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1 Camila Carminate - MEDCEL Dispepsia Doença Do Refluxo Gastroesofágico Pequeno grau de refluxo é fisiológico: quadros de curta duração e assintomáticos Refluxo patológico: associado a sintomas ou lesão de mucosa, e ocorrem frequentemente à noite CONCEITOS DRGE: pacientes com sintomas sugestivos de refluxo ou complicações relacionadas, sem necessariamente apresentar inflamação esofágica Esofagite de refluxo → pacientes com DRGE e com evidências endoscópicas e alterações inflamatórias no esôfago Esofagite de refluxo → Pacientes com DRGE e com alterações histopatológicas na mucosa do esôfago Sintomas no mínimo 2 vezes por semana, há cerca de 4 a 8 semanas → Possíveis portadores de DRGE EPIDEMIOLOGIA Prevalência: 10-20% dos ocidentais/5% dos asiáticos Incidência no ocidente: 0,5% ao ano DRGE O desenvolvimento da doença reflete desequilíbrio entre fatores lesivos e fatores defensivos Refluxo, acidez do material do refluxo, hipersensibilidade esofágica VS Clareamento ácido do esôfago, integridade da mucosa ESOFAGITE POR MEDIAÇÃO INFLAMATÓRIA? O quadro de esofagite parece mais relacionado à resposta inflamatória desencadeada por ação de citocinas do que efeito químico direto de ácidos, pepsina ou bile Eventos histopatológicos envolvidos no desenvolvimento da esofagite ocorrem profundamente no epitélio, e não na superfície luminal FISIOPATOLOGIA Incompetência da junção esofagogástrica: Relaxamento transitório do EIE: relaxamento não dependente de deglutição, mediado por reflexo vagal Hipotensão do EIE: na minoria dos indivíduos com DRGE ele é nitidamente hipotenso Disrupção anatômica da TEG MECANISMOS ANTIRREFLUXO Anatômicos: Pinçamento do diafragma Ângulo agudo de entrada do esôfago no estômago Fisiológicos: Pressão do EEI Clareamento esofágico Motilidade esofágica distal Diminuição da função salivar Fatores gástricos (esvaziamento) EEI Pressão intrínseca de 12 a 30 mmHg Extensão total: 2,1 a 5,6 (média de 3,6 cm) Segmento exposto à pressão abdominal positiva: 0,9 a 4,7 (média de 2 cm) OUTROS FATORES ETIOLOGICOS Hérnia de hiato Obesidade: mecanismo não exatamente conhecido Gravidez e estrógenos exógenos Dieta: gorduras, chocolate, álcool, cafeína, fumo Medicações; anticolinérgicos, nitratos, antidepressivos tricíclicos, opioides, diazepam, barbitúricos 2 Camila Carminate - MEDCEL HÉRNIA HIATAL MECANISMOS ENVOLVIDOS Diminuição do componente abdominal do EIE Aumento do tempo de relaxamento transitório do EIE em resposta à distensão gástrica ”Bolsa ácida” em posição supradaifragmática Prolongamento do tempo de clareamento esofágico: motilidade distal inefetiva TIPOS Hérnia tipo I ou de deslizamento é a mais comum Junção gastroesofágica desloca-se para o mediastino Quanto maior o seu tamanho, maior o risco de refluxo Hérnia tipo II, por rolamento ou paraesofágico Junção esofagogástrica na posição correta Fundo gástrico migra (rola) para o mediastino Hérnia tipo III ou mista Junção gastroesofágica e fundo gástrico estão no tórax Atenção: em algumas classificações existe a hérnia do tipo IV, que é a hérnia com presença de outros órgãos Existe refluxo SEM hérnia de hiato Existe hérnia de hiato SEM refluxo SINTOMAS TÍPICOS Azia/pirose: ocorre mensalmente em 50% da população ocidental Desconforto tipo queimação subesternal, começando no epigástrio e irradiando para cima Agravada por alimentos condimentados, gordurosos, café, chocolate, álcool Piora na posição supina e melhora com antiácidos Regurgitação: retorno sem esforço do conteúdo gástrico ácido ou amargo para o tórax, faringe ou boca SINTOMAS ATÍPICOS Tosse Rouquidão, laringite, pigarro Globus: sensação de “bola na garganta” Broncoaspiração Pneumonia recorrente Asma, sibilância Sinusite crônica Aftas/ lesões