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APG - DIGESTA-RIO

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APG – SISTEMA DIGESTÓRIO 
OBJETIVOS: 
1. Estudar a embriogênese do sistema digestório; 
2. Explicar como acontece a fenda palatina; 
3. Descrever a anatomia do sistema digestório; 
4. Entender a histologia do sistema digestório; 
5. Esquematizar a função da GALT; 
6. Entender como acontece a absorção de eletrólitos pelo TGI; 
7. Compreender a motilidade do TGI. 
8. Explicar os aspectos sociais que envolvem a fenda palatina. 
 
 
EMBRIOGÊNESE DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O tubo digestório abre-se primitivamente ao exterior por meio de uma degradação da membrana 
bucofaríngea, estrutura que corresponde à fusão do ectoderma e do endoderma. Essa membrana dura 
aproximadamente 25 dias, abrindo-se na quarta semana. Está situada no fundo de uma depressão 
transversal, conhecida como estomodeu, e vai se aprofundando aos poucos devido ao crescimento das 
estruturas que o rodeiam; dessa forma, a cavidade bucal do adulto é conseqüência do crescimento ao exterior 
das estruturas que circundam o estomodeu. O endoderma do intestino primitivo origina a maior parte do 
epitélio e das glândulas do trato digestivo, enquanto que o epitélio da extremidade cefálica (cranial) é 
derivado do ectoderma do estomodeu (futura cavidade bucal) e o epitélio da extremidade caudal deriva do 
ectoderma do proctodeu (futuro canal anal). 
 O intestino primitivo é limitado na sua extremidade cefálica (cranial) pela membrana bucofaríngea e na 
sua extremidade caudal pela membrana cloacal. Os tecidos muscular, conjuntivo e as outras camadas da 
parede do trato digestivo são derivados do mesênquima esplâncnico que circunda o intestino primitivo. Para 
fins de descrição, o intestino primitivo é dividido em três partes: Intestino anterior, Intestino médio e; 
Intestino posterior 
 
 Os derivados do intestino anterior são: 
- A faringe primitiva e seus derivados; 
- O sistema respiratório inferior; 
- O esôfago e o estômago; 
-O duodeno, proximal à abertura do ducto 
biliar; 
- O fígado, o aparelho biliar (ductos hepáticos, 
vesícula biliar e ducto biliar) e o pâncreas. 
 
Todos esses derivados do intestino anterior, 
exceto a faringe, o trato respiratório e a maior 
parte do esôfago, são vascularizados pelo 
tronco celíaco, a artéria do intestino anterior. 
O esôfago começa a se desenvolver a partir do intestino anterior imediatamente caudal à faringe. A separação 
da traquéia do esôfago se dá pelo septo traqueoesofágico. Inicialmente, o esôfago é curto, porém ele irá se 
alongar rapidamente, graças, principalmente, ao crescimento e à descida do coração e dos pulmões. O esôfago 
alcança o seu comprimento final relativo durante a sétima semana. Seu epitélio e suas glândulas são derivados 
do endoderma. O epitélio prolifera e oblitera, parcial ou completamente, a luz; entretanto, a recanalização do 
esôfago normalmente ocorre no final do período embrionário. O músculo estriado que forma a camada 
muscular externa do terço superior do esôfago é derivado do mesênquima do 4º ao 6º arco faríngeo. O 
músculo liso, principalmente no terço inferior do esôfago, se desenvolve do mesênquima esplâncnico 
circunjacente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em torno da metade da quarta semana, uma 
ligeira dilatação no intestino anterior, até o 
momento tubular, indica o local do primórdio do 
estômago. No início, ele aparece como um 
alargamento fusiforme da porção caudal do 
intestino anterior e está orientado no plano 
mediano. Esse primórdio logo se expande e se 
amplia dorso ventralmente. Durante as próximas 
duas semanas, a face dorsal do estômago cresce 
mais rapidamente do que a sua face ventral; isso 
demarca a curvatura maior e a curvatura menor do 
estômago. Durante o seu desenvolvimento, o 
estômago sofre alterações na sua posição, e estas 
alterações são mais facilmente entendidas quando 
explicadas separadamente em dois eixos – eixo 
longitudinal e eixo anteroposterior 
Eixo longitudinal: O estômago gira 90° no sentido horário 
ao redor de seu eixo longitudinal, fazendo com que o 
lado esquerdo original se torna a superfície ventral (para 
frente), e o lado direito se torna a superfície dorsal (para 
trás). Essa rotação e o crescimento do órgão explicam 
porque o nervo vago esquerdo supre a sua parede 
anterior e o nervo vago direito inerva a sua parede 
posterior. Eixo anteroposterior: Com a progressão do 
desenvolvimento, o estômago gira ao redor do eixo 
anteroposterior, fazendo com que a sua região cefálica 
(cranial ou cardíaca) se mova para a esquerda e 
ligeiramente para baixo, e sua região caudal (pilórica), 
consequentemente, se mova para a direita e para cima 
 
