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Regulação da Pressão Arterial

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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
A pressão arterial precisa ser mantida 
dentro de estreitos limites de variabilidade 
para a manutenção da homeostasia, 
garantindo a perfusão tecidual. 
 
PAM = VS x FC x RVP 
 
Dessa forma, conclui-se que sempre que 
houver uma alteração da pressão arterial, 
os mecanismos de regulação vão atuar no 
débito cardíaco e na resistência para 
voltar a pressão para sua normalidade, ou 
seja, tem-se componentes cardíacos e um 
componente vascular. 
O principal mecanismo para alteração da 
do débito cardíaco e, consequentemente 
da PA, está relacionado com o balanço 
autonômico do sistema simpático e 
parassimpático. Quando se fala em 
ativação simpática, tem-se uma alteração 
tanto do componente cardíaco, como 
também do componente vascular 
(vasoconstrição e vasodilatação), tendo 
em vista que o parassimpático não possui 
inervações nos vasos sanguíneos. 
OBS: A adrenalina se liga aos receptores 
alfa, reforçando a vasoconstrição. Porém, 
os receptores alfa têm uma maior 
afinidade pela noradrenalina. 
 
 
 
Além do SNA, existem outros mecanismos 
que influenciam a PA através da resistência 
periférica. 
O sistema nervoso nitrérgico também é 
importante para a manutenção da PA, 
perdendo apenas para a modulação 
simpática. 
 
Sua inervação se dá por meio de 
terminações não adrenérgicas e não 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
colinérgicas, chamadas de NANC. O óxido 
nítrico (NO) liberado aumenta os níveis de 
GMPc que provoca relaxamento. Dessa 
forma, o NO é um excelente vasodilatador. 
No entanto, se o vaso sanguíneo não 
possui terminações nitrérgicas, o NO pode 
ser liberado por meio do estresse 
decisalhamento ou shear stress, ou seja, o 
atrito do próprio sangue com a parede 
endotelial estimula a liberação de óxido 
nítrico. 
OBS: a resistência vascular em condições 
basais depende do balanço entre a 
ativação simpática e o NO. 
Além do NO, o endotélio dos vasos 
sanguíneos secreta muitos outros fatores 
que podem promover a vasodilatação ou 
a vaso constrição. Como exemplo, tem-se 
o EDHF, fator hiperpolarizante derivado do 
endotélio, que causa abertura de canais 
de potássio, hiperpolarizando a célula e 
causando relaxamento. A COX também 
atua na vasodilatação por meio da síntese 
de prostaglandinas (PGl2) envolvidas na 
resposta inflamatória. 
 
Dentre os agentes vasoconstritores 
derivados do endotélio, destacam-se a 
endotelina (ET-1), a angiotensina (Angio II), 
canais de cálcio e tromboxano A2 (TXA2). 
 
Além do sistema nervoso e do endotélio, 
fatores humorais também participam da 
modulação da resistência vascular, 
sobretudo a Angiotensina II, que pode 
atuar diretamente nas células musculares 
lisas (vasoconstrição), mas também nas 
terminações nervosas simpáticas, 
estimulando a liberação de noradrenalina 
e promovendo um sinergismo para regular 
a pressão arterial. 
 
A vasopressina, também chamada de 
hormônio antidiurétido (ADH) é produzida 
pelo hipotálamo e armazenada e 
secretada pela neurohipófise. Durante a 
queda da pressão, atua nos rins, 
diminuindo a diurese e também a volemia. 
Além disso, possui ação vasoconstritora por 
aumentar canais de cálcio quando 
interagem com receptores V1 localizados 
na membrana no musculo liso. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
 
Nos átrios existem receptores de volume, 
onde toda vez que a pré-carga é alterada, 
ou seja, o volume é alterado, esses 
receptores são estimulados e liberam o 
PNA, que promovem a maior liberação de 
sódio e agua pelos rins. Dessa forma, 
diminui-se a volemia, a pressão arterial e a 
resistência periférica. 
 
