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SEMANA 7 2 Sumário Custos de avaliação .................................................................................3 Custos de falhas .......................................................................................4 Refugo e retrabalho ..................................................................................5 Custos de Falhas Externas ......................................................................7 Exemplos de recalls .................................................................................8 Outros custos .........................................................................................10 Custos da Qualidade: resumo ................................................................ 11 Mensagem Final .....................................................................................12 3 Custos de avaliação Os custos de avaliação são aqueles associados à verificação do nível de qualidade obtido pelo produ- to, isto é, são os custos relativos às inspeções e aos ensaios requeridos para garantir que o produto esteja em conformidade com as especificações e os requisitos de desempenho (e/ou de acordo com as exigências do cliente). Eles representam os gastos para determinar o grau de conformidade de produtos, ou seja, os dis- pêndios com atividades desenvolvidas para identificação de unidades ou componentes defeituosos antes da remessa do produto para os clientes. Na grande maioria dos casos, a maior contribuição nos custos de avaliação são os gastos com pessoal de inspeção, ensaios e testes. Outros elementos na categoria de custos de avaliação são: Os custos de avaliação são aqueles associados à verificação do nível de qualidade obtido pelo produto, isto é, são os custos relativos às inspeções e aos ensaios requeridos para garantir que o produto esteja em conformidade com as especificações e os requisitos de desempenho (e/ou de acordo com as exigências do cliente). Eles representam os gastos para determinar o grau de conformidade de produtos, ou seja, os dispêndios com atividades desenvolvidas para identificação de unidades ou componentes de- feituosos antes da remessa do produto para os clientes. Na grande maioria dos casos, a maior contribuição nos custos de avaliação são os gastos com pessoal de inspeção, ensaios e testes. Outros elementos na categoria de custos de avaliação são: ● Área ocupada pelo controle da qualidade; ● Auditoria (regular) de produto; ● Calibração de instrumentos de medição e controle; ● Coleta de análise e relato dos dados da qualidade; ● Controles realizados em laboratórios; ● Custos de verificação e revisão de projeto; ● Custos do Controle Estatístico do Processo (CEP) – após ter sido implantado; ● Serviços e materiais para inspeção e testes. 4 Custos de falhas Os custos de falhas são os custos referentes à ocorrência de unidade ou componentes de- feituosos, sejam estes identificados na organização ou no campo. Nesse sentido, podem ser subdivididos em falhas internas ou externas, dependendo se o produto foi ou não expedido pela organização. Custos de Falhas Internas Os custos de falhas internas são aqueles decorrentes da produção de peças defeituosas, iden- tificadas internamente na organização. São custos diretos ou indiretos, decorrentes da falta de qualidade requerida, detectados antes de os produtos serem expedidos. Exemplos típicos dos custos de falhas internas são: ● Abertura e implementação de ações corretivas devido a refugo; ● Custos de análise das falhas; ● Defeitos ou anomalias; ● Desvalorização (diferença entre o preço de um produto de venda normal e de preço reduzido devido a problema de qualidade); ● Horas extras para recuperar atrasos gerados por problemas de qualidade; ● Inspeção 100% para classificação; ● Manutenção corretiva; ● Paradas de produção devido a peças defeituosas; ● Refugo (peças rejeitadas ou sucateadas); ● Reinspeção de lotes/estoques de produtos novos ou retrabalha- dos; ● Reinspeção e novos testes. 