato faz com estes testes sejam aplicados a atletas, na 
tentativa de quantificar o volume e a intensidade de treinamento, além do teste de 
1RM ser de fácil aplicação, com baixo custo operacional e seguro. 
 Alguns estudos utilizam o teste de 1-RM na avaliação da força máxima nas 
condições pré e pós-treinamento de atletas de alto rendimento. Dentre estes estudos, 
Azevedo et al.27 utilizaram esta metodologia no estudo de caso do atleta 
Mario Sabino, quando este atleta alcançou a primeira colocação nos jogos 
PanAmericanos e terceira colocação no mundial de judô, ambos no ano de 2003. 
 Foi verificado que a força de 1-RM nos exercícios de agachamento e supino aumentou 
com o decorrer do treinamento, e que esta variável pode ter sido importante para que 
os objetivos fossem alcançados. Este dado mostra a importância da avaliação da 
capacidade física força em atletas de judô de alto nível. 
 
 
18 
 
 
 
TREINAMENTO DE FORÇA E POTÊNCIA 
 Nos últimos anos o treinamento de força tem sido mais bem estudado por 
pesquisadores das Ciências do Esporte, devido a sua influência no aumento de força 
máxima, potência e capacidade de endurance. 
 Através de uma meta-análise Rhea et al., identificaram a relação dose/resposta, 
através do procedimento estatístico do tamanho do efeito, para a correta prescrição 
do treinamento resistido e melhores ganhos de força. Para sujeitos treinados, foi 
verificado que a intensidade de treino deve por volta de 80% da 1-RM, 2 vezes por 
semana, e 4 séries por grupo muscular a cada sessão de treino. 
 No estudo de Hennessy e Watson39 os autores dividiram 41 sujeitos, atletas de 
rugby, em 4 grupos: 
 endurance (E), 
 Força (F), 
 endurance + força (E + F), e controle (C), com o objetivo de avaliar possíveis 
melhoras na força, potência e capacidade de endurance, devido à falta de 
acordo na literatura sobre um possível efeito negativo em se treinar 
simultaneamente endurance e força. 
 O grupo E (n=12) treinou corrida 4 vezes na semana, correndo na intensidade 
correspondente a 70% da freqüência cardíaca máxima prevista pela fórmula 220idade, 
começando com 20 minutos e evoluindo até 60 minutos na ultima semana; o grupo F 
(n=9) treinou musculação 3 dias na semana, com carga acima de 70% de 1RM; o 
grupo E + F (n=10) treinou 5 dias na semana, realizando corrida e musculação no 
mesmo dia; e o grupo C (n=10) não treinou. 
O total foi de 8 semanas para todos os grupos. Foi avaliada a porcentagem de gordura 
corporal, tempo de corrida de 20 metros, salto vertical e consumo máximo de oxigênio 
estimado. 
 Os autores concluíram que o treinamento E + F produz melhoras na força de membros 
superiores, mas não de membros inferiores, não obtendo ainda melhoras no salto 
vertical e velocidade. Já o grupo F obteve ganhos de força, altura do salto vertical e 
19 
 
