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Lesões do Cerebelo Hospital Central de Maputo Estágio Integral de Medicina Interna Medicina IV Diretor do Serviço: Prof. Dr. Aurélio Zilhão Discente: Amir Omar Índice • Introdução • História • Embriologia • Anatomia • Fisiologia • Lesões do Cerebelo • Conclusão • Bibliografia Introdução • O Cerebelo é um órgão supra-segmentar do sistema nervoso central • O termo cerebelo deriva do latim e significa "pequeno cérebro“ • Constitui 10% da massa encefálica total e contém mais de 50% de todos neurónios do encéfalo (69.03 bilhões) História • Área silenciosa • Vesalius (1543) – Órgão de memória e talento • Malacarne (1776) – 1º trabalho de Anatomia descritiva sobre o Cerebelo • Combe (1838) – Órgão de sexualidade • Babinski (1902) – Órgão responsável pela coordenação motora Embriologia • Inicia na 3º semana de gestação: Placa neural • Posteriormente: elevação do seus bordos para formar as Pregas Neurais, até unirem-se na linha média Formação do Tubo Neural • Esta começa na região cervical e se extende cranial e caudalmente • Formação dos Neuroporos • 25º dia: Encerramento do Neuroporo Cranial • 27º dia: Encerramento do Neuroporo Caudal Dilataçãoes do Tubo Neural Na 4ª semana as três vesículas encefálicas primárias formam o: 1. Prosencéfalo 2. Mesencéfalo 3. Rombencéfalo Flexuras do Tubo neural Durante a 4ª semana 1ª – Cefálica (mesencefálica): • Entre o prosencéfalo e mesencéfalo. 2ª – Pontina: • No ponto de união do metencéfalo e mielencéfalo. 3ª – Cervical: • Entre o rombencéfalo e a medula espinal primitiva. Rombencéfalo Na 5ª semana é separado da medula espinhal pela flexura cervical e se divide em 2 partes: 1. Metencéfalo forma posteriormente a Ponte e o Cerebelo 2. O Mielencéfalo (torna-se o bulbo) O interior torna-se o 4º ventriculo Metencéfalo • Suas paredes dão origem à ponte e ao cerebelo e sua cavidade forma a parte superior do quarto ventrículo. • Os neuroblastos em cada placa basal formam núcleos motores. • As partes dorsolaterais das placas das alares dobram medialmente e formam os lábios rómbicos. 8ª semana 4º mês 8ª Semana 12ª Semana 13ª Semana 15ª Semana Anatomia Localização: • Na fossa craneana posterior • Posterior a tronco cerebral • Inferior a telencéfalo separado pela tenda do cerebelo, que é uma prega da duramáter. • Superior do foramen magno • Repousa na fossa cerebelar do osso occiptal. Características • Largura: 10 cm • Comprimento (A - P): 6 cm • Altura: 5 cm • Peso: 150g • Superfície total: 500cm² Divisões do Cerebelo Divisão Anatómica Divisão Anatómica Divisão Funcional Núcleos Cerebelares Pedúnculos O cerebelo está ligado ao tronco encefálico por três grossos feixes de fibras chamados pedúnculos: • O pedúnculo cerebelar superior liga o cerebelo ao mesencéfalo. Contém principalmente axônios eferentes É também chamado de braço conjuntivo. • O pedúnculo cerebelar médio liga o cerebelo à ponte, sendo também chamado de braço da ponte. Contém principalmente axônios aferentes. • O pedúnculo cerebelar inferior ou corpo restiforme liga o cerebelo ao bulbo, Contém axônios tanto aferentes quanto eferentes Irrigação • O cerebelo é nutrido por três pares de artérias: • Uma proveniente da A. vertebral e chamada A. cerebelar póstero-inferior. Irriga a face inferior do cerebelo e parte do bulbo. • As outras duas artérias vêm da A. basilar. São a A. cerebelar anterior-inferior e a A. cerebelar superior. Estas irrigam a face superior do cerebelo. Irrigação Drenagem Venosa Seio Sigmoide Seio Transverso V.C.I V.C.A Seio Petroso Sup. Seio Petroso Inf. Seio Transverso V.C.S. Drenagem Venosa Histologia • Substância Cinzenta (Cortex) • Camada Molecular o F. Paralelas, F. Trepadoras, D. Purkinje, C. Cesto, C. Estrelada • Camada de Células de Purkinje • Camada Granulosa • C. Granulosa, C. Golgi • Substância Branca • Axônios das Células de Purkinje • Oligodentrócitos Cortex Cerebelar Histologia Histologia Fisiologia Cerebelar Consciência Sensitivo- Motora Comparação Receptores Proprioceptivos • Fuso Muscular – Velocidade e Alongamento • Órgão Tendinoso de Golgi - Contração dos músculos, grau de tensão do tendão e estiramento. • Tacteis - Forças externas • Articulares - Posição Receptores Proprioceptivos Imagem Motora Cópia de eferencia Cerebelo Fisiologia da Motricidade Para se executar qualquer movimento as contrações dos agonistas, antagonistas, sinergistas e músculos de fixação devem ser adequadamente coordenadas. Para iniciar-se um movimento, os agonistas contraem-se de modo a executar o movimento; os antagonistas relaxam ou modificam seu tônus para facilitá-lo; e os sinergistas reforçam o movimento. Para terminar o movimento, os antagonistas contraem-se e os agonistas relaxam. On - Off Fisiologia da Motricidade Os músculos individuais que participam no ato devem ser controlados e coordenados, como um maestro dirige uma orquestra, regulando com precisão a ação das partes individuais. O cerebelo é o maestro. Ele não fornece a força, não toca um instrumento, mas sem ele a sinfonia do movimento normal degenera numa cacofonia de contrações musculares desorganizadas. Divisão Funcional do Cerebelo Vestibulocerebelo • Também denominado Arquicerebelo • Associado principalmente com o Núcleo Fastigeo • Manutenção de equilíbrio • Ajuste de tônus muscular Axial • Coordenação de movimentos oculares Espinocerebelo • Também denominado Paleocerebelo • Consiste na região Vermiana e Paravermiana • Associado principalmente com os Núcleos Globosos e Emboliformes. • Parte Vermiana: Controla Musculatura Axial e Proximal • Parte Paravermiana: Controla Musculatura Distal • Execução de movimentos precisos • Controle de Tônus muscular Cerebrocerebelo • Também denominado Pontocerebelo ou Neocerebelo • Associado a Núcleo Dentado • Recebe informação do cortex cerebral contralateral sobre excecução de um padrão de movimentos • Movimentos rápidos dos membros • Coordenação motora fina, destreza e movimentos sincronizados Vias Cerebelares Vias Aferentes • Cortex Cerebral • Medula Espinhal • Nervo Vestibular Vias Eferentes • Núcleo Rubro • Tálamo • Formação Reticular • Núcleos Vestibulares D A E Aferências Cortico-Cerebelares Aferências Cortico-Cerebelares Aferências Espino-Cerebelares Membros Superiores e Tórax Membros Inferiores Membros Inferiores e Tronco Eferências Cerebelares Eferências Cerebelares Trato Dentotalámico Cortex Motor Trato Cortico- Espinhal Decusação Piramidal Nucleo Rubro Eferências Cerebelares Tônus Homúnculo Cerebelar Outras funções do Cerebelo • Aprendizagem motor • Emocional • Função executiva (planejamento, fluência verbal, raciocínio abstrato) • Cognição (organização espacial visual e memória) • Processamento linguístico (gramatismo e prosódia) Outras funções do Cerebelo Outras funções do Cerebelo A previsão espacio-temporal, ou seja, a antecipação de eventos perceptuais para a execução das respostas motoras cronometradas (motor timing) ou julgamentos perceptuais, pode ser obtida pelo uso de informação temporal (por exemplo, a velocidade de um objeto) e informação espacial (Por exemplo, a localização de um objeto) durante uma tarefa Circuito Intrínseco • Fibras Musgosas oPropriocepção oPlano Motor • Fibras Trepadoras – Sinais de Erro Circuito Intrínseco • Células Inibitórias • Purkinje → Núcleos Profundos • Estrelada → Purkinje • Cesto → Purkinje • Golgi → Granulares (inibindo sinais das f. musgosas) • Células Excitatórias • Granular → Purkinje Circuito Intrínseco Circuito Intrínseco Neurotransmissores Cerebelares Lesões do Cerebelo Semiologia das Lesões Cerebelares • Ataxia - Falta de coordenaçãode