Organização e Metodologia da Educação Infantil - Aula de Revisão

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Licenciatura 4º Período 
Organização e Metodologia 
da Educação Infantil 
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1. As lutas e reivindicações históricas por oferta de educação para as 
crianças nas instituições. (Tema 3 Pag. 6) 
É necessário enfatizar que, ao longo do tempo, as conquistas relativas à 
educação das crianças não foram alcançadas sem lutas e reivindicações. 
Um dos fatores que impulsionaram o atendimento a infância foi a entrada, no 
mercado de trabalho, das mulheres das classes médias. 
A pressão desse grupo impulsionou a abertura de instituições mantidas pelo 
poder público. 
A primeira regulamentação sobre o tema surgiu em 1923, prevendo a 
instalação de creches e salas de amamentação junto aos estabelecimentos 
industriais e comerciais, durante a jornada de trabalho. (OLIVEIRA, 2011, 
p.97). 
 
2. De acordo com a legislação o que é apresentado sobre a infância? 
(Tema 1 Pag. 6) 
Atualmente, a Educação Infantil não é mais entendida como o lugar de apenas 
cuidar das crianças, mas sim como lugar de educação e desenvolvimento global 
de indivíduos. 
A partir do entendimento de que a infância possui características específicas e 
possibilidades de desenvolvimento concretas, a Educação da Infância passa a ser 
definida em função de teorias educativas próprias e a prezar por uma organização 
curricular diferenciada. 
Foi nesse sentido que foram desenvolvidas as diretrizes Curriculares para a 
Educação Infantil. 
 
3. Quais as características que devem ter uma escola de Educação 
Infantil? 
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As instituições de educação infantil têm na organização do ambiente um aspecto 
importante do seu planejamento, uma vez que ele revela a relação pedagógica 
estabelecida entre professor e aluno. 
A organização dos espaços deverá respeitar as necessidades e características de 
cada grupo de crianças, assim essa organização, bem como a definição de 
equipamentos e materiais, será específica tanto para os bebês, quanto para as 
crianças maiores. 
Diante disso, os espaços devem oferecer possibilidades diferenciadas, situações 
diversificadas, que favoreçam sua autonomia, liberdade, iniciativa e escolha. A 
organização das salas em “cantos” tem sido muito utilizada, contudo se essa 
organização não está fundamentada numa concepção que considere a criança 
como um ser ativo e que tem seus interesses, desejos e características, eles 
acabam não funcionando. 
Quanto aos materiais é importante priorizar alguns tipos de recursos: alfabeto na 
parede, cartazes temáticos, jogos diversos, textos coletivos, alfabetário, 
desenhos, quadro de sílabas, quadro numérico, calendário, coleções, brinquedos, 
pincéis, lápis, giz de cera, gizões, canetões, tintas, folhas de diferentes tamanhos, 
cola colorida, palitos de picolé, argila, sucatas etc. 
A biblioteca na sala, deve ter livros de literatura infantil, gibis e revistas 
(NÖRNBERG et al., 2009). 
Outro aspecto importante é que os objetos estejam na altura da criança, para que 
possam facilmente alcançá-los; é preciso prever estantes com divisórias para a 
organização dos materiais, que preferencialmente devem ser classificados e 
identificados. 
 
4. Pensando nas propostas pedagógicas para o desenvolvimento 
infantil: 
O que deve ser considerado no currículo? 
Para a construção e concretização de um currículo, deve-se levar em 
consideração as influências das interações para a formação da inteligência da 
criança. 
A brincadeira deve ser concebida como uma estratégia que se integra à 
proposta pedagógica e ao currículo escolar. 
Assim, brincar passa a ser considerado “coisa séria”, que necessita de 
planejamento com objetivos pedagógicos claros para ser executada. A 
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brincadeira incorpora o currículo escolar, pois é por meio dela que os 
conteúdos serão transmitidos aos estudantes. A brincadeira é o meio e o fim 
do aprender. 
Quais os direitos garantidos para estas crianças? 
Esse avanço pode ser reconhecido na medida em que as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) consideram a criança como um 
sujeito histórico e de direitos, destacando a educação infantil de qualidade 
como um direito fundamental de toda a criança. 
Qual o papel do professor que atua com estas crianças? 
O papel do professor é o de propiciar situações de aprendizagens em que o 
aluno possa avançar em sua compreensão de mundo a partir de seu estágio de 
desenvolvimento já consolidado para etapas não alcançadas por meio de 
procedimentos sistematizados como instruções, demonstrações etc. 
O que é o brincar? Quais os objetivos do brincar? 
Brincar é uma ação tipicamente humana. Brincamos com nosso corpo quando 
somos bebês, brincamos utilizando a imaginação quando somos crianças 
pequenas, brincamos com os outros, o que facilita o processo de socialização 
e, consequentemente, de humanização, a partir de nossa infância, brincamos 
e jogamos quando somos adultos. 
Para brincar, a criança precisa apropriar-se de elementos da realidade 
imediata, de maneira a atribuir-lhe novos significados. 
É na brincadeira que a criança transforma os conhecimentos que possui, em 
conceitos mais gerais. 
Quando o professor busca atingir determinados objetivos didaticamente 
definidos, não haverá a brincadeira livre, que se caracteriza pela ausência de 
objetivos imediatos pela criança. 
 
