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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA
Campi: Niterói / RJ 
Curso: Nutrição
Disciplina: Nutrição Materno Infantil – ARA0982
Professora Tainá Marques Moreira
Nutrição no grupo Materno Infantil: 
REVISÃO para AV2
Grupo 
Materno 
Infantil
Mulheres em 
idade 
reprodutiva:
10 a 49 anos
Gestantes
Nutrizes ou 
Lactantes
Lactentes:
0 a 11 meses e 29 
dias
Pré escolares:
12 m a 6 anos, 
11m e 29 dias
Escolares:
7 anos a 9 anos, 
11 meses, 29 
dias
Adolescentes:
10 a 17 anos
Conceitos Importantes
Período Descrição
Pré-natal
Da concepção até o momento do 
parto;
Fetal precoce
Da concepção até as 22 semanas 
completas de gestação;
Fetal tardio
Das 22 semanas completas de 
gestação até o nascimento;
Pós-natal Período após o nascimento.
Conceitos Importantes
Período Descrição
Neonatal Do nascimento até 28 dias completos de vida;
Neonatal precoce Do nascimento até 6 dias completos de vida;
Neonatal tardio Entre o 7º e 27º dias completos de vida;
Pós-neonatal Período entre 28 e 364 dias de vida;
Perinatal Entre 22 semanas completas de gestação até 6dias completos de vida.
Conceitos Importantes
Nomenclatura Descrição
Abortamento
Expulsão ou extração de um produto da concepção com menos de 22 
semanas de gestação, que tenha ou não evidências de vida e sendo ou não 
espontâneo ou induzido. Precoce: até 13 SG / Tardio: entre 13 e22 SG;
Natimorto ou óbito 
fetal
É a morte do produto da gestação antes da expulsão ou de sua extração 
completa do corpo materno, independentemente da duração da gravidez;
Neomorto Quando a morte ocorre até o sétimo dia após o nascimento; 
Morte materna* Óbito ocorrido durante a gestação ou até 42 dias após o término da mesma, independentemente da duração ou da localização da gravidez.
Conceitos Importantes
Nomenclatura Descrição
Recém-nascido prematuro
Idade gestacional < 37 Semanas Gestacionais 
(SG);
Recém-nascido a termo IG entre 37ª e 41 semanas e 6 dias;
Recém-nascido a pós termo IG > 42 semanas completas ou mais;
Recém-nascido prematuro 
extremo
RN com IG de 22 a < 32 SG;
Recém-nascido prematuro 
tardio
RN com IG entre 32 e 36 SG.
Assistência Pré-Natal
Rede Cegonha: criada em 2011 
• Objetivos:
✓ Melhorar o processo de cuidado à gravidez, ao parto e ao nascimento;
✓ Articulação dos pontos de atenção em rede e regulação obstétrica no momento do parto;
✓ Qualificação técnica das equipes de atenção primária e maternidades estímulo à prática do parto fisiológico;
✓ Humanizar o parto e o nascimento Casa de Parto Normal, enfermeira obstétrica, parteiras, Casa da Mãe e do 
Bebê;
✓ Realização de pré-natal na UBS com captação precoce da gestante e qualificação da atenção;
✓ Acolhimento às intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade;
✓ Realização dos exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco.
❖ Anemia por deficiência de Ferro
• O que causa a anemia por deficiência de ferro?
Alta ingestão de 
alimentos com fatores 
inibidores da absorção 
do ferro;
Desequilíbrio entre a 
absorção e as necessidades 
orgânicas decorrente da 
baixa ingestão de 
alimentos fonte ou de 
alimentos com fatores 
facilitadores da absorção 
do ferro;
Perdas crônicas de 
ferro (hemorragias);
Baixo consumo de 
alimentos fortificados 
com ferro. 
❖ Anemia por deficiência de Ferro
• Consequências da anemia por deficiência de ferro: 
Comprometimento do 
desenvolvimento motor e 
da coordenação, prejuízo do 
desenvolvimento da 
linguagem e da 
aprendizagem, alterações 
de comportamento (fadiga, 
desatenção);
Comprometimento do 
sistema imune, com 
aumento da predisposição a 
infecções, além de redução
da produtividade, do 
apetite e da capacidade de 
concentração;
Mais risco de mortalidade 
relacionada à gestação e ao 
parto, maior risco de 
morbimortalidade fetal, 
prematuridade e BPN. 
❖ Anemia por deficiência de Ferro
• Diagnóstico de acordo com a gravidade, segundo o Ministério da Saúde, 2012: 
o Não grávidas:
➢ Concentração de hemoglobina (Hb) < 12g/dl;
o Grávidas ePuérperas:
➢Ausência de anemia....................... ≥ 11g/dl;
➢ Anemia leve a moderada............... de 8 g/dl a 10
g/dl (<11g/dl);
➢ Anemia grave.................................. < 8 g/dl.
❖ Anemia por deficiência de Ferro
• Estratégias de Prevenção e Tratamento:
Para otimizar a absorção do ferro 
(não-heme) proveniente de fontes 
vegetais, recomenda-se o consumo 
de alimentos fontes de vitamina C.
Leites e derivados - devem ser evitados 
nas refeições principais (almoço e 
jantar) por serem fontes de cálcio e 
diminuírem a absorção de ferro.
Oxalatos, fosfatos e 
fitatos; chá e o café 
– taninos.
Krause, 2018; SBP, 2018.
❖ Anemia por deficiência de Ferro
• Estratégias de Prevenção e Tratamento:
✓ Em 2002, foi aprovada a fortificação das farinhas de trigo e 
milho com ferro e ácido fólico, por meio da RDC nº 344, de 
13/12/2002 da Anvisa;
✓ Além da fortificação das farinhas de trigo e de milho e das ações 
educativas, o Ministério da Saúde desenvolveu o Programa 
Nacional de Suplementação de Ferro.
