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Ferramentas da qualidade

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE
2
Danilo Albertini da Silva
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2022
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
1ª edição
3
2022
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Head de Platos Soluções Educacionais S.A
Silvia Rodrigues Cima Bizatto
Conselho Acadêmico
Alessandra Cristina Fahl
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Mariana Gerardi Mello
Revisor
Ana Paula Fernandes Koeke
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_____________________________________________________________________________ 
Silva, Danilo Albertini da
Ferramentas da qualidade / Danilo Albertini da Silva. – 
São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2022.
32 p.
ISBN 978-65-5356-108-3 
1. Qualidade. 2. Ferramentas da qualidade. 3. Softwares 
de qualidade. I. Título.
CDD 005.30287
_____________________________________________________________________________ 
 Evelyn Moraes – CRB: 010289/O
S586f 
© 2022 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina __________________________________ 05
Introdução às Ferramentas da Qualidade ___________________ 07
Aplicação das Ferramentas da Qualidade ____________________ 18
Métodos de resolução de problemas ________________________ 29
Softwares e Ferramentas da Qualidade ______________________ 41
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
5
Apresentação da disciplina
Temas associados a qualidade são tópicos cada vez mais importantes 
no aperfeiçoamento profissional, especialmente quando pensamos no 
exercício de funções de nível tático e estratégico nas empresas.
A partir da base dos conceitos de qualidade e gestão da qualidade, 
chegamos à definição de que as ferramentas da qualidade são as 
aplicações práticas para atingir os objetivos traçados pelo sistema de 
gestão da qualidade. 
Partindo do princípio de que é necessário medir para poder ter 
controle e possibilidades de melhoria nos processos, as ferramentas da 
qualidade se colocam como recursos importantes na coleta, organização 
e tratamento das informações seja nas indústrias de transformação, na 
prestação de serviços e até mesmo no comércio.
Nesta disciplina, serão apresentadas as ferramentas da qualidade mais 
tradicionais elencadas na literatura, desde o fluxograma até as cartas 
de controle e Diagramas de Pareto e de Ishikawa, explicando sobre a 
criação de cada uma e descrevendo detalhadamente como e quando 
usar a partir de uma abordagem prática e direta.
Além desses pontos, discutiremos a aplicação das ferramentas da 
qualidade de forma conjunta sob a forma de Métodos de Resolução de 
Problemas, incluindo exemplos construídos passo a passo, a fim de que 
possamos compreender e utilizar a técnica em situações do dia a dia.
Como o tempo é um recurso extremamente valioso e pode fazer 
a diferença quando nos deparamos com um mercado altamente 
6
concorrido, estudaremos a utilização de softwares de apoio, como o 
Excel ou o Minitab, que oferecem grande vantagem em matéria de 
velocidade de processamento e preparação dos dados. Esse tópico 
também será abordado de forma empírica e com grande variedade de 
exemplos de aplicação.
Ao final da disciplina, estaremos aptos a definir cada uma das 
ferramentas da qualidade e, tão importante quanto isso, saber quais 
devem ser utilizadas em cada situação de modo a identificar e resolver 
problemas com agilidade, eficiência e precisão. 
Embarque neste tema e descubra como essas ferramentas podem ser 
fatores críticos de sucesso e ajudar de forma impactante nos desafios do 
dia a dia! 
7
Introdução às Ferramentas da 
Qualidade
Autoria: Danilo Albertini da Silva
Leitura crítica: Ana Paula Fernandes Koeke
Objetivos
• Resumir os conceitos de qualidade e gestão da 
qualidade segundo as referências mais tradicionais 
da literatura.
• Apresentar as ferramentas da qualidade mais 
utilizadas, segundo a literatura.
• Entender como as ferramentas da qualidade podem 
contribuir com a gestão da Qualidade.
8
1. Conceitos de Qualidade
A palavra qualidade tem sua origem etimológica no termo do Latim 
qualitate, utilizado, inicialmente, para distinguir algo em relação às suas 
características e performance. De acordo com essa definição inicial, 
entendia-se qualidade como um atributo não necessariamente tangível 
ou mensurável, mas perceptível a ponto de ser usado como medida de 
valor para diferenciar produtos com alto grau de distinção, como, por 
exemplo, as cerâmicas orientais, tapetes persas e especiarias indianas.
Esta percepção de qualidade influencia o pensamento popular até 
os dias de hoje, mas também se torna simplista quando aplicado ao 
contexto de indústrias ou serviços. Afinal, considerando o princípio da 
intangibilidade desse primeiro pensamento, como se pode controlar, 
gerenciar ou melhorar o que não se pode medir?
Partindo da necessidade de aprimorar esta visão, o conceito de qualidade, 
da forma como entendido hoje, começou a ser aperfeiçoado por nomes 
como doutor Edwards Deming, autor do questionamento acima, e Walter 
A. Shewhart, que, juntos, foram precursores na identificação da causa raiz 
de variações no processo de produção a partir do desenvolvimento de 
métodos estatísticos (SASHKIN; KISER, 1994).
Desde então, grandes nomes, conhecidos hoje como os gurus da qualidade, 
complementaram a construção do conceito a partir de suas contribuições e 
visões da qualidade, como resume Camargo (2011), no Quadro 1.
Quadro 1 – Definições de qualidade
Autor Definição
Juran. É adequação ao uso por meio da percepção das necessidades dos clientes.
Deming. É perseguição às necessidades dos clientes e homogeneidade dos resultados do processo.
9
Crosby. É a conformidade do produto às suas especificações.
Feigenbaum.
É o conjunto de características incorporadas ao 
produto, por meio do projeto e manufatura que 
determinam o grau de satisfação do cliente.
Ishikawa.
É a rápida percepção e satisfação das necessidades 
do mercado, adequação ao uso dos produtos e 
homogeneidade dos resultados do processo.
Fonte: adaptado de Camargo (2011).
Diante deste contexto, o conceito atual de qualidade consiste na junção 
dessas definições e deve ser avaliado sob diversas perspectivas (a 
partir do cliente, do produto ou do processo, por exemplo) para um 
entendimento completo. A compreensão do conceito é a base inicial 
para que se possa gerir e medir como serão apresentados nos próximos 
tópicos.
2. Gestão da Qualidade
Entendidos os conceitos de qualidade, delineados pelos precursores do 
tema, o próximo passo é a aplicação que passa pela gestão da qualidade 
e se desenvolve em termos práticos com as ferramentas da qualidade.
A gestão da qualidade, apresentada por Campos (2016), pode ser definida 
como a aplicação de estratégias, ferramentas, ações de forma sistêmica 
e coordenada por parte de uma organização, visando a garantia da 
conformidade de seus produtos e processos. Estes têm como objetivo 
atingir os requisitos esperados pelos clientes, assim como a melhoria 
contínua para geração de valor e redução de falhas e desperdícios.
