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Disciplina: Fundamentos da Farmacotécnica Curso: Farmácia Aluno: Alessandra Souto Silveira Matrícula: 01352439 ESTUDO DE CASO O crescente interesse da indústria farmacêutica no patenteamento de polimorfos de princípios ativos pode gerar dificuldades de avaliação dos requisitos de novidade e atividade inventiva desses pedidos de patente. No caso da atorvastatina, a Warner-Lambert (atual Pfizer) depositou apenas 15% dos pedidos, mas estes representam 53% do total de polimorfos reivindicados até 2011. Por outro lado, a empresa que mais depositou pedidos de patentes de polimorfos, a Teva Pharmaceuticals, com 09 pedidos, reivindicou proteção para 15 polimorfos. Considerando o conceito de polimorfismo, por que é possível patentear os polimorfos? Primeiramente, podemos descrever polimorfismo como a capacidade que algumas substâncias têm de assumir diferentes arranjos espaciais de suas moléculas quando no estado sólido, podendo levar a diferentes propriedades físico-químicas, termodinâmicas, entre outras. Essas substâncias podem ser usadas pela indústria farmacêutica, para fabricação de medicamentos, dessa forma as alterações que a substância sofre, podem afetar sua biodisponibilidade, tornando o medicamento ineficaz ou até mesmo tóxico. Visto que uma só substância pode gerar vários polimorfos, e alguns destes podem trazer malefícios, a indústria tem patenteado a substância e todos os seus polimorfos que surgirão, para garantir segurança, bem como também para que a indústria possa compensar os custos com a pesquisa e desenvolvimento nessa área. REFERÊNCIAS LIMA, Denise Maria Menezes de; SILVEIRA, Carla Cristina de Freitas da. O patenteamento de polimorfos na indústria farmacêutica e o acesso a medicamentos. Physis: Revista de Saúde Coletiva [online]. 2011, v. 21, n. 4 [Acessado 16 Abril 2022], pp. 1515-1536. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-73312011000400018>.