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Dierese e hemostasia

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diérese
É o conjunto de manobras, manuais e instrumentais, que visa dividir os tecidos.
Tem como objetivo criar uma via de acesso adequada para a manipulação de órgãos e estruturas através dos tecidos.
A diérese é dívida em:
-Diérese cruenta;
-Diérese incruenta.
ESPAÇO MORTO
Espaço morto é a um espaço no corpo do animal, que era ocupado por algo posteriormente e agora encontra-se vazio. O problema do espaço morto é que ele começa a ser preenchido por líquido (seroma), ocasionando as seguintes consequências:
-Distende os tecidos e o animal sente dor;
-Favorece a proliferação de microrganismos pois é rico em proteínas (favorece a infecção);
-Em casos mais graves pode ocasionar deiscência dos pontos.
DIÉRESE CRUENTA
Consiste na divisão dos tecidos acompanhada da perda de quantidade significativa de sangue (não mata o animal).
Os instrumentos mais utilizados são:
-Bisturi;
-Tesoura;
-Material especial de diérese: curetas, serras, osteótomos, cisalhas, etc.
-PRINCIPAIS MANOBRAS
->ARRANCAMENTO
É uma manobra que visa romper tecidos, vasos, nervos e etc. Cria uma superfície anfractuosa (irregular – aumenta o contato da rede de fibrina com a parede do vaso) que auxilia na fixação do coagulo.
->CURETAGEM
Raspagem profundo de superfícies orgânicas com auxílio de curetas (é parecida com uma concha de sorvete. Apresenta a ponta cortante).
->DESBRIDAMENTO
É a manobra realizada com auxilio de tesoura ou bisturi visando eliminar pontes de fibrinas (bridas) em locais que deveriam estar separados.
->DESLOCAMENTO
É a separação de estruturas, respeitando os limites anatômicos. É realizada com tesoura romba ou dedos do cirurgião.
Ex: entrar com a tesoura, e abrir no sentido das fibras.
Quando se faz o deslocamento o sangramento é menor, porém a janela de acesso é muito pequena.
->ESCARIFICAÇÃO
É a raspagem de superfícies orgânicas com auxílio de curetas ou bisturi. É mais superfical que a curetagem.
Ex: raspado cutâneo, pode fazer em borda de ferida.
->EXÉRESE OU RESSECAÇÃO
É a eliminação de uma estrutura indesejável, quer por sua natureza ou condição. Ex: Exérese de cálculo vesical. Uma cadela com piomêtra que vai fazer OST (o útero é normal por sua natureza, porém a condição em que o útero se encontra é indesejável). Estômago necrosado, etc.
->PUNÇÃO
Consiste na introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos ou órgãos sem cortar o tecido.
->PUNÇO-INCISÃO
Consiste na realização de pequena incisão introduzindo o bisturi pela ponta. Muito utilizado em drenagens.
É utilizada para abertura de órgãos ocos.
->DIVULSÃO
É a separação das fibras dos tecidos, geralmente, com ruptura dos elementos interfasciculares. Não respeita a anatomia.
No caso da divulsão a chance de ocorrer sangramento é maior (sangra muito) e a janela de acesso é maior.
-REGRA PARA REALIZAR A INCISÃO
Quando se faz a incisão deve-se aplicar a lâmina de bisturi perpendicularmente (ângulo de 90 graus) a fim de evitar cortes biselados.
OBS: sempre afastar o corte com os dedos.
-RECOMENDAÇÕES
Recomendações para uma boa incisão:
-Incidir apenas exclusivamente sobre o tecido necessário;
-Incidir apenas uma vez a fim de evitar anfractuosidades (bordas tortas);
-Evitar cortes inúteis (não trocar a direção do corte).
Tecidos moles:
-Deve-se seguir a direção dos vasos sanguíneos e nervos;
Tecidos duros:
-Utilizar instrumentos especiais.
