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QUESTÕES OBJETIVAS 1D; 2A; 3C; 4B; 5E Questão 1 Várias alterações foram percebidas com o texto do Código de Processo Civil (CPC), o qual contribui para o avanço das discussões e solução dos conflitos de interesses levados ao Poder Judiciário, proporcionando agilidade e objetividade tanto na elaboração dos pedidos quanto no processamento da demanda. Exemplo disso é o tratamento dado pelo CPC relativo ao sistema recursal em geral e, particularmente, quanto à apelação, objeto de inúmeras análises pelos Tribunais. É tão relevante a utilização da apelação para o sistema recursal que o Superior Tribunal de Justiça chegou sumular alguns entendimentos sobre tal recurso, a exemplo do enunciado n. 331, pelo qual “a apelação interposta contra sentença que julga embargos à arrematação tem efeito meramente devolutivo”. Considerando as disposições normativas bem como os aspectos conceituais relativos à apelação, avalie todas as afirmativas abaixo, assinalando uma ÚNICA alternativa e utilizando o quadro constante do início da avaliação para marcar a sua resposta: I. É correta a afirmativa do advogado de FLAVIO, na apelação apresentada em seu desfavor por ANA, que a peça de contrarrazão a tal recurso deve ser protocolizada no juízo ad quem. (Resposta – FALSO – pela combinação do caput do art. 1.010 com o §1º do mesmo artigo, CPC, expressamente as contrarrazões devem ser protocolizadas perante o juízo de primeiro grau, o que torna a afirmativa incorreta) II. É possível, no atual sistema processual, que na petição de apelação apresentada por MARIA sejam alegadas matérias que na fase de conhecimento, por não serem objeto de agravo de instrumento, não se consideram preclusas e possam ser avaliadas em sede recursal pela instância revisora. (Resposta – VERDADEIRO – tal hipótese é uma novidade prevista expressamente no art. 1.009, §1º, CPC, o que torna a afirmativa correta) III. É correta a afirmativa do promotor de justiça TULIO, ao dizer que no atual sistema existe apenas a possibilidade de cassação de sentença monocrática, em razão da discordância da parte apelante. (Resposta – FALSO – existem duas possibilidades de revisão da sentença em sede de apelação: a) a cassação da sentença prevista no art. 1.010, inc. III, 1ª figura, quando a parte não concorda com a decisão e quer a sua reforma; b) a decretação de nulidade da sentença com fundamento no art. 1.010, inc. III, 2ª figura, quando existe algum vício na sentença, a exemplo do juiz absolutamente incompetente ou no caso de sentença extra petita, o que torna a afirmativa incorreta) IV. Na ação de indenização proposta por VILMAR em desfavor de ANA, caso ocorra sucumbência recíproca na sentença definitiva proferida pelo órgão de primeiro grau, é facultado à parte interessada o manejo da apelação adesiva. (Resposta – VERDADEIRO – com base no §2º, art. 1.010, CPC, fica expressamente autorizado a interposição de apelação adesiva, o que torna a afirmativa correta) V. Na ação possessória promovida por CLAUDIO em desfavor de CELESTINO, na qual este último foi condenado pelo juízo da 7ª Vara Cível de Brasília, mediante sentença, a desocupar o imóvel e pagar indenizações ao autor, obrigatoriamente o órgão a quo deverá fazer o juízo de admissibilidade da apelação. (Resposta – FALSO – a regra prevista no §3º, art. 1.010, CPC não mais determina que o órgão monocrático faça a admissibilidade recursal da apelação, o que torna a afirmativa incorreta) Questão 2 Uma das modalidades formalmente previstas de revisão das decisões proferidas pelos órgãos judiciais de primeiro grau é a apelação cível, a qual, por sua importância, tem vários dispositivos presentes na lei processual que servem como parâmetro normativo para outros recursos. É grande a quantidade de demandas judiciais em que aquela figura recursal aparece, seja nas instâncias ordinárias ou superiores, a exemplo do trecho da decisão proferida no Recurso Especial n. 1.453.448/SP, no qual o relator afirmou que “a jurisprudência do STJ é uníssona ao afirmar que a decisão que resolve Impugnação ao Cumprimento de