U3 - U4 Leitura, Producao e Revisao de Textos

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Questionário U3 - U4 G-23100227 
Leitura, Produção e Revisão de Textos 
1. Leia o texto a seguir: 
Tenho dito sempre que a língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada 
ocasião. Há situações em que se deve usar traje social, outras em que o mais adequado é 
uma roupa casual, sem falar nas situações em que se usa pijama, maiô ou mesmo nada 
(para tomar banho esse é o traje ideal). Trata-se de normas indumentárias, POIS 
pressupõem um uso "normal". Não é proibido ir à praia de terno, MAS não é normal, é um 
desvio que causa estranheza. A língua funciona do mesmo modo: há uma norma para 
entrevistas de emprego, audiências judiciais, textos técnicos; há outra para fazer compras 
no supermercado, bater papo, falar com a empregada. PORTANTO, a norma culta é o padrão 
de linguagem que se deve usar em situações formais. 
Aldo Bizzocchi in http://revistalingua.com.br/textos/blog-abizzocchi/o-que-e-e-para-que-
serve-a-norma-culta-265019-1.asp 
Sobre as relações que os conectores estabelecem no texto acima é possível afirmar que: 
I) O primeiro elemento em destaque (POIS) tem sentido explicativo. 
(Ele introduz uma justificativa para a afirmação anterior, indicando que a explicação que 
segue apoia o que foi dito anteriormente.) 
II) O segundo elemento em destaque (MAS) tem sentido temporal. 
(O segundo elemento em destaque (MAS) tem sentido adversativo. Ele indica uma oposição, 
uma contraposição ao que foi dito anteriormente, apresentando uma ideia contrária ou que 
contradiz a afirmação anterior.) 
III) O terceiro elemento em destaque (PORTANTO) tem sentido conclusivo. 
(Ele introduz uma conclusão com base nas informações apresentadas anteriormente, 
indicando que a afirmação que segue é uma dedução lógica ou resultado das informações 
anteriores.) 
Estão corretas as seguintes assertivas: 
a) Apenas a I. 
b) Apenas a II. 
c) Apenas a III. 
d) Apenas I e III. 
e) Apenas II e III. 
2. Os crimes bárbaros abalam nossa confiança no futuro. Para controlar a angústia, somos 
tentados a formular hipóteses simplificadoras. As explicações reducionistas exorcizam o 
medo, mas não ajudam a esclarecer a complexidade da violência em nossa sociedade. No 
repertório das especulações, as campeãs são: “mais polícia na rua”, “pobreza”, 
desigualdade” e “vontade política”. 
SOARES, Luiz Eduardo. Para fugir à armadilha da simplificação. Revista Veja, São Paulo, p. 
23, 30 abr. 2002. Disponível em: www.luizeduardosoares.com. Acesso em: 19 ago. 2020. 
O parágrafo, por ser uma unidade de sentido, deve apresentar progressão no texto, mas de 
maneira organizada, indicando para os pontos seguintes e conectando-se a estes. Dessa 
forma, observa-se como os elementos textuais destacados são exemplo das seguintes 
estratégias: 
I) Reduzir, evitando-se assim que se repitam enunciados. 
(Não é exemplificado no parágrafo.) 
II) Sintetizar, o que possibilita uma simplificação de ideias. 
(As explicações reducionistas mencionadas no parágrafo são exemplos de simplificação de 
ideias.) 
III) Progredir, de modo a continuar o raciocínio textual. 
(O parágrafo apresenta uma progressão do pensamento, indicando que as hipóteses 
simplificadoras mencionadas não ajudam a esclarecer a complexidade da violência.) 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
3. Segundo, Fávero (1999), no processo de coesão textual há elementos que retomam 
informações no texto e outros que as antecipam. Pode ser anafórica, quando o elemento de 
referência retoma um termo expresso no texto, e catafórica, quando o elemento de 
referência antecipa um termo que ainda será expresso no texto. 
FÁVERO, Leonor. Coesão e coerência textuais. 4. ed. São Paulo, SP: Ática, 1997. 