-RECOMENDAÇÕES PARA O MANUSEIO DOS TECIDOS
Temos:
-Evitar dissecção romba excessiva;
-Evitar tração excessiva (puxando a pele);
-Manusear os tecidos apenas quando necessário (não mexer nos órgãos que não são o foco da cirurgia – causa inflamação);
-Separar apenas os planos necessários para exposição e visualização;
-Não permitir que os afastadores lacerem ou estiquem excessivamente o tecido (colocar compressa no tecido e por o afastador por cima);
-Evitar alterações repetidas na posição dos afastadores (vai causando lesão em vários locais);
-Manter os tecidos úmidos;
-Evitar a exposição dos tecidos a substâncias irritantes (talco da luva, antibiótico, antisséptico);
-Utilizar instrumentos apropriados.
DIÉRESE INCRUENTA
Consiste na divisão dos tecidos sem perda significativa de sangue.
Os instrumentos mais utilizados nesse processo são:
-Bisturi elétrico (cauterização);
-Criobisturi;
-Raio laser.
NOMENCLATURA
Prefixo da palavra indica o órgão, tecido ou região. O sufixo indica a manobra praticada.
Ex: -Prefixo: artro (articulação);
-Manobra: punção;
-Sufixo: centese;
-Termo composto: Artrocentese;
-Significado: Punção articular.
hemostasia
É o conjunto de manobras, manuais e instrumentais, que tem como objetivo parar ou prevenir uma hemorragia, ou impedir a circulação do sangue em uma determinada área por um tempo limitado.
Podemos dividir a hemostasia em:
-Hemostasia preventiva;
-Hemostasia temporária;
-Hemostasia definitiva.
OBS: Para saber se um método é temporário ou definito é necessário entender o contexto. Exemplo: se utilizar uma pinça hemostática para parar um sangramento, e após tirar, esse sangramento cessou, é considerado definitivo.
HEMOSTASIA PREVENTIVA
É aquela com o intuito de inibir a ocorrência do sangramento (é feita sem a ocorrência do sangramento).
HEMOSTASIA TEMPORÁRIA
É aquela que quando aplicada para o sangramento, mas quando é retirada retorna o sangramento.
HEMOSTASIA DEFINITIVA
É quando se aplica um método e o sangramento para.
OBS: Uma hemostasia temporária sempre deverá ser seguida por uma definitiva (não se pode deixar sangrando).
PORQUE CONTROLAR A HEMORRAGIA?
Motivos:
-Risco de o paciente morrer por conta de choque hipovolêmico;
-Causar hipóxia tecidual (cérebro, coração e rins);
-O sangue dificulta a visualização de estruturas anatômicas e tecidos (dificulta a cirurgia);
-A hemorragia pode afastar as bordas da ferida causando retardo na cicatrização;
-Pode causar deiscência de pontos;
-O sangue serve como meio de cultivo para bactérias, favorece os processos infecciosos.
COMO FAZER UMA BOAS HEMOSTASIA
-Deve-se realizar a hemostasia plano a plano (controlando a hemorragia em cada plano). Dessa forma a gente não se confunde de qual local está vindo o sangramento.
-Hemorragias capilares são controladas com a utilização de compressas (só apertar);
-Vasos sanguíneos de grosso calibre deverão ser pinçados e ligados;
-Evitar englobar tecidos juntos aos vasos sanguíneos, pois ficará mais frouxa (a força colocada no nó, primeiro aperta o outro tecido, para depois apertar o vaso – ficando mais fácil de sangrar).
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA HEMOSTASIA
-Queda da pressão arterial faz com que o sangramento pare;
-Compressão excessiva nos vasos pelos tecidos e órgãos vizinhos;
-Elasticidade e contratilidade das paredes dos vasos sanguíneos;
-Formação do coágulo.
OBS: fêmeas no estro produzem muito estrógeno. O estrógeno provoca vasodilatação, consequentemente, a castração de cadelas nessa fase sangra muito.
FATORES QUE DIFICULTAM A HEMOSTASIA
-Alterações na elasticidade e contratilidade das paredes dos vasos sanguíneos (vasos ficam flácidos – aumentam o calibre);
-Coagulopatias;
-Movimentação do órgão ou tecido que sangra (se estar sangrando não adianta ficar mexendo, pois o coagulo que está sendo formado para estancar o sangramento, está sendo removido);
-Aumento da pressão arterial.