Sentença e extingue a execução deve ser atacada através de Apelação, enquanto aquela que julga o mesmo incidente, sem extinguir a fase executiva, deve ser atacada por meio de Agravo de Instrumento”. Desta forma, é fundamental a todas(os) as(os) profissionais do direito terem o conhecimento técnico de tal fenômeno no processo. Sobre o regramento relativo aos procedimentos a serem adotados pelo juízo a quo e ad quem na apelação, avalie as afirmativas abaixo, assinalando a única opção INCORRETA, registrando sua opção no quadro constante do início da avaliação: A. (F ) Estará em conformidade com o ordenamento processual civil a decisão que afirmar, na ação de cobrança que proposta por SAMUEL em desfavor de VANIA, que compete somente ao juízo a quo realizar o juízo negativo de admissibilidade da apelação. (Resposta – no CPC anterior tal afirmativa seria considerada correta, mas no atual no atual CPC o órgão monocrático não faz mais juízo de admissibilidade, não sendo mais de responsabilidade do Juiz de 1º grau analisar os requisitos de admissibilidade de forma provisória, expressamente previsto no §3º, art. 1.010, CPC, o que torna a afirmativa incorreta) B. (V ) Na apelação já distribuída e interposta por RONALDO em desfavor de BRUNO, relativa à sentença que revogou a tutela antecipada numa ação de indenização, estará com a razão aquele primeiro ao afirmar que o relator do recurso poderá conceder efeito suspensivo ao apelo. (Resposta – esta é a hipótese pela combinação do §1º com o inc. II, §3º, art. 1.012, CPC, o que torna a afirmativa correta) C. (V ) No atual sistema previsto na lei processual civil, estará com a razão NUBIA, em apelação interposta em desfavor de SILVIO, ao afirmar que não compete ao Tribunal requerer ao juízo monocrático o encaminhamento de tal recurso para a instância revisora. (Resposta – tal atribuição, prevista no §3º, art. 1.010, CPC é do órgão a quo, o que torna a afirmativa correta) D. (V ) Terá razão PEDRO, ao apresentar contrarrazões de recurso em face do apelante RAFAEL, ao afirmar que existe a possibilidade dos efeitos da sentença recorrida atingirem a parte perdedora, mesmo com a interposição da apelação. (Resposta – tratam-se dos casos do §1º, art. 1.012, CPC, o que torna a afirmativa correta) E. (V ) JONAS, apelante de uma sentença em que foi derrotado na ação de indenização movida em desfavor de FABIO, estará em sintonia com o sistema processual civil ao afirmar que para a concessão de efeito suspensivo, em certos casos, é necessário demonstrar que existe a ameaça de prejuízo grave. (Resposta – trata-se justamente da hipótese prevista no §4º, art. 1.012, CPC, o que torna a afirmativa correta) Questão 3 No trecho da decisão do Recurso Especial n. 1.733.857/RJ, o relator afirmou que “o rol do art. 1.015 do Código de Processo Civil é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação” revelando a importância da utilização de outros recursos quando a matéria debatida em sede de apelação ganha maiores dimensões recursais. A partir dessas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas, quanto o efeito devolutivo e o julgamento da apelação no Tribunal. I. Na apelação interposta por DARIO em desfavor de PATRICIA, aquele primeiro estará com a razão ao afirmar que o relator poderá não conhecer do apelo caso o recurso se fundamente em alegações genéricas. (Resposta – VERDADEIRO: o art. 932, inc. III, última figura, CPC, exige que a apelação impugne especificamente os fundamentos da sentença recorrida, o que torna a afirmativa correta). Por outro lado, PATRICIA estará em sintonia com a lei processual civil ao afirmar, por intermédio de seu advogado em contrarrazões, que existe a previsãolegal do relator indeferir liminarmente o apelo se este for contrário a súmula do próprio Tribunal. (Resposta – VERDADEIRO: trata-se da hipótese prevista no art. 932, inc. IV, alínea a, CPC, o que torna a assertiva correta) PORQUE II. O efeito devolutivo da apelação de DARIO impede que as questões não solucionadas na instância a quo possam ser objeto de decisão por parte do Tribunal. (Resposta – FALSO: o §1º, art. 