❖ Anemia por deficiência de Ferro
• Estratégias de Prevenção e Tratamento:
✓ Destina-se à suplementação preventiva de todas as crianças 
de 6 a 18 meses com ferro; gestantes a partir da 20ª semana 
gestacional com ferro e ácido fólico e mulheres até o terceiro 
mês pós-parto e pós-aborto com ferro;
✓ As crianças e/ou gestantes que apresentarem doenças que 
cursam por acúmulo de ferro como, anemia falciforme, não 
devem ser suplementadas, exceto as que tenham a indicação 
de profissional competente.
• O que causa a carência de vitamina A?
O consumo deficiente de alimentos 
fontes de vitamina A, que podem ser 
de origem animal (óleos de fígado de 
peixes e derivados do leite), ou de 
origem vegetal (folhas de cor verde-
escura, frutos amarelos, raízes de cor 
alaranjada e óleos vegetais);
A não 
amamentação;
Em áreas de risco de 
deficiência de vitamina A - não 
suplementação dos grupos de 
risco com as megadoses 
recomendadas.
❖ Carência de Vitamina A - Hipovitaminose A
• Diagnóstico da Hipovitaminose A:
Os indicadores que definem a 
deficiência de vitamina A
clínica, isto é, os sinais de 
xeroftalmia, devem ser 
reforçados por evidências de 
níveis sanguíneos inadequados de 
vitamina A (retinol sérico);
Utiliza-se o ponto de corte 
de ≤ 0.70 µmol/L para o 
retinol sérico, para indicar 
baixo nível de vitamina A;
A deficiência de vitamina A 
subclínica é definida como uma 
situação na qual as concentrações 
da vitamina estão suficientemente 
baixas para levar a consequências 
deletérias à saúde, mesmo na 
ausência de evidências clínicas de 
xeroftalmia. 
❖ Carência de Vitamina A - Hipovitaminose A
• Diagnóstico da Hipovitaminose A:
Os indicadores que definem a 
deficiência de vitamina A
clínica, isto é, os sinais de 
xeroftalmia, devem ser 
reforçados por evidências de 
níveis sanguíneos inadequados de 
vitamina A (retinol sérico);
Utiliza-se o ponto de corte 
de ≤ 0.70 µmol/L para o 
retinol sérico, para indicar 
baixo nível de vitamina A;
A deficiência de vitamina A 
subclínica é definida como uma 
situação na qual as concentrações 
da vitamina estão suficientemente 
baixas para levar a consequências 
deletérias à saúde, mesmo na 
ausência de evidências clínicas de 
xeroftalmia. 
❖ Carência de Vitamina A - Hipovitaminose A
Retinol sérico
(µmol/l)
Classificação
< 0,35
Carência grave 
(associada a sinais 
de xeroftalmia)
<0,70 Deficiência clínica
< 1,05
Deficiência 
subclínica Ramalho, Andréa Vitamina A / Andréa Ramalho. -- 2. ed. -- São 
Paulo : ILSI Brasil-International Life Sciences Institute do 
Brasil, 2017. -- (Série de publicações ILSI Brasil : funções 
plenamente reconhecidas de nutrientes ; 12)
• Brasil: Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (DVA)
✓ Administrar no pós-parto imediato (puérperas), ainda na maternidade.
✓ Dosagem:
❖ Carência de Vitamina A - Hipovitaminose A
Fonte:Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 729, de 13/5/2005 
• Brasil: Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (DVA)
✓ Em crianças de 6 a 59 meses de idade a suplementação adequada aponta uma redução do risco global de 
morte em 24%, de mortalidade por diarreia em 28% e de mortalidade por todas as causas, e ainda, em 
crianças HIV positivo, em 45%.
❖ Carência de Vitamina A - Hipovitaminose A
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 729, de 13/5/2005 
A deficiência ou ausência de iodo 
na água e na terra onde são 
plantados os alimentos, e não 
utilização de sal iodado, na 
preparação da comida, acarretam a 
DDI, e também na população que 
reside em regiões distantes do mar 
e com solos pobres em iodo;
Os grupos de maior risco 
são gestantes, fetos e 
recém-nascidos e crianças 
de 0 a 5 anos;
Estima-se que mesmo formas mais 
amenas do bócio também estejam 
associadas a alguns dos níveis de 
retardo mental, sendo previstos 
anualmente no mundo um total de 60 
mil abortos naturais, natimortos e 
mortes de recém-nascidos 
decorrentes de grave deficiência de 
iodo. 
❖ Distúrbios por Deficiência do Iodo (DDI) 
• O que leva à deficiência e quais são os grupos de risco?
❖ Distúrbios por Deficiência do Iodo (DDI) 
• Prevenção e Tratamento da DDI
O Ministério da Saúde, em 
parceria com outros órgãos e 
entidades, tem trabalhado no 
sentido de aperfeiçoar a 
execução de ações estabelecidas 
pelo Programa Nacional para 
Prevenção e Controle dos 
Distúrbios por Deficiência de 
Iodo: Pró-Iodo; 
Entre as suas principais 
linhas de ação estão o 
monitoramento do teor de 
iodo do sal para consumo 
humano e o impacto da 
iodação do sal na saúde da 
população;
Atualização dos parâmetros 
legais dos teores de iodo 
do sal destinado ao 
consumo humano;
Implementação contínua de 
estratégias de informação 
e educação.