Considere o texto: 
“Ela é muito diva!”, gritou a moça aos amigos, com uma câmera na mão. Era a quinta edição 
da Campus Party, a feira de internet que acontece anualmente em São Paulo, na última 
terça-feira, 7. A cantora de tecnobrega Gaby Amarantos, a “Beyoncé do Pará”, sorriu e 
posou pacientemente para todos os cliques. Pouco depois, o rapper Emicida, palestrante ao 
lado da paraense viveria a mesma tietagem. Se cenas como essa hoje em dia fazem parte do 
cotidiano de Gaby e Emicida, ambos garantem que isso se deve à dimensão que suas 
carreiras tomaram através da internet — o sucesso na rede era justamente o assunto da 
palestra. Ambos vieram da periferia e são marcados pela disponibilização gratuita ou a 
preços muito baixos de seus discos, fenômeno que ampliou a audiência para além dos 
subúrbios paraenses e paulistanos. A dupla até já realizou uma apresentação em conjunto, 
no Beco 203, casa de shows localizada no Baixo Augusta, em São Paulo, frequentada por um 
público de classe média alta. 
CARTA CAPITAL. Gaby Amarantos e Emicida a música nos tempos de internet. 12 fev. 
2012. Cultura. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/cultura/gaby-amarantos-e-
emicida-a-musica-nos-tempos-de-internet. Acesso em: 23 abr. 2020 (adaptado). 
Avalie as asserções sobre os elementos de coesão destacados no texto: 
I - Os elementos “ambos” e “dupla” destacados no texto referem-se à cantora de tecnobrega 
e ao rapper Emicida. 
(Correta. Esses elementos retomam e se referem aos dois artistas mencionados 
anteriormente.) 
II - O pronome “Ela” em “Ela é muito diva” é um elemento coesivo anafórico que se refere ao 
substantivo próprio Gaby Amarantos, nome da cantora. 
(Incorreta. O pronome "Ela" se refere à moça que estava com a câmera na mão, não a Gaby 
Amarantos.) 
III - O pronome “Ela” em “Ela é muito diva” é um elemento coesivo catafórico que se refere 
ao substantivo próprio Gaby Amarantos, nome da cantora. 
(Correta. O pronome "Ela" antecipa a menção da cantora Gaby Amarantos, que ocorre logo 
em seguida.) 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
4. “‘Extraordinário’ (Wonder) é aquele filme de amor e alma que chega para nos ensinar a 
lição de que julgar alguém pela aparência não é o melhor caminho; que gentileza gera 
gentileza; que respeito e carinho conquistam mais pessoas; que criticar e ofender afasta até 
os que te admiraram alguma vez. ‘Extraordinário’ vai fazer muitos ficarem com vontade de 
chorar durante o filme e até amolecer os corações mais duros, eu espero. Adaptado da obra 
de R.J Palacio e dirigido por Stephen Chbosky, a história é sobre August (Auggie) Pulman 
(Jacob Tremblay), um menino adorável que nasceu com uma síndrome genética cuja 
sequela é uma deformidade facial, fazendo o garoto passar por várias cirurgias e 
complicações médicas desde o nascimento. Depois de alguns anos e estudando dentro de 
casa sob os ensinamentos da mãe, chegou a hora de Auggie encarar o mundo, e o seu 
primeiro e grande desafio é ir à escola onde terá que lidar com o fato de ser o aluno novo e 
diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio em Nova York, Auggie tem a 
grande missão de convencer os seus colegas de classe de que, apesar de sua aparência 
incomum, ele é igual a todos os outros. [...] Fazendo jus ao título, o filme também nos 
entrega formidáveis interpretações. Se Jacob Tremblay conquistou o público em ‘O Quarto 
de Jack’, aqui ele vai fazer a maioria se apaixonar por ele com o todo o seu carisma 
transbordando na tela. Com uma ótima maquiagem no rosto, ele entrega um Auggie 
inocente, ingênuo e puro, mas que, ao mesmo tempo, aprende e se entrega para as 
novidades que a vida lhe proporciona. Ele transmite o medo que sente, assim como raiva 
quando fica cansado de ouvir tantos “está tudo bem?”, quando a verdade está estampada 
em seu rosto. As melhores cenas são quando ele explode com a mãe em alguma discussão 
ou simplesmente lhe dá uma tapa de mão de luva com o seu jeito simples de encarar as 
situações, mesmo deslocado no mundo.” 
Fonte: SAVIOLI, C. Crítica: Extraordinário. Pipoca na Madrugada, 20 jun. 2019. Disponível 
e m : h t t p s : / / p i p o c a n a m a d r u g a d a . co m . b r / s i t e / c r i t i c a - e x t r a o r d i n a r i o /
#:~:text=Extraordin%C3%A1rio%20%C3%A9%20um%20filme%20leve,serem%20melhores
%20a%20 cada%20dia. Acesso em: 20 ago. 2022. 
Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta 
entre elas: 
Construído com parágrafos claros e bem organizados centrados na abordagem de 
“Extraordinário”, o texto é um fragmento do gênero textual resenha crítica. 
PORQUE 
Na tipologia resenha crítica, requer-se que haja uma apresentação da obra resenhada, 
contextualizando-a, bem como exposição de comentários críticos que denotam uma 
apreciação avaliativa. 
Acerca dessas asserções e da relação proposta entre elas, assinale a alternativa correta. 
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta 
da primeira. 
(A primeira asserção é verdadeira, pois o texto apresentado é um fragmento que se 
enquadra no gênero textual resenha crítica, abordando o filme “Extraordinário". A segunda 
asserção também é verdadeira, pois na tipologia da resenha crítica é comum apresentar a 
obra resenhada, contextualizá-la e expor comentários críticos avaliativos. Portanto, ambas 
as asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da 
primeira.) 
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa 
correta da primeira. 
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira. 
e) Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas. 
5. TEXTO 1 
“O resumo é um gênero textual muito comum, que requer duas habilidades básicas: síntese 
e objetividade. O produto final é um texto em que são apresentados os pontos essenciais, as 
ideias ou os fatos principais que foram desenvolvidos no decorrer de um outro texto. Tudo 
isso é exposto de forma abreviada, sempre respeitando uma ordem cronológica do que 
aparece no original a ser resumido.” 
Fonte: SANTOS, Ângela Kroetz dos; FONSECA, Gilberto (orgs.) Comunicação e linguagem. 
Canoas, RS: Universidade La Salle EAD, 2019. (p. 101). 
TEXTO 2 
No romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, o personagem 
narrador-defunto (Brás Cubas) conta suas experiências de vida permeadas pelas 
futilidades sociais e pelo desprezo que manifesta em relação à sociedade e às pessoas com 
suas paixões que não o comovem a ponto de constituir uma família. Além disso, ironiza 
tanto sua trajetória quanto os costumes sociais, afirmando que a vida é uma miséria, cujo 
legado não deve ser perpetuado por meio de filhos. 
Fonte: RESUMO de livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas. Ensino: guia de educação, 
[2022]. Disponível em: https://canaldoensino.com.br/blog/memorias-postumas-de-bras-
cubas-de-machado-de-assis. Acesso em: 3 ago. 2022. (adaptado). 
Considerando-se os textos-base, é correto afirmar que: 
a) o Texto II é um exemplo do gênero textual sinopse. 
b) o Texto II é um exemplo do gênero textual resenha bibliográfica. 
c) o Texto II aponta a cronologia como principal aspecto de um resumo. 
d) o Texto I sinaliza duas qualidades que não estão presentes no Texto II. 
e) o Texto II é um exemplo do conceito de resumo apresentado no Texto I. 
(No Texto I, é mencionado que o resumo é um gênero textual em que são apresentados os 
pontos essenciais, as ideias ou os fatos principais desenvolvidos em um outro texto, de 
forma abreviada e respeitando uma ordem cronológica. Já no Texto II, temos um exemplo 
concreto de resumo, em que são apresentadas as principais características e 
acontecimentos do romance "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, de 
forma sintética e objetiva. O Texto II exemplifica o conceito de resumo apresentado no 
Texto I.) 
6. No âmbito das regras de concordância verbal, alguns verbos apresentam regras 
específicas que dependem das circunstâncias de uso e sentido. O emprego do verbo “haver”, 
por exemplo, apresenta várias circunstâncias de emprego, as quais incluem a 
obrigatoriedade de seu uso na terceira pessoa do singular, na modalidade culta da língua 
portuguesa. 
Fonte: Texto elaborado para esta questão. 
Considerando essa norma, assinale a alternativa em que a flexão do verbo “haver” na 
terceira pessoa do singular está correta, sob o ponto de vista gramatical. 
a) Os criminosos se haverá com a justiça. 
b) As tempestades há de passar em breve. 
c) Houve muitos percalços durante a realização do estágio docente. 
(O verbo "haver", quando utilizado no sentido de existir ou ocorrer, deve ser flexionado na 
terceira pessoa do singular, "houve", na modalidade culta da língua portuguesa. ) 
d) Eles há de estar preparados para a próxima maratona de corrida. 
e) Novas taxas de desconto há de ser implementadas nos estacionamentos rotativos.