 Após essas mudanças de posição, o estômago 
assume a sua posição final, com o seu eixo indo da 
porção esquerda superior para a direita inferior. O 
duodeno se desenvolve a partir da porção caudal do 
intestino anterior, da porção cranial do intestino 
médio e do mesênquima esplâncnico associado ao 
endoderma dessas porções do intestino primitivo. A 
junção das duas porções do duodeno situa-se logo 
após a origem do ducto biliar. O duodeno em 
desenvolvimento cresce rapidamente, formando 
uma alça em forma de C que se projeta 
ventralmente. A medida que o estômago rotaciona, 
aliado ao rápido crescimento da cabeça do 
pâncreas, a alça duodenal gira para a direita e vai 
se localizar retroperitonealmente (externa ao 
peritônio). Por se originar dos intestinos anterior e 
médio, o duodeno é suprido por ramos das artérias 
celíaca e mesentérica superior, artérias que 
vascularizam essas porções do intestino primitivo. 
Durante a quinta e a sexta semanas, a luz do 
duodeno se torna progressivamente menor e é, 
temporariamente, obliterada, devido à proliferação 
de suas células epiteliais, recanalizando 
normalmente no final do período embrionário. 
Nessa ocasião, a maior parte do mesentério ventral 
já desapareceu. 
Os derivados do intestino médio são: O intestino 
delgado, incluindo o duodeno distal até a abertura 
do ducto biliar, ceco, o apêndice, o colo ascendente 
e a metade a dois terços do colo transverso. Todos 
esses derivados do intestino médio são supridos 
pela artéria mesentérica superior. O 
desenvolvimento do intestino médio é 
caracterizado pelo alongamento do intestino e seu 
mesentério resultando na formação de uma alça 
intestinal ventral com a forma de U — a alça do 
intestino médio, também chamada de alça 
intestinal primária ou alça intestinal média. 
O ramo cefálico desta alça dará origem a porção distal 
do duodeno, jejuno e em parte do íleo, e o ramo caudal 
dará origem à porção inferior do íleo, ceco, apêndice, 
cólon ascendente e os dois terços proximais do cólon 
transverso. Com o aumento do tamanho do fígado e 
rins, a cavidade abdominal embrionária torna-se 
pequena para abrigar estes e todas as alças intestinais, 
levando-as a se projetarem para a cavidade 
extraembrionária, no cordão umbilical, dando origem à 
hérnia umbilical fisiológica. Enquanto está no interior do 
cordão umbilical, a alça intestinal média roda 90 graus 
no sentido anti-horário, em torno do eixo formado pela 
artéria mesentérica superior. Outras rotações ocorrem 
totalizando 270° quando se completa. Isso leva o ramo 
cranial (intestino delgado) da alça para a direita e o 
ramo caudal (intestino grosso) para a esquerda. Durante 
a rotação, o intestino médio se alonga e forma as alças 
intestinais (por exemplo, jejuno e íleo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O primórdio do ceco e do apêndice 
vermiforme aparece, na sexta semana, como 
uma dilatação no limite antimesentérico do 
ramo caudal da alça do intestino médio. O 
ápice do divertículo cecal não cresce tão 
rapidamente como o restante; assim, o 
apêndice é inicialmente um pequeno 
divertículo do ceco. O apêndice aumenta 
rapidamente em comprimento, tanto que, ao 
nascimento, ele é um tubo relativamente 
longo,surgindo da extremidade distal do ceco. 
Após o nascimento, a parede do ceco cresce de 
maneira desigual, e o resultado é que o 
apêndice passa a sair de sua face medial. O 
apêndice está sujeito a consideráveis variações 
Os derivados do intestino posterior são: O terço esquerdo 
até metade do colo transverso; o colo descendente e o colo 
sigmoide; o reto e a parte superior do canal anal; O epitélio 
da bexiga urinária e a maior parte da uretra. Todos os 
derivados do intestino posterior são supridos pela artéria 
mesentérica inferior, a artéria do intestino posterior. A 
junção entre o segmento do colo transverso derivado do 
intestino médio e aquele que se origina do intestino 
posterior é indicada pela mudança na circulação sangüínea 
de um ramo da artéria mesentérica superior (artéria do 
intestino médio) para um ramo da artéria mesentérica 
inferior (artéria do intestino posterior). O colo descendente 
torna-se retroperitoneal quando o seu mesentério se funde 
com o peritônio da parede abdominal posterior esquerda e, 
então, desaparece. O mesentério do colo sigmóide é 
mantido, porém ele é mais curto do que no embrião 
A cloaca é uma porção terminal expandida do 
intestino posterior é uma câmara revestida por 
endoderma sendo limitada pela membrana 
cloacal que é constituída pelo endoderma e 
pelo ectoderma superficial do proctodeu, e 
recebe o alantóide ventralmente, que é um 
divertículo digitiforme. A cloaca é septada em 
porções dorsal e ventral através de uma 
projeção do mesênquima — o septo urorretal. 
Quando o septo cresce em direção à 
membrana cloacal, ele desenvolve extensões 
bifurcadas que produzem pregas das paredes 
laterais da cloaca. Essas pregas crescem uma 
em direção a outra e se fundem formando um 
septo que divide a cloaca em duas partes: Reto 
e porção cranial do canal anal e Seio 
urogenital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na sétima semana, o septo urorretal já se fundiu com a membrana cloacal, dividindo-a em uma membrana anal 
dorsal e uma membrana urogenital, maior e ventral. A área de fusão do septo urorretal com a membrana 
cloacal é representada, no adulto, pelo corpo perineal. O septo urorretal também divide o esfíncter cloacal em 
porções anterior e posterior. A porção posterior origina o esfíncter anal externo e a porção anterior se 
desenvolve para a formação dos músculos transverso superficial do períneo, bulbo esponjoso e isquiocavernoso. 
Este detalhe do desenvolvimento explica por que um nervo, o nervo pudendo, supre todos esses músculos. 
Proliferações mesenquimais produzem elevações do ectoderma superficial ao redor da membrana anal. Como 
resultado, logo essa membrana estará localizada no fundo de uma depressão ectodérmica — o proctodeu ou 
fosseta anal. A membrana anal normalmente se rompe ao final da oitava semana, levando a porção final do 
trato digestivo (canal anal) a se comunicar com a vesícula amniótica 
Os dois terços superiores (cerca de 25 mm) do canal anal adulto são derivados do intestino posterior; o terço 
inferior (cerca de 13 mm) se desenvolve do proctodeu. A junção do epitélio derivado do ectoderma do 
proctodeu com o epitélio derivado do endoderma do intestino posterior é indicada, grosseiramente, pela linha 
pectinada, localizada no limite inferior das válvulas anais. Essa linha indica aproximadamente o local primitivo 
da membrana anal. Cerca de 2 cm acima do ânus está a linha anocutânea (“linha branca”). As outras camadas 
da parede do canal anal são derivadas do mesênquima esplâncnico. Semelhante ao esfíncter pilórico e à válvula 
(esfíncter) ileocecal, a formação do esfíncter anal parece estar sob o controle genético de Hox D. Os dois terços 
superiores do canal anal, devido à sua origem do intestino posterior, são supridos principalmente pela artéria 
retal superior, uma continuação da artéria mesentérica inferior (artéria do intestino posterior). A drenagem 
venosa dessa porção superior é feita principalmente pela veia retal superior, uma tributária da veia mesentérica 
inferior. A drenagem linfática da porção superior é feita por fim para os linfonodos mesentéricos inferiores. Seus 
nervos são do sistema nervoso autônomo. 
Em razão de sua origem do proctodeu, o terço 
inferior do canal anal é suprido principalmente 
pelas artérias retais inferiores, ramos da artéria 
pudenda interna. A drenagem venosa é feita 
através da veia retal inferior, uma tributária da 
veia pudenda interna, que se escoa para a veia 
ilíaca interna. A drenagem linfática da porção 
inferior do canal anal é feita para os linfonodos 
inguinais superficiais. Seu suprimento nervoso é 
através do nervo retal inferior, que é sensível à 
dor, à temperatura, ao toque e à pressão 
 
Os mesentérios são camadas duplas de peritônio que 
cercam alguns órgãos e os conectam à parede corporal, 
sendo estes órgãos chamados de intraperitoneais. Já os 
órgãos que se encontram contra a parede posterior e são 
cobertos pelo peritônio apenas em sua superfície 
anterior são considerados retroperitoneais. Os 
ligamentos peritoneais são mesentérios que passam de 
um órgão para o outro e/ou de um órgão para a parede 
corporal. Tanto os mesentérios quanto os ligamentos são 
meios de passagem para nervos, vasos sanguíneos e 
linfáticos que entram e saem das vísceras. 
 
FENDA PALATINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Fenda Palatina é a má-formação congênita que 
ocorre durante o desenvolvimento da cavidade oral 
do embrião. Em alguns casos, a fenda palatina pode 
ser acompanhada pelo lábio leporino, em que há 
também uma abertura nos lábios e que pode 
chegar até o nariz, sendo então denominada fenda 
labiopalatina. 
 