Portaria nº 
218 de 1999
• 40 e 100mg 
de iodo a 
cada quilo de 
produto;
RDC nº 130 
de 2003
• 20 a 60mg 
de iodo a 
cada quilo de 
produto;
RDC nº 23 de 
2013
• 15 e 45 mg 
de iodo a 
cada quilo de 
produto.
❖ Distúrbios por Deficiência do Iodo (DDI)
• HISTÓRICO DAS EXIGÊNCIAS DE ADIÇÃO DE IODO NO SAL 
❖ Ajustes Fisiológicos na Gestação
• Alterações Hormonais:
✓ Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG):
• Fonte primária de 
secreção: células do 
trofoblasto e placenta;
• Impede a rejeição 
imunológica do embrião;
• Estimula a produção de relaxina pelo 
ovário, peptídeo que, juntamente com 
a progesterona, inibe a contratilidade 
espontânea do útero, sendo útil para 
a manutenção inicial da gestação;
• Estimula a 
produção de 
progesterona pelo 
ovário.
❖ Ajustes Fisiológicos na Gestação
• Alterações Hormonais:
✓ Progesterona (fonte primária de secreção: placenta):
• Favorece a deposição 
materna de gordura;
• Aumenta a excreção renal 
de sódio (efeito 
natriurético);
• Produzido antes de 8 e 9 semanas de 
gestação, é indispensável ao êxito da 
implantação e da placentação;
• Reduz a motilidade do TGI;
• Interfere no metabolismo 
do ácido fólico;
• Estimula o apetite 
materno na 1ª metade da 
gestação.
❖ Ajustes Fisiológicos na Gestação
• Alterações Hormonais:
✓ Estrogênio (fonte primária de secreção: placenta):
• Reduz as proteínas séricas e 
aumenta as propriedades 
higroscópicas dos tecidos;
• Interfere no metabolismo do 
ácido fólico;
• Em conjunto com a progesterona, 
inibe a secreção de prolactina no 
eixo hipotálamo-hipofisário (evita 
a secreção de leite durante a 
gestação);
• Causa hiperpigmentação
cutânea;
• Promove o 
desenvolvimento do tecido 
glandular mamário.
❖ Ajustes Fisiológicos na Gestação
• Alterações Hormonais:
✓ Lactogênio Placentário Humano (HPL) ou Somatomamotrofina Coriônica Humana (HCS):
• Fonte primária de 
secreção: placenta;
• Ação mamotrófica na 
gravidez; 
• Promove glicogenólise, aumentando a 
glicemia materna associada à resistência 
insulínica;
• Promove a lipólise e elevação dos níveis 
sanguíneos de ácidos graxos livres;
• Bloqueio da retirada de glicose 
circulante pela célula e a 
gliconeogênese, favorecendo a 
captação de glicose e 
aminoácidos pelo feto.
❖ Atendimento no pré-natal –Avaliação do ganho de peso na gestação
• Avaliação antropométrica e cálculo do ganho de peso recomendado até o termo
• Classificação do estado nutricional pré-gestacional 
(adulta e adolescente);
• Realizar a avaliação do estado nutricional inicial segundo o 
Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional 
(calculado com o peso pré-gestacional informado, 
correspondente ao peso até, no máximo, 2 meses antes da 
concepção ou medido até a 13ª semana gestacional); 
❖ Atendimento no pré-natal –Avaliação do ganho de peso na gestação
• Avaliação antropométrica e cálculo do ganho de peso recomendado até o termo
• Classificação do estado nutricional pré-gestacional 
(adulta e adolescente);
• Para adolescentes, calcular o IMC pré-gestacional, consultar os pontos de corte específicos segundo 
a idade materna (em anos e meses), de acordo com as curvas da WHO - Growth reference data for 
5-19 years. BMI-for-age GIRLS 5 to 19 years (percentiles) - Disponível em: 
https://www.who.int/tools/growth-reference-data-for-5to19-years/indicators/bmi-for-age
• Classificação do estado 
nutricional pré-
gestacional (adulta e 
adolescente);
• Avaliação antropométrica e cálculo do ganho de peso recomendado até o termo
Classificação do estado nutricional de adolescentes segundo IMC pré-gestacional 
• Avaliação antropométrica e cálculo do ganho de peso recomendado até o termo
❖ Recomendações nutricionais na gestação
• Recomendações Energéticas
• VET = GE + adicional energético gestacional → GE = TMB x NAF
• 18 – 30 anos: TMB (kcal/dia) = 14,7 P (kg) + 496
• 30 – 60 anos: TMB (kcal/dia) = 8,7 P (kg) + 829
(FAO/WHO, 1985 em VITOLO, 2008)
• 18 – 30 anos: TMB (kcal/dia) = 14,818 P (kg) + 486,6
• 30 – 60 anos: TMB (kcal/dia) = 8,126 P (kg) + 845,6
(FAO/WHO, 2004 em ACCIOLY, 2009)
PPG!
❖ Recomendações nutricionais na gestação
• NAF para mulheres adultas 
(FAO/WHO, 2004)
• Geralmente utiliza-se a média (entre parênteses) e para gestantes OBESAS 
com ou sem COMORBIDADES associadas o NAF de 1,4!
❖ Recomendações nutricionais na gestação
• Adicional Energia (FAO/WHO, 2004)
• 1º trimestre (IG < 14 s) → 85 kcal/dia;
• 2º trimestre (IG ≥ 14 e < 28 s) → 285 kcal/dia;
• 3º trimestre (IG ≥ 28 s)→ 475 kcal/dia.
✓ Caso comece o pré-natal no 2º trimestre: 85 + 285 kcal/dia = 
360 kcal/dia.
Individualizado: 
1kg – 6417 kcal.