Pensando em complementar esta visão, surgiu o conceito de Gestão da 
Qualidade Total ou Total QualityControl (TQC), que considera a qualidade 
sob a perspectiva de diversas dimensões, como apresentado no Quadro 2.
10
Quadro 2 – Dimensões da Qualidade Total
Dimensão Descrição
Qualidade
Dimensão de valor do cliente interno ou externo quanto 
à percepção de satisfação da necessidade esperada.
Custo.
Dimensão mensurada pela relação de custo versus 
benefício entregue pelo produto ou serviço contratado.
Entrega.
Dimensão obtida pela composição dos índices OTIF (on time 
in full)–prazo e precisão de quantidades na entrega.
Moral.
Dimensão que mede o nível de satisfação de um 
grupo de pessoas com a empresa (exemplo: índice de 
turnover ou ações trabalhistas numa fábrica)
Segurança.
Dimensão que avalia segurança oferecida pelo 
produto ou processo à sociedade e à empresa
Fonte: adaptado de Campos (2016).
Considerando a necessidade de se mensurar e atuar em cada dimensão, 
foram elaboradas ferramentas com alto poder e grande versatilidade de 
aplicação, como será apresentado posteriormente.
3. Ferramentas da Qualidade
As ferramentas da qualidade podem ser consideradas como aplicações 
práticas para atingir os objetivos traçados pelo sistema de gestão da 
qualidade.
Partindo do princípio de que é necessário medir para poder ter 
controle e possibilidades de melhoria nos processos, as ferramentas 
da qualidade desempenham importantes papéis na coleta, organização 
e tratamento das informações. Autores como Brassard (1988) e Cesar 
(2011) resumem as principais ferramentas conforme apresentado na 
Figura 1.
11
Figura 1 – Ferramentas da Qualidade
Fonte: elaborada pelo autor.
3.1 Fluxograma
O fluxograma é uma forma universal de representação gráfica de 
processos, por meio de formas simples, com significados pré-definidos.
Tem como característica principal a facilidade de se desenhar e visualizar 
processos, viabilizando, assim, o mapeamento de fluxos e a identificação 
da sequência de trabalho passo a passo, podendo ser observado no 
exemplo apresentado na Figura 2.
Figura 2 – Exemplo de fluxograma
Fonte: https://publicdomainvectors.org/pt/vetorial-gratis/Desenho-vetorial-de-
fluxograma/13651.html. Acesso em: 25 abril 2022.
https://publicdomainvectors.org/pt/vetorial-gratis/Desenho-vetorial-de-fluxograma/13651.html
https://publicdomainvectors.org/pt/vetorial-gratis/Desenho-vetorial-de-fluxograma/13651.html
12
3.2 Cartas de Controle
As cartas de controle foram elaboradas, inicialmente, por Walter 
Shewhart, especialista em estatística, na década de 1920, nos EUA.
A ferramenta, também conhecida como Carta de Shewhart, é utilizada 
para acompanhamento gráfico das variações que ocorrem durante a 
execução de processos.
As cartas de controle são apresentadas graficamente por uma linha central, 
composta pela especificação nominal e limites inferiores e superiores 
definidos com base nas especificações, como mostra a Figura 3.
Os pontos encontrados ao longo do processo são registrados na carta, 
gerando uma visualização gráfica que permite ver com facilidade os 
desvios do processo em relação ao objetivo desejado.
Esse registro é fundamental para documentação da variabilidade 
dos processos, ação necessária para identificação e tratativa de 
falhas (CESAR, 2011). A utilização dessa ferramenta é a base para a 
implementação do Controle Estatístico de Processo (CEP).
Figura 3 – Carta de Controle
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:C_control_chart.svg. 
Acesso em: 25 abril 2022.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:C_control_chart.svg
13
3.3 Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa foi criado na década de 1940 e carrega o nome 
de seu criador, Kaoru Ishikawa.
Também conhecido como Diagrama de Espinha de Peixe, Diagrama de 
Causa-Efeito ou Diagrama 6M, a ferramenta foi criada para mapear e 
investigar possíveis causas de um problema específico.
O diagrama conta, por padrão, com seis categorias principais de causas: 
materiais, método, mão de obra, matéria-prima, meio ambiente e 
medida. Cada causa identificada pode ser desdobrada em subcausas e 
as categorias podem ser flexibilizadas e renomeadas, dependendo da 
profundidade da análise e complexidade do problema (CESAR, 2011). A 
Figura 4 mostra a estrutura do diagrama.
Figura 4 – Diagrama de Ishikawa
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diagrama-de-Ishikawa.png. 
Acesso em: 25 abril 2022.
3.4 Folha de Verificação
A Folha de Verificação consiste em um formato padronizado, que 
permite o lançamento do número de ocorrências de determinado 
evento em categorias pré-definidas, como, por exemplo, um modo de 
falha em uma linha de produtos.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diagrama-de-Ishikawa.png
14
Folhas de verificação podem ser disponibilizadas e apresentadas como 
documentos de apoio à produção ou até mesmo quadros na fábrica. 
As informações levantadas, por meio da ferramenta, servem como 
base para tratamentos estatísticos e gráficos de ferramentas, como 
o Histograma e Gráfico de Dispersão (JAWARE et al, 2018). A Figura 5 
mostra um exemplo da folha de verificação.
Figura 5 – Folha de Verificação
Fonte: elaborada pelo autor.
3.5 Histograma
O Histograma foi inventado ano de 1833, por André Michel Gerry, 
estatístico francês, para uma finalidade bem particular: estudo de 
ocorrências criminais em Paris.
A ferramenta, que utiliza gráficos de barras para representar a 
distribuição de frequências de eventos ou fatores, é amplamente 
utilizada para resumir graficamente grandes conjuntos de dados, 
mostrar os desvios e variações frente a uma medida central (BRASSARD, 
1988).
O gráfico é composto por dois eixos, apresentando a distribuição das 
amostras e a frequência de cada uma, conforme exemplo apresentado 
abaixo.
15
Figura 6 – Histograma
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cumulative_vs_normal_histogram.svg. 
Acesso em: 25 abril 2022.
3.6 Diagrama de Dispersão
O Diagrama de Dispersão foi descrito, inicialmente, pelo matemático e 
estatístico inglês Francis Galton, em meados do século XIX.
A ferramenta é utilizada para verificar a existência de correlação entre 
variáveis distintas, como renda bruta e porcentagem de gastos com 
saúde, como mostra o exemplo da Figura 7.
As correlações podem ser apresentadas como diretamente proporcional 
(correlação positiva) ou inversamente proporcional (correlação negativa). 
Além do sentido, as correlações podem ser fracas, fortes ou perfeitas, 
dependendo da proximidade entre os pontos.