A maioria das fendas do lábio superior e do palato resulta de múltiplos fatores genéticos e não genéticos, com 
cada um causando um pequeno distúrbio do desenvolvimento. Diversos estudos mostram que o gene do fator 
regulatório da interferona-6 (IRF6) está envolvido na formação das fendas isoladas. Algumas fendas do lábio e/ou 
do palato aparecem como parte de síndromes determinadas por genes mutantes únicos. Outras fendas são partes 
de síndromes cromossômicas, especialmente a trissomia do 13. Uns poucos casos de fendas labiais e/ou do palato 
parecem ser causados por agentes teratogênicos (p. ex., medicamentos anticonvulsivantes). Estudos em gêmeos 
indicam que os fatores genéticos são mais importantes em casos de fenda labial com ou sem fenda palatina do 
que uma fenda palatina isolada 
 
Uma fenda labial contém uma abertura no lábio 
superior que pode se estender até o nariz (lábio 
leporino). Esta abertura pode estar de um lado, nos dois 
lados ou no meio. Já quando ocorre uma fissura de 
palato é quando o palato duro contém uma abertura na 
direção do nariz, o que conhecemos como “fenda 
palatina“. Esses distúrbios podem resultar em 
problemas de alimentação, problemas de fala, 
problemas de audição e infecções freqüentes nos 
ouvidos. A condição pode está associada a outros 
distúrbios. 
 
O marco para distinguir entre defeitos da fenda anterior e da posterior é a fossa incisiva. Fendas unilaterais e 
bilaterais do palato são classificadas em três grupos: 
•Fendas do palato anterior (fendas anteriores à fossa incisiva) resultam da falha de massas mesenquimais dos 
processos palatinos laterais em se encontrarem e fundirem com o mesênquima no palato primário. 
•Fendas do palato posterior (fendas posteriores à fossa incisiva) resultam da falha das massas mesenquimais dos 
processos palatinos laterais em se encontrarem e fundirem entre si e com o septo nasal. 
 •Fendas das partes secundárias do palato (fendas dos palatos anterior e posterior) resultam da falha das massas 
mesenquimais dos processos palatinos laterais em se encontrarem e fundirem com o mesênquima no palato 
primário entre si e com o septo nasal. 
 
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIOTrato gastrointestinal: Começa na cavidade bucal. 
Tubo digestivo: Começa no esôfago ( Onde começa o sistema nervoso entérico) e termina no reto. 
→A língua é um órgão sensorial muscular 
presente no interior da boca. Tem como função a 
deglutição, o paladar e formação de fonemas 
auxiliando a produção da fala. É coberta por um 
tecido úmido e rosa chamado mucosa. Pequenos 
caroços chamados papilas gustativas dão uma 
textura áspera. 
→Milhares de papilas gustativas cobrem as 
superfícies da língua. As papilas são conjuntos de 
células sensoriais que se conectam aos nervos 
que chegam ao cérebro. 
→A língua tem muitos nervos que ajudam a 
detectar e transmitir sinais gustativos ao cérebro 
→A língua está ancorada na boca por teias de 
tecido duro e mucosa. A corda segurando a 
frente esse órgão no interior da boca é chamada 
de freio lingual. Na parte posterior da boca, ela é 
ancorada no osso hioide. Esse órgão é vital para 
mastigar e engolir alimentos, bem como para 
falar. 
 
Palato duro 
 
Palato Mole 
 
A boca humana é formada por dentes, gengiva, língua, 
lábios, bochecha e o palato. E todas essas estruturas 
funcionam em conjunto e são responsáveis por realizar a 
parte inicial da digestão. Por isso, é importante que todas 
essas “engrenagens” da estrutura bucal funcionem de forma 
coesa. 
https://planetabiologia.com/boca-cavidade-oral/
https://pediatriadescomplicada.com.br/2020/05/04/freio-lingual-voce-sabe-o-que-e-isso/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O esôfago é um órgão tubular, localizado posterior a 
traquéia e que possui 3 porções: 
- Esfíncter esofágico Superior: Delimitada pelo esfíncter 
esofágico superior. Esse esfíncter é só tem a função de 
abrir e fechar quando passa o alimento. 
- Esfincter esofágico médio 
-Esfincter esofágico inferior: Fica entre o esôfago e o 
estômago (também conhecido como esfíncter do cardia). 
É um esfíncter com uma função de evitar com que o 
conteúdo gástrico retorne para a cavidade bucal 
novamente. Refluxo esofágico. 
O estômago está localizado inferior ao esôfago e 
superior ao diafragma. É dividido em 5 porções: 
- Cardia 
- Fundo gástrico 
- Corpo gástrico 
- Antro gástrico 
- Piloro. (Nessa região teremos o esfíncter pilórico) 
Ajuda na degradação do alimento dentro do 
estômago e impede o retorno do bolo alimentar 
do intestino delgado (Duodeno) para o estômago. 
 
*O estômago possui 2 curvaturas (Maior e 
menor); 
* Possui dobras na parte interna. Elas aumentam a 
superfície de contato com o alimento, facilitando 
a digestão. E aumentam a quantidade de células 
secretoras ali dentro. 
*Ele é coberto pelo peritônio, que também o 
conecta a outros órgãos abdominais. 
 
O intestino delgado vai ser dividido em 3 regiões: 
- Duodeno (possui 4 porções – Superior/ampola, 
descendente, porção horizontal e porção ascendente) 
- Jejuno 
- ìleo 
A saliva contém uma secreção serosa e uma secreção mucosa: 
•A secreção serosa contém ptialina (uma α-amilase), que decompõe o amido em maltose 
•A secreção mucosa contém mucina para lubrificação e proteção. 
 A saliva contém altas concentrações de íons potássio e bicarbonato e baixas concentrações de íons sódio e 
cloreto. A secreção salivar é um processo em dois estágios. A secreção primária dos ácinos contém ptialina e/ou 
mucina em uma solução com uma composição iônica semelhante à do líquido extracelular. Em seguida, essa 
secreção primária é modificada nos ductos da seguinte maneira: 
•Os íons sódio são ativamente reabsorvidos, ao passo que os íons potássio são ativamente secretados nos 
ductos. O excesso de reabsorção de sódio cria uma carga negativa nos ductos salivares, o que provoca a 
reabsorção passiva de íons cloreto 
•Os íons bicarbonato são secretados nos ductos em troca de íons cloreto, bem como por um processo 
secretório ativo. 
 A salivação é controlada principalmente por sinais nervosos parassimpáticos. Os núcleos salivatórios 
localizados no tronco encefálico são excitados por estímulos gustativos e táteis da língua, da boca e da faringe. 
A saliva também pode ser afetada por centros superiores do encéfalo; por exemplo, a salivação aumenta 
quando o indivíduo sente o odor de seus alimentos preferidos. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/peritonio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos acessórios ao sistema digestório 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada parte do TGI está adaptada ás funções especificas: 
Esôfago: Passagem do alimento. 
Estômago: Armazenamento temporário do alimento 
Intestino Delgado: Digestão e Absorção. 
A porção do duodeno possui uma dupla prega de peritônio chamada de ligamento de Treitz que se fixa na 
quarta porção do duodeno, no ângulo de Treitz, e o prende na parte posterior da cavidade abdominal 
deixando-o elevado. Marcando assim o fim do duodeno e o inicio do jejuno 
Intestino grosso: O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve 
água, em quantidade bastante considerável. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se 
condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados. 
 