❖ Recomendações nutricionais na gestação
• Adicional Proteína
• FAO/WHO, 2007 : 1g/kg/dia + 1g (1º. T), 9g (2º. T) e 31g/dia (3º. T);
• ANVISA (MS, 2005): 1,1g/kg/d ou + 25g/dia : total de 71g/dia;
• Gestação gemelar FAO (2007): + 50g/dia a partir da 20ª semana 
gestacional e + 1000kcal, além das recomendações previstas para as 
mulheres de gestação de feto único.
✓ ADA (1989): < 15 anos: 1,7g/kg/dia de peso ideal;
✓ > 15 anos: 1,5g/kg/dia de peso ideal. 
❖ Recomendações nutricionais na gestação
• Distribuição percentual dos macronutrientes em 
relação ao VET (% kcal, WHO, 2003; IOM, 
2005): adultas e adolescentes sem comorbidades
✓ Carboidratos : 55 - 75% do VET;
✓ Fibras : > 25 g/dia;
✓ Açúcar de adição: < 10% do VET;
✓ Proteínas: 10 – 15% do VET;
✓ Lipídios: 15 a 30% do VET;
✓ Evitar ácidos graxos saturados, trans e colesterol. 
✓ Ferro: 40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato ferroso);
✓ Ácido Fólico: 400µg (0,4mg)/dia;
✓ Ômega 3 (DHA): 200mg/dia;
✓ Probióticos: 1 sachê (109 UFC´s);
✓ Iodo: 150 – 200µg de iodeto de potássio/dia.
(FEBRASGO; WHO, 2001)
❖ Recomendações nutricionais na gestação
• Suplementação na Gravidez
❖ Diabetes Mellitus Gestacional 
(DMG) – O que é?
Definido, pela OMS, como uma intolerância aos carboidratos 
de gravidade variável, que se inicia durante a gestação atual e 
não preenche os critérios diagnósticos de diabetes mellitus 
prévio;podendo ou não persistir após o parto;
É o problema metabólico mais comum na gestação e tem 
prevalência em 3 a 25% das gestações, dependendo do grupo 
étnico, da população e do critério diagnóstico utilizado;
A incidência de DMG tem aumentado em paralelo com o 
aumento do DM2 e da obesidade na população. SBD, 2019 - 2020
❖ Conduta Nutricional no DMG
Objetivo: manter a 
normoglicemia, favorecendo o 
nascimento de concepto a termo, 
com peso adequado, com menor 
risco de distúrbios respiratórios e 
malformações congênitas;
Gestantes obesas de difícil 
controle metabólico: restrição 
energética de 30%, cerca de 
25kcal/kg/peso atual/dia, mínimo 
1800 kcal dia;
Efeito dos carboidratos na 
glicemia: a quantidade total de 
carboidratos nas refeições é mais 
importante do que o tipo;
Podem ser usados valores entre 30 
e 35 kcal/kg de peso ideal 
gestantes eutróficas;
Vitamina e minerais - Ingestão 
Dietética de Referência (IDR) 
propostas pelo IOM (1997; 2001). 
SBD, 2019 - 2020
❖ Conduta Nutricional no DMG
O valor calórico total prescrito 
deve ser individualizado e conter 
de 40 a 50% de CHOs; 15 a 20% 
de proteínas e 30 a 40% de 
lipídeos;
Recomenda-se o consumo mínimo 
de 175g/dia de CHOs, 71g de 
proteínas (1,1g/kg/dia) e 28 g de 
fibras;
Preferência por CHOs que 
contenham baixo índice 
glicêmico - da necessidade de 
uso da insulina e menor ganho de 
peso ao nascer;
Os edulcorantes podem ser 
usados em substituição a 
sacarose – conforme limites 
diários recomendados pela OMS e 
aceitos pela ANVISA.
SBD, 2019 - 2020
Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez (SHG) 
Síndromes Hipertensivas da Gravidez - SHG
❖ Classificação da Hipertensão na Gestação
Hipertensão Arterial 
Crônica: presente antes da 
gravidez ou diagnosticada 
até a 20ª semana da 
gestação (≥ 
140/90mmHg);
Pré-eclâmpsia (PE) / 
Eclâmpsia (E); 
PE: após a 20ª semana de 
gestação, HAS (≥ 
140/90mmHg) + 
proteinúria (300mg/24h);
E: convulsões tônico-
clônicas generalizadas em 
qualquer quadro 
hipertensivo (excluindo 
epilepsia ou doença 
convulsiva).
Síndromes Hipertensivas da Gravidez - SHG
❖ Classificação da Hipertensão na Gestação
Hipertensão Crônica com PE 
Associada: surgimento de PE em 
mulheres com hipertensão crônica 
ou doença renal. Proteinúria surge 
ou piora após a 20ª semana de 
gestação;
Hipertensão Gestacional: 
hipertensão sem proteinúria, após 
20ª semana de gestação. 
Diagnóstico temporário e pode 
representar hipertensão crônica 
recorrente. Pode evoluir para PE.
Síndromes Hipertensivas da Gravidez - SHG
❖ Classificação da Hipertensão na Gestação
Síndrome HELLP:
Hemólise, elevação das 
enzimas hepáticas e 
plaquetopenia (< 100.000 
mm3); 
Sinais de gravidade: 
Insuficiência cardíaca 
congestiva, hepatomegalia 
dolorosa, icterícia, cianose, 
diurese < 500mL/24h;
Principais complicações: 
descolamento prematuro 
de placenta, insuficiência 
renal, coagulopatia grave, 
choque e alterações 
neurológicas.
