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__________________________________________________________________________________ UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE GAMA EXPERIMENTO 4 COLISÕES Disciplina: Física 1 Experimental Professor: Rafael Morgado Silva Turma: 13 Alunos: Breno Lucena Cordeiro – 20/2017343 Daniel Marcos Gomes de Oliveira Costa – 20/2045660 Jefferson Marques dos Santos – 20/0020307 __________________________________________________________________________________ Resumo Este relatório aborda o procedimento experimental realizado no laboratório de física no dia 05/09/22, tendo como objetivos principais: O estudo de colisões unidimensionais entre dois carrinhos sobre o trilho de ar, onde é gerado entre a superfície inferior do carrinho e o trilho um “colchão de ar”, eliminando quase que totalmente a força de atrito. E a verificação da validade do princípio da conservação do momento linear e da energia cinética. O experimento foi constituído em duas etapas. A primeira etapa trata sobre a colisão elástica, onde são utilizados dois carrinhos com elásticos nas extremidades que ocorrem os impactos, fazendo com que após o impacto, cada um se deslocasse separados com velocidades diferentes das iniciais. Já a segunda etapa trata sobre o choque inelástico, onde um dos carrinhos tem um pino com uma agulha em sua extremidade, enquanto o outro tem um pino com uma massa aderente, resultando que após o choque, os dois carrinhos se deslocam juntos. Introdução Momento linear , também conhecido como quantidade de movimento, é uma grandeza𝑝 → essencial para o estudo da transferência de movimento em sistemas com dois ou mais corpos onde ocorrem colisões ou quaisquer formas de interação entre os corpos. Ele é definido por: (1)𝑝 → = 𝑚 𝑣 → Onde é a massa e é a velocidade do objeto em questão.𝑚 𝑣 → De acordo com a Segunda Lei de Newton: (2)𝐹 → = 𝑑𝑑𝑡 (𝑚𝑣 → ) = 𝑑𝑑𝑡 𝑝 → Onde é a resultante das forças que atuam sobre o corpo. Então, quando esta resultante for𝐹 → nula o momento do corpo deve se conservar.𝑝 → Num sistema com vários corpos, podemos definir o momento total do sistema como: (3)𝑝 → = 𝑖 ∑ 𝑝 → 𝑖 = 𝑖 ∑ 𝑚 𝑖 𝑣 → 𝑖 __________________________________________________________________________________ Para um sistema de corpos, continua valendo a equação (2), portanto se a resultante de todas as forças externas sobre o sistema for nula, o momento total do corpo deve se𝑝 → conservar. Mas, de acordo com a Terceira Lei de Newton, as forças de interação entre 2 corpos quaisquer são sempre iguais em módulo e de sentido contrário (Observe a imagem logo abaixo). Figura 01 - Dois corpos interagindo de acordo com a força gravitacional (4)𝐹 → 1,2 ||| ||| = 𝐹 → 2,1 ||| ||| = γ 𝑚 1 𝑚 2 𝑟² 1,2 Portanto, a resultante de todas as forças internas ao sistema é sempre nula! Assim, podemos enunciar o “Princípio da Conservação do Momento” como: “num sistema isolado onde a resultante de todas as forças externas é nula, o momento total do sistema se conserva”. Se é o momento total antes é o momento total depois, para uma colisão de 𝑝 → 𝑖 𝑝 → 𝑓 dois corpos podemos escrever: (5) 𝑝 → 𝑖 = 𝑝 → 𝑓 (6) 𝑝 → 1𝑖 + 𝑝 → 2𝑖 = 𝑝 → 1𝑓 + 𝑝 → 2𝑓 (7) 𝑚 1 𝑣 → 1𝑖 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑖 = 𝑚 1 𝑣 → 1𝑓 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑓 As