5 Refugo e retrabalho Os custos mais comumente controlados são aqueles relacionados ao refugo e retrabalho. O refugo é decorrente da produção que não satisfaz a padrões dimensionais ou de qualidade, sendo, como consequência, rejeitado e vendido por seu valor de disposição (por exemplo, como sucata). O custo líquido do refugo é a diferença entre os custos incorridos e acumulados até o ponto de rejei- ção, menos o valor de disposição. Em alguns casos, pode haver reclassificação, que significa a ven- da da produção para um cliente menos exigente a um preço mais baixo que o previsto, em função de um problema de qualidade que, obviamente, não seja grave, geralmente analisando sob o ponto de vista funcional. Por exemplo, pode ocorrer diferença no preço de venda, quando uma peça é direcionada para o mercado de reposição a um preço mais baixo por problemas de qualidade. Essa situação é ilustrada a seguir, no quadro, “Qualificação em Ação”. Qualidade em ação: Custos de falhas internas – mercado de reposição 6 O retrabalho significa um processo decorrente de uma produção que não satisfaz aos padrões de qualidade, mas que pode ser corrigida. Por exemplo, um lote de peças com diâmetro externo acima do limite superior de especificação pode ser retrabalhado visando a retirar a quantidade de material em excesso. Entretanto, a tomada de decisão para executar um retrabalho também passa por uma análise de viabilidade econômica, pois o retrabalho pode ficar mais oneroso que sucatear o lote de produ- tos e fabricar novo lote. Na realidade, o retrabalho é hoje uma atividade extrema- mente lesiva em várias empresas, pois, além dos gastos inerentes à correção, pode significar a utilização de equipa- mentos e mão de obra de forma não prevista, em vez de usar esses recursos para atender à programação de produ- ção requerida. Essa prática de constantes retrabalhos causa um problema que pode ser denominado “fábrica oculta”, ou seja, aquela produção que não aparece e que acaba reduzindo o desempenho e a produtividade de um setor e da organização como um todo. 7 Custos de Falhas Externas Os custos de falhas externas são aqueles associados aos produtos com falta de qualidade já expe- didos pela empresa, ou seja, os gastos relativos aos defeitos identificados pelos clientes ou ainda de posse dos distribuidores (por exemplo, no estoque de peças das concessionárias de veículos). Em suma, refletem gastos decorrentes de problemas que são identificados no campo. Exemplos de elementos de custos que pertencem a essa categoria são: ● Custos de investigação para descobrir a origem do(s) defeito(s); ● Gastos com devoluções de produtos; ● Multas contratuais devido a problemas de qualidade; ● Processamento das reclamações (investigação e correção); ● Processos judiciais acionados pelo cliente; ● Recolhimento do produto e recalls; ● Reinspeções realizadas no cliente; ● Reparos no período de garantia (assistência técnica); ● Reparos feitos no campo. Um recall é uma convocação feita por uma empresa para que os proprietários de determinado produto compareçam para substituição de componentes defeituosos, sem qualquer ônus para esses clientes. O recall industrial está previsto no Código do Consumidor, desde sua introdução há mais de dez anos. Pelo Código, no artigo 10, “o fornecedor não poderá colocar no mercado produto ou serviço que sabe ou deveria saber que apresenta alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança”. No primeiro parágrafo, obriga o fabricante a comunicar ao governo e aos consu- midores, por meio de cartas e anúncios, quando há uma falha no produto, depois de ter sido lançado no mercado, sem prejuízo da reposição do produto. Em contra- partida, o consumidor tem, por lei, um prazo de 180 dias para responder ao recall. 8 Exemplos de recalls Novamente, no quadro “Qualidade em Ação”, apresentaremos alguns exemplos de gastos com recalls. Qualidade em ação: Custos com falhasexternas – exemplos de “recalls.” 