O controle neural da pressão arterial diz 
respeito ao mecanismo de controle rápido 
da pressão, ou seja, a curto prazo. Essas 
respostas rápidas são desencadeadas por 
reflexos gerados em centros de integração 
no SNC. 
OBS: para que aconteça um reflexo, é 
necessário um receptor periférico que 
identifique a mudança, uma via afetora 
que leva essa informação até o SNC, um 
centro de integração que recebe essa 
informação e modula uma resposta e uma 
via efetora. 
Os mecanismos de controle neural, ou seja, 
de resposta rápida para o controle da 
pressão arterial são: 
 Reflexo barorreceptor; 
 Reflexo quimiorreceptor; 
 Reflexos cardiopulmonares. 
 
 
A principal via reflexa para o controle da 
pressão arterial média é o reflexo 
barorreceptor. Os mecanorreceptores 
sensíveis ao estiramento, denominados 
barorreceptores, estão localizados nos 
seios carotídeos e no arco da aorta, onde 
eles monitoram continuamente a pressão 
do sangue que flui para o cérebro e para 
o corpo. 
Os barorreceptores carotídeos e aórticos 
são receptores sensíveis ao estiramento 
tonicamente ativos que disparam 
potenciais de ação continuamente 
durante a pressão arterial normal. Quando 
a pressão arterial nas artérias aumenta, a 
membrana dos barorreceptores estira, e a 
frequência de disparos do receptor 
aumenta. Se a pressão sanguínea cai, a 
frequência de disparos do receptor 
diminui. 
Essa frequência de disparo está 
relacionada a distensão causada pela 
pressão na parede das artérias. Os 
potenciais de ação são gerados pela 
abertura de canais iônicos de Na+ e Ca2+ 
que são sensíveis a deformação causada 
pela variação na pressão arterial. 
 
 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
 
A partir do estiramento das paredes e 
deformação do receptor, com o influxo de 
íons, a propagação do potencial de ação 
é encaminhada até o SNC por vias 
aferentes. Essas vias são diferentes a 
depender de onde estão localizados os 
barorreceptores. 
Barorreceptores carotídeos: a via aferente 
é o nervo glossofaríngeo, que leva as 
informações até o centro integrativo. 
 
Barorreceptores aórticos: a via aferente é o 
nervo depressor aórtico, um ramo do nervo 
vago que leva as informações até o centro 
integrativo. 
 
O disparo das aferências barorreceptoras 
são sincrônicos com os pulsos de pressão 
arterial, confirmando que os mecanismos 
neurais de ajustes da pressão arterial 
controlam essa pressão momento a 
momento. 
 
Ao se administrar NPS, nitroprussiato de 
sódio, ocorre a doação de NO causando 
uma potente vasodilatação e provocando 
uma queda na pressão arterial. Quando a 
pressão cai, pode ser observado no gráfico 
a seguir que a atividade da aferência 
barorreceptora diminui. O contrário ocorre 
quando se administra fenilefrina, um 
agonista alfa-1 que provoca 
vasoconstrição e aumento da pressão 
arterial. Com isso, observa-se que a 
atividade da aferência barorreceptora 
aumenta. 
 
No entanto, esse mecanismo neural de 
ajuste da pressão arterial pode sofrer 
adaptação do reflexo. O gráfico a seguir 
mostra que quando ocorre um aumento 
agudo da pressão, aumenta-se a 
frequência de disparo das aferências 
barorreceptoras. Porém, quando a pressão 
permanece elevada de forma crônica, os 
barorreceptores mudam seu disparo basal 
e se adaptam aquela nova pressão, 
deixando de sinalizar o aumento da 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
pressão arterial, por um erro na 
interpretação devido a essa adaptação. 
 