colisões classificam-se em: ● Perfeitamente elásticas: conservam-se a quantidade de movimento e a energia cinética. ● Perfeitamente inelásticas: conserva-se apenas a quantidade de movimento. ● Parcialmente elásticas: conserva-se apenas a quantidade de movimento. Coeficiente de restituição → (8) 𝑒 = 𝑣 → 2𝑓 − 𝑣 → 1𝑓 𝑣 → 1𝑖 − 𝑣 → 2𝑖 Choque perfeitamente elástico: = 1𝑒 Choque parcialmente elástico: 0 < < 1𝑒 Choque perfeitamente inelástico: = 0𝑒 __________________________________________________________________________________ Métodos Inicialmente, verificamos a inclinação do trilho de ar para que não interfira no movimento. Para que esse ajuste seja feito, foi necessário ligar o compressor e regular os apoios do trilho de ar até que o carrinho não se movesse. Na primeira etapa do experimento fixamos na extremidade dos dois carrinhos suportes em U com um elástico na ponta. Já na segunda etapa fixamos em um dos carrinhos um pino com uma agulha em sua extremidade e no outro um pino com uma massa aderente. Foi necessário realizar as medições de massa dos carrinhos e ir balanceando até que ficassem aproximadamente iguais. No centro do trilho posicionamos os sensores S1 e S2 com 0,400m de distância entre eles. Posicionamos o segundo carrinho entre os sensores e colocamos o cronômetro na função “F3”, nessa função ele marca dois intervalos de tempo. Quando o primeiro carrinho passar pelo S1 o cronômetro é acionado e vai medir o primeiro intervalo de tempo, que é correspondente ao deslocamento de 0,100m (tamanho da plaqueta preta que fica na parte superior do carrinho). O primeiro carrinho se choca com o segundo que está em repouso, fazendo com que ele se mova e ao passar pelo S2 o cronômetro é acionado novamente e mede o segundo intervalo de tempo correspondente ao deslocamento de 0,100m. A cada medição o cronômetro era zerado. Após posicionar os carrinhos em suas posições, começamos a realização do experimento impulsionando manualmente o primeiro carrinho para atingir o outro em repouso (que estava sendo segurado por um dos alunos até o carrinho impulsionado chegasse perto, pois o trilho estava levemente empenado), obtendo assim as medições de intervalos de tempos registrados pelo cronômetro. Já na segunda etapa foi alterado a ponta elástica por uma ponta inelástica, o que unia os carrinhos após o impacto, fazendo as duas somarem suas massas e se movimentarem na mesma direção, repetindo os processos de anotação. Notamos que ao darmos um impulso mais fraco, nossas medidas ficavam mais precisas e próximas uma das outras, devido ao carrinho parar consideravelmente de vibrar antes que passasse no primeiro sensor. Sendo assim, eliminamos os dados obtidos anteriormente e usamos este critério para todo o experimento. __________________________________________________________________________________ Etapa 1 - Choque elástico Materiais ● 01 trilho 120 cm; ● 01 cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V; ● 02 sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2); ● 01 Y de final de curso com roldana raiada; ● 01 unidade de fluxo de ar; ● 01 cabo de força tripolar 1,5 m; ● 01 mangueira aspirador 1,5”; ● 01 pino para carrinho para fixá-lo no eletroímã; ● 01 carrinho para trilho cor preta; ● 01 carrinho para trilho cor azul; ● 03 porcas borboletas; ● 