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Doenças de suínos OIE Prof. Marília Gomes Estomatite vesicular Família Rhabdoviridae Vírus da estomatite vesicular New Jersey, Indiana e Alagoas Zoonose Incubação: 5 dias Dissemina rápido Causa lesões vesiculares Restrita ao hemisfério ocidental • Transmissão: • Saliva • Contato direto • Insetos (sazonalidade) • Mosquitos dos gêneros • Aedes • Phlebotomus • Outros • Sintomas em humanos: • Gripe • Dores musculares • Dores de cabeça • Afta • Sintomas em suínos: • Aftas na língua e boca • Úlceras nos focinhos e patas • Claudicação Controle • Interdição de 30 dias • Desinfecção da propriedade • Isolamento dos animais doentes • Controle de insetos Diagnóstico diferencial Tratamento • Sintomático • Alimentação fácil Raiva • Vírus da família Rhabdoviridae • Incubação: 7 a 80 dias • Rara em suínos • Zoonose • Transmissão: • Morcegos • Animais infectados Sintomas • Espasmos musculares generali- zados • Espasmos dos músculos faciais • Mastigação dificultosa • Paralisia progressiva • Salivação • Morte em três dias Controle, prevenção e tratamento • Controle de vetores • Vacinação • Observar pessoas e animais expostos • Não há tratamento (fatal) Suídeos Peste suína clássica • Gênero Pestivirus • 10 sorotipos • Incubação: 2 a 14 dias Transmissão • Direta: • Aerossóis • Secreção • Excreção • Sangue • Sêmen • Indireta: • Água • Alimento • Fômites • Pessoas • Veículos TRANSPLACENTÁRIA Sintomas • Forma aguda: • Febre (40,5°c a 42°C) • Apatia • Anorexia • Letargia • Animais amontoados • Conjuntivite • Lesões hemorrágicas na pele • Cianose • Paresia dos posteriores • Ataxia • Sintomatologia respiratória • Abortos • Linfonodos aumentados • Morte 5 a 14 dias após o início dos sinais • Pode chegar a 100% de letalidade Sintomas • Forma crônica: • Prostração • Apetite irregular • Apatia • Anorexia • Diarreia • Artrite • Lesões de pele • Retardo no crescimento • Repetição de cio • Problemas reprodutivos • Leitegadas pequenas e fracas • Recuperação aparente com posterior recaída • Mortalidade menos evidente Sintomas • Forma congênita: • Leitões com malformações • Tremor congênito • Debilidade • Leitões clinicamente normais, com viremia persistente, atuando como fonte de infecção Diagnóstico diferencial •Peste suína africana •Doença de Aujeszky •Circovirose •Salmonelose •Pasteurelose •Parvovirose •Leptospirose •Erisipela •Síndrome respiratória e reprodutiva •Intoxicação por cumarínicos •Infecções por Streptococcus sp. •Infecções por Haemophilus parasuis Diagnóstico laboratorial •Detecção de anticorpos pelo ensaio de neutralização viral •Detecção do RNA viral por RT-PCR em tempo real •Isolamento viral em linhagem celular *Vacinação - cepa chinesa Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso confirmado Múltiplas espécies Brucelose • Zoonose • Bactéria Brucella suis • Cocobacilos que hospedam células dos sistema imunológico Sintomas • Infertilidade • Inflamação dos testículos • Aborto • Incapacidade de movimento • Paralisia dos membros posteriores • Inflamação das articulações Tratamento e prevenção • O tratamento é pouco eficaz - recaídas • Vacinação dos hospedeiros (vacina para bovinos) • Eliminação dos doentes Tuberculose • Zoonose • Gênero Mycobacterium • Contaminam pela ingestão de alimentos Sinais Diagnóstico Teste de tuberculina Sacrifícios dos positivos Doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado Múltiplas espécies Actinomicose • Actinomyces suis • Granulomatosa, supurativa, crônica, local ou sistêmica Sinais Úberes com abcessos, fístulas e úlceras granulosas Infecção generalizada com nódulos piogranulomatosos por todo o pulmão, baço, rins e outras vísceras Prognóstico e tratamento Prognóstico ruim Tratamento ineficaz Retirada da mama Abate Botulismo Clostridium botulinum Suinos são resistentes Sintomas Observados cerca de 4-48 horas após a ingestão da toxina Paralisia muscular flácida Fraqueza dos membros levando à paralisia completa Cegueira Salivação excessiva Perda da função da bexiga urinária Dispneia Fatores que contribuem • Alimentos em decomposição • Alimentos ou água contaminados Diagnóstico, prevenção e tratamento • Diagnóstico baseia-se em sinais clínicos, evidências de decomposição dos alimentos e demonstração laboratorial da presença de toxinas • Prevenção: evitar a contaminação • Tratamento inexistente Enterotoxemia Clostridium perfringens Tipo C Toxinas: enterotoxina e beta 2 Enterites severas Edema maligno • Estresse • Ambiente contaminado • Animais doentes • Nutrição deficiente Multifatorial Sintomas Febre Perda de apetite Taquicardia Depressão Edema subcutâneo (ventre e membros) Pele com intenso inchaço e coloração violácea Morte entre 24-48 horas após o início das manifestações clínica Sintomas podem levar a poliencefalomalácia Tétano Clostridium tetani • Toxinas: tetanopasmina (SNC) e tetanolisina • Incubação: 1 a 10 dias • Esporos no intestino, fezes, solo Sintomas • Hipersensibilidade • Rigidez nas pernas e músculos • Cauda rígida • Espasmos musculares nos ouvidos e no rosto • Opistótomo • Distensão abdominal • Agalactia • Ataxia • Cólicas • Desidratação • Constipação intestinal Sintomas • Timpanismo • Cianose • Febre • Excitação • Miotonia • Dispnéia • Disfagia • Midríase • Taquicardia • Incontinência urinária • Vômitos • Regurgitação • Morte súbita (parada respiratória) Fatores que contribuem • Esporos encontrados no solo • Bactérias entram pela ferida ou corte sujo • Nos leitões em lactação, a fonte mais comum é a castração - métodos insalubres Controle e prevenção • Vacinação de porcas é eficaz • Uso de antitoxinas durante a castração • Uso de antibióticos profiláticos, especialmente penicilina (ferida) *Tratamento não existe Cisticercose suína Hospedeiro definitivo: homem (Taenia fase adulta) Hospedeiro intermediário: suíno (Taenia fase larval) Miíase Controle, profilaxia e tratamento Obrigada