TIPOS DE HEMORRAGIA
-QUANTO A LOCALIZAÇÃO
Temos:
-Internas: perda de sangue para o interior do corpo, geralmente se acumula em cavidades (torácica ou abdominal). É a mais perigosa;
-Externas: perda de sangue para fora do corpo.
-DE ACORDO COM O VASO QUE SANGRA
Temos:
-Arterial (jato): vermelho vivo, fluxo rápido e forte, sincronizado com o pulso;
-Venoso (escorre): vermelho escuro, com baixo fluxo, lento e contínuo;
-Capilar: hemorragia lenta e superficial.
-Parenquimatosa (é a mais perigosa): não é possível determinar o vaso que está sangrando e sua natureza.
-DE ACORDO COM O TEMPO EM QUE OCORRE
Temos:
-Imediata: aparece imediatamente após a ruptura do vaso;
-Retardada: ocorre um tempo depois da lesão do vaso;
-Recorrente: ocorre em até24 horas após o ato cirúrgico, devido a uma hemostasia deficiente;
-Secundária: ocorre após 24 horas do ato cirúrgico, devido a eliminação do trombo ou queda da ligadura (deficiência de técnica).
MÉTODOS DE HEMOSTASIA
-MÉTODOS FÍSICOS 
->MÉTODOS DE COMPRESSÃO CIRCULAR
Promove hemostasia temporária e preventiva. É comumente utilizado em extremidades como membros e cauda.
Utiliza-se: faixas, torniquetes (geralmente é um método de hemostasia preventivo), manguitos e bandas.
A aplicação é feita sempre no sentido distal-proximal. Pode permanecer por até 5 minutos.
OBS: não pode utilizar torniquete em uma região infectada, pois impede a chegada de leucócitos pelo sangue no local.
->COMPREENSÃO DIGITAL
Consiste em fazer pressão com o dedo sobre o vaso.
A desvantagem atrapalha a visualização do campo operatório. É um método ineficaz.
->COMPREENSÃO INDIRETA
É a pressão realizada com gaze, algodão ou compressa (mais utilizada) sobre o foco hemorrágico.
Normalmente, é um tipo de hemostasia temporária.
A desvantagem é que esse método atrapalha a visualização do campo operatório.
->PINÇAS HEMOSTÁTICAS
Podem promover tanta hemostasia preventiva, temporária ou definitiva.
Tem a vantagem de não tornar necessário o englobamento de tecidos que rodeia o vaso.
->LIGADURAS
É o método de hemostasia mais comum de hemostasia definitiva (quando está bem apertado).
Aplicada a pinça no vaso que está sangrando (método temporário), sob a mesma passa-se o fio com o qual se faz a ligadura do vaso (método definitivo).
Quanto maior o calibre do vaso, maior será o calibre do fio.
->TRANSFIXAÇÃO
Com um fio + agulha atraumática, passa-se diretamente através do vaso.
Uma primeira ligadura é feita abrangendo um lado do vaso. Posteriormente leva-se os cabos do fio para o outro lado do vaso, para completar a transfixação.
É o método definitivo utilizado para vasos muito calibrosos.
->ELETROCOAGULAÇÃO 
É a passagem de corrente elétrica de alta frequência (bisturi elétrico) através de um corpo que oferece resistência.
Consegue-se proceder hemostasia ao mesmo tempo em que vai se cortando o tecido.
-MÉTODOS QUÍMICOS
->TÓPICOS
São produtos que quando aplicados no local do sangramento, controlam as hemorragias capilares.
Como exemplo temos:
-Percloreto férrico (pó amarelo): são cristais amarelo-alaranjados, inodoros, solúveis em água, em álcool, em glicerina e em éter. Coagulam com rapidez o sangue.
-Alúmen (pó branco): sulfato duplo de alumínio e potássio;
-Esponja de fibrina absorvível: utilizada para hemorragias intensas em órgãos parenquimatosos.
-Adrenalina: promove vasoconstrição. Uso local;
-Vitamina K: participa na síntese da protrombina.

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