OBS: é devido a este fato que os fármacos 
anti-hipertensivos não são voltados para o 
mecanismo de controle neural, apenas 
para os mecanismos de controle a longo 
prazo. 
Para demonstrar a importância dos 
barorreceptores para regular a pressão 
arterial momento a momento, foi feita uma 
denervação sinoaórtica (DAS) em que as 
aferências barorreceptoras são removidas 
cirurgicamente. Assim, pode-se observar 
que a pressão deixa de ser constante. 
 
As informações levadas por essas vias 
aferentes chegam até um centro de 
integração localizado no bulbo, chamado 
de núcleo do trato solitário (NTS) e daí o 
sinal sedivide para a área simpática e 
parassimpática. 
 
A atividade parassimpática é gerada 
numa área chamada de núcleo ambíguo 
(NA). Dessa forma, com o aumento da 
pressão arterial, ocorre o aumento da 
frequência de disparo dos barorreceptores 
arteriais e essa informação chega até o 
NTS por fibras aferentes. O NTS estimula um 
neurônio excitatório que se projeta para o 
NA. No NA, existem fibras eferentes 
parassimpáticas que se projetam até o 
coração e provoca bradicardia. 
No entanto, além de estimular a atividade 
parassimpática, é preciso diminuir a 
atividade simpática. O mesmo sinal que 
chega até o NTS, é enviado para uma área 
chamada de bulbo ventrolateral caudal 
(BVLc) por meio de um neurônio 
excitatório. Do BVLc parte uma projeção 
inibitória até o bulbo ventrolateral rostral 
(BVLr), região que geram as respostas 
simpáticas. Dessa forma, com a 
estimulação de um neurônio inibitório no 
BVLc, ocorre uma inibição dos neurônios 
eferentes simpáticos do BVLr e, 
consequente, uma inibição do sistema 
nervoso autônomo simpático no coração 
e nos vasos. 
Em resumo, quando ocorre um aumento 
repentino da pressão arterial, a atividade 
barorreceptora ativa a via parassimpática 
(causando bradicardia) e inativa a via 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
simpática (favorecendo a vasodilatação, 
inotropismo negativo e queda da 
resistência vascular). Todas essas respostas 
contribuem para a queda da pressão 
arterial, ou seja, para o seu 
restabelecimento. 
Por outro lado, caso haja uma diminuição 
da pressão arterial, todo o raciocínio da 
atividade simpática e parassimpática se 
inverte, ou seja, com uma menor 
frequência de disparo dos barorreceptores 
há um aumento da atividade simpática 
em consonância com a diminuição da 
atividade parassimpática. Tudo isso para 
que a pressão arterial aumente e volte ao 
seu estado basal. 
Os núcleos do SNC envolvidos no 
barorreflexo são: 
 Área sensorial: NTS ou núcleo do 
trato solitário (primeira sinapse dos 
barorreceptores); 
 Área vasoconstritora: BVLr ou bulbo 
ventrolateral rostral, área geradora 
da atividade simpática; 
 Área vasodilatadora: BVLc ou bulbo 
ventrolateral caudal, área que inibe 
o BVLr; 
 Núcleo ambíguo (NA) e núcleo 
motor dorsal do vago (NDMV): 
controlam a atividade do sistema 
nervoso autônomo parassimpático). 
Por fim, a última etapa de um reflexo é a 
resposta enviada por meio de fibras 
efetoras. Essas fibras, como já descritas, 
fazem parte do sistema nervoso autônomo 
simpático e parassimpático. 
OBS: todos os vasos são inervados pelo 
simpático, com exceção dos capilares e 
dos esfíncteres pré-capilares. 
 
A inervação simpática vasomotora 
quando se encontra em atividade, 
promove vasoconstrição, diminuindo a 
perfusão tecidual. Por outro lado, quando 
a atividade simpática está reduzida, a 
vasodilatação é favorecida, juntamente 
com uma maior perfusão tecidual. 
Já no coração, atua tanto fibras eferentes 
simpáticas e parassimpáticas. O sistema 
simpático estimula a atividade cardíaco 
aumentando a frequência e a força de 
contração. Já o parassimpático tem seu 
principal papel em reduzir a frequência 
cardíaca. 
 
