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Hormônios pancreáticos

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FISIOLOGIA UC3
HORMÔNIOS PANCREÁTICOS
⤞ Pâncreas é um órgão misto (porções endócrinas e exócrinas)
⤞ Pâncreas Endócrino: Secretam hormônios nas Ilhotas de
Langerhans que ficam no meio dos Ácinos Pancreáticos.
- Células beta: insulina
- Células alfa: glucagon
- Células delta: somatostatina
- Células PP: polipeptídeo pancreático
INSULINA
⤞ Difusão facilitada/Co-transporte de sódio
⤞ Ela é liberada quando a glicemia aumenta, tirando a glicose do
sangue e levando para dentro da célula.
⤞ Ajuda na mediação no transporte de aminoácidos e outros íons.
Uma pessoa diabética tem taxa de crescimento anormal por causa da
deficiência de açúcar na célula e a síntese de proteínas.
⤞ Alteração das taxas de tradução de RNAm para formação de
proteínas.
Fixa-se e ativa receptores da membrana celular,
causando os seguintes efeitos:
⤞ facilita o transporte de substâncias fundamentais ao metabolismo;
⤞ torna as células altamente permeáveis a glicose, que pode entrar
rapidamente;
⤞ aumenta a permeabilidade da membrana a aminoácidos, K+ e íons
fosfato;
⤞ altera a atividade de enzimas metabólicas intracelulares (efeito
lento – 10 a 15 min);
⤞ altera as taxas de tradução do RNAm em novas proteínas;
⤞ inibe a gliconeogênese (se há glicose suficiente, não há
necessidade de mais produção a partir de lipídios/proteínas);
- o cérebro não depende de insulina para a
captação de glicose;
Efeitos sobre o metabolismo de carboidratos.
⤞ Promove o metabolismo da glicose no músculo, por meio do
armazenamento de glicogênio e facilitação do transporte da glicose
através da membrana da célula muscular.
⤞ Promove a captação, armazenamento e uso da glicose no fígado.
Aumenta a ação enzimática que promove a síntese de glicogênio.
⤞ Quando há mais glicose do que pode ser armazenada na forma de
glicogênio a insulina promove conversão de glicose em ácidos
graxos, que serão transportados como lipídios de baixa densidade e
armazenados no tecido adiposo.
⤞ Inibe a gliconeogênese.
⤞ Ausência efeito da insulina sobre a captação e uso da glicose pelo
cérebro
Efeito sobre o metabolismo de gorduras
⤞ Armazenamento de gordura no tecido adiposo:
Inibindo a liberação de ácidos graxos a partir do
tecido adiposo
⤞ Promove o transporte da glicose através da membrana para dentro
das células adiposas
⤞ Na falta de insulina, aumenta o metabolismo de gordura.
Efeito sobre o metabolismo de proteínas e crescimento
⤞ Na falta de insulina no metabolismo desses elementos, a taxa de
crescimento é anormal. Pois a insulina: inibe o catabolismo das
proteínas, forma novas proteínas, deprime a gliconeogênese no
fígado.
GLUCAGON
⤞ Efeito sobre o metabolismo de glicose
⤞ é lançado sempre que falta açúcar na corrente sanguínea;
⤞ faz a quebra do glicogênio hepático pelas seguintes etapas:
1. glucagon ativa adenil-ciclase na membrana da
célula hepática
2. causa formação de AMPc
3. este ativa a proteína reguladora da proteína
quinase
4. que ativa a proteína quinase
5. que ativa a fosforilase b quinase
6. que converte fosforilase b em fosforilase a
7. que promove a degradação do glicogênio em
glicose-1-fosfato
8. que é desfosforilada e libera a glicose das
células hepáticas (gliconeogênse aumentada
no fígado)
Quebra de glicogênio hepático:
⤞ Ativa a enzima adenil-ciclase
⤞ Promove a degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato, que é
desfosforilada e libera a glicose das células hepáticas gliconeogênese
aumentada no fígado.
GLICOCORTICÓIDES
⤞ formado no córtex adrenal;
⤞ o principal é o cortisol;
⤞ hormônio do stress;
⤞ é fundamental à regulação da metabolização de carboidratos;
- Tem interferência direta no metabolismo de
açúcar. O principal glicocorticóide é o cortisol.
⤞ O cortisol promove a disponibilização rápida de energia, por meio
do açúcar.
⤞ estimula a gliconeogênese pelo fígado quando há necessidade
imediata de liberação de açúcar (aumentando em 6 a 10x);
⤞ ativa enzimas que convertem aminoácidos/ácidos graxos em
componentes da via glicolítica;
⤞ diminui a entrada de aminoácidos em tecidos extra-hepáticos
(principalmente músculo), que ficam disponíveis na corrente
sanguínea;
⤞ diminui o uso de glicose pelas células;
⤞ aumentando a concentração de glicose no sangue (diabetes
adrenal, 50% acima do normal);
Efeitos do Cortisol sobre o Metabolismo dos
Carboidratos
⤞ Promove a gliconeogênese em situação de emergência.
⤞ Aumenta a mobilização de aminoácidos para o fígado por meio da
corrente sanguínea, diminuindo a concentração de aminoácidos em
outros tecidos.
⤞ Quando temos muito corticoides, o nível de glicemia aumentou.
Muito concentrado em medicamentos.