movimentos musculares voluntários e de equilíbrio. • Disdiadococinesia - É a dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados. • Tremor Intencional – Oscilação dos movimentos, ao realizar um ato voluntário. Acentua quando está próximo de atingir um objetivo/alvo. • Nistagmo - Caracterizado pelo movimento oscilatório rítmico dos bulbos oculares. • Hipotonia Semiologia das Lesões Cerebelares • Opsoclónus – Consiste em movimentos oculares rápidos, involuntários, multivectorial e imprevisíveis. • Dismetria – Incapacidade de calcular a amplitude de movimento necessário para atingir um alvo. (Hipo- ou Hipermetria) • Disartria Atáxica - Imprecisões articulatórias, distorções de consoantes e vogais, intervalos prolongados e velocidade lenta. • Assinergia - Perda da capacidade de associar músculos em conjunto para a execução de movimentos complexos. Sindromes Cerebelares Sindrome Vermiano • Ataxia • Inclinação da cabeça • Nistagmo • Disartria Sindrome Hemisférico • Ataxia • Hipotonia • Hipotonia • Reflexo de Holmes-Stewart • Reflexo Pendular • Dismetria • Disartria • Asinergismo • Disdiadococinesia • Tremor intencional • Nistagmo • Opsoclónus Lesões do Cerebelo Malformações Congênitas Hereditárias Vasculares Tóxicas Fármacos Neoplasias Infecciosas Autoimune Endocrinopatias Nutricionais Malformações Congênitas • Malformações de Arnold Chiari • Malformações de Dandy-Walker • Sindrome Lhermitte-Duclos Malformações de Arnold Chiari I • Sintómas: Cefaléia, Dor no pescoço, Ataxia • Diagnóstico: TAC ou RMN • Tratamento: Cirurgia Descompressiva Malformações de Arnold Chiari II • Sintómas: Ataxia, Nistagmo, Hipotonia, Hidrocefalia • Diagnóstico: TAC ou RMN • Tratamento: Cirurgia Descompressiva, Derivação Malformações de Arnold Chiari III • Sintomas: 1 e 2 • Diagnóstico: TAC ou RMN • Tratamento: Controverso Malformação Dandy-Walker • Trisomia 9, 13, 18 e 21 • Ausência dos Foramens do 4º Ventrículo • Sinais de Hidrocefalia, Sinais Cerebelares • Diagnóstico: TAC ou RMN • Tratamento: Derivação Ventricular Malformação Dandy-Walker Sindrome Lhermitte-Duclos • Gangliocitoma Displásico Cerebelar • Hipertrofia da Camada Granular • Cromossoma 10 • Sinais de Hidrocefalia, Cerebelares ou LOE. • Polidactilia, Macroglosia Sindrome Lhermitte-Duclos • Diagnóstico: TAC, RMN, Anatomo-patológico • Tratamento: Derivação Ventricular e Cirurgia Descompressiva Folia cerebelar alargada com aspecto estriado / tigróide. Hereditárias As formas hereditárias estão entre as causas mais frequentes de ataxia e se manifestam pela incoordenação da marcha, das mãos, da fala e do movimento ocular. As ataxias hereditárias classificam se pelo modo de herança: • Ataxia Cerebelar autossômica dominante • Ataxia Cerebelar autossômica recessiva Hereditárias Ataxia de Freidreich • Causa hereditária mais comum • Padrão de herança autossômica recessiva • 1 em cada 50 000 • Caucasianos • Atrofia cerebelar • Degeneração dos nucleos cerebelares e tratos espino-cerebelares Ataxia de Freidreich • Cromossoma 9, Gene FXN, codificada a proteina Fraxatina. O defeito resulta na sua inexpressão. • Fraxitina • Proteina mitocondrial • Síntese do heme • Formação de complexos Fe-S (complexos ferro-enxofre) • Antioxidante por ligação e de armazenamento do ferro (‘’ferritin-like protein’’) Ataxia de Freidreich Ataxia de Freidreich Quadro Clínico: • Ataxia • Distartria • Nistagmo • Surdez Associados: • Escoliose • Atrofia Óptica • Deformidade do pé (Cavus) • Cardiopatia (Cardiomegália, Hipertrofia) • Diabetes Melitus Ataxia de Freidreich Ataxia de Freidreich Tratamento: • Antioxidantes • Coenzima Q10 (15 mg/kg/dia) e a vitamina E • Quelante do ferro • Deferiprone, na dose de 20 a 30 mg/kg/dia • Agonistas PPARγ (activador do receptor de proliferação peroxissomal) • Pioglitaziona e Rosiglitazona