Fibras simpáticas: inervam o NSA, NAV e a 
musculatura cardíaca; 
Fibras parassimpáticas: inervam o NSA e a 
musculatura cardíaca. 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
Outro mecanismo neural de controle da 
pressão arterial, ou seja, de curto prazo, é 
o reflexo quimiorreceptor, muito envolvido 
na fisiologia respiratória, uma vez que os 
quimiorreceptores respondem a queda da 
pressão parcial de O2 e/ou aumento da 
pressão parcial de CO2 (mecanismo 
primário para ajustes ventilatórios). 
De forma secundária, esses receptores 
também desempenham um papel no 
controle da pressão arterial, tendo em vista 
que a queda da pressão arterial causa 
hipoperfusão tecidual e diminuição da 
pressão parcial de oxigênio (PaO2) no 
local. 
Esses quimiorreceptores estão localizados 
nos mesmos lugares dos barorreceptores, 
ou seja, no arco aórtico e nos corpos 
carotídeos. Dessa forma, observa-se que 
quando há uma queda na pressão arterial, 
além de haver um menor estiramento, há 
também uma menor quantidade de 
oxigênio chegando até aquele local, 
ativando os reflexos. 
As aferências desse reflexo também são as 
mesmas, ou seja: 
 Nervo vago (aórtico); 
 Nervos Hering e glossofaríngeo 
(carotídeos). 
A transdução do sinal (quimioelétrico) 
ocorre no interior das células do corpúsculo 
carotídeo, chamadas de células glomus. 
Quando há uma queda na PaO2, ocorre 
um fechamento nos canais de K+, 
despolarizando a célula e abrindo canais 
de Ca2+ dependentes de voltagem. Isso faz 
com que sejam deslocadas vesículas 
contendo neurotransmissores (dopamina) 
que são exocitadas e se ligam a neurônios 
pós-sinápticos que levam a informação por 
meio de potenciais de ação até centros 
integradores no SNC. 
 
Toda vez que há uma queda na PaO2, 
aumenta-se a frequência de disparo dos 
quimiorreceptores, fazendo com que o NTS 
seja ativado e, num primeiro momento, 
gere respostas que envolvem ajustes 
respiratórios e comportamentais. No 
entanto, o NTS também estimula os núcleos 
simpáticos (BVLr) e deixa de ativar os 
parassimpáticos (NA e NDMV), fazendo 
com que haja vasoconstrição e aumento 
da frequência e força cardíaca, elevando 
a pressão arterial, fazendo com que esta 
volte ao seu estado basal. 
Esses reflexos andam em paralelo com os 
reflexos barorreceptores, uma vez que se 
direcionam para o mesmo tipo de 
resposta. Numa condição em que o 
barorreflexo não responda, o reflexo 
cardiopulmonar assume um papel 
relevante no controle da pressão arterial. 
Os receptores cardiopulmonares são 
mecanorreceptores presentes nos átrios, 
coronárias, pericárdio e vasos torácicos 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
como artérias e veias pulmonares que 
respondem ao volume sanguíneo. Ou seja, 
toda vez que há o aumento da pressão 
arterial, aumenta-se a pré carga nesses 
locais, liberando PNA e ativando os 
receptores cardiopulmonares. 
Existem vários tipos de reflexos 
cardiopulmonares, no entanto, o mais 
conhecido é o Reflexo de Bainbridge, no 
qual o reflexo é o mesmo envolvido no 
barorreceptor, cuja resposta numa 
situação de queda da pressão é a maior 
ativação do BVLr (simpático) e menor 
ativação do NA e NDMV (parassimpático), 
elevando a pressão arterial fazendo que 
esta volte ao seu estado de normalidade. 
 
A medula da glândula suprarrenal é 
descrita frequentemente como um gânglio 
simpático modificado. 
 