H - Hemolytic anemia; EL - Elevated Liver enzymes; LP - Low Platelet count
Síndromes Hipertensivas da Gravidez - SHG
❖ Recomendações Nutricionais: ENERGIA
Dieta hiperproteica: ≥ 
2g/kg/dia (para correção 
da hipoproteinemia e 
adequado ao 
desenvolvimento fetal);
Hipoproteinemia e 
proteinúria = EDEMA;
O edema pode ser oculto ou 
visível;
Ganho de peso de 1kg/semana ou 
3kg/mês: SHG em evolução;
Ganho de peso > 0,5kg/semana: 
merece maior investigação - edema 
patológico;
Apesar dessa associação 
(peso e SHG), o ganho de 
peso da gestante não deve 
ser limitado.
Gestantes com HIV +
(Accioly, 2012; WHO, 2009; ASPEN, 2009; Mahan, 2018)
ABORDAGEM NUTRICIONAL NO HIV
❖ Fatores relacionados ao HIV que interferem no EN:
Própria infecção - reduzindo ingestão dietética por inapetência e anorexia;
Elevada perda de nutrientes, consequência de quadros de diarreia, vômitos e má absorção;
Dificuldades para alimentação, mastigação, deglutição (IO);
Aumento dos requerimentos nutricionais para combater a infecção;
Efeitos colaterais dos ARV.
Demanda nutricional elevada, crescimento e desenvolvimento na infância e adolescência.
Abordagem Nutricional de gestantes infectadas pelo HIV
(BRASIL, 2010)
Recomendações 
Nutricionais
• Energia: avaliar IMC pré-gestacional;
• VET + Kcal adicionais (de acordo com as recomendações FAO 2004); OU
✓ Gestante HIV assintomática : TMB + 10% + Kcal gestação;
✓ Gestante HIV sintomática inicial : TMB + 20% + kcal gestação;
✓ Gestante HIV sintomática : TMB + 30% + kcal gestação;
• Proteína: 1g/kg/dia + adicional gestação (gestante de baixo risco);
✓ Gestante de alto risco com infecção : 1,5g/kg/dia;
• Distribuição percentual semelhante a mulher grávida sem HIV.
Abordagem Nutricional de gestantes infectadas pelo HIV
(BRASIL, 2010)
Conduta 
Nutricional 
• Os inibidores de protease (TARV) elevam os níveis de triglicerídeos, colesterol e 
LDL;
• Avaliar risco cardiovascular nestes casos com redução da gordura total 25-30% 
VET; saturadas < 7%, monoinsaturadas < 20%, poliinsaturadas <10%, 
colesterol < 200mg, fibras > 20g;
• Os micronutrientes como ferro, zinco e selênio devem ser monitorados, 
especialmente se houver suspeita de deficiência;
• Alimentos fontes de Vitaminas A, E, C, ácido fólico, B6, e cálcio devem ser 
implementados (vitaminas antioxidantes reforçam a imunidade).
❖ Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda 
entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional, na defesa de infecções, em sua fisiologia, 
no desenvolvimento cognitivo e emocional, e em sua saúde a longo prazo, além de ter implicações 
na saúde física e psíquica da mãe (BRASIL, 2015).
RECOMENDAÇÃO
Aleitamento materno exclusivo por 6 
meses e complementado por 2 anos 
ou mais
(OMS, 2001; BRASIL, 2004).
ALEITAMENTO MATERNO!!!
Vantagens do 
aleitamento para 
o bebê!
✓ Alimento completo;
✓ Protege contra infecções e 
alergias;
✓ Sempre pronto e na 
temperatura certa;
✓ Bom para a dentição e a 
fala;
✓ Bom para o 
desenvolvimento infantil;
✓ Dar de mamar é um ato de 
amor e carinho! 
BRASIL, 2007.
Vantagens do 
aleitamento 
para a mamãe!
✓ Aumenta os laços 
afetivos;
✓ Dar o peito logo que o 
bebê nasce, diminui o 
sangramento da mãe 
após o parto;
✓ Faz o útero voltar mais 
rápido ao normal;
✓ Diminui o risco de 
câncer de mama e 
ovários;
✓ É econômico e prático.
BRASIL, 2007.
O que é o Leite Humano?
• O leite materno é espécie-específico;
• Varia de uma mãe para a outra (por ex. mães de pré-termo e a termo), de um período de lactação para o
outro e até durante o dia. Oliveira, MIC et al., 2005).
O Leite Humano é muito mais do 
que uma fonte de nutrientes!
É uma substância viva e de grande 
complexidade biológica!
Composição do Leite Materno
• Composição do LH varia de uma mãe para outra , de um período de lactação para outro e durante o dia;
• A composição do leite independe do estado nutricional da mãe, exceto na subnutrição grave onde o 
volume de leite produzido tende a diminuir. No entanto, o conteúdo de vitaminas e minerais está 
diretamente relacionado com a ingestão diária da mãe;
• O LH tem composição variável de acordo com o período de lactação sendo chamado de colostro, leite de 
transição e leite maduro. Ainda pode ser dividido em fases durante a mesma mamada em leite de início, 
meio e final (rico em gordura).
COLOSTRO – presente desde o final da gestação, último trimestre, até a 1ª semana pós-parto. 
É espesso, secretado em pequeno volume, rico em vitaminas, sais minerais, e proteínas, principalmente os 
anticorpos e imunoglobulinas (fatores de proteção). Ajuda na eliminação do mecônio e na prevenção da 
icterícia. 
LEITE DE TRANSIÇÃO – presente entre os 7 e 14 dias pós-parto. É o leite que possuí maior teor de 
lactose e gorduras.
LEITE MADURO – produzido após 15 dias a partir do nascimento. Sua composição varia ao longo da 
mamada.
Leite Materno em etapas!