Reduzir o dano Oxidativo Regulador transcripcional das respostas antioxidantes Vascular • AVC Isquemico • AVC hemorrágico Acidente Vascular Cerebelar • Representam aproximadamente 0.7–3% de todos os AVCs Estadios: • Inicial o Inespecíficos, como náuseas, vômitos, tontura, cefaléia ou cervicalgia. Exame neurológico revela incoordenação, ataxia e nistagmo horizontal. o Insidiosos nos infartos. Súbitos nos hematomas. • Intermediário – Diminuição do nível de consciência. Início de HIC • Tardio – Coma ou alterações cardiovasculares AVC Isquémico • Representa 2% de todos AVC Isquémicos • ACPI é a artéria mais acometida (96%) • A etiologia principal nos infartos cerebelares é a aterosclerose e, em menor proporção, os acidentes embólicos • Os fatores de risco vasculares são hipertensão arterial, o diabetes, as dislipidemias e o tabagismo. AVC Isquémico AVC Isquémico Tratamento Médico • Anti-hipertensivos • Antipiréticos • Controle da Glicémia • Antitrombóticos • Anticoagulantes Anti-hipertensivos AVC Isquémico • Ativador do plasminogênio tecidual recombinante (r-tPA 0,9 mg/kg de peso) endovenoso iniciado até três horas do início dos sintomas melhora significativamente o prognóstico do paciente. AVC Isquémico Tratamento Cirúrgico: • Técnicas Endovasculares (STENT, MERCI) • Craniotomia Critérios para tratamento cirúrgico: • Compressão do tronco cerebral • Deterioração do nível de consciência • Presença de hidrocefalia AVC Hemorrágico • Representa 10% de todos AVC Hemorrágicos • Hemorragia cerebelar ocorre mais frequentemente na 5 ª a 8 ª décadas de vida e com maior frequência em homens do que em mulheres. • Entre 60% e 90% de todas as hemorragias cerebelares espontâneas ocorrem em pacientes hipertensos. • As malformações vasculares, coagulopatias, neoplasias, aneurismas e trauma são causas menos frequentes. • São comumente localizadas nos hemisférios cerebelares AVC Hemorrágico AVC Hemorrágico Tratamento Médico • Anti-hipertensivos • Manitol AVC Hemorrágico AVC Hemorrágico Tratamento Cirúrgico: Evacuação Critérios para tratamento cirúrgico: • Tamanho do hematoma > 3-4 cm • Compressão do tronco cerebral • Deterioração do nível de consciência • Presença de hidrocefalia Fármacos • Fenitoina - Inibição das descargas explosivas espontâneas (potenciais de ação dos nervos) do hipocampo e do cerebelo. Atrofia do Vermis. • Fenobarbital • Fluorouracil (5-FU) • Paclitaxel - Impede a formação normal de microtúbulos dentro do citoplasma dos neurônios, levando a uma interrupção na função celular normal. Fármacos • Amiodarona • Metronidazol – Degeneração dos Núcleos Dentados • Isoniazida – Inibição de Piridoxina Fosfokinase Tóxicas • Alcoól • Metais Pesados Intoxicação Alcoolica Aguda Diminuição da excitabilidade das Células de Purkinje. Quadro: • Disartria • Nistagmo • Ataxia 5g Degeneração Cerebelar Alcoólica • Encefalopatia de Wernicke • Deficiência de Vitamina B1 • Perda de Células Granulares e de Purkinje, principalmente no Vermis superior e núcleos vestibulares • Quadro: Ataxia, Nistagmo, Disartria e Tremores. Degeneração Cerebelar Alcoólica Metais pesados • Mercúrio • Manganês • Chumbo Neoplasias • Primárias • Secundárias: Metastases Tumores Primários • Meduloblastoma • Ependimoma • Astrocitoma • Meningioma da FP Metastases 16% 4% 80% Teoria ‘’ Semente & Solo’’ de Paget Metastases • Carcinoma dos Bronquios (19 - 23%) • Mama (5 - 19%) • Melanoma (12%) • Pulmão (11%) • Rim • Tiroide • Colon • Pancreas • Prostata Fisiopatologia de um LOE Sinais e Sintomas de LOE Tratamento Infecciosa • Abcesso Cerebelar • Cerebelite viral aguda (EBV, HHV-6,HSv -1, varicela) • Cerebelite por HIV Abcesso Cerebelar Representa 5% de todos os Abcesso Cerebrais Agentes Etiológicos: • Estreptococos, Proteus, E. coli, Klebsiella spp., Bacteroides, Fusobacterium