O gráfico, representado na Figura 7, mostra o exemplo de uma 
correlação: negativa, linha com tendência para baixo, ou seja, quanto 
maior a renda mensal, menor a porcentagem gasta com saúde; e forte, 
pois os pontos estão próximos, o que significa que as amostras possuem 
comportamento semelhante.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cumulative_vs_normal_histogram.svg
16
Figura 7 – Diagrama de Dispersão
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Renda_x_Gastos_em_sa%C3%BAde.svg. 
Acesso em: 25 abril 2022.
3.7 Diagrama de Pareto
O diagrama de Pareto leva o nome de seu criador, Vilfredo Pareto, 
economista italiano que desenvolveu o método para mostrar 
graficamente a desigualdade da distribuição de renda entre a população 
no século XIX.
Segundo seus estudos, 80% das riquezas disponíveis na época estavam 
acumuladas com apenas 20% da população.
Visualizando as possibilidades de aplicação dessa regra 80/20 na 
qualidade, Juran estabeleceu que a aplicação dos esforços em 20% das 
ocorrências mais frequentes de defeitos poderia resultar na solução de 
80% dos problemas.
O diagrama de Pareto se apresenta, então, como a forma gráfica de 
identificar esses 20% dos fatores com 80% de impacto, combinando as 
ocorrências representadas por meio de barras em um eixo, e uma curva 
com a representatividade percentual acumulada em outro eixo, como 
mostra a Figura 8.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Renda_x_Gastos_em_sa%C3%BAde.svg
17
Figura 8 – Diagrama de Pareto
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pareto_Chart_example.png.Acesso em: 25 abril 2022.
Aliado a outras ferramentas como a folha de verificação, por exemplo, 
o diagrama de Pareto pode ser usado como uma das principais formas 
de se iniciar trabalhos de melhoria. Nota-se que, além das possibilidades 
individuais de cada ferramenta, também é possível utilizá-las de forma 
combinada.
A aplicação prática e aprofundada de cada uma delas, bem como sua 
utilização de forma combinada serão assuntos dos próximos temas 
desta disciplina.
Referências
BRASSARD, M. The Memory Jogger: a Pocket Guide of Tools for Continuous 
Improvement. Methuen, MA, EUA: GOAL/QPC, 1988.
CAMARGO, W. Controle da Qualidade Total.. Curitiba: Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia, 2011.
CAMPOS, V. F. TQC–Controle da Qualidade Total no estilo japonês. Belo 
Horizonte: Falconi, 2014.
CESAR, F.I.G. Ferramentas Básicas da Qualidade., 1. ed. São Paulo: Biblioteca 24 
horas 2011.
JAWARE, A. et al. Seven quality tools a review. Int. Res. J. Eng. Technollogy, v. 5, n. 5, 
p. 2796-2798, 2018.
SASHKIN, M.; KISER, K. J. Gestão da Qualidade Total na prática: o que é TQM, 
como usá-la e como sustentá-la a longo prazo. Recife: Campus, 1994.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pareto_Chart_example.png
18
Aplicação das Ferramentas da 
Qualidade
Autoria: Danilo Albertini da Silva
Leitura crítica: Ana Paula Fernandes Koeke
Objetivos
• Entender em quais situações e para quais objetivos 
se utilizam as ferramentas da Qualidade.
• Apresentar exemplos práticos da utilização de 
ferramentas da qualidade.
• Compreender a metodologia de aplicação das 
ferramentas da qualidade.
19
1. Aplicação das ferramentas da Qualidade
As ferramentas da Qualidade foram elaboradas com o intuito de 
viabilizar uma série de atividades, desde a identificação e correção de 
falhas até o mapeamento e análise estatística de processos. Conhecer 
como essas ferramentas são aplicadas é um passo que não pode ser 
negligenciado quando se pretende gerenciar processos, afinal, como 
definido por Deming (apud BRASSARD, 1988), só se pode controlar e 
melhorar aquilo que se pode mensurar. Autores como Brassard (1988) e 
Cesar (2011) resumem as principais ferramentas:
Figura 1 – Ferramentas da Qualidade
Fonte: elaborada pelo autor.
Cada uma das ferramentas tem suas aplicações próprias e seu método 
de utilização, como apresentado na sequência.
1.1 Fluxograma
Os fluxogramas são diagramas utilizados para descrever, estudar, 
documentar e comunicar processos complexos utilizando formas fáceis 
de entender representadas sob a forma de um fluxo.
É amplamente utilizado em diversas áreas, desde a elaboração de softwares 
até a prestação de serviços, sendo ideal que seja elaborado na etapa de 
planejamento de novos projetos e mapeamento de processos já existentes.
20
Como resumido por Ensmenger (2016), existem muitas representações 
diferentes, mas a simbologia mais comum contém a representação do 
início ao fim do processo produtivo, percorrendo os processos, a decisão e 
o sentido da linha de produção, conforme pode ser observado na Figura 2.
Figura 2 – Símbolos do fluxograma
Fonte: elaborada pelo autor.
A construção do fluxograma começa pela representação da atividade 
inicial do processo, em que o nome de cada atividade ou etapa do 
processo deve constar dentro de cada bloco.
O processo deve seguir um fluxo contínuo, cujo sentido é mostrado 
pelas setas direcionais apresentadas ao longo do fluxograma. As etapas 
de decisão devem ser dispostas de forma específica, conforme pode ser 
observado na Figura 3, pois, nessa etapa a linha produtiva, pode possuir 
caminhos e/ou fluxos diferentes para cada resposta e/ou possibilidade 
que se deseja obter.
A Figura 3 apresenta um exemplo da representação de um fluxograma, 
onde a etapa de inspeção é também uma etapa de decisão.
Figura 3 – Fluxograma de processo produtivo com inspeção
Fonte: elaborada pelo autor.
21
1.2 Cartas de Controle
A Carta de Controle é um gráfico para acompanhamento das variações 
e desvios que ocorrem durante a execução de processos. É utilizado, 
normalmente, em processo fabris seriados e é necessário para aferição 
da estabilidade dos processos e identificação de falhas (CESAR, 2011).
O gráfico é construído por uma linha central, composta pela 
especificação nominal e limites inferiores e superiores definidos com 
base nas especificações, como mostra a Figura 4.
Os pontos encontrados ao longo do processo são registrados na carta, 
gerando uma visualização gráfica que permite ver com facilidade os 
desvios do processo em relação ao desejado.
Pode-se citar, como exemplo, a seguinte situação: considere que temos 
um parafuso cuja medida de comprimento no projeto seja de 10mm, 
havendo uma tolerância de mais ou menos 1mm de comprimento. Ao 
elaborarmos a presente carta, o centro da especificação (linha central) 
fica definido como 10mm (tamanho ideal do parafuso), enquanto a linha 
superior fica estabelecida em 11mm (variação de 1mm para mais), e a 
linha inferior passa a ser de 9 mm (variação de 1mm para menos).