dentárias Mucosa orofaríngea inflamada 10% dos casos apresentam apenas sintomas atípicos CLÍNICA Intensidade e frequência dos sintomas são fracos preditores da presença ou da gravidade da esofagite Sintomas sem esofagite Esofagite sem sintomas ↑ tempo de duração dos sintomas ↑ risco esôfago de Barrett e adenocarcinoma DIAGNÓSTICO O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO Pirose ou regurgitação, ou ambos Após as refeições Pioram com o decúbito Aliviados com antiácidos Muito sugestivo de DRGE Grau dos sintomas NÃO reflete a gravidade da DRGE!!! EXAMES Seriografia esôfago (SEED) pHmetria Manometria Impedanciometria 3 Camila Carminate - MEDCEL EDA Idade > 40 anos Manifestações de alarme Manifestações atípicas Evolução desfavorável com tratamento Pesquisa de esôfago de Barrett Excluir outras doenças (tumores) Realizar biópsias Detectar complicações que podem influenciar na terapêutica Ausência de lesão endoscópica não exclui DRGE (25 a 40% dos pacientes com sintomas típicos) Realização indicada na presença de sinais de alarme Dispepsia súbita em pacientes acima de 60 anos Evidências de HDA Anemia ferropriva Anorexia Perda ponderal Disfagia/ odinofagia Vômitos persistentes Antecedentes familiares de câncer (1º grau) ESÔFAGO DE BARRETT FATORES DE RISCO DRGE com duração pelo menos de 5 a 10 anos Homens Sexo masculino Obesidade Presença de hérnia hiatal Refluxo noturno Tabagismo Parentes de primeiro grau com esôfago de Barrett Classificação mais utilizada: SAVARY-MILLER ESOFAGITE GRAU I DE SAVARY-MILLER Uma ou mais lesões nãoconfluentes, lineares ou ovaladas, ocupando apenas uma prega longitudinal ESOFAGITE GRAU II DE SAVARY-MILLER Várias lesões ocupando mais de uma prega, que podem ser confluentes ou não, mas não circunferenciais ESOFAGITE GRAU III DE SAVARY-MILLER Erosões confluentes que se estendem por toda a circunferência do órgão ESOFAGITE GRAU IV DE SAVARY-MILLER Ulcerações profundas ou estenoses, isoladas ou associadas a lesões 1 a 3 ESOFAGITE GRAU V DE SAVARY-MILLER Epitélio de Barrett com confirmação histológica, circunferencial ou não, de extensão variável, associados ou não às lesões dos graus 1 a 4 Biópsia Deve ser realizada em úlceras e estenoses Esôfago de Barrett Biopsiar os quatro quadrantes da junção GE, a cada 1 a 2 cm SERIOGRAFIA EED Determinar a anatomia interna do esôfago e estômago proximal Diagnósticos diferenciais de tumores, divertículos e hérnias Planejamento pré-operatório PHMETRIA É o melhor método para detectar refluxo ácido em um paciente Considerada como padrão-ouro para o diagnóstico da DRGE (ácida) Temos doença do refluxo com pH < 4 por mais de 4% do tempo Inconveniente Presença do cateter nasal 24 horas Número de episódios maiores que 5 min Tempo do episódio de refluxo mais longo Fórmula com peso para cada item pela capacidade de causar lesão Escore de DeMeester deve ser > 14,7 Parâmetros envolvidos: número de episódios, episódio mais longo, tempo total de pH abaixo de 4 (supino e ortostático) 4 Camila Carminate - MEDCEL MANOMETRIA Função motora do esôfago e seus esfíncteres Localização da junção esofagogástrica para posicionar o eletrodo da pHmetria Exclui distúrbios da motilidade como acalasia Grau de incompetência do EEI Motilidade ineficaz do corpo Pressão, comprimento global e comprimento abdominal do EEI Fundamental no estudo pré-operatório dos candidatos para cirurgia Pressão normal do EEI de 12 a 30 mmHg EEI defeituoso: Pressão média menor que 6 mmHg Comprimento global menor que 2 cm Comprimento abdominal menor que 1 cm IMPEDANCIOMETRIA Avalia a presença e movimento do “bolo” no interior do esôfago Anterógrada: deglutido Retrógrada: refluxo Mede a resistência elétrica entre 2 eletrodos: Líquido iônico: a impedância cai Gás:a impedância aumenta Simultaneamente