DIABETES MELLITUS
⤞ distúrbio crônico com comprometimento do metabolismo da
glicose e de outras substâncias produtoras de energia, com
desenvolvimento tardio de complicações vasculares e neuropáticas
Classificação:
- Diabetes Mellitus insulinodependente (tipo 1):
destruição das células beta levando à deficiência
absoluta de insulina;
- Diabetes Mellitus não insulinodependente (tipo 2):
graus variados de resistência insulínica e de
deficiência na secreção de insulina;
- Diabetes introduzida por fármacos e agentes
químicos: corticoides, betabloqueadores, diuréticos;
- Diabetes gestacional: diminuição da sensibilidade de
insulina materna para facilitar a chegada de glicose ao
bebê;
Diabetes tipo 1 (juvenil):
⤞ deficiência insulínica;
⤞ doença auto imune, causa a destruição de células beta (produtoras
de insulina), levando a deficiência de insulina. As pessoas com esse
tipo precisam injetar insulina no corpo.
⤞ Inicia com Insulite: processo inflamatório que acaba destruindo as
células beta.
- infiltração das ilhotas por células
mononucleares que antecede a doença clínica
e persiste por semanas ou meses antes que
uma destruição significativa das células beta
ocorra; os macrófagos e células T ativadas
secretam mediadores solúveis (citocinas, óxido
nítrico, radicais livres do oxigênio) que
contribuem para a disfunção e morte das
células beta;
⤞ ocorre mais em crianças e adolescentes
⤞ instável e propenso à acidose;
⤞ doença autoimune (autoanticorpos);
⤞ início abrupto (emagrecimento, poliúria, polidipsia e polifagia);
⤞ é progressiva, começando anos antes do início do quadro clínico
(detecção de células T, NK, B meses antes);
⤞ ao início do quadro clínico, já existe destruição de 90 a 95% das
células beta pelo processo autoimune;
⤞ 5 anos após o diagnóstico não costuma ter mais nenhuma célula
beta;
⤞ vírus possivelmente implicados no desencadeamento de DMID:
coxsakie vírus (tipo de enterovírus)
rubéola
caxumba
citomegalovírus
mononucleose infecciosa
retrovírus
reovírus 1
hepatite
⤞ Autoanticorpos: Destruição das células
pancreáticas, quando o corpo não diferencia proteínas
do próprio corpo e estranhas, formando anticorpos
contra as estranhas.
⤞ Aumenta o volume urinário, presença de glicosúria e sede e fome
o tempo inteiro.
⤞ Não está associada à obesidade.
⤞ Cetoacidose: A quebra de lipídios vai gerar corpos
cetônicos.
⤞ Início imediato.
Diabetes tipo 2:
⤞ as células perdem a sensibilidade à insulina. Não precisa injetar
insulina, os receptores apenas ignoram a existência dela.
Aparecimento tardio. Associo aos hábitos alimentares e atividade
física. Se tratada e estável ela é não-cetônica.
⤞ Hiperglicemia: nível alto de glicose e produção de
insulina. No entanto, o corpo não reconhece esse
hormônio.
⤞ Resistência insulínica.
⤞ Obesidade e indivíduos adultos
⤞ Início geralmente lento.
⤞ Tratamento com fármacos e dieta.
⤞ Cetoacidose diabética: principal causa de coma
diabética. O ácido nos líquidos corporais diminui os
pulsos nervosos. Alta concentração de corpos
cetônicos.
⤞ Síndrome Hiperosmolar: Os líquidos corporais
acabam tendo maior osmolaridade, aumentando a
viscosidade do sangue, acumulando glicose onde não
deveria.
⤞ Pode ocorrer crises hiperglicemicas.
⤞ Algumas drogas induzem a diabetes.
Diabetes Gestacional: diminui a sensibilidade da célula
materna à insulina, para garantir que sempre haja
insulina disponível para o bebe.
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS
⤞ Retinopatia: pode gerar cegueira.⤞ Nefropatia: sobrecarrega o rim
⤞ Neuropatia: formigamento, má circulação e cicatrização.
⤞ Pé diabético
⤞ Aterosclerose
⤞ Hipertensão arterial
⤞ Dislipidemias
CETOSE
⤞ Formação de corpos cetônicos que gera mau hálito. ⤞ Quebra
excessiva de lipídios e usados na via de corpos cetônicos.
OBS: a cetose não ocorre in vivo, a não ser que haja
aumento de níveis de
ácidos graxos livres (AGL)
circulantes provenientes
da lipólise do triacilglicerol
no tecidos adiposo ou na
diabetes
- os AGL são os
precursores dos corpos
cetônicos no fígado;
- o fígado, tanto no estado
alimentado como em
jejum, extrai cerca de 30% dos AGL que passam por ele
(se há alta concentração de AGL no sangue, também
haverá no fígado);
- logo, os fatores que regulam a mobilização de AGL
dos tecidos adiposos são importantes no controle da
cetogênese;
- após sua captação pelo fígado, os AGL são
beta-oxidados em CO2, ou geram corpos cetônicos, ou
são esterificados em triacilglicerol e fosfolipídios (esses
eventos são intensificados no jejum prolongado e na
diabetes);
- à medida que o nível sérico de AGL aumenta, uma
quantidade proporcionalmente maior é convertida em
corpos cetônicos, e uma menor quantidade é oxidada
pelo ciclo de Krebs em CO2;
- a distribuição de acetil-CoA entre a via da cetogênese
a via da oxidação em CO2 é regulada de modo que a
energia livre total captada em ATP permanece
constante à medida que sua concentração sérica é
alterada;
- uma queda na concentração de oxaloacetato,
particularmente no interior das mitocôndrias, pode
comprometer a capacidade do ciclo de Krebs
metabolizar acetil-CoA, que fará a cetogênese,
ocorrendo produção excessiva de corpos cetônicos e
consequente cetose (ocorre na diabetes não tratada);

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