 
 
As estruturas anexas do sistema digestório são órgãos que 
produzem ou armazenam secreções que passam para o trato 
gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do 
alimento, esses órgãos não entram em contato com o alimento. 
São eles: o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. 
- O pâncreas é uma glândula de 15 cm de extensão localizada 
no centro do abdômen, atrás do estômago, próximo ao 
duodeno e baço 
- Vesicula biliar: A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, 
parecida com uma pera, localizada abaixo do lobo direito do 
fígado. 
- Fígado: O fígado é um órgão intraperitoneal e também é a 
maior glândula do corpo. Está localizado majoritariamente no 
quadrante superior direito, ocupando o hipocôndrio direito, o 
epigástrio e o hipocôndrio esquerdo. 
 
 Os órgãos abdominais são também revestidos por uma membrana serosa em maior ou menor extensão, o 
peritônio, que apresenta duas lâminas: O peritônio parietal reveste as paredes da cavidade abdominal; É 
evidente que as vísceras que ocupam posição retroperitoneal são fixas. E o peritônio visceral envolve as vísceras. 
As duas lâminas são continuas, permanecendo entre elas uma cavidade virtual, a cavidade peritoneal, que 
contém pequena quantidade de líquido. Alguns órgãos abdominais situam-se junto da parede posterior do 
abdome e, nestes casos, o peritônio parietal é anterior a eles: diz-se que essas vísceras são retroperitoneais; 
exemplos: rins e pâncreas. 
 
HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema digestório como um todo, é formado por 4 camadas ou túnicas, desde o esôfago até o intestino 
grosso. Que serão as mesmas, porém terão apenas algumas diferenças na camada interna. 
❖ Mucosa: (Tecido epitelial, que pode varias a depender a região, estratificado pavimentoso ou cilíndrico 
simples, esse epitélio poderá fazer algumas funções especificas, como proteção, produção e secreção de 
enzimas e hormônios e absorção, abaixo do epitélio, uma lâmina própria de Tecido conjuntivo frouxo – 
Glândulas, nódulos linfóides e vasos sanguíneos podem ser encontrados nessa região. Camada muscular 
da mucosa, ela é o limite da camada mucosa e submucosa, ela é composta por músculo liso, não faz 
movimentos peristálticos mas faz o movimento da camada mucosa. 
❖ Submucosa (Composta por tecido conjuntivo denso não modelado, encontraremos fibras elásticas e 
colágenas que permitem uma movimentação do intestino) 
❖ Muscular externa: (Composta por duas regiões – Muscular circular mais internamento e muscular mais 
longitudinal na camada externa). A maior parte do tudo digestório será composta por músculo liso, com 
exceção do esôfago que terá musculo esquelético. 
❖ Serosa ou adventícia. (Apresenta um epitélio pavimentoso simples (mesótelio), que representao 
pertitônio visceral e logo abaixo uma camada de tecido conjuntivo frouxo. Na região do esôfago não 
apresenta o mesótelio, somente o tecido conjuntivo) 
 IMPORTANTE: 
**Ao longo de todo tecido do tubo gastrointestinal é a grande presença de células linfóides que podem estar 
tanto espalhadas pela túnica mucosa e submucosa, como também formando agregados, que chamaremos de folículos 
ou nódulos linfoides. Esse tecido linfoide associado a mucosa recebe o nome de MALT, na região do intestino delgado ou 
grosso, receberá o nome de GALT - É um subtipo de MAlt. 
 
A mucosa intestinal é caracterizada por apresentar 
vilosidades intestinais, que são projeções alongadas da 
mucosa em direção ao lúmen, e é revestida por um epitélio 
cilíndrico simples, onde se observam células absortivas (com 
microvilosidades - enterócitos), células M e células 
caliciformes. 
 
CÉLULAS ENCONTRADAS NO EPITELIO DO ESTÔMAGO 
 
CÉLULAS ENCONTRADAS NO EPITELIO DO INTESTINO 
 
O epitélio na boca, faringe, esôfago e canal anal 
é feito principalmente de epitélio escamoso 
estratificado não queratinizado, que tem uma 
função protetora 
GALT 
 Tecido linfático associado ao intestino – Resposta imunológica regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As mucosas em geral são tecidos umidificados por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas 
em contato direto ou indireto com o meio exterior. São macias, úmidas e quentes. Nesse tecido, acontece a 
montagem de respostas imunológicas adaptativas. Uma célula dendrítica ativando linfócito T nos os linfonodos. 
 No intestino, esse tecido linfóide é chamado de GALT, sendo organizado na camada submucosa, localizado 
logo abaixo da camada mucosa do intestino. A imunidade do sistema gastrointestinal começa na boca, através 
das tonsilas lingual, palatina e faríngea (Anel de Waldeyer). 
 De uma maneira geral, o GALT é constituído por: 
❖ Placas de Peyer, são grupos de nódulos linfoides presente na mucosa do intestino. 
❖ Tonsilas ( boca) 
❖ Linfonodos mesentéricos 
❖ Linfonodos drenantes 
 No intestino essa resposta imunológica adaptativa de ativação dos linfócitos T acontece na placa de Peyer, 
ou até mesmo uma resposta mais especifica, com ativação de linfócitos B pode acontecer aqui, produzindo 
anticorpos. 
 