Durante um turno de produção foram colhidas amostras com intervalos 
de uma hora e foram medidos os dados expressos no Quadro 1:
Quadro 1 – Medidas apuradas para elaboração da carta de controle
Hora Amostra Medida Hora Amostra Medida
06:00 Peça 1 10,5 11:00 Peça 6 11,8
07:00 Peça 2 10,3 12:00 Peça 7 9,8
08:00 Peça 3 10,2 13:00 Peça 8 9,6
09:00 Peça 4 10,4 14:00 Peça 9 9,9
10:00 Peça 5 10,7
Fonte: elaborado pelo autor.
22
Analisando os pontos plotados na carta de controle da Figura 4, a 
partir dos dados do Quadro 1, é possível analisar os desvios e a hora 
em que foram identificados os erros durante a linha de produção. 
Sendo assim, é possível observar que, às onze horas, ocorreu um 
desvio acima do limite superior tolerado, o que facilita a localização e 
neutralização da falha.
Figura 4 – Carta de Controle
Fonte: elaborada pelo autor.
1.3 Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa é utilizado para mapear e identificar possíveis 
causas para um problema previamente identificado (CESAR, 2011).
Para a construção prática, o primeiro passo consiste em descrever 
o problema na cabeça do peixe do diagrama e, depois, por meio de 
técnicas como o brainstorm (chuva de ideias) escrever as possíveis 
causas dentro de cada categoria dos 6M’s: máquina, método, mão de 
obra, material, meio ambiente e medida.
Vamos para outro exemplo prático? Considere a investigação da 
ocorrência de muitos produtos com defeito em uma linha de produção. 
A equipe responsável pela elaboração do diagrama, analisa cada 
um dos 6M, identificando possíveis causas para determinada falha. 
Posteriormente, as causas identificadas no diagrama devem ser 
23
analisadas utilizando técnicas para resolução de problemas. A Figura 5 
mostra o diagrama construído durante a investigação do caso proposto 
acima.
Figura 5 – Diagrama de Ishikawa
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Diagrama_de_causa_e_
efeito_-_Ishikawa_-_6M.gif. Acesso em: 25 abril 2022.
1.4 Folha de Verificação
A Folha de Verificação consiste em um formato padronizado, que 
permite o lançamento do número de ocorrências de determinado 
evento, em categorias pré-definidas, como um modo de falha em uma 
linha de produtos, por exemplo (JAWARE et al., 2018).
Tem como objetivo facilitar a coleta e apontamento de dados e 
é considerada, normalmente, como a primeira ferramenta para 
observação de erros, uma vez que é muito simples de ser implementada 
e utilizada.
Sua construção parte do resumo dos possíveis modos de falhas a serem 
encontrados em determinado processo. Essa síntese deve ser feita pelo 
time de qualidade em conjunto com a produção, mapeando, assim, 
todas as possíveis falhas encontradas. Posteriormente, os responsáveis 
pela alimentação dos dados devem ser treinados para instrução sobre o 
preenchimento correto.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Diagrama_de_causa_e_efeito_-_Ishikawa_-_6M.gif
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Diagrama_de_causa_e_efeito_-_Ishikawa_-_6M.gif24
Exemplo: considere um produto que possua duas características 
mensuráveis, sendo a primeira o diâmetro do produto e a segunda, o 
comprimento. Um calibrador passa não passa (dispositivo Poka-yoke que 
possui geometria equivalente aos limites da especificação do produto) 
foi desenvolvido para facilitar a inspeção e identificação dos possíveis 
modos de falha. A ficha de verificação foi construída contemplando cada 
um deles e os apontamentos são reportados, como mostra a Figura 6.
Figura 6 – Folha de Verificação
Fonte: elaborada pelo autor.
1.5 Histograma
O Histograma é um gráfico de barras com dois eixos, representado 
pelo grupo amostral no eixo horizontal e frequência no eixo vertical. É 
utilizado para representar a distribuição de frequências de eventos ou 
fatores, sendo capaz de resumir graficamente grandes conjuntos de 
dados, assim como mostrar os desvios e variações frente a uma medida 
central (BRASSARD, 1988).
Para sua construção, geralmente, são utilizados softwares como o 
Microsoft Excel ou o Minitab, para processamento de bases de dados 
previamente levantadas. A construção via software será conduzida 
com mais detalhes ao longo do tema 4 desta disciplina. Neste exemplo, 
foram aferidos os diâmetros de 200 unidades de parafusos, utilizando 
uma carta de controle. A Figura 7 representa o histograma criado com a 
distribuição das frequências por faixas de diâmetro encontrado ao longo 
da análise realizada. Podemos perceber que a maior parte das amostras 
25
se concentra entre as medidas de 10,44 mm e 10,70 mm (56 peças 
encontradas nessa faixa). A partir do gráfico, são avaliados parâmetros 
estatísticos como centralidade, amplitude e simetria dos dados para que 
ações corretivas ou de melhoria sejam tomadas.
Figura 7 – Histograma de medição de parafusos
Fonte: elaborada pelo autor.
1.6 Diagrama de Dispersão
O Diagrama de Dispersão é um gráfico que utiliza coordenadas 
cartesianas XY para representação simultânea de duas variáveis 
quantitativas distintas. A ferramenta é utilizada para verificar a 
existência de correlação entre as duas variáveis comparadas.
As correlações podem ser apresentadas como diretamente proporcional 
(correlação positiva) ou inversamente proporcional (correlação negativa). 
Além do sentido, as correlações podem ser fracas, fortes ou perfeitas, 
dependendo da proximidade entre os pontos (CAMPOS, 2014).
Para sua construção, normalmente, se utilizam softwares como o 
Microsoft Excel ou o Minitab, para processamento de bases de dados 
previamente levantadas.
Como exemplo, considere a aplicação de um produtor de frutas que 
deseja avaliar a correlação entre o número das frutas por árvore e o 
peso de cada uma. Para tanto, os dados foram coletados e resumidos no 
26
gráfico expresso na Figura 8. O gráfico mostra o peso em gramas no eixo 
vertical e a quantidade de frutas por árvore, no horizontal.
Nesse exemplo, com a utilização do diagrama, é possível notar que 
quanto maior o número de frutas por árvore, menor o peso de cada 
fruta (correlação negativa).
Figura 8 – Diagrama de Dispersão
Fonte: elaborada pelo autor.
1.7 Diagrama de Pareto
O diagrama de Pareto é um gráfico que combina barras (número de 
ocorrências de um determinado evento ou fator) com uma linha que 
representa a frequência acumulada (soma das ocorrências medidas 
pelas barras).
O objetivo é identificar os eventos mais importantes, utilizando a métrica 
80/20, e, a partir desse contexto, focar os esforços para resolução dos 
problemas de forma mais eficiente e efetiva (CAMARGO, 2011).
Considere uma empresa fabricante de produtos alimentícios que tem 
recebido diversas reclamações por parte do Serviço de Atendimento ao 
Consumidor (SAC) e precisa identificar quais serão as frentes priorizadas 
para direcionar os recursos e evitar a perda de vendas.
