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CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E COSMÉTICOS Professora Marta S. Pugas Controle de Qualidade e o Prazo de Validade O prazo de validade é o intervalo decorrente entre a fabricação e acondicionamento até o momento em que a atividade química ou potência dos fármacos não seja menor que o limite estabelecido pelas especificações: 95% a 105% 90% a 110% Ou suas características físicas, químicas e microbiológicas não mudem apreciavelmente (dentro das especificações), e desde que os produtos resultantes sejam conhecidos, estudados e não aumentem ou alterem a toxicidade de preparação. Evidências de Deterioração As evidencias de decomposição decorrentes da instabilidade de um produto podem se manifestar por alterações físicas ou químicas. As alterações físicas são facilmente visualizadas enquanto que as químicas que não alterem nenhum aspecto físico, requerem métodos analíticos sensíveis. Evidências de Deterioração Alterações Físicas. Alterações Físicas Forma Farmacêutica Cor, Odor, Aspecto Todas Volume (diminuição ou ganho) Líquida Turvação Líquida Presença de gás Líquida Separação de Fases Emulsão Sedimentação Suspensão Fragmentação e Caking Sólidas As alterações físicas podem ser decorrentes de alterações químicas e microbiológicas. Fatores de Instabilidade Os fatores relacionados á estabilidade de medicamentos podem ser intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos dizem respeito á reatividade química e /ou atividades físico químicas de cada componente da formulação, bem como a incompatibilidade e ao tipo de acondicionamento. Já os fatores extrínsecos podem agravar os intrínsecos, tais como temperatura, luz, oxigênio, umidade, gás carbono e tempo. Enquanto que os fatores intrínsecos são inerentes ao produto, os extrínsecos podem e devem ser controlados, seja no desenvolvimento da formulação, na escolha do acondicionamento ou na determinação das condições de armazenamento. Fatores de Instabilidade Fator Extrínseco Fator Intrínseco agravado Exemplos de fármacos Evidências associadas LUZ Fotodecomposição, oxidação, rearranjo químico Clorpramazina, iodetos, fenóis, aloína, omeprazol, Vit. B12, etc Escurecimento, perda de teor, formação de produtos tóxicos, etc TEMPERATURA Oxidação, evaporação, hidrolise Lovastatina, Lactobacilus, haloperidol, imipramina, estrógeno, etc Mudança de cor, perda de volume, perda de teor, etc UMIDADE Hidrolise, proliferação microbiana, higrospicidade AAS, barbitúricos, ácido fólico, anestésicos, efedrina, etc Alteração de pH, perda de teor, ganho de volume, etc Fatores de Instabilidade Fator Extrínseco Fator Intrínseco agravado Exemplos de fármacos Evidências associadas CO2 Reações ácido – base, hisrólise, solubilidade e pH ácido Gluconato de cálcio, hidróxido de Magnédio, etc Precipitação, perda de teor, alteração de pH, etc Oxigênio Oxidação Vitamina B6, C, D2 e E, hidroquinona, ergotamina, tetraciclina, adrenalina, etc Mudança de cor, perda de teor, formação de produtos tóxicos, etc TEMPO Todas Todas Todas Conceitos fundamentais Qualidade Controle de qualidade Garantia da qualidade Gestão da qualidade Qualidade: De uma maneira geral, qualidade, pode ser definida como o cumprimento dos requisitos previstos para um produto, ou seja: É o atendimento das necessidades dos consumidores. É a conformidade com as especificações. Adequação do produto ao uso. Controle de qualidade: é a parte das BPF referente a amostragem, especificações, ensaios, procedimentos experimentais em bancada que irão atestar a qualidade do material em análise. Conjunto de técnicas e atividades operacionais utilizadas para atender aos requisitos da qualidade. Garantia da qualidade: é a totalidade de providencias tomadas com objetivo e garantir que os medicamentos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos de SEGURANÇA e EFICÁCIA. Gestão da qualidade Estrutura Geral dos Sistemas de Qualidade QUALIDADE TOTAL GESTÃO DA QUALIDADE GARANTIA DA QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE Qual melhor material de busca e pesquisa... Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... • Farmacopéias • Resoluções – Anvisa • FISPQ • Ficha de especificação • Laudo de matéria prima • Laudo de produto acabado • POP • Outros ... Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... • Farmacopéias http://www.pharmabooks.com.br/images/li vros/HQ_8588233428.jpg http://technospub.com.br/media/catalog/produc t/cache/1/small_image/168x/9df78eab335 http://image.slidesharecdn.com/farmaco piabrasileira5edio-volume1- 130825235502- phpapp01/95/farmacopia-brasileira-5 Monografias • As monografias farmacopeicas de materias primas são identificadas pela DCB (Denominação Comum Brasileira). • Sempre que possível a denominação em latim proposta pelo OMS. • Formula estrutural. • Formula molecular e massa molar. • DCB e seu respectivo número. • CAS number (Chemical Abstracts Service). • Texto da monografia. Farmacopeia Brasileira, 5° Edição, ANVISA 2010. Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... • Resoluções – Anvisa RDC n°210, de 04 de agosto de 2003 Art. 1° Determinar a todos os estabelecimentos fabricantes de medicamentos, o cumprimento das diretrizes estabelecidas no regulamento Técnico das Boas Práticas para a Fabricação de Medicamentos, conforme o Anexo 1 da presente Resolução. Art. 2° Instituir e aprovar a Classificação e Critérios de Avaliação... Roteiro de Inspeção...com base no risco potencial de qualidade e segurança... Itens da RDC 17/2010 1. Garantia da Qualidade 2. BPF 3. Controle de Qualidade 4. Sanitização e Higiene 5. Validação 6. Reclamações 7. Recolhimento de produtos 8. Contrato de fabricação ou análise 9. Auto inspeção e auditoria 10. Pessoal 11. Instalações 12. Equipamentos 13. Materiais 14. Documentação http://foodsafetybrazil.org/wp-content/uploads/2015/05/anvisa.jpeg Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... • FISPQ Fonte da imagem: http://www.copergas.com.br/wp- content/uploads/2010/03/info-seg- petrobras.jpg Padrão de Referências Loog Book Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) • O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, o SNGPC, monitora as movimentações de entrada (compras e transferências) e saída (vendas, transformações, transferências e perdas) de medicamentos comercializados em farmácias e drogarias privadas do país, particularmente os medicamentos sujeitos à Portaria 344/1998 (como os entorpecentes e os psicotrópicos) e os antimicrobianos. • O SNGPC substituiu de forma gradual, entre 2007 e 2008, a escrituração tradicional, em que as informações ficavam apenas na empresa, pela escrituração obrigatoriamente eletrônica, com transmissão dos dados para a Anvisa. • O monitoramento dos hábitos de prescrição e consumo desses medicamentos no país possibilita contribuir com decisões regulatórias e ações educativas a serem promovidas pelos entes que compõem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Referências • Farmacopeia Brasileira V Edição, Volume 1 - ANVISA, Brasília 2010. • Farmacopeia Brasileira V Edição, Volume 2 - ANVISA, Brasília 2010. • RDC 17/2010 • RE 899 • RE 01 • FERNANDA PIRES VIEIRA, CAMILA FRACALOSSI REDIGUIERI, CAROLINA FRACALOSSI REDIGUIERI . Regulação de Medicamentos no Brasil. 672p. Editora Artmed, Porto Alegre, 2013. Slide 1: CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E COSMÉTICOS Slide 2: Controle de Qualidade e o Prazo de Validade Slide 3: Evidências de Deterioração Slide 4: Evidências de Deterioração Slide 5: Fatores de Instabilidade Slide 6: Fatores de Instabilidade Slide 7: Fatores de Instabilidade Slide 8: Conceitos fundamentais Slide 9 Slide 10: Estrutura Geral dos Sistemas de Qualidade Slide 11: Qual melhor material de busca e pesquisa... Slide 12: Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... Slide 13: Compêndios, documentos, fichas,monografia, etc... Slide 14 Slide 15: Monografias Slide 16: Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... Slide 17: Itens da RDC 17/2010 Slide 18: Compêndios, documentos, fichas, monografia, etc... Slide 19: Padrão de Referências Slide 20: Loog Book Slide 21 Slide 22: Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) Slide 23: Referências
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