1.013, CPC, expressamente autoriza que sejam objeto de apreciação e julgamento pelo Tribunal “as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas", o que torna a afirmativa incorreta). Sendo assim, é correta a afirmação de DARIO, ao dizer que não tem aplicação na apelação a chamada teoria da causa madura. (Resposta – FALSO – tal teoria está expressamente prevista e é aplicável à apelação, conforme o possibilita o §3º, art. 1.013, CPC, o que torna a afirmativa incorreta) Questão 4 Considere que ANTONIO propôs uma ação de cancelamento de contrato em desfavor de RITA, por considerar que esta última não cumpria adequadamente os termos da avença e que o juízo da 3ª Vara Cível de Taguatinga/DF proferiu uma decisão que indeferiu o pedido do requerente para que a parte contrária exibisse um documento. É fundamental para qualquer pessoa que lide profissionalmente com o direito no meio forense, saber exatamente qual a alternativa processual diante de casos como o descrito, o que é discutido em inúmeros processos nos Tribunais brasileiros, a ponto do Superior Tribunal de Justiça sumular o entendimento, no enunciado 315, de que “não cabem embargos de divergência no âmbito do agravo de instrumento que não admite recurso especial”. Quanto ao regramento relativo ao agravo de instrumento (AI), avalie as afirmativas abaixo, assinalando a única alternativa CORRETA e marcando sua opção no quadro constante do início da avaliação. A. (F ) É correta a afirmativa do advogado de VALQUIRIA, na petição de AI interposta em desfavor de PEDRO, ao dizer o agravo retido, como uma das formas de agravo de instrumento, permite a revisão da decisão pelo Tribunal. (Resposta – não existe mais a figura do agravo retido, que havia no CPC anterior, art. 522, 1ª parte, CPC/73 e art. 523, caput e §3º, CPC/73, havendo apenas o AI previsto nas hipóteses do art. 1.015, CPC/2015, o que torna a afirmativa incorreta) B. (V ) Haverá possibilidade de se falar em agravo de instrumento, conforme argumenta a advogada de SAMIRA, em outras hipóteses não previstas expressamente no Código de Processo Civil. (Resposta – é possível se falar em AI em outras hipóteses não previstas no CPC, mas em qualquer processo contencioso ou voluntário que não tenha outro recurso aplicável à espécie, pelo que autoriza o inc. XIII, art. 1.019, CPC, o que torna a afirmativa correta) C. (F ) Na ação de indenização proposta por MAURO em desfavor de JORGE, este último terá razão ao afirmar, ao agravar de instrumento a decisão do juízo a quo, que assim como a apelação, o agravo de instrumento, expressamente possui em regra o efeito devolutivo e o suspensivo. (Resposta – o efeito suspensivo não é a regra para o AI, visto que existe apenas a possibilidade de ser concedido, conforme determina o art. 1.019, inc. I, CPC, o que torna a afirmativa incorreta) D. (F ) Deverá VANESSA protocolizar a sua petição de agravo de instrumento em desfavor de FLAVIA na secretaria do juízo a quo, que proferiu a decisão agravada, para que este julgue tal recurso. (Resposta – não apenas não é o juízo a quo que julgará o AI, mas a petição deverá ser protocolizada no Tribunal, conforme o art. 1.016, CPC, o que torna a afirmativa incorreta) E. (F ) Para que VILMA possa instruir o agravo de instrumento em desfavor de BERNARDO, deverá obrigatoriamente juntar cópia da capa do processo que tramita na instância inferior, por se tratar de um requisito formal de admissibilidade de tal recurso. (Resposta – as peças obrigatórias do AI estão previstas no inc. I do art. 1.017, CPC, e em tal dispositivo não consta cópia da capa de processo, o que torna incorreta a afirmação) Questão 5 No trecho da decisão do Recurso Especial n. 1.828.837/AL, o relator do caso afirmou que “verifica-se que a parte que interpõe agravo de instrumento, em se tratando de autos físicos, deverá providenciar a juntada aos autos do processo dos documentos referidos no §2º e no caput do art.1.018 do CPC/2015. Além disso, a falha deve ser arguida e provada pela parte agravada”, revelando a importância do agravo de instrumento (AI) tem no sistema processual. Sendo assim, para