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Aula 7 - Exame abdominal na infância - toque retal

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HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
Exame abdominal na infância – toque retal
 Há 4 planos na cavidade abdominal: dois horizontais e dois 
verticais, que delimitam as seguintes regiões: 
 Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, rim direito; 
 Epigástrio: lobo esquerdo do fígado, piloro, duodeno, cólon 
transverso e cabeça e corpo do pâncreas; 
 Hipocôndrio esquerdo: baço, estômago, rim esquerdo, 
cauda do pâncreas; 
 Flanco direito: cólon ascendente, rim direito e jejuno; 
 Mesogástrio: duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal, 
mesentério, linfonodos; 
 Flanco esquerdo: cólon descendente, jejuno, íleo; 
 Fossa ilíaca direita: ceco, apêndice, ovário e tuba uterina 
direita; 
 Hipogástrio: bexiga, útero, ureter; 
 Fossa ilíaca esquerda: cólon sigmoide, ovário e tuba 
esquerda. 
 Além disso, a cavidade abdominal pode ser dividida em 4 
quadrantes: superior direito, superior esquerdo, inferior 
direito e inferior esquerdo. 
 
 No digestório, diferente do sistema cardiovascular e 
respiratório, a ordem muda, pois se seguir outra ordem pode 
alterar os resultados: A explicação é que a palpação ou 
percussão do abdome pode alterar os movimentos 
peristálticos. 
INSPEÇÃO, AUSCULTA, PERCUSSÃO E PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
E PALPAÇÃO PROFUNDA 
 INSPEÇÃO 
 A inspeção do abdome permite apreciar a forma e a 
mobilidade. 
 Em condições normais a parede do abdome está no mesmo 
nível que a torácica, mas no lactente e algumas vezes em 
crianças de mais de um ano, torna-se um pouco mais saliente, 
sem que isso tenha qualquer significado patológico. 
 Abaulamento acentuado sempre deverá ser investigado, 
porque poderá estar relacionado à várias patologias. 
 Diástase dos músculos retos abdominais é a separação desses 
músculos na linha media. 
 Esta condição é frequente em lactentes e crianças pequenas 
e é evidenciada quando 
aumenta a pressão dentro do 
abdome, como por exemplo 
durante choro, durante o 
esforço para evacuar ou 
quando da passagem da posição deitada para a sentada. 
 Na agenesia dos músculos abdominais 
(Prunne Belle) o abdome se apresenta 
volumoso e mole, deixando transparecer o 
relevo das alças intestinais. 
 Na circulação colateral as veias estão 
desenvolvidas na parede abdominal e podem ainda se 
apresentar dilatadas, tortuosas e duras. 
 
 GRANULOMA UMBILICAL 
 UMBIGO CUTÂNEO 
 HÉRNIA UMBILICAL 
 ONFALOCELE 
 
 
HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
 AUSCULTA 
 Auscultar os 4 principais quadrantes. Ruídos hidroaéreos 
(auscultar 15-20 seg cada quadrante = verificação da 
presença ou não do peristaltismo e se este está normal). 
 São classificados em normais/presentes, diminuídos ou 
aumentados. 
 A criança deve permanecer quieta e calma. 
 Avaliar por pelo menos 2 minutos antes de determinar como 
“silêncio auscultatório” 
 Esperado: RHA em número e timbre normais, sem sopros 
 Não esperado: RHA aumentados em número e/ou 
timbre, Presença de sopros 
 PERCUSSÃO 
 Percutir os 4 quadrantes para identificar se há alguma 
alteração (ar livre, líquidos e massas intra-abdominais), e 
percutir a região do fígado para ter a hepatimetria (medir 
tamanho do fígado). 
 O objetivo é verificar o som timpânico. 
 Iniciar a percussão pela área não dolorosa. 
 PALPAÇÃO 
 É de grande importância devido aos importantes dados que 
obtemos, quando bem realizada. 
 Exige cooperação do paciente e precisamos proceder com 
tato, habilidade e paciência, porque choro, medo ou cócegas 
podem dificultar muito nosso objetivo. 
 O paciente é mantido em decúbito dorsal, com os membros 
estendidos. 
 Inicia se com uma palpação superficial, deslizando a mão por 
todo ao abdome e aos poucos vamos aumentando a pressão 
para realizar a palpação profunda. 
 Enquanto realizamos a palpação do abdome, devemos distrair 
a atenção do paciente com expedientes adequados a idade do 
mesmo e observando sua fisionomia para surpreender 
demonstrações de dor. 
 Se a criança estiver chorando deixando a parede abdominal 
rígida, é aconselhado utilizar a chupeta ou mamadeira, ou 
flexionar os membros inferiores. 
 FÍGADO 
 Na criança, é relativamente maior que no adulto. 
 O bordo superior determina-se pela percussão e o bordo 
inferior pela palpação, que pode exceder 2 a 3 cm no lactente. 
 Na segunda infância, em geral coincide com a margem costal, 
mas pode exceder 1 a 2 cm. 
 Na palpação deve-se reconhecer a regularidade ou 
irregularidade de sua superfície, a consistência e a 
sensibilidade à palpação. 
 Hepatites, sífilis congênita, esquistossomose, anemias 
hemolíticas, insuficiência cardíaca são algumas das patologias 
que levam à alterações hepáticas, que podem ser detectadas 
com a palpação. 
 BAÇO 
 Em estado normal, o baço é inacessível a palpação, a não ser 
em pequeno número de crianças em tenha idade em que é 
possível palpar um ponta de baço. 
 Toxoplasmose congênita, esquistossomose, leucemias, malária 
são algumas patologias que podem levar a esplenomegalia. 
 Podemos ainda palpar no abdome o 
bolo fecal na parte final do intestino 
e “bolos de áscaris”, quando da 
infestação maciça por este 
parasita. 
Toque retal 
 Não é um procedimento de rotina, mas em casos particulares, 
revela-se indispensável ou muito útil. 
 Para praticá-lo, a criança fica em 
decúbito lateral esquerdo com a 
perna esquerda semi estendida e 
a direita fletida = posição de Sims. 
 O lactente pode permanecer em 
decúbito dorsal. 
 Nos primeiros meses usa se o dedo mínimo; depois o indicador. 
 Com a luva lubrificada, introduzir de modo lento e delicado. 
 Aprecia-se o tônus do esfíncter, as dimensões da ampola 
retal e a quantidade de fezes nela acumulada, presença de 
fissuras, pólipos e hemorroidas. 
 No reto, deve realizar a inspeção, se há: 
 Fissuras; 
 Fístulas, 
 Sangramentos (se sair sangue na luva = invaginação 
intestinal); 
 Suspeita de abuso sexual; 
 Malformação; 
 Protusão piramidal perianal, 
 Varizes perianais 
 Hemorroidas; 
 Ausência do reflexo esfincteriano; 
 Sinais de Parasitoses (prurido, escoriações, hiperemia ou 
a presença de luxação congênita em RN.

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