 
velocidade, enquanto que o consumo de oxigênio se manteve nos níveis de pré-
treinamento. 
O grupo E não demonstrou aumento significativo do consumo de oxigênio quando 
comparado ao grupo E + F. Os autores concluíram que é preciso cuidado no 
planejamento de treinamento combinado quando se deseja melhoras nas capacidades 
de força, potência, velocidade e endurance. 
 Linnamo et al.realizaram um estudo com o objetivo de verificar os efeitos agudos de 
exercício concêntrico no leg press realizados com a potencia máxima (40 ± 6% da 
força máxima isométrica) e força de alta intensidade (67 ± 7% da força máxima 
isométrica). Foram realizadas 5 séries de 10 movimentos em ambos os exercícios com 
acompanhando de dados eletromiográficos, e apenas de forma concêntrica. 
Os autores concluíram que exercícios de potência aumentam a ativação das unidades 
motoras rápidas ou uma diminuição das unidades motoras lentas. Ainda, A frequência 
de potência média e mediana foi maior nos exercícios de potência do que nos de alta 
intensidade, além do exercício de potência parecer ter induzido a facilitação do 
sistema neuromuscular ao invés da fadiga. 
 Estudo interessante foi conduzido por Takarada, Sato e Ishii, em que atletas de elite 
da modalidade Rugby foram submetidos a treinamento resistido de baixa intensidade. 
Os sujeitos foram separados em 3 grupos distintos: 
 Grupo controle, que não realizou treino resistido; 
Grupo baixa intensidade com oclusão vascular (LIO); 
Grupo baixa intensidadesem oclusão vascular (LI). 
 Os sujeitos do grupo LIO foram orientados a realizar o maior número de repetições 
possível com carga equivalente a 50% da 1-RM, no exercício de extensão de pernas, 
com velocidade de 2 segundos para cada ciclo concêntrico-excêntrico, pausa de 30 
segundos entre séries, com quatro séries, duas vezes por semana no total de oito 
semanas. 
 O grupo LI foi orientado a realizar o mesmo número de repetições que o LIO. Os 
autores concluíram que o treinamento de baixa intensidade combinado com oclusão 
vascular para atletas de elevada performance promove hipertrofia muscular, aumento 
da força e da endurance muscular. Este estudo abre uma boa perspectiva, já que o 
20 
 
 
treinamento é realizado com baixa intensidade e com volume baixo de treino, podendo 
ajudar na prevenção de overtraining. 
 A pesquisa de Liow e Hopkins objetivou estudar a resposta de caiaquistas de 
velocidade frente ao treinamento resistido realizado de maneira lenta e de maneira 
rápida. Durante seis semanas os atletas treinaram 2 dias na semana, cada sessão era 
feita 3-4 séries em 2 exercícios específicos aos movimentos da modalidade em 
questão, com a intensidade de 80% da 1-RM. 
Os exercícios diferiram apenas no tempo de execução da fase concêntrica de 
movimento, sendo o treino lento (n=13) com o tempo de 1,7 segundos, e o treino 
explosivo (n=13) menor que 0,85 segundos. Comparado ao grupo controle (n=12), 
tanto o grupo lento como o explosivo aumentaram a força e a performance de sprint. 
Os autores concluíram que o treinamento a 80% da 1-RM realizado de forma lenta é 
mais efetivo para aumentar a aceleração, e o treinamento de potência parece ser mais 
efetivo para a manutenção da velocidade. 
 Um dos meios que tem merecido maior atenção é o treinamento de força especial, 
que é o treinamento de força com movimentos e características especificas ou mais 
próximas possível do esporte em questão, com o objetivo de aumentar a capacidade 
de força em movimentos específicos. 
A confirmação da eficácia do treinamento de força especial pode ser comprovada 
através do trabalho de Rezende et al. na modalidade esportiva voleibol, em que os 
autores relatam que o treinamento físico é feito de maneira a simular as ações motoras 
de uma partida. Visto a grande expressão do Voleibol brasileiro em campeonatos 
mundiais e olímpicos nos últimos anos, estes fatos nos permitem concluir que o 
treinamento especial, tanto de força como de endurance são benéficos e importantes 
para o ótimo desempenho esportivo. 
 Ebben, em seu artigo de revisão, relata os benefícios do que ele chama de 
treinamento complexo, que é a combinação de exercícios de força e pliometria numa 
mesma sessão de treinamento, em que o sujeito deve realizar um exercício de 
agachamento e logo em seguida exercício pliométrico, com o objetivo de aumentar a 
potência muscular e consequentemente a performance atlética. 
21 
 
 
O autor relata que este tipo de treino deve ser realizado com pausa de três a quatro 
minutos entre o exercício de força e o de pliometria, com cinco repetições máximas, 
sendo mais efetivo em atletas de alta performance. Relatam ainda que o treinamento 
complexo resulta em aumento de performance de salto, e apresenta também efeito 
ergogênico nos membros superiores quando realizados exercícios para esta região do 
corpo. 
 