cada ocorrência em tal recurso deverá o(a) profissional do Direito saber exatamente qual a atitude a tomar. Quanto as hipóteses legais relativas às peças obrigatórias e as providências do relator no AI, avalie as afirmativas abaixo, assinalando a única alternativa INCORRETA e marque sua opção no quadro constante do início da avaliação. A. (V ) Incorrerá em acerto o advogado de PAULO, ao manejar a minuta de AI em desfavor de JOSIAS, ao dizer que no atual sistema é possível o agravante afirmar, sob responsabilidade do causídico, que não existe algum dos documentos obrigatórios para a interposição recursal. (Resposta – esta é a hipótese prevista no inc. II, art. 1.017, CPC, o que torna a afirmativa correta) B. (V ) Considerando que o AI interposto por RAMON em desfavor de CARLA, apresentou um vício pela ausência de documento obrigatório, deve o relator conceder a oportunidade para corrigir tal erro. (Resposta – esta hipótese está expressamente prevista no §3º, art. 1.017 c/c o art. 932, §único, todos do CPC, o que torna a afirmativa correta) C. (V ) O relator do AI interposto por RAMIRES em desfavor de RACHEL, poderá, caso seja feito pedido expresso, conceder efeito suspensivo a tal recurso. (Resposta – é a hipótese expressa do inc. I, art. 1.019, CPC, o que torna a afirmativa correta) D. (V ) Haverá a participação do órgão ministerial no agravo de instrumento interposto por MESSIAS em desfavor de VIRGINIA, na condição de custos legis. (Resposta – essa é justamente a determinação prevista no inc. III, art. 1.019, CPC, o que torna a afirmativa correta) E. (F ) Por se tratar de um recurso que tipicamente não tenta revisar o mérito dos autos, no caso do AI não deve ser concedido o prazo para que a parte recorrida apresente sua resposta ao agravo de instrumento. (Resposta – tal hipótese é expressamente prevista no inc. II, art. 1.019, CPC, o que torna a afirmativa incorreta) QUESTÕES DISCURSIVAS Questão 6 Suponha que no agravo de instrumento interposto por VALTER em desfavor de MAURO, o relator proferiu uma decisão interlocutória indeferindo o pedido do agravado para que fosse realizada perícia de um documento apresentado pelo agravante e, ao se manifestar, o advogado do recorrente afirmou que não há previsão legal de recurso para tal decisão. Considerando a assertiva do advogado, indique explicitamente se houve acerto ou desacerto na afirmação, fundamentando NECESSARIAMENTE a sua resposta em dispositivo de lei. Respostas sem EXPLÍCITA fundamentação legal não serão consideradas. Resposta – de qualquer decisão do relator que efetivamente cause situação de desvantagem ou prejuízo à parte, é cabível o agravo interno, previsto expressamente no art. 1.021, CPC, o que torna a afirmativa incorreta Questão 7 Considere que na ação de divórcio proposta por MIRIAM em desfavor de ENÉAS e que tramita perante o juízo da 2ª Vara da Família de Brasília/DF, o órgão julgador proferiu uma sentença que não avaliou e nem decidiu acerca da totalidade dos argumentos expostos pela autora. Diante de tal situação, a advogada da requerente manejou agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o qual não foi conhecido por ausência de cabimento. Considerando a situação narrada, indique de modo claro, preciso e explícito se houve acerto ou desacerto na providência tomada pelaadvogada, fundamentando NECESSARIAMENTE sua resposta em dispositivo de lei. Respostas sem fundamentação legal NÃO SERÃO consideradas – Resposta: o recurso cabível para o caso deveria ter sido os embargos de declaração, na expressa hipótese do inc. II c/c o §único, inc. II, todos do art. 1.022 c/c o inc. IV, §1º, art. 489, todos do CPC, visto que se trata tipicamente de uma decisão que apresenta omissão, não se enquadrando em nenhuma das hipóteses do art. 1.015, CPC, o que torna o procedimento da advogada incorreto Questão 8 Suponha que o Ministro de Estado da Saúde praticou um ato que violou o direito líquido e certo de FABRICIO e que o advogado deste manejou um mandado de segurança perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), órgão competente para o julgamento de tal