 Estruturas e células encontradas no epitélio intestinal 
➔ As criptas de lieberkuhn: Não produzem enzimas digestivas, elas produzem e secretam água e 
eletrólitos que juntam com as células caliciforme e a secreção das células de paneth, formam o muco 
do intestino ( suco entérico). No fundo das criptas também possuem células tronco que vão renovando 
as células mais velha superficieis.. Em média a cada 3 dias as células do intestino são renovadas. 
➔ As células de Paneth: Também são encontradas no fundo das criptas e elas são produtoras de 
substâncias antimicrobianas, como as defensinas, as lizossimas, a fosolipase a2 entre outras. 
➔ Na lâmina própria se encontra as células de defesa (presença de leucócitos, macrófagos, linfócitos T 
CD8, linfócitos T Cd4, células dendríticas) 
➔ Linfócitos intraepitelias: Que correspondem as células linfócitos TCD8 (Essas células juntamente com os 
outros leucócitos presentes na lâmina própria constituem células efetoras, ou seja, células que são 
ativas mesmo na ausência de doença. Isso acontece devido a repostas locais, em razão dos inúmeros 
antígenos presentes no intestino. Eles ficam como se fosse uma espécie de soldados pronto a atacar e 
proteger o tecido intestinal. Sem ele teriam inúmeros desgastes do tecido intestinal. 
➔ No lúmem intestinal tem inúmeras presença de anticorpos, que são imunoglobulinas. 
➔ 
➔ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA IMUNE INATA NO INTESTINO: Ela é mediada por barreiras físicas e químicas, fornecidas por barreiras 
epiteliais e suas secreções. 
❖ ENTERÓCITOS BEM UNIDOS, já forma a primeira barreira para a passagem de antígenos para dentro 
das camadas intestinais. 
❖ MUCO: Que recobre por cima das células enterócitos, formando uma capa de proteção. 
Nesse muco encontramos as substâncias antimicrobianas. 
 - Defensinas: Ela se encaixa no fosfolipideos de microorganismos fazendo poros e levando a destruição dos 
mesmos 
 - Lisozima: Ela vai degradando as camadas de peptidioglicanos que encontramos nas camadas das bactérias 
por exemplo. 
 - Histatinas, catelicidinas... Todas essas substâncias em conjunto para manter a homeostasia local. 
 Esse muco vai ter a camada interna, voltada para o epitélio (enterócitos) e a externa voltada para o lúmem. 
No interno é onde se encontra essas substâncias e na externa é onde se encontra os microorganismos 
comensais e de vez em quando alguns patogênicos também. Então esse muco tem como função impedir o 
contato das células epitelias com os microorganismos e também servem como matriz patra exposição 
antimicrobiana das substâncias. 
❖ CÉLULAS LINFÓIDES INATAS ( ILCs – Interleucinas). São linfócitos que não expressão receptores de 
antígenos diversificados. Ou seja, não tem receptores específicos. Mas dentro delas existem fatores de 
origem linfóide. Em termos de função elas se assemelham as células TCd4. ILC 3 – Encontrada no 
intestino, ela espelha a TH 17 que espelha TH 22. A ILC 3 também produz TH 22. Elas são estimuladas 
por mediadores inflamatórios. Elas levam ao processo de profilefaração das células epiteliais, 
reforçando a barreira. Além de produzir peptídeos antimicrobianos 
 
*****Macrófagos e células dendríticas na lâmina própria inibem a inflamação e mantém a homeostase 
produzindo citocinas anti-inflamatórias, pois se não teríamos o intestino com inflamação a todo momento. 
Além disso, as células dendríticas vão estabelecer a tolerância oral, para não responder a antígenos 
alimentares, pois se não iria impedir a nossa alimentação. 
 
 ** Relembrando o trabalho de uma célula dendrítica fora do intestino. 
Dendríticas plasmocitóides: Mantém as células infectadas por vírus em um estado antiviral. Eles degradam o 
RNA viral e inibem a replicação do mesmo. 
Dendríticas convencionais. Migram para os linfonodos para apresentar o antígeno aos linfócitos T e ativa-los. 
 **Atuação de uma célula dendrítica no intestino. 
Dendríticas plasmocitóides seguem a mesma função de fora, já a convencional no intestino sofre mudanças. 
Ela vai se apresentar de dois tipos: 
 - cDC tipo 1 : Quando são ativadas desenvolvem respostas especificas de células T. 
 -cDC tipo 2: Estimula a célula T para um perfil TH2, TH17 e Treg. 
 **Elas são encontradas na placa de Peyer. As dendríticas do tipo 2 estão mais próximo ao ápice da placa e 
produzem IL-10 na captação de antígeno e a do tipo 1 tem a produzir citocinas pró inflamatórias. ( Isso as 
dendríticas da placa de Peyer as da lâmina própria segue a definição mencionada em cima) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA IMUNE ADAPATIVA NO INTESTINO: 
Celular: Ativando linfócitos T 
Humoral: Produzindo anticorpos 
 Ocorre em órgão linfóide secundário, no caso do intestino, a placa de peyer. As células M são células 
especializadas que se encontram sobreposta a placa de Peyer e algumas também fora dela ao longo do tecido. 
Elas apresentam microvilosidades mais baixa. Elas transportam antígenos para o GALT. 
→ As células M capturam os antígenos por endocitose e libera para área basal e apresentado para célula 
dendrítica. A Célula dendrítica apresenta esse antígeno então para célula T ( Quando ocorre na placa de peyer 
esse processo de apresentação se desenvolve ali dentro mesmo, quando ocorre na lâmnia própria, tendo em 
vista que temos células M ao longo do epitélio, as células dendríticas de fora apresenta para os linfonodos 
mesentéricos). 
→Transportedependente de FCRN, esse receptor transporta IGG através do epitélio do intestino e direciona 
para a corrente sanguínea. 
→Células dendríticas: As células dendríticas podem se estender através da camada epitelial para capturar 
antígenos no lúmen e levar até o linfonodo mesentérico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ABSORÇÃO DE ELETRÓLITOS PELO TGI 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os movimentos de mistura mudam em diferentes partes do trato digestivo. Em algumas áreas, as contrações 
peristálticas causam a maior parte da mistura. Isso é especialmente verdadeiro quando a progressão do 
conteúdo intestinal para a frente é bloqueada por um esfíncter, de modo que uma onda peristáltica só pode 
agitar o conteúdo intestinal, em vez de impeli-lo para frente. Em outras ocasiões, as contrações locais de 
segmentação intermitentes ocorrem a cada poucos centímetros na parede intestinal. Essas constrições 
geralmente duram apenas de 5 a 30 segundos; novas constrições ocorrem em outros pontos do intestino, 
“cortando” e “picando” o conteúdo primeiro aqui e depois ali. Esses movimentos peristálticos e constritivos são 
modificados em diferentes partes do trato digestivo para propulsão e mistura adequadas. 
A água é transportada através da membrana 
intestinal inteiramente por difusão. Além disso, essa 
difusão obedece às leis usuais de osmose. Portanto, 
quando o quimo está suficientemente diluído, a água 
é absorvida através da mucosa intestinal para o 
sangue das vilosidades quase inteiramente por 
osmose. Por outro lado, a água também pode ser 
transportada na direção oposta – do plasma para o 
quimo. Esse tipo de transporte ocorre especialmente 
quando as soluções hiperosmóticas são descarregadas 
do estômago para o duodeno. Em minutos, uma 
quantidade suficiente de água será transferida por 
osmose para tornar o quimo isosmótico com o 
plasma. 
O sódio é transportado ativamente pela membrana 
intestinal. A absorção de sódio é alimentada pelo 
transporte ativo de sódio de dentro das células 
epiteliais através das paredes basal e lateral dessas 
células para os espaços paracelulares. Esse transporte 
ativo obedece às leis usuais do transporte ativo. 
Requer energia, e o processo energético é catalisado 
pelas enzimas adenosina trifosfatase (ATPase) 
apropriadas na membrana celular. Parte do sódio é 
absorvida junto com os íons cloro; na verdade, os íons 
cloro carregados negativamente são principalmente 
arrastados passivamente pelas cargas elétricas 
positivas dos íons sódio. 
Absorção de íons cloro no intestino delgado. Na parte 
superior do intestino delgado, a absorção do íon cloro 
é rápida e ocorre principalmente por difusão (ou seja, 
a absorção de íons sódio através do epitélio cria 
eletronegatividade no quimo e eletropositividade nos 
espaços paracelulares entre as células epiteliais). Os 
íons cloro então se movem ao longo desse gradiente 
elétrico para seguir os íons sódio. O cloro também é 
absorvido através da membrana da borda em escova 
de partes do íleo e do intestino grosso por um 
trocador de cloro-bicarbonato (contratransporte 
Cl−/HCO3−) de membrana da borda em escova. O 
cloro sai da célula pela membrana basolateral pelos 
canais específicos de cloro. 
Absorção de íons bicarbonato no duodeno e no 
jejuno. quando os íons sódio são absorvidos, 
quantidades moderadas de H+ são secretadas no 
lúmen do intestino em troca de parte do sódio. Esses 
H+, por sua vez, combinam-se com o HCO3− para 
formar ácido carbônico (H2CO3), que então se 
dissocia para formar água e dióxido de carbono (CO2). 
A água permanece como parte do quimo nos 
intestinos, mas o CO2 é prontamente absorvido pelo 
sangue e, subsequentemente, expira pelos pulmões. 
Secreção de bicarbonato e absorção de íons cloro no 
íleo e no intestino grosso: As células epiteliais nas 
superfícies das vilosidades do íleo, bem como em 
todas as superfícies do intestino grosso, têm uma 
capacidade especial de secretar HCO3− em troca da 
absorção de íons cloro. Essa capacidade é importante 
porque fornece HCO3− alcalino que neutraliza 
produtos ácidos formados por bactérias no intestino 
grosso. 
Absorção ativa de cálcio, ferro, potássio, magnésio e fosfato: Os íons cálcio são ativamente absorvidos pelo 
sangue, especialmente a partir do duodeno, e a quantidade de absorção de íons cálcio é controlada exatamente 
para suprir a necessidade diária de cálcio do corpo. Um fator importante que controla a absorção de cálcio é o 
hormônio da paratireoide (PTH), secretado pelas glândulas paratireoides, e outro é a vitamina D. O hormônio da 
paratireoide a ativa, e a vitamina D ativada, por sua vez, aumenta muito a absorção de cálcio. Os íons ferro 
também são ativamente absorvidos pelo intestino delgado. Potássio, magnésio, fosfato e provavelmente 
ainda outros íons também podem ser ativamente absorvidos pela mucosa intestinal. Em geral, os íons 
monovalentes são absorvidos com facilidade e em grandes quantidades. Os íons bivalentes são normalmente 
absorvidos apenas em pequenas quantidades; por exemplo, a absorção máxima de íons cálcio é de apenas 1/50 
da absorção normal de íons sódio. Felizmente, apenas pequenas quantidades de íons bivalentes são necessárias 
diariamente pelo corpo. 
EXPLICAR A MOTILIDADE DO TGI 
 Capacidade do TGI de executar movimentos autônomos, ou seja, 
os movimentos peristálticos para expelir o conteúdo gastrointestinal do organismo. 
 
