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Currículo VI
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
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CURRÍCULO VI
Nas aulas anteriores, foram tratadas as características de currículo, vários conceitos de 
autores, das diretrizes curriculares e das concepções de currículo. No bloco anterior, frisou-
-se muito a Teoria Tradicional, pois é uma das mais cobradas em prova, tendo características 
mais rígidas e fortes. É importante lembrar que as provas esperam um profissional que seja 
capaz de identificar que esse modelo tradicional de currículo não é o mais adequado para o 
que se busca nos dias de hoje, em uma perspectiva emancipatória e progressista. 
A Teoria Tradicional de currículo é muito ligada ao modelo fabril e empresarial. Da mesma 
forma como se gerencia ou se administra uma empresa ou uma fábrica, pode-se administrar 
uma escola, sendo o aluno visto como a matéria-prima que precisa se tornar o produto final 
que se espera. A Teoria Tradicional é relacionada com a pirâmide social, onde quem tem 
dinheiro é a classe dominante e está no topo da pirâmide e quem não tem, o proletariado, está 
na base da pirâmide.
● Assim, da mesma forma que o Taylorismo buscava a padronização, a imposição de 
regras no ambiente produtivo, o trabalho repetitivo e com base em divisões específicas de 
tarefas, além da produção em massa, as teorias tradicionais também seguiram essa lógica no 
princípio do currículo.
● Dessa forma, o currículo era visto como uma instrução mecânica em que se elaborava 
a listagem de assuntos impostos que deveriam ser ensinados pelo professor e memorizados 
(repetidos) pelos estudantes.
● Nesse sentido, a elaboração do currículo limitava-se a ser uma atividade burocrática, 
desprovida de sentido e fundamentada na concepção de que o ensino estava centrado na 
figura do professor, que transmitia conhecimentos específicos aos alunos, estes vistos apenas 
como meros repetidores dos assuntos apresentados. 
ATENÇÃO
Currículo não é relação, grade ou lista. Apenas na Teoria Tradicional esse conceito será 
aceitável.
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QUADRO DE PALAVRAS CHAVES PARA A 
TEORIA TRADICIONAL DE CURRÍCULO
Neutro Memorização Behaviorista Taylor
Linear Fragmentado Eficiência Bobbit
Autoritário Tecnicista Rígido Vertical
Padronizado Empirista Didática Organização
• Neutro – currículo que busca a manutenção da sociedade, dividida entre ricos e pobres.
• Memorização – utilização de repetição.
• Behaviorista – modelagem de comportamento. O aluno chega como matéria prima e sai 
como produto final.
• Taylor – concepções ligadas a Bobbit, trabalhando nas mesmas vertentes juntos.
• Linear – possui um ponto de início e um ponto de fim, entendendo que todos os alunos 
partem do mesmo tempo, quando, na verdade, cada um tem as suas experiências e 
características, e isso é algo que precisa ser considerado.
• Fragmentado – disciplinas isoladas, é um currículo que prima pela eficiência.
• Eficiência – se preocupa mais com o fim (produto) do que com o meio.
• Autoritário – não cabe ao aluno a inserção de temas ou subtemas que tenham a ver 
com seu contexto e realidade.
• Tecnicismo – está conectado ao behaviorismo, assim como ao autoritarismo.
• Rígido – traz verdades absolutas, sem a intervenção do aluno.
• Vertical – traz a ideia de pirâmide, onde o professor está no topo e o aluno na base, ou 
seja, o aluno não deve questionar o professor. 
• Padronizado – busca a homogeneização, que todos pensem igualmente.
• Empirista – conhecimento adquirido através de experiências.
• Didática – como ensinar e o que ensinar.
• Organização – currículo organizado.
Obs.: tanto a didática quanto a organização estão diretamente ligadas à eficiência.
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As figuras acima representam o modelo de educação tradicional, que ainda se vê com 
muita frequência nas salas de hoje em dia. Os resquícios dessa teoria ainda precisam ser 
superados dentro do processo. Professor autoritário, alunos sentados em fileiras, nenhum crí-
tico ativo consciente ou participando dessas vertentes.
A divisão do trabalho tem como objetivo a adaptação dos sujeitos às máquinas e 
aos processos industriais.
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Cenas do filme “Tempos Modernos”, como uma crítica ao capitalismo e à repetição mecâ-
nica. Algo que acontece também na educação, quando se propaga um saber que não faz sen-
tido ou que não esteja ligado às perspectivas reais do aluno. A ideia é que a educação esteja 
sempre vinculada ao interesse do indivíduo. No modelo tradicional, ela estava sob o interesse 
do capitalismo. Logo, pode-se dizer que o currículo é um instrumento ideológico.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A teoria Pós-Crítica do currículo está para os conceitos como: gênero, raça, diferenças e 
multiculturalismo, assim como a teoria tradicional está para:
a. Identidade, conhecimento, classe social e poder.
b. Planejamento, conteúdos, avaliação e aprendizagem.
c. Etnia, planejamento, cultura e emancipação.
d. Diferenças, classe social, conhecimento e libertação.