Leite Humano durante a Mamada!Leite anterior 
✓ Presente no início da mamada;
✓ Conhecido como sendo a fração 
de SOLUÇÃO – 85% água, é a 
fração que mata a sede do bebê; 
✓ É rico em proteínas, 
principalmente as 
imunoglobulinas e lactose;
Leite do meio
✓ Conhecido como a fração 
de SUSPENSÃO - rico 
em proteínas, vitaminas e 
sais minerais (Ca e P);
Leite posterior 
✓ Conhecido como a fração de 
EMULSÃO - é o leite do final 
da mamada, possuí teor de 
gordura de 4-5 vezes maior 
que as demais.;
✓ É a fase lipídica (50% das 
necessidades diárias).
Nutrientes do Leite Humano!
• Proteínas
→ Caseína, alfa-lactoalbumina, lactoferrina, IgA secretória e lisozima (3 últimos são de proteção). 60 a 80% de
proteínas do soro e 20 a 40% de caseína; No colostro essa relação chega a ser de 90% e 10%;
• Lipídeos
→ É o componente que mais varia, até mesmo ao longo do dia. Tem relação direta com a dieta materna. Ácidos
graxos polinsaturados, como ômega 3 e 6 (desenvolvimento neurológico);
• Carboidratos
→ Principal é a Lactose e mais de 85 oligossacarídeos, 
considerados bioativos protetores (MO bífidos, probióticos); 
• Micronutrientes
→ Vitaminas A, D e K (suplemento pós-parto). E outros minerais.
❖ Lactogênese
Fisiologia da 
Lactação: 
Prolactina e 
Ocitocina
Impulsos sensoriais do mamilo 
atingem a hipófise anterior, que 
libera a prolactina.
A prolactina age nas células 
secretoras dos alvéolos.
A sucção continuada e mãe se 
sentindo tranquila estimulam a 
hipófise posterior a liberar ocitocina, 
que age nas células ejetoras de leite.
A ocitocina é responsável pelo reflexo de 
ejeção do leite.
Lactogênese Fisiologia da Lactação: Prolactina e Ocitocina
Lactogênese Fatores relacionados a composição do LH
Macronutrientes e 
minerais: pouca variação 
interpessoal;
Lipídeos: menor teor no 
início da mamada;
Frações lipídicas: guardam 
relação com consumo de 
gordura na dieta materna; 
Vitaminas associadas com o 
consumo e dieta materna: 
vitamina A, tiamina, 
riboflavina, piridoxina, 
Vitamina B12.
Lactogênese Fatores relacionados a produção do LH
- Sucção e esvaziamento 
adequado da mama: fator 
mais importante;
- Alimentação inadequada e 
desnutrição materna;
- Uso de contraceptivos e 
medicamentos; 
- Consumo de álcool e 
cigarro. 
Alimentação da Nutriz
❖ O consumo de macronutrientes não interfere 
em sua concentração no leite humano, mas a 
deficiência de alguns micro, pode afetar seu 
teor no LM, com subsequente depleção 
nutricional do lactente (ALLEN, 2005);
❖ Embora o conteúdo de gordura da dieta materna não 
afete o teor total de gordura do LH, o teor de ácidos 
graxos do leite, como o ácido docosahexanoico (DHA) e 
ácido araquidônico (ARA), podem variar de acordo com 
a dieta materna (IOM, 1991). 
Avaliação 
Nutricional
Índice de Massa 
Corporal (IMC) kg/m2* Meta
Perda de peso 
recomendada
< 18,5 (Baixo Peso) Alcance de IMC saudável (eutrofia) -
≥ 18,5 e < 25 (Eutrofia) Manutenção do peso dentro da faixa de eutrofia 0,8 kg/mês
≥ 25 e < 30 (Sobrepeso)
Perda de peso até atingir o 
IMC dentro da faixa de 
eutrofia
0,5 a 1kg/mês
≥ 30 (Obesidade)
Perda de peso até atingir o 
IMC dentro da faixa de 
eutrofia
0,5 a 2kg/mês
Perda de peso recomendada após o parto
Fonte: LACERDA e 
SAUNDERS, 2009.
*Classificação do IMC 
segundo a WHO, 2002.
Recomendações 
Nutricionais Recomendações energéticas
Fator energia: 6500kcal/kg e 
uma taxa de perda de peso em 
mulheres bem nutridas de 
0,8kg/mês, pode-se estimar que 
a mobilização de gordura 
forneceria 170kcal/dia 
(6500kcal/kg x 0,8kg/mês = 
5200kcal/mês = 170kcal/dia*). 
Para as lactantes que poderão 
perder 1kg ao mês →
6500kcal/kg x 1kg/mês = 
6500kcal/mês = 217kcal/dia**. 
Para as lactantes que poderão 
perder 2kg ao mês →
6500kcal/kg x 2kg/mês = 
13000kcal/mês = 434kcal/dia***. 
Recomendações 
Nutricionais Recomendações energéticas
Assumindo um fator energia de 
6500kcal/kg e uma taxa de perda 
de peso em mulheres bem nutridas 
de 0,8kg/mês, pode-se estimar que 
a mobilização de gordura 
forneceria 170kcal/dia 
(6500kcal/kg x 0,8kg/mês = 
5200kcal/mês = 170kcal/dia*). 
Para as gestantes que poderão 
perder 1kg ao mês →
6500kcal/kg x 1kg/mês = 
6500kcal/mês = 217kcal/dia**. 
Para as gestantes que poderão 
perder 2kg ao mês →
6500kcal/kg x 2kg/mês = 
13000kcal/mês = 434kcal/dia***. 