 
 
Para que o trato alimentar abasteça o corpo com água, eletrólitos, 
vitaminas e nutrientes, requer 6 processos: 
1. Movimentação do alimento pelo TGI (Peristalse/peristaltismo) 
2. Secreção de soluções digestivas; 
3. Digestão dos alimentos; 
4. Absorção de água, eletrólitos e vitaminas; 
5. Circulação de sangue pelo TGI para transporte das sustâncias 
absorvidas; 
6. Controle de todas essas funções pelo SN e por hormônios locais. 
 
 
 
 
Comunicação Parácrina: Quando uma célula se comunica com a célula 
vizinha e manda uma informação para excitar a célula vizinha ou inibi-la. 
Uma substância produzida por uma célula do epitélio do tubo gastrointestinal pode tanto enviar essa 
substância para o lúmen do próprio tubo bem como encaminhar direto para a corrente sanguínea. Ex: ácido 
clorídrico produzido pelo estomago. Ele não entra direto na corrente sanguínea, porque se não a destruiria, 
então hormônios produzidos pelo tubo digestivo, se encarregam de fazer o transporte dessas substâncias pelo 
sangue. Por isso dizemos que o tubo digestivo também faz parte do sistema endócrino, assim como algumas 
glândulas acessórias, como o pâncreas e o fígado. 
❖ Durante a digestão, as partículas do bolo alimentar ficarão cada vez menores. Algumas serão 
absorvidas e outras seguirão pela motilidade ate serem eliminadas do organismo. 
❖ Além de ter uma boa motilidade (peristalse) e fazer um bom processo de secreção, digestão e 
absorção, é necessário ter uma boa circulação sanguínea, pois não adianta ter pouco fluxo sanguíneo 
sendo que não adiantaria, tendo visto que a produção desses nutrientes só se trona viável, quando 
estão na corrente sanguínea. 
❖ È preciso ter o controle de todos esses pontos listados através do sistema nervoso e por hormônios, 
para que o ciclo ocorra. Exemplo: Quando estamos com o estomago vazio, produzimos pouco ácido 
clorídrico.. No entanto, quando começamos a sentir fome, cheiro dos alimentos, ocorre um aumento 
dessa produção. O estômago entende, mediado pelo sistema nervoso, que o alimento vai ser deglutido. 
Isso pode ocorrer através do olfato (NOS – Bulbo olfatório), ou pensamento.. Ele então excita o 
estômago para que ocorra uma boa digestão e uma boa absorção desse alimento que será ingerido. 
ATIVIDADE ELETÉTRICA DO MÚSCULO LISO GASTROINTESTINAL ( SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO) 
O sistema nervoso entérico situa-se inteiramente na parede intestinal; ele começa no esôfago e 
estende-se até o ânus.O sistema entérico é composto principalmente de dois plexos: 
 PLEXO NERVOSO DE MEISSNER O tubo digestivo possui em sua parede plexos nervosos (localizados na 
camada submucosa, chamado de plexo nervoso de meissner, uma cadeia de neurônios interconectados que 
controlam a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local). Esse plexo nervoso auxilia o tubo digestivo a 
desempenhar as suas funções de digestão, absorção através da contribuição de secreções e o fluxo sanguíneo. 
 
 PLEXO MIOENTÉRICO OU DE AUERBACH localiza-se entre a túnica muscular longitudinal externa e a túnica 
muscular circular interna, estendendo-se ao longo do trato digestório, desde o esôfago até o reto. Tem como 
função realizar o peristaltismo de uma forma basal. 
 Em geral as células musculares funcionam como um sincício (fazem comunicação parácrina) através das 
junções GAP. Quando uma célula é excitada ( entrada de NA+ em seu interior a deixando +), ela passa 
informação de excitação para a célula vizinha, gerando um potencial de ação e permitindo com que essas 
células, nesse caso musculares se contraiam. 
 