mede o pH e a impedância em múltiplos níveis Útil para: Sintomas persistentes apesar do IBP Sintomas respiratórios e atípicos Pós-operatório com sintomas Considerado padrão-ouro principalmente para refluxo não ácido LARINGOSCOPIA Eritema, edema, estase salivar Sinais indiretos de refluxo, acometendo laringe O diagnóstico é fundamentalmente clínico Os exames subsidiários são auxiliares, especialmente no diagnóstico diferencial e avaliação pré-operatória SINTOMAS Discretos Moderados Severos Baseados no comprometimento da qualidade de vida TRATAMENTO Medidas dietéticas e comportamentais Tratamento clínico Tratamento cirúrgico OBJETIVOS DO TRATAMENTO Remissão dos sintomas Cicatrização das lesões Prevenção das recidivas Evitar complicações TRATAMENTO ANTES DO INÍCIO, SÃO NECESSÁRIOS EXAMES? EDA Biópsias pHmetria TRATAMENTO EMPÍRICO Caso: Sintomas típicos Ausência de sinais de alarme Pacientes abaixo dos 40 anos Sem necessidade de endoscopia MEDIDAS COMPORTAMENTAIS Evitar cintas modeladoras e cintos apertados Evitar AINEs, cuidados com colinérgicos, teofilina, bloqueadores do canal de cálcio Perda de peso Não fumar Elevar a cabeceira do leito Refeições fracionadas e pouco volumosas Não comer e deitar (2 horas) 5 Camila Carminate - MEDCEL Alimentos que devem ser evitados: gordurosos, chocolate, café, álcool, bebidas gasosas, menta, hortelã, bebidas gaseificadas, e aqueles não tolerados MEDICAMENTOSO Procinéticos: domperidona, bromoprida, metoclopramida Outros: sucralfato, antiácidos, bloqueadores H2 IBP: escolha para alívio dos sintomas e cicatrização das lesões IBP DOSE PLENA Omeprazol 40 mg Lansoprazol 30 mg Pantoprazol 40 mg Rabeprazol 20 mg Esomeprazol 40 mg Dexlansoprazol 60 mg Manutenção para sintomas recorrentes com metade da dose e medidas comportamentais por 3 a 6 meses TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES Tratamento clínico prolongado e dependentes de medicação Não recomendado para pacientes que não respondem ao IBP, sejam sintomas típicos ou atípicos Necessário manutenção com IBP, especialmente < 40 anos Impossibilidade de arcar com os custos Manifestações atípicas cujo refluxo foi devidamente comprovado DRGE complicada Evidência de lesão esofágica grave (úlcera, estenose, Barrett) Grandes hérnias hiatais sintomáticas Reavaliar diagnóstico de casos sem nenhuma resposta à medicação AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA EDA: avaliação de sinais de malignidade Manometria: avaliação da motilidade do esôfago Estudos de esvaziamento gástrico Selecionar bem os pacientes para cirurgia BONS CANDIDATOS PARA CIRURGIA: Escore anormal de pH de 24 horas Sintomas típicos Melhora sintomática com medicação IMC < 35 Jovens MAUS CANDIDATOS PARA A CIRURGIA Sintomas atípicos (sem documentação do refluxo) Vomitadores pHmetria normal Desordem motora severa Muito obesos Fundoplicatura + hernioplastia hiatal Válvulas antirrefluxo gastroesofágico Fundoplicatura de Nissen 360° Válvula curta e frouxa 3 pontos Laparoscópica: escolha TIPOS DE VÁLVULA Não há conclusões quanto a melhor Fundoplicatura total: mais disfagia no PO (transitória), e parece ser efetiva por mais tempo Convencional X VLP: mesma eficácia, porém por VLP é mais fácil, com melhor pós-operatório, e menor incidência de hérnias COMPLICAÇÕES Taxa de mortalidade 5% Disfagia transitória de 2 a 12 semanas é comum, 10% passam após 3 meses, 2% após 12 meses Incapacidade de vomitar e eructar 6 Camila Carminate - MEDCEL Flatulência – gas bloat (DIMINUIÇÃO do esvaziamento gástrico) RESULTADOS 90% de alívio dos sintomas típicos do refluxo Sintomas atípicos aliviam em 2/3 dos pacientes Pode haver recidiva dos sintomas após 8 a 10 anos da cirurgia COMPLICAÇÕES Úlceras esofágicas Incide sobre a junção escamocolunar Biopsiada para afastar