9 Os custos de falhas externas são, geralmente, os de consequência mais grave, pois o fabricante ou fornecedor do produto pode ter grandes perdas devido à evasão de clientes, divulgação da má qualidade do produto pelo cliente, gastos em atender o cliente, entre outros. Alguns clientes mais exigentes, como por exemplo, as montadoras auto- motivas, chegam a cobrar até o custo da área de trabalho para a reali 10 zação de inspeção seletiva (separação de produtos defeituosos daqueles que estão conforme especificação, por meio de inspeções 100%). Quando existe a necessidade de que essa operação seja realizada na própria montadora, ge- ralmente o fornecedor envia seu pessoal para fazer a seleção das “peças boas” (com qualidade aceitável). Nesses casos algumas montadoras cobram do fornecedor o espaço físico (área) utili- zado para que os profissionais das autopeças realizem tal operação. Além desse tipo de problema, existem custos difíceis de serem identificados e analisados, principalmente quando não se conhece a origem do defeito. Essa análise demanda tempo e recursos materiais e de pessoas para identificar o problema de modo a possibilitar sua resolução. O consumo desses recursos é computado como custos de falhas externas. Outros custos Nem todos os custos da qualidade se enquadram facilmente dentro das categorias de custo de prevenção, avaliação e falhas. Por exemplo: ● O custo de inspecionar a matéria-prima (inspeção de recebimento) pode ser visto como um custo de avaliação (busca de defeitos); ● Um custo de prevenção (evitar ou prevenir que a matéria-prima com defeitos cause problemas no processo de produção). Em tais casos, a alocação desses elementos de custos numa categoria ou em outra deve ser um critério da empresa. O importante é, na verdade, que esse valor seja considerado. Quão correta está essa classificação só se saberá no decorrer do tempo; ou seja, após a empresa ter implantando um sistema de coleta e análise dos custos da qualidade, poderá alocá-los de forma diferente, visando a determinar melhor a prioridade para sua redução ou eliminação. É importante salientar que os custos de falhas podem estar presentes em várias áreas do negócio, iniciando na área de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), na área de RH (Recursos Humanos), marketing e distribuição, e não somente limi- tados à produção. 11 Os custos de falhas correspondem, geralmente, a três quartos do total de custos da qualidade, pois acabam influenciando as outras categorias de custos. Assim é necessário observar que essas quatro categorias de custos da qualidade são inter-relacionadas, ou seja, um investimento em determinada categoria pode resultar em redução em outra(s). Essa inter-relação é apresen- tada a seguir. Custos da Qualidade: resumo Deming salienta que uma empresa não será gerida com sucesso se o seu administrador con- siderar apenas os números visíveis (por exemplo, folha de pagamento, fornecedores, impostos a pagar etc.). Esses valores são importantes para a gestão das organizações, mas não são os únicos a serem considerados na dinâmica empresarial. Esse cientista, assim, se expressa: 12 Mensagem Final Este componente curricular encerra o curso Técnico em Qualidade. Desta forma, você agora como técnico em qualidade poderá: ● Pesquisar, selecionar e interpretar as informações relativas ao Sistema da Qualidade da empresa, descritas no manual da Qualidade ou no pla- no da Qualidade (objetivos da Qualidade, definição de responsabilida- des, fases /etapas de controle, procedimentos de controlo, formas de organização da qualidade) ● Interpretar normas e procedimentos da Qualidade (nacionais ou interna- cionais). ● Definir procedimentos da Qualidade a aplicar nas diferentes fases do processo produtivo e em diferentes áreas funcionais da empresa (con- cepção, produção, marketing) ● Identificar e analisar as causas associadas às não conformidades dos processos, produtos/materiais, nas diferentes fases do processo produ- tivo, desde a concepção à entrega do produto ao cliente. ● Definir os procedimentos e as técnicas de Controle da Qualidade, tendo em conta as exigências do Sistema da Qualidade e as características do produtos, processos e tecnologia disponível. ● Identificar ferramentas e parâmetros de controle, tendo em conta os ob- jetivos da Qualidade. ● Selecionar as ferramentas e as técnicas de Controle da Qualidade mais adaptadas em função dos objetivos definidos para cada operação. ● Realizar atividades de capacitação relativas aos conceitos e práticas do Sistema da Qualidade ● Adaptar os procedimentos e normas da Qualidade em função das carac- terísticas dos processos, dos produtos e tecnologia. ● Analisar as características estruturais dos produtos ou materiais através de ensaios, testes, análises (recorrendo ou não a amostras) por referên- cia ao plano da qualidade.
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