5. O que é um portfólio na Educação Infantil? 
Portfólio é conjunto de registros sobre o processo de aprendizagem dos alunos 
que indicam seu progresso, suas dificuldades e suas potencialidades. 
 
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6. Como a avaliação deve ser apresentada na Educação Infantil? 
Assim, quando o planejamento de aula é centrado no trabalho do professor, este 
terá o seu foco no ensino e, consequentemente, adotará uma avaliação 
unilateral, pontual e estática; ele a utilizará como simples ferramenta de 
verificação da aprendizagem, de classificação ou de seleção dos alunos. Nesse 
caso, o que ocorre, de maneira geral, é que os resultados da avaliação não afetam 
em nada seu planejamento e sua atuação em sala de aula. 
Dessa forma, os resultados da avaliação da aprendizagem implicam a 
reelaboração do planejamento e, consequentemente, a reorganização da prática 
docente em função das necessidades demonstradas pelos alunos. 
“a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu 
desenvolvimento sem o objetivo de promoção, mesmo para acesso ao ensino 
fundamental” (BRASIL, 1996, art. 31). 
A legislação brasileira destaca a importância da avaliação como ferramenta 
necessária tanto para acompanhar quanto para promover o desenvolvimento 
das crianças – o que não significa que tenha a função de aprová-las ou reprová-
las. Pelo contrário, a avaliação, da forma como especificada no texto legal, deve 
constituir-se como instrumento de acompanhamento do desenvolvimento da 
criança de 0 a 5 anos, balizando as tomadas de decisões dos docentes quanto à 
escolha das práticas de cuidado e educação mais adequadas para isso. 
 
7. Os esquemas cognitivos para Piaget: 
Assimilação 
O homem diante de algo novo capta a informação, por meio da percepção 
sensorial, e a conduz para os esquemas, onde ocorrerá uma verificação 
intelectual. É a mente averiguando se a informação captada pelos sentidos é 
conhecida ou é nova à mente. Esseprocesso é nomeado por assimilação 
Assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra um novo 
dado perceptual, motor ou conceitual nos esquemas internalizados. 
 
Equilibração 
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Deste modo, após assimilar a informação e acomodá-la (incorporá-la a um 
esquema existente ou instituir um novo esquema), efetiva-se o processo de 
equilibração. 
Equilibração é o processo decorrente do balanço entre assimilação e 
acomodação. Processo de passagem de um estado de desequilíbrio (conflito 
cognitivo) para o equilíbrio (mecanismo auto-regulador, necessário para 
assegurar a interação da criança com o meio ambiente) 
 
Acomodação 
Após a averiguação, se constatado que a informação é nova, o esquema 
existente será alterado, ou mesmo, será instituído um esquema novo. Sendo 
esse o processo de acomodação. 
Acomodação é quando o dado perceptual, motor ou conceitual é 
internalizado, ou seja, passa a incorporar efetivamente o esquema, ocorreu a 
acomodação. 
 
8. Os 4 estágios do desenvolvimento cognitivo de Piaget 
Sensório-motor (0 – 2 anos) 
Na concepção piagetiana, o jogo surge no período sensório-motor, que 
corresponde a faixa etária de 0 a 2 anos, quando as ações da criança sobre os 
objetos acontecem por prazer funcional. 
Nesse período ela utiliza esquemas já conhecidos com a intenção de repetir a 
ação que lhe deu prazer. 
Apresentando seriedade e atenção em suas ações, ela assimila e acomoda a 
realidade à sua volta e vai, pouco a pouco, executando ações mentais, 
produzindo e reproduzindo esquemas que darão início às suas primeiras 
manifestações lúdicas que se transformam em jogos. 
Pré-operatório (2 – 7,8 anos) 
De acordo com Piaget (1990), o período pré-operatório é uma etapa de 
preparação das operações lógico-matemáticas. 
Para ele, nesse período o pensamento da criança é pré-lógico e, portanto, não 
tem capacidade de reverter mentalmente uma ação. Seu pensamento é 
dominado pela percepção e, dessa forma, descreve somente o que vê. 
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Operatório-concreto (8 – 11 anos) 
No entanto, quando a criança completa sete anos e insere-se no período das 
operações concretas inicia um movimento cognitivo voltado a cooperação e 
ao raciocínio lógico. 
Nessa etapa, tanto a linguagem se socializa, favorecendo relações 
interpessoais, como as explicações para os problemas se aproximam mais da 
realidade. 
No entanto, seu pensamento é limitado pelo mundo concreto, sendo essa a 
característica destacada por Piaget quando nomeia tal etapa de operatória-
concreta (7-11 anos). 
É nesse período que o jogo de regras se constitui como uma atividade do ser 
socializada, prolongando-se durante toda a sua vida. 
Operatório-formal (a partir dos 11 anos) 
No último estágio do desenvolvimento cognitivo, as crianças conseguem 
realizar operações mentais que envolvem abstrações e símbolos que não 
necessariamente têm formas concretas. Ou seja, elas têm a capacidade do 
raciocínio abstrato. 
Elas também são capazes de se colocar no lugar dos outros, imaginar a 
perspectiva das outras pessoas sobre determinadas situações. 
A característica mais importante dessa fase é o desenvolvimento do 
pensamento hipotético-dedutivo. As crianças aprimoram suas habilidades de 
formular hipóteses para explicar e resolver problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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