27
O processo consiste em organizar as ocorrências em bases de dados 
(utilizando as folhas de verificação, por exemplo) e elaborar a curva. Para 
sua construção, normalmente, se utilizam softwares como o Microsoft 
Excel ou o Minitab.
Para elucidar o presente exemplo, a Figura 9 mostra que o principal 
problema está nas embalagens danificadas, seguido por produtos com 
quantidade discrepantes das propostas ao consumidor. Com esses 
resultados, podemos entender que centralizar os esforços na linha de 
embalagens trará resultados positivos para até 80% das reclamações 
mais frequentes.
Figura 9 – Diagrama de Pareto
Fonte: elaborada pelo autor.
Como mostrado nesta leitura, as ferramentas são muito versáteis. A 
combinação das ferramentas em pares, como a folha de verificação e 
o Diagrama de Pareto, por exemplo, é apenas uma demonstração de 
como sua combinação pode se tornar um recurso poderoso, tanto na 
resolução de problemas quanto na melhoria contínua.
Referências
BRASSARD, M. The Memory Jogger: a Pocket Guide of Tools for Continuous 
Improvement. Methuen, MA, EUA: GOAL/QPC, 1988.
28
CAMARGO, W. Controle da Qualidade Total.. Curitiba: Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia, 2011.
CAMPOS, V. F. TQC–Controle da Qualidade Total no estilo japonês. Belo 
Horizonte: Falconi, 2014.
CESAR, F.I.G. Ferramentas básicas da Qualidade.: 1. ed. São Paulo: Biblioteca 24 
horas, 2011.
ENSMENGER, N. The multiple meanings of a flowchart. Information & Culture, v. 
51, n. 3, p. 321-351, 2016.
JAWARE, A. et al. Seven quality tools a review. Int. Res. J. Eng. Technology, v. 5, n. 5, 
p. 2796-2798, 2018.
29
Métodos de resolução de 
problemas
Autoria: Danilo Albertini da Silva
Leitura crítica: Ana Paula Fernandes Koeke
Objetivos
• Entender o que são métodos para resolução de 
problemas.
• Compreender a origem, objetivo e a metodologia de 
aplicação do 8D.
• Identificar possibilidades de aplicação das 
ferramentas da qualidade nos métodos de resolução 
de problemas.
30
1. Métodos de resolução de problemas
O domínio sobre os temas relacionados à gestão da qualidade é 
essencial para o exercício de funções de nível tático e estratégico, tanto 
nos setores de produção quanto na prestação de serviço.
Conhecer as ferramentas da qualidade e suas aplicações é o primeiro 
passo e requisito fundamental, mas saber como podemos utilizá-las de 
forma associadas e focada na resolução de problemas é um importante 
fator de diferenciação no mercado. Os conjuntos compostos por 
ferramentas da qualidade atreladas a estratégias focadas em correções 
de falhas são chamados de métodos para resolução de problemas 
(VARGAS, 2017).
As metodologias para resolução de problemas surgiram como uma 
forma de consolidar as ferramentas já existentes em padrões pré-
definidos de utilização.
Entre os mais populares na literatura, como relacionam Alexa e Kiss 
(2016), temos o Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) ou Modos 
de Falha e Análise de Efeitos e o Método das 8 disciplinas, também 
conhecido como método 8D.
Enquanto o FMEA é utilizado para prever possíveis modos de falhas no 
sistema produtivo, o método 8D é utilizado para tratar os problemas 
depois da sua identificação.
Considere que após um levantamento feito com folhas de verificação, 
foi identificado um erro ou modo de falha específico. Nesse caso, o 8D 
é sugerido como método a ser utilizado para correção e remediação 
imediata da falha. Dadas as vastas possibilidades de aplicação, a 
metodologia 8D é utilizada por várias empresas ao redor do mundo com 
o objetivo de identificar as não conformidades apresentadas ao longo da 
linha de produção.
31
Entendendo, então, a importância do método, poderemos compreender 
melhor a sua origem e funcionamento para que possamos estar aptos 
para aplicá-lo na prática.
1.1 O Método 8D
O Método 8D é um conjunto de ferramentas cuja essência é um 
processo padronizado com ênfase em fatos. O método concentra-se na 
origem do problema e na determinação de sua causa raiz.
Conhecido como Global 8D, o método tem como propósito identificar, 
corrigir e eliminar problemas ou não conformidades recorrentes, 
se configurando como umapoderosa ferramenta para melhoria de 
produtos e processos (BEHRENS et al., 2007).
Utilizado, inicialmente, pela Ford Motor Company, teve sua origem em 
1987, como Team-Oriented Problem Solving Manual, ou método TOPS 8D, 
e veio ao encontro das indústrias automotivas com intuito de encontrar 
uma forma eficaz de eliminar problemas recorrentes (KRAJNC, 2012).
Após ter se consagrado pelos resultados positivos no segmento, 
o método 8D se popularizou como uma abordagem abrangente e 
estruturada para a resolução de problemas. Seus principais benefícios 
para a linha de produção são os seguintes:
• Identificação rápida das causas raiz e aplicação de ações corretivas 
permanentes.
• Prevenção de reincidência.
• Melhoria de processos por conta das ações de abrangências.
• Aprendizagem por meio de informações compartilhadas para 
serem reutilizadas e auxílio na implantação da cultura de 
qualidade.
32
A Figura 1 resume os passos necessários para a implementação da 
ferramenta em determinada linha de produção.
Figura 1 – Passo a passo do Método 8D
Fonte: elaborada pelo autor.
Nos próximos tópicos, serão detalhados os procedimentos a serem 
utilizados em cada passo.
1.2 Passo a passo para elaboração
Como o próprio nome sugere, o método 8D é constituído por oito 
passos que serão explicados ao longo do presente tópico.
D1 – Introdução e construção da equipe:
A primeira etapa do trabalho é a definição do time encarregado 
da condução da investigação. É considerado fator de sucesso que 
pelo menos uma pessoa de cada área envolvida no problema esteja 
participando da investigação.
33
Isso significa que se for um problema com uma peça específica, o 
engenheiro responsável pelo seu projeto deve participar. Caso seja um 
problema de produção, o supervisor da área e o operador devem estar 
envolvidos.
Não é adequado ou eficiente que o 8D seja conduzido estritamente 
pela equipe da qualidade, sem a participação dos demais envolvidos na 
produção de determinado produto.
Figura 2 – Sugestão de formulário para definição de time
Fonte: elaborada pelo autor.
D2 – Descrição da falha:
Após a escolha do time, as informações referentes ao problema 
encontrado devem ser coletadas utilizando o maior nível de 
detalhamento possível.