e os Estafilococos. • Toxoplasma, Aspergillus, Candida e C. Neoformans Vias dedisseminação: • Contiguidade • Hematogenica • Pós-Traumatico • Pós-Operatório Abcesso Cerebelar Quadro: • Cefaleia • Febre baixa • Sinais de HIC • Sinais Cerebelares (ataxia, nistagmo) Diagnóstico: • Hemograma • LCR: Contra-indicado • TAC ou RMN Abcesso Cerebelar Abcesso Cerebelar Tratamento: • Médico • Antibioterapia (Metronidazol e Ceftiraxona) • Corticoesteriodes: Controverso, Dex. 10mg 6-6h • Cirúrgico • Drenagem via Crainiotomia • Aspiração TAC-guiada Abcesso inacessível Pequeno (<2-3 cm) Não encapsulados (cerebrite) Consciente Sem Sinais de HTIC Cerebelite Viral • Crianças de 1-6 anos • Masculino 3:1 Femininos Patogenia: Reacção cruzada de auto-imunidade, na qual anticorpos e linfócitos T, produzidos contra antigénios de um dado agente infeccioso, reagem contra autoantigénios da baínha de mielina. Cerebelite Viral Quadro: • Ataxia • Hipotonia • Dismetria • Opsoclónus Etiopatogenia Diagnóstico • LCR – Linfocitose, Hiperproteinoraquia, Glicose normal, TNFa, IL2, IL6, Cultura Viral + • PCR • TAC ou RMN Cerebelite Viral • Corticoesteroides • Aciclovir: 10mg/kg 8-8h Cerebelite por HIV • Atrofia cerebelar pode ser o resultado de uma resposta auto-imune com destruição das células de Purkinje, ou um efeito tóxico de citocinas sintetizadas em resposta ao HIV, que induz apoptose de células da Granulosa. • Numa primeira fase, as lesões predominam no nível do vermis cerebelar, e em estadios mais avançados também comprometem os hemisférios. Autoimune • Esclerose Multipla • Ataxia por Glúten • Degeneração Cerebelar Paraneoplásica Esclerose Multipla • Doença Desmielinizante • Feminino > Masculino • 20-40 anos de idade • Caucasianos Esclerose Multipla Esclerose Multipla Esclerose Multipla Quadro Clínico: • Tremor • Ataxia • Nistagmo Diagnóstico: • Clínico • LCR – Bandas Oligoclonais de IgG, Proteinas • TAC ou RMN Esclerose Multipla • Tratamento dos episódios agudos • Metilprednisolona: 500-1000 mg por dia, 3-5 dias • Omeprazol ou Ranitidina • Agentes modificadores da doença • INFβ1a, IFNβ1b, Glatiramer Acetato. • Terapia sintomática • Ataxia: Clonazepam 1-20mg por dia • Downregulação do MHC nos APC • Inibem citocinas inflamatórias • Inibem proliferação de celulas T Endocrinopatias • Hipotiroidismo • Hipoparatiroidismo Hipotiroidismo • Neurogénese • Genes PCP-2 e MBP • Diminuição de Neurotrofinas, BDNF (Brain Derived Neurotrophin Factor) e Neurotrofina 3 Hipotiroidismo Quadro: • Ataxia • Tremor intencional • Dismetria • Disartria Nutricionais • Vitamina B1 • Vitamina B12 Deficiência de Vitamina B12 Síntese de Mielina Conclusão • As 3 funções básicas do Cerebelo • Homúnculo Cerebelar • Importância do Exame Neurológico Bibliografia • Michael H. Ross, HISTOLOGY, Text and Atlas, 7th edition, 2016, Wolters Kluwer, Philadelphia, Pagina 400-402 • C. D., Albertsone, Anatomic Basis of Neurologic Diagnosis, 1ª Edição, 2009, Thieme, New York, Pagina 280-300 • John E. Hall, GUYTON & HALL – Tratado de Fisiologia Médica, 12ª Edição, 2011, Elsevier, Rio de Janeiro • P. Tandon, Textbook of Neurosurgery, 3ª Edição, 2012, Jaypee, New Delhi, Volume 2 – 3 • A. Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª Edição, Atheneu • Allan H. Ropper, Adams and Victor's Principles of Neurology, 10ª Edição, 2014, McGraw Hill, New York Bibliografia • Harding A. Friedreich's ataxia: a clinical and genetic study of 90 families with an analysis of early diagnostic criteria and intrafamilial clustering of clinical features. Brain 1981;104(3):589-620. • Oppenheimer DR. Greenfield´s neuropathology. 3rd ed. Chicago: Edward Arnold; 1976. p. 626-30. • ALLSOP, J., AND TURNER, B. Cerebellar degeneration associated with chronic alcoholism. 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