04 manípulos de latão 13 mm; ● 01 pino para carrinho com gancho; ● 02 barreiras para choque; ● 01 fixador em U para choque; ● 01 Y de final de curso com fixador U para elástico; Tabela 01 - Intervalos de Tempos Registrados x Lançamentos Lançamentos 1° 2° 3° 4° 5° t1(s) 0,637 0,759 0,745 0,645 0,621 t2(s) 0,658 0,761 0,780 0,663 0,638 Como nós mesmos éramos responsáveis por dar o impulso inicial no primeiro carrinho, a cada lançamento daria intervalo de tempos distintos entre si, com isso não faz sentido fazermos a média de todos os intervalos de tempo desses lançamentos, sendo assim, usaremos o lançamento nº 1 para realizar os cálculos desse experimento. Mesmo com esse fato, ao compararmos os intervalos de tempos registrados pelo cronômetro (t1 e t2), podemos ver que todos dados obtidos são iguais entre eles dentro da tolerância de erro de 5%. __________________________________________________________________________________ 1. Velocidade desenvolvida pelo primeiro carrinho antes do choque. ∆x = 0,100 m t1 = 0,637s = 0,157 m/s𝑣 → 1𝑖 0,100 0,637 ≅ 2. Velocidade desenvolvida pelo segundo carrinho antes do choque. = 0 m/s → Ele estava em repouso.𝑣 → 2𝑖 3. Velocidade desenvolvida pelo segundo carrinho depois do choque. ∆x = 0,100 m t2 = 0,658s = 0,152 m/s𝑣 → 2𝑓 0,100 0,658 ≅ 4. Massa dos carrinhos.= 0,2305 kg 𝑚 1 = 0,2305 kg 𝑚 2 Observações: Ao fazermos as medições de massa dos carrinhos, fomos balanceando até que ficassem aproximadamente iguais. 5. Velocidade desenvolvida pelo primeiro carrinho depois do choque. 𝑚 1 𝑣 → 1𝑖 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑖 = 𝑚 1 𝑣 → 1𝑓 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑓 0, 2305 * 0, 157 + 0, 2305 * 0 = 0, 2305𝑣 → 1𝑓 + 0, 2305 * 0, 152 m/s𝑣 → 1𝑓 = 0.00115250,2305 = 0, 005 6. Quantidade de movimento antes do choque. kg.m/s𝑄 𝑎 = 𝑚 1 . 𝑣 → 1𝑖 + 𝑚 2 . 𝑣 → 2𝑖 = 0, 2305 * 0, 157 + 0, 2305 * 0 ≅ 0, 0362 7. Quantidade de movimento depois do choque. kg.m/s𝑄 𝑑 = 𝑚 1 . 𝑣 → 1𝑓 + 𝑚 2 . 𝑣 → 2𝑓 = 0, 2305 * 0, 005 + 0, 2305 * 0, 152 ≅ 0, 0362 8. Considerando a tolerância de erro de 5%, pode-se afirmar que a quantidade de movimento foi conservada? Sim. A quantidade de movimento foi conservada. __________________________________________________________________________________ 9. Energia cinética antes do choque. J𝐸 𝐶 = 𝑚 1 𝑣 → 1𝑖 ² 2 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑖 ² 2 = 0,2305 * (0,157)² 2 + 0,2305 * (0)² 2 ≅ 0, 00284 10. Energia cinética depois do choque. J𝐸 𝐶 = 𝑚 1 𝑣 → 1𝑓 ² 2 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑓 ² 2 = 0,2305 * (0,005)² 2 + 0,2305 * (0,152 )² 2 ≅ 0, 00266 11. Considerando a tolerância de erro de 5%, pode-se afirmar que a energia cinética foi conservada? Não. Apesar de serem muitos próximos, os resultados ficaram fora da tolerância de erro de 5%, sendo assim a energia cinética não foi totalmente conservada. 12. Conclusão: 𝑒 = 𝑣 → 2𝑓 − 𝑣 → 1𝑓 𝑣 → 1𝑖 − 𝑣 → 2𝑖 = 0,152 − 0,0050,157 − 0 ≅ 0, 94 0 < < 1𝑒 Podemos concluir com os resultados que o experimento tratou-se de uma colisão parcialmente elástica, pois conservou apenas a quantidade de movimento e o seu coeficiente de restituição ( ) é aproximadamente 0,94.