 
 
Sintomas e Prevenção de Overtraining 
 A relação inadequada entre volume e intensidade de treinamento, que reflete outro 
princípio do treinamento, o da interdependência volume x intensidade, junto com 
períodos inadequados de recuperação entre estímulos de treino e competição pode 
provocar o fenômeno conhecido como overtraining. Este fenômeno pode ser refletido 
por alguns sintomas como fadiga crônica, perda de apetite, diminuição da 
performance, aumento da frequência cardíaca de repouso, infecções freqüentes, 
distúrbios do sono, dentre outros46. 
 Uma das formas de controlar as cargas de treinamento e prevenir a síndrome do 
overtraining é através da relação testosterona/cortisol. A testosterona é um hormônio 
esteróide anabólico relacionado aos processos de anabolismo, já o cortisol é um 
glicocorticóide que tem função hiperglicemiante e está intimamente relacionado aos 
processos de catabolismo. Portanto, a razão entre as concentrações sanguíneas de 
testosterona e cortisol pode servir como indicador da relação anabólica/catabólica do 
praticante. 
22 
 
 
 Em estudo de Vervoorn et al., estes encontraram durante um período de 
treinamento em remadores fundistas uma diminuição na relação testosterona/cortisol 
na condição de repouso maior que 30%, o que demonstrou recuperação incompleta 
entre as sessões de treinamento destes atletas. 
Quando a relação testosterona/cortisol chega nestes níveis, é necessário que o 
técnico e o preparador físico reestruturem os períodos de treinamento e permitam um 
maior período de recuperação entre treinos, e ainda que se atende para a relação 
volume x intensidade. 
 É necessário um cuidado especial no momento da coleta das amostras sanguíneas, 
dado que as concentrações de cortisol circulante no sangue são maiores no início da 
manhã, visto que respondem ao ciclo circadiano. Por este motivo é aconselhado que 
as coletas sanguíneas sejam realizadas entre 9 e 10 horas da manhã. 
 Segundo Gleeson, alguns marcadores bioquímicos da síndrome do overtraining, 
além dos hormônios, incluem a glutamina plasmática, que são encontradas em níveis 
abaixo do normal quando atletas estão com sintomas de overtraining, as creatinas 
quinase plasmática, uréia plasmática (advindo da degradação da proteína muscular), 
lactato sanguíneo, dentre outros. 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO FINAL 
 Conclui-se através desta revisão de literatura acerca das metodologias do 
treinamento esportivo e da avaliação funcional de atletas de alta performance, que 
existe uma lacuna entre a ciência do treinamento esportivo e a fisiologia do esporte, e 
23 
 
 
que a união destas é necessária para o melhor entendimento dos fatores 
intervenientes na performance desportiva, e na escolha adequada dos meios e 
métodos de avaliação funcional do atleta e do planejamento das etapas do macrociclo. 
E ainda, que há métodos específicos para aprimorar determinadas capacidades 
físicas, de acordo com os objetivos traçados no inicio do planejamento e baseado nos 
resultados das avaliações funcionais. 
 Ressalta-se a importância de o treinamento e as avaliações serem sempre o mais 
próximas da realidade do desporto, respeitando assim o princípio da especificidade, e 
que a prescrição do treinamento seja feita baseada em resultados de testes 
fisiológicos individuais, respeitando desta forma o princípio da individualidade 
biológica. Além disto, recomenda-se a rotineira avaliação de parâmetros bioquímicos 
que podem inferir um possível estado de overtraining, e assim corrigir/reestruturar os 
ciclos de treinamento dos atletas. 
Através destes conceitos, quando respeitados e seguidos, acredita-se que os atletas 
de alto desempenho possam sempre melhorar e/ou manter o desempenho esportivo 
em altos níveis. 
 
 
 
 
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