IMC kg/m2
Perda de peso 
recomendada
Energia para a perda 
de peso
< 18,5 (Baixo Peso) - -
≥ 18,5 e < 25 (Eutrofia) 0,8 kg/mês 170 kcal/dia* 
≥ 25 e < 30 (Sobrepeso) 0,5 a 1kg/mês 217 kcal/dia (1kg)**
≥ 30 (Obesidade) 0,5 a 2kg/mês 434 kcal/dia (2kg)***
Recomendações 
Nutricionais Recomendações energéticas
O requerimento de energia 
durante a lactação é definido como 
o nível de energia dietética que 
permita produção de leite 
consistente com boa saúde para a 
mulher e para a criança 
(LACERDA e SAUNDERS, 
2009). 
A produção de leite no 1º 
trimestre de vida é de cerca de 
807ml/dia;
Considerando o conteúdo de 
energia do LH de cerca de 
67kcal/100ml;
Eficiência de conversão de 
energia dos alimentos em energia 
corporal é de 80%; 
O adicional de energia é de 
675kcal/dia → 1º SEMESTRE;
→ 807ml/dia x 0,67kcal/ml = 
resultado dividir por 0,8 (80%) = 
675kcal/dia (FAO/WHO, 2004).
Esta é uma constante!
Recomendações 
Nutricionais Recomendações energéticas
O requerimento de energia 
durante a lactação é definido como 
o nível de energia dietética que 
permita produção de leite 
consistente com boa saúde para a 
mulher e para a criança 
(LACERDA e SAUNDERS, 
2009). 
A produção de leite no 1º 
trimestre de vida é de cerca de 
807ml/dia;
Considerando o conteúdo de 
energia do LH de cerca de 
67kcal/100ml;
Eficiência de conversão de 
energia dos alimentos em energia 
corporal é de 80%; 
O adicional de energia é de 
675kcal/dia → 1º TRIM;
→ 807ml/dia x 0,67kcal/ml = 
resultado dividir por 0,8 (80%) = 
675kcal/dia (FAO/WHO, 2004).
Esta é uma constante!
❖ Primeiro semestre
✓ Produção do leite: gasto energético ± 67 Kcal/100ml;
✓ Produção média de leite 807ml/dia;
✓ Eficiência de conversão de energia dos alimentos em energia 
corporal é de 80%.
• Dispêndio energético com a produção do leite:
807 ml/dia x 0,67 kcal ÷ 0,80 = 675 kcal/dia;
Valor adicionado ao Valor Energético Total (VET).
Esta é uma 
constante!
Recomendações 
Nutricionais Recomendações energéticas
O requerimento de energia 
durante a lactação é definido como 
o nível de energia dietética que 
permita produção de leite 
consistente com boa saúde para a 
mulher e para a criança 
(LACERDA e SAUNDERS, 
2009). 
A produção de leite no 1º 
trimestre de vida é de cerca de 
807ml/dia;
Considerando o conteúdo de 
energia do LH de cerca de 
67kcal/100ml;
Eficiência de conversão de 
energia dos alimentos em energia 
corporal é de 80%; 
O adicional de energia é de 
675kcal/dia → 1º TRIM;
→ 807ml/dia x 0,67kcal/ml = 
resultado dividir por 0,8 (80%) = 
675kcal/dia (FAO/WHO, 2004).
Esta é uma constante!
❖ Segundo semestre
✓ Produção do leite: gasto energético ± 67 Kcal/100ml;
✓ Produção média de leite 550 ml/dia;
✓ Eficiência de conversão de energia dos alimentos em energia 
corporal é de 80%.
• Dispêndio energético com a produção do leite:
550 ml/dia x 0,67 kcal ÷ 0,80 = 460 kcal/dia;
Valor adicionado ao Valor Energético Total (VET).
Esta é uma 
constante!
Recomendações 
Nutricionais Cálculo do VET
VET = GE (TMB x NAF) + adicional energético para a lactação (675 
kcal 1º sem. ou 460 kcal se 2º sem.) – energia para perda de peso
Taxa metabólica basal de adultos do sexo feminino
18 a 30 anos → (14,818 x peso*) + 486,6
30 a 60 anos → (8,126 x peso*) + 845,6
*peso atual (kg)
Taxa metabólica basal de adolescentes do sexo feminino
10 a 18 anos → (13,384 x peso) + 692,6
Considerar a energia necessária para o crescimento da adolescente, multiplicando o GE por 1,01. Fonte: FAO/WHO, 2004.
A alimentação complementar é o conjunto 
de todos os alimentos,além do leite 
materno, oferecidos durante o período em 
que a criança continuará a ser amamentada 
ao seio, embora sem exclusividade.
Porque 
seis 
meses?
A criança já tem desenvolvidos os 
reflexos necessários para a deglutição;
Reflexo lingual;
A criança já manifesta excitação à visão 
do alimento;
A criança já sustenta a cabeça facilitando 
a alimentação oferecida por colher;
Tem-se o início da erupção dos primeiros 
dentes, o que facilita na mastigação.
❖ Consistência
A consiste ̂ncia da alimentac ̧a ̃o deve ser espessa 
desde o inicio;
A alimentação mais espessa ajuda no 
desenvolvimento da face e dos ossos da cabec ̧a, 
colaborando para mastigac ̧ão e respirac ̧ão adequadas 
→ sem isso, mais tarde, quando alimentos forem 
ofertados em pedac ̧os maiores, a crianc ̧a não saberá
mastigar direito e poderá ter dificuldade em aceitá-
los ou engasgar e ter ânsia de vo ̂mito. 
❖ Consistência
Por esses motivos, a crianc ̧a deverá receber a 
comida amassada com garfo;
A ̀ medida que for crescendo, deve consumir 
alimentos picados em pedac ̧os pequenos e, 
depois, maiores. 
Evite dar preparac ̧ões líquidas e na ̃o usar 
liquidificador ou mixer. 