𝑒 __________________________________________________________________________________ Etapa 2 - Choque inelástico Materiais ● 01 trilho 120 cm; ● 01 cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V; ● 02 sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2); ● 01 Y de final de curso com roldana raiada; ● 01 unidade de fluxo de ar; ● 01 cabo de força tripolar 1,5 m; ● 01 mangueira aspirador 1,5”; ● 01 pino para carrinho para fixá-lo no eletroímã; ● 01 carrinho para trilho cor preta; ● 01 carrinho para trilho cor azul; ● 03 porcas borboletas; ● 07 arruelas lisas; ● 04 manípulos de latão 13 mm; ● 01 pino para carrinho com gancho; ● 02 barreiras para choque; ● 01 fixador em U para choque; ● 01 Y de final de curso com fixador U para elástico; ● 01 pino para carrinho com agulha; ● 01 pino para carrinho com massa aderente; Tabela 02 - Intervalos de Tempos Registrados x Lançamentos Lançamentos 1° 2° 3° 4° 5° t1(s) 0,648 0,591 0,672 0,689 0,808 t2(s) 1,310 1,226 1,387 1,394 1,620 Assim como na primeira etapa, realizamos 5 vezes o experimento e usaremos o lançamento nº 1 para realização dos cálculos desse experimento. Mesmo com esse fato, ao compararmos os intervalos de tempos registrados pelo cronômetro (t1 e t2), vemos que em todos os casos t2 é o dobro de t1 dentro da tolerância de erro de 5%. __________________________________________________________________________________ 1. Velocidade desenvolvida pelo primeiro carrinho antes do choque. ∆x = 0,100 m t1 = 0,648s = 0,154 m/s𝑣 → 1𝑖 0,100 0,648 ≅ 2. Velocidade desenvolvida pelo segundo carrinho antes do choque. = 0 m/s → Ele estava em repouso.𝑣 → 2𝑖 3. Velocidade desenvolvida pelo segundo carrinho depois do choque. ∆x = 0,100 m t2 =1,310s = 0,076 m/s𝑣 → 2𝑓 0,100 1,310 ≅ 4. Massa dos carrinhos. = 0,2215 kg 𝑚 1 = 0,2215 kg 𝑚 2 Observações: Ao fazermos as medições de massa dos carrinhos, fomos balanceando até que ficassem aproximadamente iguais. 5. Velocidade desenvolvida pelo primeiro carrinho depois do choque. 𝑚 1 𝑣 → 1𝑖 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑖 = 𝑚 1 𝑣 → 1𝑓 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑓 0, 2215 * 0, 154 + 0, 2215 * 0 = 0, 2215𝑣 → 1𝑓 + 0, 2215 * 0, 076 m/s𝑣 → 1𝑓 = 0,0172770,2215 = 0, 078 6. Quantidade de movimento antes do choque. kg.m/s𝑄 𝑎 = 𝑚 1 . 𝑣 → 1𝑖 + 𝑚 2 . 𝑣 → 2𝑖 = 0, 2215 * 0, 154 + 0, 2215 * 0 ≅ 0, 0341 7. Quantidade de movimento depois do choque. kg.m/s𝑄 𝑑 = 𝑚 1 . 𝑣 → 1𝑓 + 𝑚 2 . 𝑣 → 2𝑓 = 0, 2215 * 0, 078 + 0, 2215 * 0, 076 ≅ 0, 0341 8. Considerando a tolerância de erro de 5%, pode-se afirmar que a quantidade de movimento foi conservada? Sim. A quantidade de movimento foi conservada. __________________________________________________________________________________ 9. Energia cinética antes do choque. J𝐸 𝐶 = 𝑚 1 𝑣 → 1𝑖 ² 2 + 𝑚 2 𝑣 → 2𝑖 ² 2 = 0,2215 * (0,154)² 2 + 0,2215 * (0)² 2 ≅ 0, 00263 10. Energia cinética depois do choque. J𝐸 𝐶 = (𝑚 1 + 𝑚 2 )𝑣 → 2𝑓 ² 2 = (0,2215+0,2215) * (0,076)² 2 ≅ 0, 00128 11. Considerando a tolerância de erro de 5%, pode-se afirmar que a energia cinética foi conservada? Não. A energia cinética não foi conservada. 12. Conclusão: 𝑒 = 𝑣 → 2𝑓 − 𝑣 → 1𝑓 𝑣 → 1𝑖 − 𝑣 → 2𝑖 = 0,076 − 0,0780,154−0 = − 0, 013 → 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑧𝑒𝑟𝑜 Podemos concluir com os resultados que o experimento tratou-se de uma colisão inelástica, pois conservou apenas a quantidade de movimento e o seu coeficiente de restituição ( ) é 0.𝑒