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INSTRUMENTAÇÃO PARA CIRURGIA ORAL BÁSICA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA PLANEJAMENTO DO RETALHO PRINCÍPIOS DO RETALHO Cume (ponta) sempre será menor que a base, com exceção dos casos em que uma A. principal esteja presente. Os lados devem ser paralelos; O comprimento do retalho (X) maior que altura do retalho Y (X= 2Y) O retalho deve ter a base larga para melhorar o suprimento sanguíneo, caso não haja, pode ocorrer uma necrose e perca do retalho. O retalho deve: Fornecer visibilidade do campo operatório. Ter tamanho adequado para liberdade de manejo operatório. Ser em osso sadio. Se houver defeito ósseo, a incisão deve ser feita de 6 a 8mm de distância da área para evitar complicações como deiscência de sutura. Desenhar respeitando as estruturas anatômicas, principalmente as mais nobres como estruturas nervosas. A incisão sucular, envelope deve ser feita no mínimo 2 dentes para anterior e 1 para posterior. Alternativa: relaxante mesial – avança apenas 1 dente para anterior e 1 para posterior. Relaxante sempre deve ser vertical oblíqua não deve ser reta para melhor suprimento sanguíneo. Incisão relaxante deve maximizar o suprimento de sangue do retalho Evitar áreas de proeminências ósseas (eminência canina) para não causar deiscência de sutura. CARACTERÍSTICAS DO RETALHO É delimitado por uma incisão cirúrgica. Contém seu próprio suprimento sanguíneo. Permite acesso cirúrgico aos tecidos profundos. Pode ser recolocado em posição original e é mantido com suturas. PRINCÍPIOS DA INCISÃO PRIMEIRO PRINCÍPIO: Lâmina afiada e tamanho apropriado. A proporção em que a lâmina embota depende do tecido em que é utilizada. Osso e tecidos de ligamentos vão embotar as lâminas mais fácil do que a lâmina que vai na cavidade oral. Então, deve-se trocar a lâmina sempre que for necessário. SEGUNDO PRINCÍPIO: Golpe firme/ longo e contínuo. Golpes repetidos ou golpes experimentais vão aumentar a quantidade de tecidos danificados. TERCEIRO PRINCÍPIO: Evitar cortar estruturas vitais. Exemplo: osteotomia na lingual de molares mandibulares podem lesionar a A. Lingual. Na região de PM, N. mentoniano. QUARTO PRINCÍPIO: Quando há a intenção de reaproximar bordas, elas devem ser feitas com a lâmina em perpendicular à superfície epitelial pois facilitará a sutura e fornece uma cicatriz mais retilínea. AFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA QUINTO PRINCÍPIO: Devem ser devidamente aplicadas em cavidade oral. Incisões em gengivas inseridas e sobre ossos saudáveis são mais desejáveis que aquelas em gengivas não inseridas, e ossos doentes e ausentes. TEMPO CIRÚRGICO 1º DIÉRESE: acesso ao campo cirúrgico. Representada por incisões e divulsão pois através dessas manobras, será possível ter acesso às partes mais profundas. INCISANDO O TECIDO Bisturi + Lâmina. Geralmente se utiliza cabo nº3 e lâmina nº15. Lâmina 11: abcessos; Lâmina 12: procedimentos mucogengivais. 10,11,12,15 Montagem e remoção da lâmina, se faz com auxílio do porta-agulha. O bisturi é segurado em forma de caneta para fornecer maior controle da lâmina, consequentemente, trazendo um traço mais firme. O tecido mole adjacente também deve estar firme para facilitar a incisão. Incisão em tecido mole: afastador para distender o tecido. Incisão mucoperiosteal: lâmina para baixo, penetrando em um único tempo mucosa e periósteo. ELEVAÇÃO MUCOPERIOSTEAL Descolamento do periósteo. Parte da cirurgia em que o sangramento vai diminuir pois grande parte do sangramento cirúrgico vem do periósteo. Logo, quando o tecido é rebatido, o sangramento cessa quase que instantaneamente. Feito com descoladores. Principal: molt nº9. Possui duas extremidades: a mais pontiaguda é essencial para descolamento de papilas e a parte mais romba é utilizada para rebater tecidos em paredes que são mais sensíveis como parede lateral de uma órbita ou próprio assoalho da órbita. AFASTANDO TECIDO MOLE Afastadores para melhor visibilidade. APREENDENDO TECIDO MOLE Pinça de Addison: delicada, essencial para desprender o tecido. Pinça Dietrich: tem serrilhados que auxiliam para apreender o tecido e para suturar. Pinça anatômica: pode ser utilizada para apreensão de um tecido, porém, por causa de seu tamanho, é mais utilizada para pegar algo distante dentro