Tradicional
➢ Introdução gradual dos novos alimentos na rotina alimentar com 
gerenciamento e supervisa ̃o dos pais ou cuidadores;
➢ Oferta de preparac ̧ões em forma de papas e purês (na ̃o 
liquidificadas), aumentando gradativamente a consiste ̂ncia e a 
variedade dos alimentos, adaptada conforme a ̀s necessidades e o 
desenvolvimento da habilidade de coordenac ̧a ̃o da mastigac ̧a ̃o e 
deglutição;
➢ Pure ̂s e papas sa ̃o substitui ́dos por alimentos picados, desfiados ou 
cortados em cubos pequenos, ate ́ chegar a dieta da fami ́lia, devendo 
ocorrer em torno dos 12 meses de idade.
BLW (Baby-Led Weaning)
➢ Preconiza a introduc ̧a ̃o alimentar gradual e natural da 
alimentac ̧a ̃o complementar, propondo a auto-alimentac ̧a ̃o do 
bebe ̂ desde o início, isto e ́, sem auxílio/interfere ̂ncia dos pais 
ou cuidadores;
➢ Abordagem multissensorial onde o bebe ̂, com as próprias 
ma ̃os, interage com formas, cores, sabores e texturas diferentes 
dos alimentos, gerando assim uma melhora no 
desenvolvimento motor e cognitivo;
➢ O bebê tem total autonomia, o que lhe dá todo o controle 
sobre a quantidade de alimento ingerido e o tempo de durac ̧a ̃o 
da refeic ̧a ̃o, criando assim o seu ha ́bito alimentar.
ParticipATIVA
➢ Proposta de introduc ̧a ̃o alimentar que nasceu da 
flexibilizac ̧a ̃o do me ́todo BLW;
➢ Une os conceitos das duas abordagens descritas 
anteriormente: tradicional e BLW;
➢ A combinac ̧a ̃o da alimentac ̧a ̃o independente e assistida 
permite tanto a participac ̧a ̃o do bebe ̂, pela oferta de 
alimentos so ́lidos, despertando o seu interesse pela 
comida, quanto o gerenciamento e supervisão;
➢ Embora exista a administrac ̧a ̃o de algumas refeic ̧ões 
pelos pais, o bebe ̂ na ̃o tem um papel passivo da 
alimentac ̧a ̃o na participativa.
Recém-Nascido (RN):
✓Esta fase é considerada do nascimento até os 28 
dias de vida;
✓O estado nutricional do RN reflete tanto suas 
condições intrauterina, quanto suas perspectivas 
de crescimento e desenvolvimento.
Classificação do RN pelo peso ao nascer:
Avaliação do Estado Nutricional da Criança
• Avaliação Antropométrica:
✓ O peso e a estatura são as medidas mais comumente utilizadas em pediatria;
✓ O acompanhamento do crescimento por gráficos é o procedimento mais 
utilizado;
✓ Na caderneta da criança do MS, são destacados os indicadores de peso/idade; 
estatura/idade; peso/estatura e IMC/idade;
✓ O comportamento da curva representa a intensidade do crescimento e é importante para identificar 
desaceleração do ganho ou perda ponderal ou ainda ganho excessivo, o que possibilita uma intervenção 
mais precoce.
• Avaliação Antropométrica:
o Índices antropométricos por faixa etária
Avaliação do Estado Nutricional da Criança
Peso para idade
• Avaliação 
Antropométrica:
• Avaliação Antropométrica:
• Estágio de maturação sexual
✓ As principais manifestações da puberdade são o estirão e as 
mudanças na composição corporal, além do desenvolvimento 
gonadal, dos órgãos de reprodução e das características 
sexuais secundárias (pêlos);
✓ AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO SEXUAL → Classificação 
de Tanner (1962).
CONCEITOS IMPORTANTES na adolescência: 10 - 19 anos de idade
• Avaliação Antropométrica:
o Exemplo:
✓ Idade: 1 ano e 8 meses;
✓ Sexo: Masculino.
✓ Peso: 8,200 Kg;
✓ Comprimento: 80 cm;
✓ IMC: 12.8 kg/m2.
Avaliação do Estado Nutricional da Criança
o Exemplo:
✓ Idade: 1 ano e 8 
meses
✓ Sexo: Masculino
✓ Peso: 8,200 Kg
✓ Comprimento: 80 cm.
o Exemplo:
✓ Idade: 1 ano e 8 
meses
✓ Sexo: Masculino
✓ Peso: 8,200 Kg
✓ Comprimento: 
80 cm
o Exemplo:
✓ Idade: 1 ano e 8 
meses
✓ Sexo: Masculino
✓ Peso: 8,200 Kg
✓ Comprimento: 
80 cm
o Exemplo:
✓ Idade: 1 ano e 8 
meses
✓ Sexo: Masculino
✓ Peso: 8,200 Kg
✓ Comprimento: 
80 cm
IMC: 12.8 kg/m2
Planejamento Dietético em Pediatria
• Recomendações de Macronutrientes
Planejamento Dietético em Pediatria
• Necessidades Nutricionais –
Recomendações Energéticas
Planejamento Dietético em Pediatria
• Necessidades Nutricionais –
Recomendações Energéticas
Planejamento Dietético em Pediatria
• Necessidades Nutricionais –
Recomendações Energéticas
Planejamento Dietético em Pediatria
• Necessidades Nutricionais –
Recomendações Energéticas
Planejamento Dietético em Pediatria
• Necessidades Nutricionais –
Recomendações Proteicas
o 0 a 6 meses: 9,1 g/dia;
o 7 a 12 meses: 13,5 g/dia.
Obrigada!

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