A falha deve ser descrita com precisão, utilizando, por exemplo, fotos 
e um resumo das especificações esperadas versus especificações 
encontradas. É imprescindível que a coleta das evidências seja baseada 
em fatos e que traga dados, como o lote, a quantidade de peças não 
conformes, a origem e a representatividade do erro dentro do lote de 
produção.
A Figura 3 raz uma sugestão de formulário para apontamento da falha.
34
Figura 3 – Sugestão de formulário para descrição da falha
Fonte: elaborada pelo autor.
D3 – Definição da ação de contenção:
Após descrever e evidenciar os problemas mapeados, é hora de iniciar 
as ações propriamente ditas. As ações de contenção visam minimizar 
os impactos do problema enquanto a solução definitiva está em 
desenvolvimento.
Essas ações são importantes quando as falhas impactam na qualidade, 
segurança dos produtos ou serviços que estejam sendo afetados pelas 
não conformidades.
Além das ações de contenção, são indicadas inspeções mais 
aprofundadas com critérios pré-estabelecidos para investigação da 
extensão das falhas com maior nível de detalhe. Recomenda-se que 
os lotes afetados pela não conformidade tenham seus planos de 
amostragem suspensos e sejam cem por cento inspecionados.
35
A Figura 4 traz uma proposta de formulário que pode ser utilizada para o 
registro dos critérios e resultado da inspeção e das ações de contenção a 
serem tomadas.
Figura 4 – Sugestão de formulário para definição das ações de 
contenção
Fonte: elaborada pelo autor.
D4 – Análise de causa raiz:
Após a tomada das ações de contenção, inicia-se a fase de investigação 
da origem do problema. Nesse momento, sugere-se realizar uma 
reunião com o time de resolução do problema e levantar todas as 
possíveis causas que podem ter interferido na não conformidade do 
produto acabado.
A ferramenta utilizada para essa análise é o Diagrama de Ishikawa. Nesta 
etapa, não devem ser feitas verificações no processo para saber se as 
possíveis causas são pertinentes, pois todas as possibilidades devem ser 
levantadas hipoteticamente e preenchidas neste diagrama.
36
Após levantadas as possibilidades, uma verificação no processo deverá 
ser realizada para verificar quais delas realmente podem ter ocorrido.
Nesta etapa, a indicação é utilizar a ferramenta dos 5 Porquês para 
encontrar a causa raiz do problema. Esse método é amplamente 
utilizado para investigação aprofundada das causas. Nessa ferramenta, 
devem ser questionados cinco vezes seguidas o porquê de cada causa 
para, enfim, se conhecer a raiz de cada uma.
A Figura 5 traz uma sugestão de formulário para análise da causa raiz, 
utilizando o Diagrama de Ishikawa e os 5 Porquês.
Figura 5 – Sugestão de formulário para análise de causa raiz
Fonte: elaborada pelo autor.
37
D5 – Planejamento de ação de correção:
As causas raízes, ou seja, as causas que realmente geraram a não 
conformidade, são os últimos porquês de cada possível causa levada ao 
5 Porquês.
Após essa determinação, feita pela equipe do projeto, é possível eleger 
as ações de correção efetivas a longo prazo.
Podem ser escolhidas e tomadas mais de uma ação, mas é fundamental 
que se mantenha a diligência de acompanhamento dos prazos, 
atribuindo responsáveis e datas para monitoramento de cada ação.
Figura 6 – Sugestão de formulário para análise de causa raiz
Fonte: elaborada pelo autor.
D6 – Implantação de ação corretiva e verificação de eficácia:
Após o planejamento das ações, é o momento de implantar e 
acompanhar cada uma delas. É fundamental que todo o time e a 
liderança das áreas envolvidas estejam empenhados na execução, uma 
vez que, normalmente, as ações adotadas são interdisciplinares.
Indicadores podem ser dimensionados para o acompanhamento da 
eficácia de cada ação e, dessa forma, se torna possível mensurar a 
evolução de cada processo.
38
Caso a ação tomada não tenha alcançado o objetivo na resolução do 
problema, sugere-se que retorne ao passo D4 para nova investigação da 
causa raiz. Esse passo pode ser refeito quantas vezes forem necessárias, 
mas a assertividade do passo D4 é imprescindível para minimizar o 
número de repetições.
A Figura 7 mostra um exemplo de formulário para acompanhamento 
e verificação de eficácia das ações, contendo a descrição da ação, o 
responsável, a data da implementação, uma coluna de resposta binária 
(sim ou não) para registro de eficácia e resultado da ação.
Figura 7 – Sugestão de formulário para verificação de eficácia
Fonte: elaborada pelo autor.
D7 – Abrangência e tomada de ações preventivas:
Após verificada a eficácia, é importante analisar a abrangência e replicar 
as mesmas ações nos produtos e processos similares que podem 
apresentar a mesma não conformidade e não foram contemplados no 
plano de ação anterior.
É comum que, após a resolução do problema, as próximas etapas do 
plano (D7 e D8) sejam proteladas, mas melhorias reais apenas ocorrem 
quando as lições aprendidas são aplicadas em outras áreas para 
prevenção de problemas futuros.
Podem ser tomadas ações como atualização do processo de inspeção 
ou auditoria nas áreas relacionadas à falh,a ou mesmo a introdução de 
39
dispositivos Poka-yoke, ou antifalha, em processo de alto risco. A Figura 
8 traz o exemplo de um formulário para registro e acompanhamento de 
ações de abrangência.
Figura 8 – Sugestão de formulário para registro de ações de 
abrangência
Fonte: elaborada pelo autor.
D8 – Discussões finais, encerramento e gratificação:
Nessa etapa, as discussões sobre as ponderações finais do trabalho são 
feitas pela equipe e o encerramento do 8D é formalizado. Elaborar um 
breve resumo é indicado antes de arquivar o processo.
Também é importante que o processo seja revisado na íntegra parachecar se alguma ação ainda ficou em aberto, como mostrado no campo 
inferior da Figura 9.
Figura 9 – Sugestão de formulário para finalização do 8D
Fonte: elaborada pelo autor.
40
Após a finalização do trabalho, um passo para a consolidação de 
uma cultura de qualidade é o reconhecimento da equipe, seja 
com bonificações, oportunidades, ou até mesmo com moções de 
agradecimento nas reuniões e murais de comunicação interna. Como 
mostrado nesta leitura, a combinação das ferramentas pode resultar em 
recursos poderosos, como o método 8D.
Entender esses métodos e conhecer como aplicá-los de forma efetiva 
é fundamental para que se possa obter ganhos reais de qualidade e 
produtividade, afinal, a resolução de problemas é parte do cotidiano de 
todos os segmentos de trabalho.
Referências
ALEXA, V., KISS, I. Complaint analysis using 8D method within the companies in the 
field of automotive. Analecta Technica Szegedinensia, v. 10, n. 1, p. 16-21, 2016.