neoplasia Complicada com hemorragia, perfuração e estenose Sangramento esofágico na DRGE costuma ser lento e insidioso – anemia crônica Tratamento clínico – IBP pelo menos oito semanas Estenoses Mais comum em idosos, tabagistas e etilistas Inflamação crônica produção de tecido fibroso Tratamento IBP + dilatações Cirurgia antirrefluxo Esôfago de Barrett É o estágio final da DRGE 7 a 10% dos portadores de DRGE Detectável ao exame endoscópico e microscópico do órgão Substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago por epitélio colunar com células de padrão intestinal Barrett curto < 3 cm Barrett longo > 3 cm BARRETT E ADENOCARCINOMA 5 a 10% ao ano progridem para displasia 0,1 a 0,5% ao ano progridem para adenocarcinoma 40 vezes mais que a população normal ESOFAGO DE BARRETT Não há tratamento eficaz para o esôfago de Barrett Terapêutica clínica e cirúrgica são eficazes para controlar o refluxo, diminuindo o processo inflamatório Alguns autores defendem cirurgia antirrefluxo no Barrett, outros o IBP contínuo Manter as EDA para biópsias Displasia em 15 a 25% dos Barrett, se incluir baixo grau Displasia de alto grau em 5 a 10% dos Barrett BARRETT SEM DISPLASIA EDA e biópsias seriadas a cada 12 a 24 meses DISPLASIA DE BAIXO GRAU EDA a cada 6 meses com biópsias seriadas + tratamento agressivo antirrefluxo clínico ou cirúrgico antirrefluxo Mucosectomia (se localizado) Radioablação (se circunferencial) DISPLASIA INDETERMINADA 80 mg dia de IBP por 3 meses e repetir EDA com biópsia Se permanecer indeterminada, tratar como displasia de baixo grau Neoplasia intraepitelial – displasia de alto grau Confirmada por 2 patologistas Esofagectomia Mucosectomia (área bem definida) RESUMO Medidas comportamentais e tratamento clínico Indicações do tratamento cirúrgico Tipos de tratamento cirúrgico Complicações do tratamento cirúrgico Esôfago de Barrett: conhecer e tratar Dispepsia CONCEITO E EPIDEMIOLOGIA Sensação de dor ou desconforto esporádico ou persistente na parte superior do abdome 7 Camila Carminate - MEDCEL Dificuldades na digestão prevalência: 30 a 40% Dispepsia funcional: causa mais comum FATORES DE RISCO Idade Tabagismo Etilismo Ingestão abusiva de sal e conservantes Uso de medicamentos (AINEs) CLASSIFICAÇÃO ORGÂNICA Sintomas do aparelho digestivo alto relacionados à presença de doença orgânica FUNCIONAL (SEM DOENÇA ORGÂNICA) Síndrome da dor epigástrica Predomínio de dor epigástrica, tipo ulcerosa Síndrome do desconforto pósprandial Predomínio de alteração de motilidade RELACIONADA À H . PYLORI Sintomas do aparelho digestivo alto relacionados à infecção pelo H. pylori SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA Perda de peso não intencional Vômitos persistentes Odinofagia Disfagia progressiva Hematêmese Anemia ou deficiência de ferro Massa abdominal palpável ou linfadenopatia História familiar de câncer do trato gastrintestinal Cirurgia gástrica prévia Icterícia CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS - FUNCIONAL Critérios de Roma IV (International Rome Committee IV – 2016) Um ou mais dos seguintes sintomas: Sensação incômoda de plenitude pós-prandial Saciedade precoce Dor epigástrica Queimação epigástrica Nenhuma evidência de doença estrutural (incluindo EDA) que explique os sintomas Os critérios devem ser totalmente preenchidos por 3 meses Início dos sintomas deve ocorrer pelo menos 6 meses antes do diagnóstico Brasil: deve afastar parasitoses intestinais Pesquisa de ovos e larvas de parasitas nas fezes ou tratamento antiparasitário empírico Síndrome do desconforto pós-prandial Síndrome da dor epigástrica FISIOPATOLOGIA Dismotilidade do aparelho gastrintestinal hipersensibilidade visceral Alteraçõespsicológicas Hipersecreção gástrica Infecção por H. pylori Irritantes da