Os neurônios pré-ganglionares simpáticos 
projetam-se da medula espinal para a 
medula da glândula suprarrenal, onde 
fazem sinapse. Entretanto, os neurônios 
pós-ganglionares não possuem axônios, 
que normalmente se projetariam para as 
células-alvo. Em vez disso, esses corpos 
celulares sem axônios, denominadas 
células cromafins, secretam adrenalina 
que tem seu papel no controle da pressão 
ao atuar em receptores alfa e beta 
adrenérgicos. 
A vasopressina é sintetizada pelo 
hipotálamo e armazenada e secretada 
pela neuro-hipófise. É liberada quando 
ocorre há aumento da osmolaridade 
plasmática, ou seja, quando se diminui o 
solvente ou aumenta-se o soluto. Além 
disso, ela também é liberada quando 
ocorre a queda no volume sanguíneo e/ou 
queda da pressão arterial. 
 
A vasopressina pode atuar em receptores 
V1 nos músculos lisos dos vasos sanguíneos 
promovendo a vasoconstrição, que tem 
como consequência, o aumento da 
resistência vascular e aumento da pressão 
arterial.A vasopressina pode atuar 
também em receptores V2 presentes nos 
rins, realizando uma atividade 
antidiurética, pois diminui-se a eliminação 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
de água na urina por meio da inserção de 
aquaporinas que reabsorvem a água na 
porção final do néfron. Dessa forma, 
aumenta-se a volemia (retorno venoso e 
volume sistólico) e também a pressão 
arterial. 
Os rins servem como mecanismos de ajuste 
da pressão arterial controlando a volemia. 
Isso se dá por meio: 
 Reabsorção de água; 
 Taxa de filtração glomerular; 
 Canais de água; 
 Transportadores de sódio; 
A angiotensina II (ANG II) é o sinal que 
normalmente controla a liberação de 
aldosterona do córtex da glândula 
suprarrenal. A ANG II é um componente do 
sistema renina-angiotensina (SRA), uma via 
complexa para a manutenção da pressão 
arterial que atua em vários passos. 
A via SRA inicia quando células granulares 
justaglomerulares, presentes nas arteríolas 
aferentes dos néfrons, secretam uma 
enzima, chamada de renina. A renina 
converte uma proteína plasmática inativa, 
o angiotensinogênio, em angiotensina I 
(ANG I)). Quando a ANG I presente no 
sangue encontra uma enzima, chamada 
de enzima conversora da angiotensina 
(ECA), ela é convertida à ANG II. 
A ANG II aumenta a pressão arterial tanto 
direta quanto indiretamente através de 
cinco mecanismos: 
1. A ANG II aumenta a secreção de 
vasopressina. Receptores de ANG II no 
hipotálamo iniciam este reflexo. A 
retenção de líquido nos rins sob a influência 
da vasopressina ajuda a conservar o 
volume sanguíneo, mantendo, assim, a 
pressão arterial. 
2. A ANG II estimula a sede. A ingestão de 
líquido é uma resposta comportamental 
que aumenta o volume sanguíneo e eleva 
a pressão arterial. 
3. A ANG II promove a vasoconstrição, 
fazendo com que a pressão arterial 
aumentar sem que ocorra mudança no 
volume sanguíneo. 
4. A ativação de receptores de ANG II no 
centro de controle cardiovascular 
aumenta a estimulação simpática do 
coração e dos vasos sanguíneos. A 
estimulação simpática aumenta o débito 
cardíaco e a vasoconstrição, os quais 
aumentam a pressão arterial. 
5. A ANG II aumenta a reabsorção de sódio 
nos rins. 
OBS: a renina é produzida pelos rins 
(mácula densa) quando há uma menor 
perfusão renal e quando o sistema 
simpático está ativado. 
 
O peptídeo natriurético atrial (PNA) é um 
hormônio peptídico produzido em células 
especializadas do miocárdio, localizadas 
principalmente no átrio cardíaco. Os 
peptídeos natriuréticos são liberados pelo 
coração quando as células miocárdicas se 
estiram mais que o normal. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Fisiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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