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At�e��� do Esôfa�� Na atresia esofágica, o esôfago é estreitado ou se desenvolve como duas seções separadas que não se conectam. Devido ao defeito, os alimentos e líquidos são retardados ou impedidos de ir do estômago ao esôfago. É a malformação mais comum do trato gastrointestinal do RN, essa malformação ocorre durante a embriogênese. Essa anomalia congênita é marcada pela ausência da porção média do esôfago. A etiologia ainda não é comprovada, mas pode estar relacionada com isquemia intrauterina e predisposição genética. Essa falha no terço médio do esôfago pode atingir o terço distal causando dismotilidade, que causa uma fraqueza na porção membranosa da traqueia (traquemalácia). Normalmente, o esôfago e a traqueia são separados. No entanto, na fístula traqueoesofágica, uma conexão anormal (fístula) se forma entre o esôfago e a traqueia. Devido ao defeito, alimentos e líquidos entram na traqueia e nos pulmões. Fístula traqueoesofágica e atresia esofágica costumam ocorrer simultaneamente. Classificação de Gross Tipo A: AE sem fístula Tipo B: AE - fístula traqueoesofágica proximal Tipo C: AE - fístula traqueoesofágica distal Tipo D: AE - fístula traqueoesofágica proximal e distal Tipo E: fístula traqueoesofágica As anomalias associadas a atresia de esôfago podem ser classificadas de duas maneiras: VACTERL CHARGE C - Coloboma (defeito estético até cegueira) H - Heart disease A - Atresia de coanas R - Retardo de crescimento e desenvolvimento mental E - Ear anomalies with deafness (surdez) As anomalias mais comumente associadas à atresia de esôfago são: Cardíacas: Persistência de Canal Arterial (PCA), Comunicação Interventricular (CIV), Comunicação Interatrial (CIA), Tetralogia de Fallot, Coarctação de Aorta. Gastrointestinais: anomalia anorretal, atresia de duodeno e má rotação intestinal. Urinárias: refluxo vesico ureteral, rim em ferradura, agenesia real, hipospádia, hidronefrose. Músculo-esqueléticas: hemivértebras, anormalidades de membros e pé torto congênito. Neurológicas: hidrocefalia, defeitos do tubo neural, holoprosencefalia. Diagnóstico Pré - natal: O diagnóstico pode se dar no período pré-natal por meio de ultrassonografia → polidrâmnio e malformações. Polidrâmnio é o líquido amniótico excessivo. Pode ser possível visualizar um estômago pequeno ou estar ausente. Além disso, também pode ser possível ver um coto esofágico superior dilatado. Sala de parto: Impossibilidade de progressão da sonda orogástrica (nº 8 ou 10) Salivação excessiva nas primeiras horas de vida Polidrâmnio Durante as primeiras horas de vida: O bebê pode apresentar episódios de cianose espontânea; Regurgitação/ engasgo; Tosse; Distensão abdominal; Piora gradual da condição respiratória. Exame de Imagem: A radiografia de tórax e abdome é o que comprova o diagnóstico de atresia de esôfago. No Raio-X é possível observar a sonda orogástrica que não progride, presença de ar no TGI (fístula) sem presença de ar no TGI (sem fístula) Radiografia contrastada com 0,5 mL de bário pode demonstrar o comprimento do esôfago superior, bem como a presença de fístula traqueosofágica proximal ou fenda laringotraqueosofágica; É importante que, quando essa radiografia for realizada, administre-se pequena quantidade de contraste, e que este seja aspirado logo após a realização do exame. Depois de confirmado o diagnóstico de atresia de esôfago, realiza-se a ecocardiografia, para avaliar se há malformação cardíaca e a posição do arco aórtico e ecografia abdominal. Complicações 1. Transbordamento → crise de cianose 2. Regurgitação → salivação aerada 3. Passagem de suco gástrico para traqueia e brônquios 4. Pneumonia por aspiração 5. Comunicação entre a traqueia e esôfago (ar no estômago e intestinos) Tratamento O tratamento inicial inclui medidas para reduzir aspiração e pneumonia → aspiração contínua no coto superior do esôfago através do sistema de baixa pressão. Uma sonda é mantida no coto superior do esôfago para aspiração contínua ou intermitente de saliva. O recém nascido é colocado em decúbito dorsal, semi sentado, para reduzir o refluxo gastroesofágico e antibióticos parenterais são iniciados. A intubação traqueal não deve ser realizada de rotina, pois o ar sob pressão entra na fístula traqueoesofágica com risco de perfuração gástrica, podendo haver piora da dificuldade respiratória pelo aumento da distensão abdominal. A abordagem cirúrgica depende do tipo de malformação, sendo que em todos os tipos de atresia de esôfago, preconiza-se a realização de broncoscopia imediatamente antes da correção cirúrgica Tratamento cirúrgico do Tipo C No tipo C, o procedimento cirúrgico ideal é a divisão e o fechamento da fístula com anastomose primária do esôfago. A cirurgia é realizada por toracotomia posterolateral no IV espaço intercostal à direita com abordagem extrapleural. Se o arco aórtico estiver anormalmente localizado à direita, é preferível a abordagem cirúrgica por meio de toracotomia à esquerda. Tratamento Cirúrgico do Tipo A No tipo À, não têm fístula traqueoesofágica, então é realizado gastrostomia e manutenção da aspiração do coto superior, com realização da cirurgia de preferência após 2 a 3 meses. Nos casos em que isso não é possível, realiza-se esofagostomia, com substituição do esôfago futuramente, usando o estômago ou o cólon. Pós operatório Nada por via oral por 5 ou 7 dias; Manter a 45º; Manter IOT se não tiver segurança; Após 5/7 dias realizar Raio-X do esôfago/estômago/duodeno contrastado. Complicações pós-operatórias Estenose da anostomose; Traqueomalácea; Fístula traqueosofágica recanalizada; Deiscência de anastomose; Refluxo gastroesofágico.
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