BEHRENS, B.; WILDE, I.; HOFFMANN, M. Complaint management using the extended 
8D-method along the automotive supply chain. Production Engineering, v. 1, n. 1, 
p. 91-95, [s. l.], 2007.
KRAJNC, M. With 8D method to excellent quality. Journal of Universal Excellence, 
v. 3, n. 10, p. 118-129. Reino Unido, 2012.
VARGAS, D. L. Resolução de problemas utilizando a metodologia 8D: Estudo de caso 
de uma indústria do setor sucroalcooleiro. Anais… IX SIMPROD, p. 464-477. Sergipe, 
2017.
41
Softwares e Ferramentas da 
Qualidade
Autoria: Danilo Albertini da Silva
Leitura crítica: Ana Paula Fernandes Koeke
Objetivos
• Entender quais ferramentas da qualidade podem ser 
utilizadas em conjunto com softwares.
• Apresentar exemplos práticos da utilização 
softwares para aplicação das ferramentas da 
qualidade.
• Compreender a metodologia de aplicação das 
ferramentas da qualidade.
42
1. Softwares para aplicação de ferramentas
As ferramentas da qualidade possuem uma diversidade de aplicações 
distintas e, para algumas delas, é necessário trabalhar com grandes 
volumes de dados (CAMARGO, 2011).
O tempo de consolidação e processamento desses dados pode ser 
considerado como uma variável importante, principalmente, quando 
se trata da resolução de problemas, afinal, quanto mais rápido for o 
diagnóstico e tratativa dos problemas, menor é a extensão dos danos e 
retrabalhos necessários (BASS, 2007).
É nesse ponto que entra a utilização dos softwares como assistência 
computacional na aplicação das ferramentas da qualidade. Existe, no 
mercado, uma série de programas que cumprem essa função e entre os 
mais conhecidos, estão o Excel e o Minitab (MATHEWS, 2005).
Utilizados mundialmente, esses softwares possuem grande leque 
de aplicações e, por conta de sua versatilidade, são empregados em 
diversas áreas.
Além desses programas, existem ferramentas gratuitas similares, 
como o Google Sheets, ferramenta do Google que roda nativamente no 
navegador e dispensa instalações adicionais, o LibreOffice, desenvolvido, 
inicialmente, para plataforma Linux, mas já disponível para Windows e 
Mac OS, ou o OnlyOffice, também gratuito e com versões para desktop e 
navegador.
Nesse tópico, serão apresentadas indicações de software de apoio 
para execução de cada uma das ferramentas da qualidade com uma 
abordagem dirigida, considerando que as opções apresentadas não 
esgotam as possibilidades de aplicação existentes no mercado.
43
1.1 Fluxograma
Os fluxogramas não apresentam cálculos em sua execução e, tampouco, 
trabalham com grandes bases de dados, mas nem por isso podem 
ser ignoradas as possibilidades de utilização de softwares para auxílio 
em sua elaboração. Considerando que os fluxogramas representam 
processos, por meio de símbolos pré-definidos, programas que já 
possuem padrões de formas podem ser grandes aliados nessa tarefa.
O Excel dispõe de dois modos para criação de fluxogramas, como 
mostra a Figura 1. O primeiro é a partir da inserção manual das formas 
e setas, seguindo o caminho Inserir/Formas. Nesse caso, é necessário 
dimensionar, nomear e ligar as formas manualmente. O segundo, 
consiste na utilização do recurso SmartArt para criação automática das 
formas e conexões, a partir da digitação dos nomes dos processos. 
A limitação, nesse caso, se dá pelos modelos disponíveis com 
personalização reduzida, mas, ainda assim, útil para expressar fluxos 
simplificados.
Figura 1 – Modos de elaboração de fluxograma no Excel
Fonte: adaptada de Microsoft Excel.
44
Além do Excel, existem ferramentas on-line, como a LucidChart e 
Infograph, que disponibilizam, por meio do navegador, opções gratuitas 
para a elaboração de fluxogramas. Adicionalmente, é ideal que os 
fluxogramas, dentro de uma mesma organização, obedeçam a um padrão 
de identidade visual, mantendo as proporções e esquemas de cores e, por 
isso, se deve utilizar uma ferramenta de produção padronizada.
1.2 Cartas de Controle
A Carta de Controle é feita em duas etapas, sendo a primeira o 
levantamento e organização dos dados em formato de tabela e a 
segunda, a construção do gráfico propriamente dito. Para realizarmos as 
duas ações, podemos utilizar o Excel ou o Minitab.
O Quadro 1 foi utilizado para a construção dos gráficos, tanto no Excel 
quanto no Minitab.
Quadro 1 – Medidas apuradas para elaboração da carta de controle
Hora Amostra Medida Hora Amostra Medida
06:00 Peça 1 10,5 11:00 Peça 6 11,8
07:00 Peça 2 10,3 12:00 Peça 7 9,8
08:00 Peça 3 10,2 13:00 Peça 8 9,6
09:00 Peça 4 10,4 14:00 Peça 9 9,9
10:00 Peça 5 10,7
Fonte: elaborado pelo autor.
Para o gráfico, adotaremos que os eixos na posição horizontal 
representam o momento de aferição com intervalos a cada hora, 
enquanto no eixo da posição vertical serão expressos o centro de 
especificação (linha central), como 10mm (tamanho ideal), a linha 
superior fica estabelecida em 11mm (variação de 1mm para mais) e 
linha inferior passa a ser 9mm (1mm para menos).
45
Para que o gráfico expresse todas as medidas, o caminho mais simples 
é elaborar o qaudro informando os limites superiores e inferiores a cada 
ponto, como mostrado na Figura 2. Depois, seleciona-se todo o intervalo 
e, mantendo a seleção, segue-se o caminho Inserir, Gráfico de Linhas, 
Linhas com marcadores.
Figura 2 – Elaboração da carta de controle no Excel
Fonte: adaptada de Microsoft Excel.
Finalizada a operação, será exibido um gráfico com as quatro linhas: 
linha central, limite superior, limite inferior e os respectivos pontos de 
aferição em cada momento da aferição, como mostra a Figura 3. Depois 
de gerado, é possível seguir com a formatação dos eixos e das cores das 
linhas para melhoraria de visibilidade, como mostra também o gráfico à 
direita da Figura 3.
Figura 3 – Carta de controle elaborada pelo Excel
Fonte: elaborada pelo autor.
46
No Minitab, a operação é muito semelhante. Transpõe-se para o 
programa os mesmos dados do Quadro 1. Posteriormente, utiliza-
se o caminho “Estat”, Cartas de Controle e Cartas de Variáveis para 
Subgrupos, para gerar o gráfico da Carta de controle, como mostra a 
Figura 4.
Figura 4 – Caminho para elaboração da carta de controle no Minitab
Fonte: elaborada pelo autor.