COMENTÁRIO
a) Identidade faz parte da teoria pós-crítica, mas conhecimento, classe social e poder são 
da teoria crítica.
b) Na teoria tradicional faz-se necessário um planejamento para que os objetivos sejam 
alcançados, e sempre há a preocupação com o que será ensinado (conteúdo), com o 
feedback e retorno dessas ações, e também com o processo de aprendizagem.
c) Etnia e cultura fazem parte da teoria pós-crítica, enquanto emancipação faz parte da 
teoria crítica.
d) Classe social, conhecimento e libertação fazem parte da teoria crítica.
2. Qual das palavras abaixo não fazem parte da teoria tradicional de currículo:
a. Eficiência.
b. Ensino.
c. Representação.
d. Metodologia. 
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COMENTÁRIO
a) Eficiência está ligada a teoria tradicional.
b) Tanto o ensino quanto a aprendizagem fazem parte da teoria tradicional.
c) Este currículo não está preocupado com a representação. Estes grupos apenas terão 
voz quando representados ativamente na teoria pós-crítica.
d) Metodologia é o "como" algo vai ser ensinado, que faz parte da teoria tradicional.
3. No livro Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo, Silva (2005) 
analisa as teorias do currículo desde a sua origem até as teorias pós-críticas. Segundo o 
autor, para a teoria tradicional, o currículo:
a. é concebido como um lugar de experiência e como local de questionamento da 
experiência.
b. é essencialmente técnico e a educação é vista como um processo de moldagem.
c. não é neutro, nem tampouco, desinteressado.
d. é concebido como política cultural.
e. é visto como um artefato de gênero, pois corporifica e produz relações de gênero.
COMENTÁRIO
a) A teoria tradicional é uma teoria de aceitação. Nela não há questionamento.
b) É técnico, pois se preocupa mais em como fazer, efetivamente, do que com as outras 
ações, experiências e considerações sociais.
c) O currículo tradicional é considerado neutro.
d) Política cultural não é uma das vertentes do currículo tradicional.
e) Artefato de gênero faz parte da teoria pós-crítica.
4. Assinale a alternativa incorreta sobre a teoria tradicional de currículo:
a. O currículo é tido como algo que produz uma relação de gêneros, pois predomina a 
cultura patriarcal.
b. O currículo era uma questão de organização e ocorria de forma mecânica e burocrática.
c. Tal teoria temcomo objetivo principal preparar para aquisição de habilidades intelectuais 
através de práticas de memorização.
d. Esse tipo de currículo teve origem nos Estados Unidos e tem como base a tendência 
conservadora, baseada nos princípios de Taylor. 
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a) Relação de gêneros não faz parte da teoria tradicional, e sim da teoria pós-crítica. O 
currículo tradicional está preocupado com o sistema econômico.
b) Faz parte do currículo tradicional a ideia de organização de disciplinas, mesmo de forma 
fragmentada, mecânica e repetitiva.
c) Memorização é uma importante vertente da teoria tradicional, aplicando com o aluno 
sempre a repetição.
d) Origem nos Estados Unidos, com Bobbit e Taylor.
Teoria Crítica
Na Teoria Tradicional, o currículo era opressor, extremamente pontuado e pautado por 
relações e perspectivas ligadas às ações do capitalismo. Então alguns autores começaram a 
questionar o currículo tradicional, vendo que não era a melhor alternativa para a sociedade. 
Observaram que o currículo possuía muito conteúdo, mas sem nenhuma transformação, favo-
recendo a classe dominante. Foi então que surgiu a Teoria Crítica, uma teoria de questiona-
mento, enquanto a Teoria Tradicional é uma teoria de aceitação.
Obs.: a Teoria Crítica era apenas isso: crítica. Sem apresentar uma proposta de mudança, 
uma proposta de ação. A ação só ocorreria na Teoria Pós-Crítica. 
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Obs.: enquanto na Teoria Tradicional o conteúdo era o principal foco, na Teoria Crítica tudo 
era questionado e desconfiado.
• Teve início em meados dos anos 60 com trabalhos que criticavam a estrutura educacio-
nal tradicional, em uma época de grandes acontecimentos no mundo.
• Argumenta que não existe uma teoria neutra, já que toda teoria está baseada nas rela-
ções de poder. Isso está implícito nas disciplinas e conteúdos que reproduzem a desi-
gualdade social que fazem com que muitos alunos saem da escola antes mesmo de 
aprender as habilidades das classes dominantes.
• Percebe o currículo como um campo que prega a liberdade e um espaço cultural e 
social de lutas.
• A função do currículo, mais do que um conjunto coordenado e ordenado de matérias, seria 
a de conter uma estrutura crítica que permitisse uma perspectiva libertadora e conceitu-
almente crítica em favorecimento das massas populares. As práticas curriculares, nesse 
sentido, eram vistas como um espaço de defesa das lutas no campo cultural e social.
Com a Teoria Crítica, vai haver a pontuação e indicação de modificações que precisam 
acontecer no currículo por meio de novas ações. Assim, alguns autores aparecerão, como 
Paulo Freire, Michael Apple, entre outros, e começarão a criticar o currículo tradicional.
Na próxima aula estudaremos mais a fundo sobre estes autores.
GABARITO
 1. b
 2. c
 3. b
 4. a
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor William Dornela. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.