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Processo Penal II 15.03.2023 1. Depois do interrogatório vem as diligências (que não são novas provas). · Essas diligências são situações que decorrem da audiência de instrução (ou seja, é sobre coisas que se tomou conhecimento na audiência de instrução), art. 402. · Se surgir a necessidade de abrir a instrução, o juiz reabre a instrução, e as partes poderão se manifestar somente sobre aquele fato (aquela diligência). 2. Depois da audiência vem as alegações finais, que em regra são orais. · Até 20 min para a acusação; · Até 20 min para a defesa. · Se a acusação quiser se manifestar por mais 10 min poderá pedir esse quantitativo. · Então juiz será obrigado a dar mais 10 min também para a defesa (mas apenas se a acusação tiver pedido os 10 min anteriormente). Nota: estourado cada tempo, o juiz dirá “doutor, conclua o raciocínio”. Deverá concluir em até 1 min. 3. Se houver alguma das situações abaixo, as alegações serão por memoriais (ou seja, alegações escritas). · Complexidade da causa; · Pluralidade de réus; · Diligência pendente. · “Acordo” As duas primeiras hipóteses estão previstas na lei (art. 403, §3º). O prazo será de 5 dias sucessivos (“sucessivos” significa que será 5 dias pra um depois pra outro, quando o processo for físico). Pela legislação pode menos de 5 dias? Não, mas se advogado aceitar depois não poderá arguir nulidade. Pode mais? Sim, dependendo da complexidade do processo. Diligência pendente: acabou a instrução e o juiz pode pedir uma determinada perícia ou poderá fazer as alegações orais. Mas também pode marcar outra audiência. Se não marcar, marcará um prazo para se manifestar sobre a perícia e em seguida marcar memoriais. Acordo: os advogados podem acordar que as alegações sejam por memoriais, justificando que estão “cansados”. Isso não gera nulidade, tendo em vista que não gera prejuízos. O juiz geralmente aceita, pois se as alegações forem orais, a sentença deverá, obrigatoriamente, ser dada imediatamente após as alegações. Nota: deve-se ir para a audiência preparado, pois muitas vezes, quando o promotor percebe que o advogado está despreparado não acorda que as alegações sejam por memoriais. Nota: nomenclatura: o correto é a pronúncia “alegações finais” e “alegações por memoriais” (não existe “alegações finais por memorais”). “Alegações finais” é sempre oral. Sentença 1. A sentença pode ser oral ou escrita. · Se as alegações forem orais a sentença vai ser oral. · Se as alegações forem por memoriais a sentença será escrita. 2. A sentença se divide em 3 partes: · Relatório: resumo de todo o processo até ali. · Fundamentação: deve provar autoria e materialidade; deve relacionar isso a um tipo penal; em seguida passa-se para a dosimetria de pena; pode-se argumentar também sobre a manutenção ou não da prisão cautelar. · Dispositivo Os 3 são obrigatórios, a ausência deles gera nulidade. Também não pode deixar de falar da autoria e materialidade, nem do tipo penal (a sentenças devem ser fundamentadas – art. 93, IX, CF). 3. A sentença pode ser condenatória (art. 387) ou absolutória (art. 386). Procedimento sumário No sumário o prazo é 30 dias No ordinário o prazo é 60 dias No sumário o numero é de 5 testemunhas No ordinário o número é de 8 testemunhas No sumário as alegações finais são orais sempre No ordinário as alegações finais são orais ou por memoriais Nota: por acordo pode haver memoriais no sumário. Sumário para pena máxima > 2 anos e < 4 anos
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