demanda. Considere ainda que o STJ indeferiu o pedido de FABRÍCIO e não concedeu a segurança pretendida. Diante disso, o advogado recorreu da sentença mediante o recurso previsto na lei especial de tal ação, a saber, Lei n. 12.016/2009. Diante desta situação, indique explicitamente se houve acerto ou desacerto da assertiva do advogado, fundamentando NECESSARIAMENTE sua resposta em dispositivo de lei. Respostas sem EXPLÍCITA fundamentação legal não serão consideradas. Resposta – para o caso narrado seria cabível o recurso ordinário e não a apelação, previsto aquele primeiro no art. 102, inc. II, alínea a, 2ª figura, CF e art. 1.027, inc. I, 1ª figura, CPC, tornando incorreta a escolha recursal por parte do advogado Questão 9 Suponha que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em decisão final (da qual não mais cabia qualquer recurso) relativa ao conflito judicializado entre RENATA e ABEL, sendo que tal julgado divergia frontalmente do que foi decidido em outros casos sobre a mesma, decididos pelo Tribunal de Justiça de Goiás (e já sedimentado em jurisprudência deste último Tribunal). Diante disso, o advogado daquela primeira protocolizou um recurso extraordinário (RE), afirmando que se tratava justamente de uma das hipóteses de cabimento do RE. O causídico, na petição do recurso, afirmou categoricamente que bastava mencionar a existência da divergência jurisprudencial e, por outro lado, afirmou que pelo simples fato de interpor o recurso, o tribunal competente deveria reconhecer a repercussão geral da demanda, ao harmonizar o entendimento acerca da legislação infraconstitucional. Considerando as assertivas do advogado de ABEL, indique expressamente TODOS os acertos e erros das afirmativas feitas na peça processual, fundamentando OBRIGATORIAMENTE suas respostas em dispositivo de lei. Respostas sem EXPLÍCITA fundamentação legal não serão consideradas. Respostas – o advogado indicado ao menos dois erros: ERRO 1) já que houve divergência jurisprudencial, deveria o advogado fazer o cotejo analítico dos julgados, exigência expressa contida no §1º, art. 1.029, CPC, pelo qual para cada discordância entre os julgados do TJDFT e o TJGO, deveria o recorrente analisar tais diferenças e indicar qual deveria ser adotada como a que entende ser a cabível; ERRO 2) por outro lado, é exigência da lei processual que o recorrente, para interpor o recurso extraordinário o recorrente, em capítulo específico e explícito, apresente argumentos para avaliação para que o Tribunal avalie se é ou não o caso de reconhecer a repercussão geral, previsto nos §§2º e 3º, art. 1.035, CPC, o que torna todas as afirmativas do advogado incorretas Questão 10 Considere que JOSETE é parte requerente numa ação proposta em desfavor da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), e que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) proferiu decisão ainda passível de recurso. Diante disso, a advogada daquela primeira protocolizou perante a Secretaria do Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição de recurso especial (REsp) encaminhada ao Presidente do Tribunal Regional Federal, afirmando, por um lado, que da decisão proferida pelo TRF1 é cabível o REsp, visto que justamente por ter uma portaria do Presidente da ANATEL contrariado uma lei distrital é possível interpor o mencionado recurso, diante da decisão do TRF1. Diante de tal situação, indique expressamente TODOS os acertos e erros das afirmações feitas pela advogada de JOSETE, fundamentando OBRIGATORIAMENTE TODAS AS SUAS RESPOSTAS em dispositivo de lei. Respostas sem EXPLÍCITA fundamentação legal não serão consideradas. Respostas: a advogada cometeu ao menos dois erros, a saber: ERRO 1 – a protocolização do REsp é feita no Tribunal recorrido, ou seja, no TRF1 (e não no STF), conforme o determina o art. 1.029, caput, CPC, pelo que também errou a advogada; ERRO 2 – o art. 105, inc. III, alínea b, CF, menciona “ato de governo local contestado em face de lei federal” e não lei distrital, e esta situação não gera o cabimento do recurso, o que torna todas as afirmativas da advogada incorretas