 
 
 
 
COMUNICAÇÃO PARÁCRINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O músculo liso do trato gastroentestinal possui dois tipos de movimento, ( ondas elétricas). 
❖ Ondas em Ponta: São considerados potencias de ação verdadeiros. 
❖ Ondas lenta: São considerados potências de ação falsos. 
Essas ondas não são potenciais de ação, elas são alterações lentas e ondulantes do potencial de membrana em 
repouso que excitam o aparecimento de potenciais de pico intermitentes; por sua vez, os potenciais de pico 
excitam a contração muscular. 
Os potenciais de pico são verdadeiros potenciais de ação e causam contração muscular. Os potenciais de pico 
ocorrem quando o potencial de membrana em repouso torna-se mais positivo do que cerca de –40 mV (o potencial 
de membrana em repouso normal situa-se entre –50 e –60 mV). 
Os canais responsáveis pelos potenciais de ação possibilitam a entrada de um número particularmente grande 
de íons cálcio, juntamente a um número menor de íons sódio; por conseguinte, eles são denominados canais de 
cálcio‑sódio. O nível básico do potencial de membrana. 
Em repouso da musculatura lisa gastrointestinal pode ser aumentado ou diminuído. Em geral, o potencial de 
membrana em repouso é, em média, de cerca de –56 mV. 
 
Um plexo se comunica com outro, pois uma vez que o plexo 
submucoso começa a se estimular para produção de sucos 
digestivos e enzimas gástricas, ele precisa mandar 
informações para o plexo mioentérico para que o mesmo 
possa executar leves contrações para ajudar na mistura dos 
alimentos. O SNS e SNP também se comunicam com os 
plexos, pois eles precisam aumentar e diminuir a função dos 
plexos. Até porque os mesmos funcionam para manter uma 
função basal no tubo digestivo. Por exemplo, o plexo 
mioentérico, atua realizando o peristaltismo basal, porém, se 
ela precisa que a contração seja mais forte, precisará de 
estimulo do SNP, que mandara fibras para o plexo, de modo 
que ela possa trabalhar de forma mais intensa. O SNS 
diminui o peristaltismo e que consegue aumentar um pouco 
a secreção quando atua sozinho. Quando o SNS atua junto 
com o parasimpático, ele bloqueia o parassimpático 
totalmente e a secreção diminui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O sistema Parassimpático excita a musculatura 
do trato gastrointestinal enquanto o simpático inibe 
(com adrenalina e noradrenalina). 
 Ex: Quando se esta fazendo um exercício físico e 
não se tem problemas gastrointestinais, não se obtém 
vontade de defecar, uma vez, que esta sendo liberada 
adrenalina e noradrenalina pelo SNS bem como a 
glândula renal, para aumentar a pressão arterial e 
gasto cardíaco, até porque se faz necessário para 
manter o metabolismo nessa condição funcionado. 
Em contra partida o trato gastrointestinal também 
esta recebendo adrenalina e noradrelina, e ali, ele 
inibe a atividade. Até porque naquele momento não 
se faz necessário aumentar o gasto energético ali e 
nem circulação sanguínea. 
 
 
 
 
→ A origem das ondas lentas não é muito bem 
conhecida, mas parecem ser causadas pelas interações 
entre células do músculo liso e células especializadas. 
São células que estão no espaço intersticial do tubo 
digestivo, que não possuem terminações nervosas mas 
geram descargas elétricas, excitando as células 
musculares a produzirem ondas lentas. Essas células 
intersticiais que geram descargas elétricas (voluntárias, 
como se fosse o nó do sinusal do coração – marca 
passo elétrico das células do músculo liso), 
denominamos de Células intersticiais de Cajal. Elas não 
geram potenciais de ação verdadeiros, as ondas lentas 
são alterações do potencial de repouso. 
→Já as ondas em ponta ocorrem quando o potencial 
de repouso da membrana do músculo LGI fica mais 
positivo do que cerca -40milivolts. ( O normal é -50 e -
60). 
Nunca será a onda lenta que estava oscilando e depois 
subiu. Coisas diferentes! E sim, um estimulo enviando 
ao SNS que provocou a despolarização e as ondas em 
ponta. Ondas lenta sempre estarão lá. 
 
 
 
 
A força e duração da contração muscular são 
diretamente proporcionais a força do potencial de 
ação. Quando se tem um estimulo muito forte, isso 
gera uma descarga elétrica muito grande na 
membrana e a frequência dessas onda irão aumentar. 
O tempo entre uma onda e outra serão próximos.. 
 
 
 
**Complexo de controle migratório: Inicia no estômago vazio e termina no intestino grosso. Elas fazem uma 
contração leve e percorrem por todo tubo. 
**Quando uma fibra nervosa se excita, significa que uma membrana pré-sináptica, liberou um neurotransmissor na 
membrana pós-sináptica, ela abriu o canal de sódio e se excitou. Já na musculatura lisa, além do Na++ colocamos 
também dentro das células do músculo liso Ca+ para gerar uma contração forte mais forte. (porque o músculo liso 
possui um reticulo sarcoplasmático pouco desenvolvido, ele é como se fosse um reticulo endoplasmático do 
músculo. Porém, ao invés dele ter a função de produção de lipídios ele armazena cálcio. E Esse cálcio consegue sair 
desse reticulo e se direciona até o complexo de actina e miosina, permitindo que o golpe de força aconteça e a 
contração muscular possa acontecer. Essa é a diferença do potencial de ação do músculo liso para o neurônio. O 
neurônio só precisa de Na++ para despolarizar e o músculo liso precisa de Ca+ e Na++ 
 
 
➢ Quando as membranas em repouso ficam muito positivas, ela vai perdendo carga negativa, elas vão 
ficando despolarizadas. Chamamos esse processo de Despolarização. Ela se torna mais excitável. 
➢ Quando as membranas em repouso ficam muito negativas, ela vai perdendo carga positiva, elas vão 
ficando hiperpolarizadas. Chamamos esse processo de hiperpolarização. Ela se torna menos excitável. 
 