da cavidade oral. AFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Pinça clínica/ de algodão: apreensão de acessórios. Pinça Allis: utilizada na remoção de grande quantidade tecidual. Jamais em tecido que vai ficar em boca pois seus dentes o esmagam. Pinça Backaus: utilizada para apreender os campos. Para evitar que o paciente derrube o campo estéril ou até mesmo para 2º EXÉRESE: refere-se ao momento de remoção, seja de osso, lesão, dente. EXTRAINDO OS DENTES ALAVANCAS Reta: comumente para luxação Triângulo/flâmula Apical FÓRCEPS Cabos de acordo com os dentes. Maxilares: palma da mão para cima. Mandibulares: palma da mão sob os fórceps. FÓRCEPS MAXILARES Ponta ativa projetada para adaptação aos dentes. Dificilmente terão pontas muito anguladas. 150: Unirradiculares – leve curvatura atinge também pré-molares. 150A: exclusivo para pré-molares, não se adaptam a incisivos. AFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 1: caninos e Incisivos 18L/R (canhotos 53 L/R) Molares superiores tem 3 raizes, logo, o fórceps tem uma superfície lisa, côncava para raiz palatina e bico pontiagudo para região de bifurcação. 210S: molares superiores com raízes cônicas 69: raízes residuais superiores e inferiores. FÓRCEPS MANDIBULARES Também precisam da curvatura para se adaptar aos dentes, mais que os maxilares. Necessitam de angulação para se adaptar. 151: unirradiculares. Semelhante aos 150, porém com ponta ativa direcionada inferiormente. 151A: pré-molares inferiors. Molares mandibulares são bifurcados. Logo, pode usar um único fórceps para os dois lados. 17: pontas com extremidades pontiagudas no centro. 87 e 16 (chifre de vaca): pontas pontiagudas para bifurcação. DESVANTAGEM: alta chance de fratura alveolar. AFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Alveolótomo: Utilizado para remoção de grandes quantidades de osso. Deve ser verificado o local de osso que será removido e o melhor jeito de apreendê-lo. Canetas de alta rotação e peça-reta: remoção mais desenhada do osso. Utilizada para formulação de caneletas vestibulares. Martelo e cinzel Lima para osso: remoção de pequenas quantidades ósseas, principalmente para regularização de rebordo alveolar. 3º HEMOSTASIA: momento cirúrgico especial onde se lança manobras de instrumentais, técnicas e outras substâncias acessórias para que se forneça uma homeostase. CONTROLANDO HEMORRAGIAS Se utiliza tanto pinças hemostáticas, quanto materiais como esponja gelatinosa reabsorvível ou a celulose, sendo que a celulose tem melhor coagulação que a esponja de gelatina. Desvantagem: atraso na cicatrização. Outra opção é a aplicação de trombina tópica que adianta/ torna precoce a cascata da coagulação pois converte o fibrinogênio em fibrina e favorece a formação do coágulo. Colágeno MEIOS DE HEMOSTASIA PRIMEIRO: Auxilio de mecanismos naturais. Pressão 20 a 30 segundos em vasos pequenos e 5 a 10 minutos em vasos maiores. SEGUNDO: Eletrocoagulação ou coagulação térmica através do bisturi elétrico TERCEIRO: Cirúrgica através de ligadura QUARTO: Substâncias de vasoconstricção (ex.: epinefrina)/ pro-coagulação (trombina/ colágeno). 4º SÍNTESE: tempo final onde há a sutura. É o fechamentoda ferida cirúrgica. SUTURANDO TECIDO MOLE Dois tipos de agulha: de corte e cônica. A agulha de corte atravessa mais facilmente em comparação com uma agulha cônica. A porção de corte da agulha estende-se cerca de um 1/3 do comprimento da agulha, e a porção remanescente da agulha é arredondada. Agulhas cônicas são utilizadas para tecidos mais delicados, como em cirurgia ocular ou vascular. PRINCÍPIOS DE SUTURA O porta agulha deve prender a agulha na metade ou 2/3 da distância da ponta. A agulha deve penetrar perpendicularmente ao tecido a ser suturado. AFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Passar do tecido móvel para o tecido fixo O tecido fixo deve ser apreendido com pinças para auxiliar e dar firmeza na hora da perfuração. O nó não deve ser apertado de forma exagerada pois pode gerar isquemia e necrose. O número dos pontos deve ser o mínimo possível para manutenção do retalho em posição. O nó não deve ficar sob a incisão. MATERIAIS DE SUTURA Agulha, porta agulha e fio. FIOS REABSORVÍVEIS: Catgut, ácido polilático, ácido poliglicólico e ácido inoxidável. NÃO REABSORVÍVEIS: Nylon, seda, vinil