O gráfico gerado pelo Minitab apresenta uma visualização mais limpa, 
não havendo necessidade de formatações suplementares para melhor 
visualização. A execução mais detalhada e os gráficos do Minitab serão 
apresentados diretamente nos slides dessa disciplina.
1.3 Diagrama de Ishikawa
Assim como o Fluxograma, o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta 
que dispensa a realização de cálculos e a plotagem de gráficos. Nesse 
caso, pode ser elaborado um template padrão, utilizando as formas do 
próprio Excel, como mostrado na Figura 1, deixando os campos prontos 
para o preenchimento das possíveis causas do problema em cada um 
dos 6M’s.
47
Além das ferramentas do Office, há diversas outras opções de geradores 
de template on-line, como o LucidChart e Infograph.Venngage, como 
apresentado na Figura 5
Figura 5 – Template on-line de Diagramade Ishikawa
Fonte: https://infograph.venngage.com. Acesso em: 25 abril 2022.
1.4 Folha de Verificação
A Folha de Verificação é basicamente um formulário padronizado de 
apontamento de modos de falhas e levantamento de informações a 
respeito de um processo sequenciado (JAWARE et al., 2018).
Sua elaboração pode ser feita com qualquer software capaz de produzir 
textos e tabelas organizados, como os presentes nas suítes Microsoft 
Office, OnlyOffice e LibreOffice. A Figura 6 mostra o exemplo de uma folha 
de verificação construída a partir do Excel:
https://infograph.venngage.com
48
Figura 6 – Folha de Verificação
Fonte: elaborada pelo autor.
1.5 Histograma
Para construção do histograma, é necessário, inicialmente, utilizar uma 
tabela para organizar os dados aferidos de todo o grupo amostral.
Nesse exemplo, foram aferidos os diâmetros de 200 unidades de 
parafusos e utilizou-se do Excel para consolidar os dados, organizando-
os em duas colunas, sendo: referência da peça e medida aferida. A partir 
da elaboração da tabela, seleciona-se todo o intervalo de dados e segue-
se o caminho Inserir, Gráficos, Histograma.
A Figura 7 apresenta a tabela e o caminho para geração do gráfico no Excel.
Figura 7 – Caminho para elaboração de Histograma no Excel
Fonte: elaborada pelo autor.
49
1.6 Diagrama de dispersão
Assim como nas ferramentas anteriores, o primeiro passo para 
elaboração do Diagrama de Dispersão está na confecção e organização 
dos dados em tabelas.
Para esse exemplo, foram coletados os dados referentes a plantação de 
um produtor de frutas que deseja avaliar a correlação entre o número 
das frutas por árvore e o peso de cada uma.
O Quadro 2 mostra os dados da maneira como foram organizados, no 
Excel:
Quadro 2 – Medidas apuradas para elaboração da carta de controle
Muda Nº de Frutos Peso dos Frutos (gramas)
1 5 42 42 43 43 46
2 6 32 33 35 36 36 37
3 7 31 32 32 32 33 34 35
4 8 25 26 28 28 29 33 35 38
5 9 23 25 28 28 31 32 32 35 37
6 10 20 21 24 26 27 29 29 29 31 35
7 11 18 19 20 22 25 27 28 29 32 32 32
8 12 16 21 23 23 25 24 25 26 26 29 31 34
9 13 13 14 16 19 21 21 22 22 23 23 24 26 27
10 14 13 15 17 19 19 20 21 21 21 23 24 24 26 26
Fonte: elaborado pelo autor.
50
Com a tabela devidamente preenchida, inicia-se a etapa de confecção 
do gráfico. Diferente dos exemplos anteriores, não basta simplesmente 
selecionar todo o intervalo e gerar o gráfico.
Como os diagramas de dispersão possuem os eixos X e Y com variáveis 
distintas, é importante verificar se os valores estão sendo destinados 
corretamente, caso contrário, podem gerar gráficos incorretos.
Dessa forma, a construção desse gráfico será detalhada passo a passo 
na videoaula desse tema. O gráfico resultante das informações da 
Tabela 2 plotado no Excel está expresso na Figura 8.
Figura 8 – Diagrama de Dispersão
Fonte: elaborada pelo autor.
1.7 Diagrama de Pareto
A elaboração do Diagrama de Pareto deve partir da organização dos 
dados coletados em uma tabela. Caso a plataforma de execução seja ao 
Excel, é ideal que os dados sejam sumarizados em categorias, utilizando 
recursos como a tabela dinâmica ou as funções SOMA-SE ou CONT-SE, 
como mostra a Figura 9 com os dados do exemplo de investigação de 
modos de falha:
51
Figura 9 – Organização dos dados no Excel
Fonte: elaborada pelo autor.
Após a sumarização por categorias, seleciona-se o intervalo que contém 
os dados resumidos e segue-se o caminho Inserir, Gráfico, Histograma, 
Pareto, como mostra a Figura 10. A coluna, localizada à esquerda da 
seleção de valores, será a responsável por nomear os rótulos no eixo 
horizontal, logo, caso queira utilizar o nome da categoria por extenso, 
selecione apenas até essa coluna.
Figura 10 – Captura da tela para criação do Diagrama de Pareto
Fonte: elaborada pelo autor.
52
Como mencionado anteriormente, é importante lembrar que os gráficos 
podem ser formatados e personalizados conforme necessidade, não se 
limitando aos exemplos mostrados ao longo deste tema. A versão do 
Excel, utilizada para elaboração dos gráficos, está disponível no Office 
365, podendo apresentar pequenas diferenças quando comparada com 
versões anteriores do programa.
Considerando o Minitab como um software menos conhecido e 
ligeiramente mais complexo, as instruções contendo o caminho para 
elaboração das ferramentas Carta de Controle, Histograma, Diagrama de 
Dispersão e Diagrama de Pareto serão demonstradas com maior nível 
de detalhe nas videoaulas que compõem este tema.
Referências
BASS, I. Six sigma statistics with Excel and Minitab. New York: McGraw-Hill, 2007.
CAMARGO, W. Controle da Qualidade Total.. Curitiba: Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia, 2011.
JAWARE, A. et al. Seven quality tools a review. Int. Res. J. Eng. Technology, v. 5, n. 5, 
p. 2796-2798, [s. l.], 2018.
MATHEWS, P. G. Design of Experiments with MINITAB. USA: ASQ Quality Press, 
2005.
53
	Sumário
	Apresentação da disciplina
	Introdução às Ferramentas da Qualidade
	Objetivos
	1. Conceitos de Qualidade
	2. Gestão da Qualidade
	3. Ferramentas da Qualidade
	Referências
	Aplicação das Ferramentas da Qualidade
	Objetivos
	1. Aplicação das ferramentas da Qualidade
	Referências
	Métodos de resolução de problemas
	Objetivos
	1. Métodos de resolução de problemas
	Referências
	Softwares e Ferramentas da Qualidade
	Objetivos
	1. Softwares para aplicação de ferramentas
	Referências

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