mucosa gastrintestinal DIAGNÓSTICO História, exame físico e uso criterioso de exames complementares Pacientes jovens e sem sinais de alarme Exames laboratoriais são desnecessários Prova terapêutica Idade > 45 anos Dosagem de amilase Anticorpos para doença celíaca Pesquisa de ovos e parasitas Teste de gravidez EDA 8 Camila Carminate - MEDCEL Pesquisar e tratar o Helicobacter pylori em pacientes com dispepsia (Test and treat) Realização de testes não invasivos Pacientes jovens (< 40 anos) Sem sinais de alarme Sem história familiar de câncer gástrico Teste de escolha para o diagnóstico e controle de tratamento → teste respiratório com ureia C13 TRATAMENTO Suspender AINEs e irritantes da mucosa gastrintestinal Cessar tabagismo e etilismo Avaliar necessidade de psicoterapia e terapia farmacológica Associação dos sintomas dispépticos e fatores emocionais Antidepressivos tricíclicos e inibidores da recaptação da serotonina Tratamento empírico de parasitoses intestinais Erradicar H. pylori Inibidor da bomba de prótons Dose plena Duração: 1-2 meses Procinéticos Tratamento da dispepsia funcional Helicobacter Pylori Bactéria Gram negativa espiralada Desencadeia processo inflamatório agudo e subsequente evolução para inflamação crônica Afeta aproximadamente metade da população mundial Relação inversa com a situação socioeconômica a infecção é, em geral, adquirida na infância A transmissão ocorre, principalmente, via oraloral e oral-fecal Coloniza apenas a mucosa gástrica Fatores que aumentam a patogenicidade: Produção de urease e catalase Presença de flagelos Presença de adesinas DOENÇAS ASSOCIADAS Gastrite aguda Gastrite crônica Úlcera gástrica Úlcera duodenal Linfoma MALT de baixo grau Adenocarcinoma gástrico Depende da resposta imune do hospedeiro, da virulência da cepa e da interação de ambos DIAGNÓSTICO O uso de IBPs deve ser descontinuado por 2 semanas antes da realização de testes diagnósticos para a infecção por HP, exceto a sorologia O uso de antibióticos e sais de bismuto deve ser descontinuado por 4 semanas antes desses testes diagnósticos TESTES NÃO INVASIVOS Sorologia Pesquisa de antígenos fecais Teste respiratório TESTES INVASIVOS Teste da urease Anatomopatológico Cultura TRATAMENTO INDICAÇÕES DE TRATAMENTO Dispepsia funcional Úlcera gastroduodenal ativa ou cicatrizada Linfoma MALT de baixo grau Gastrite histologicamente agressiva (gastrite atrófica) Risco para úlcera/ complicações pelo uso de AINEs cronicamente e AAS Púrpura trombocitopênica idiopática 9 Camila Carminate - MEDCEL Risco para câncer gástrico Parentes de 1º grau com história de câncer Ressecção endoscópica ou cirúrgica Pangastrite grave, gastrite atrófica ou metaplasia intestinal Gastrite crônica autoimune MEDICAÇÕES IBP* Dose plena, 12/12h por 14 dias Amoxiciclina 1g, 12/12h por 14 dias Claritromicina 500mg, 12/12h por 14 dias *Exemplos: omeprazol 20 mg; lansoprazol 30 mg; pantoprazol 40 mg; rabeprazol 20 mg; dexlansoprazol 60 mg; esomeprazol 40 mg CONTROLE DE ERRADICAÇÃO Pelo menos após 4 semanas Teste respiratório ou pesquisa de antígeno fecal Testes moleculares: avaliar a resistência a antimicrobianos após falha no 2º ou 3º tratamentos RETRATAMENTO IBP Dose padrão, 12/12h 10-14 dias Levofloxacino 500 mg, 1x/dia 10-14 dias Amoxicilina 1 g, 12/12h 10-14 dias TERAPIA QUÁDRUPLA COM BISMUTO IBP (omeprazol) dose padrão, 12/12h por 10-14 dias Bismuto 120mg, 6/6h por 10-14 dias ou 240mg, 12/12h por 10-14 dias Tetraciclina 500mg, 6/6h por 10-14 dias Metronidazol 400mg, 8/8h por 10-14 dias TERAPIA QUÁDUPLA SEM BISMUTO IBP (omepazol) dose padrão, 12/12h por 14 dias Amoxicilina 1g, 12/12h por 14 dias Claritromicina 500mg, 12/12h por 14 dias Metronidazol ou Tinidazol 500mg, 12/12h por 14 dias
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