Quando o SNS (inibitório) libera adrenalina e noradrenalina no músculo.. Abrem os canais de K+ e a célula vai 
ficando cada vez mais negativa. 
**Fatores que repolarizam a membrana 
 - Norepinefrina e epinefrina na membrana da fibra muscular. ( glândula supra renal e SNS) 
 - Estimulação do nervo simpático 
 Quando o SNP (excitatório) libera acetilcolina e no músculo. Fecham-se os canais de K+ e a abrem os 
canais de Na++ e Ca+, a célula começa a ficar positiva. 
**Fatores que depolarizam a membrana 
 - Estiramento do músculo; 
 - Liberação de acetilcolina na fibra muscular; 
 - Estimulo de hormônios GTI específicos. (A motilina por exemplo é um hormônio que assim que liberado, ela 
viaja pelo sangue até alcançar a musculatura gastrointestinal e estimula o peristaltismo/motilidade.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle Hormonal 
Os hormônios gastrointestinais são liberados na circulação portal e exercem ações fisiológicasnas células-alvo 
com receptores específicos para eles. Os efeitos dos hormônios persistem mesmo depois que todas as conexões 
nervosas entre o local de liberação e o local de ação foram cortadas. A maioria desses mesmos hormônios 
também afeta a motilidade em algumas partes do trato digestivo. Embora os efeitos da motilidade sejam 
geralmente menos importantes do que os da secreção dos hormônios, alguns dos efeitos da motilidade mais 
importantes são descritos nos parágrafos a seguir: 
➔ A gastrina: Estimulação da secreção gástrica de ácido clorídrico e estimulação do crescimento da mucosa 
gástrica; 
➔ Colecistoquinina (CCK): Secretado pela mucosa do duodeno e jejuno. Esse hormônio contrai fortemente a 
vesícula biliar, expelindo a bile para o intestino delgado. inibe moderadamente a contração do estômago. 
➔ Secretina: Secretado pela mucosa do duodeno, promove a secreção pancreática de bicarbonato, que por sua 
vez ajuda a neutralizar o ácido no intestino delgado 
➔ Peptídeo insulinotrófico dependente de glicose retarda o esvaziamento do conteúdo gástrico para o duodeno 
quando a parte superior do intestino delgado já está sobrecarregada com produtos alimentares. 
➔ A motilina é secretada pelo estômago e porções iniciais do duodeno durante o jejum, e a única função 
conhecida desse hormônio é aumentar a motilidade gastrointestinal. 
Movimentos funcionais do trato digestivo: 
Movimentos propulsivos, que fazem com que o alimento avance ao longo do trato a uma taxa apropriada para 
acomodar a digestão e a absorção. O movimento propulsivo básico do trato digestivo é o peristaltismo. Um anel 
contrátil aparece ao redor do intestino e então avança; esse mecanismo é análogo a colocar os dedos em torno de 
um tubo fino distendido, contraí-los e deslizá-los para frente ao longo do tubo. 
 Qualquer material na frente do anel contrátil é movido para frente. O peristaltismo é uma propriedade 
inerente a muitos tubos de músculo liso sincicial; a estimulação em qualquer ponto do intestino pode fazer com 
que um anel contrátil apareça no músculo circular, e esse anel então se espalha ao longo do tubo intestinal. (O 
peristaltismo também ocorre nos ductos biliares, ductos glandulares, ureteres e muitos outros tubos de músculo 
liso do corpo.) 
 O estímulo usual para o peristaltismo intestinal é a distensão do intestino, ou seja, se uma grande 
quantidade de alimento se acumular em qualquer ponto do intestino, o alongamento da parede intestinal 
estimula o sistema nervoso entérico a contrair a parede intestinal dois a três centímetros atrás desse ponto e um 
anel contrátil aparece, iniciando um movimento peristáltico. Outros estímulos que podem iniciar o peristaltismo 
incluem irritação química ou física do revestimento epitelial do intestino. Além disso, fortes sinais nervosos 
parassimpáticos para o intestino provocarão um forte peristaltismo. Função do plexo mioentérico no 
peristaltismo: A peristalse ocorre apenas de forma fraca, ou não ocorre, em qualquer parte do trato digestivo que 
apresente ausência congênita do plexo mioentérico. 
 Além disso, é muito deprimida ou completamente bloqueada em todo o intestino quando uma pessoa é 
tratada com atropina para paralisar as terminações nervosas colinérgicas do plexo mioentérico. Portanto, o 
peristaltismo eficaz requer um plexo mioentérico ativo. As ondas peristálticas se movem unicamente em direção 
ao ânus, por meio de relaxamento receptivo distal | “Lei do intestino”. 
 O peristaltismo, teoricamente, pode ocorrer em qualquer direção a partir de um ponto estimulado, mas 
normalmente se extingue rapidamente na direção oral (em direção à boca) enquanto continua por uma distância 
considerável em direção ao ânus. A causa exata dessa transmissão direcional do peristaltismo é incerta, embora 
provavelmente resulte do fato de o plexo mioentérico estar “polarizado” na direção anal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS SOCIAIS QUE ENVOLVEM A FENDA PALATINA 
 
Muitas vezes, a fissura prejudica a capacidade de comunicação do fissurado, sendo 
confundida erroneamente com algum tipo de dificuldade mental. O fissurado tem uma 
capacidade mental normal. Por isso ele deve ser tratado de maneira adequada e com respeito. 
O tratamento da fissura deve começar o quanto antes. A partir do 1º mês de vida já tem início 
o processo de avaliação e preparação do recém nascido para a cirurgia que, geralmente, 
ocorre aos 6 meses de vida. Os pacientes adultos também passam pelo mesmo processo 
clínico, porém, há uma preocupação maior com a readaptação do indivíduo à sociedade. 
O acompanhamento odontológico e ortodôntico é extremamente importante não só 
para preservar a estrutura dentária, mas também para assegurar a qualidade da alimentação 
dessas crianças enquanto não fazem a cirurgia; A orientação dos clínicos das diferentes áreas e 
o acompanhamento psicológico podem ajudar pais e filhos a enfrentar melhor as fases mais 
difíceis dessa alteração anatômica congênita. 
 
 
Reflexos gastrointestinais O arranjo anatômico do sistema nervoso entérico e suas conexões com os sistemas 
simpático e parassimpático sustentam três tipos de reflexos gastrointestinais, que são essenciais para o controle 
gastrointestinal. 
Reflexos totalmente integrados ao sistema nervoso entérico da parede intestinal. Esses reflexos incluem, por 
exemplo, aqueles que controlam uma grande parte da secreção gastrointestinal, do peristaltismo, das contrações 
mistas, dos efeitos inibitórios locais e assim por diante. 
Reflexos do intestino para os gânglios simpáticos pré-vertebrais e, depois, de volta para o trato digestivo. Esses 
reflexos transmitem sinais a longas distâncias para outras áreas do trato digestivo, como sinais do estômago para 
causar a evacuação do cólon (o reflexo gastrocólico), sinais do cólon e do intestino delgado para inibir a 
motilidade do estômago e para produzir a secreção do estômago (os reflexos enterogástricos), e reflexos do cólon 
para inibir o esvaziamento do conteúdo ileal no cólon (o reflexo colonoileal). 
Reflexos do intestino para a medula espinhal ou tronco encefálico e depois de volta para o trato digestivo. Esses 
reflexos incluem especialmente o seguinte: 
 - Reflexos do estômago e do duodeno para o tronco encefálico e de volta para o estômago – pelos nervos vagos 
– para controlar a atividade motora gástrica e secretora; 
 - Reflexos de dor que causam inibição geral de todo o trato digestivo; 
 -Reflexos de defecação que viajam do cólon e do reto até a medula espinhal e de volta para produzir as 
poderosas contrações colônicas, retais e abdominais necessárias para a defecação (os reflexos de defecação).