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AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Índice Gestão de Qualidade Melhoria Contínua 05 09 Indicadores da Qualidade Indicadores de Desempenho/ KPI’S 10 14 Segurança dos Alimentos DTA’S -Doenças Transmitidas por Alimentos 16 17 Sistema APPCC Legislações Utilizadas para Elaboração do Sistema APPCC 18 21 Homologação de Fornecedores Temperatura de Recebimento e Armazenamento de Alimentos Perecíveis 22 23 Temperatura de Cocção dos Alimentos 25 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Temperatura de Distribuição dos Alimentos Padronização de Cores para as Tábuas de Corte 26 27 Uso Correto e Tipos de Luvas para cozinha Coleta de Amostras dos Alimentos 28 31 Treinamento e Desenvolvimento de Colaboradores 32 Planilhas de Controles e Registros obrigatórios em um Serviço de Alimentação 33 Referências Bibilográficas 34 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Olá, seja bem-vindo! Muito prazer, sou Vania Konopa, Nutricionista com atuação há 20 anos na área. Pós-Graduada em Nutrição Clínica pelo GANEP. Atualmente estou cursando Pós – Graduação em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos pelo Centro Universitário São Camilo. Desenvolvo trajetória em empresas de grande porte, com background em Gestão de Pessoas, Processos e Qualidade, com atuação no setor privado, nos segmentos Hospitalar e Serviços. Sou colunista do Jornal Eletrônico EM FOCO Food Service, onde escrevo artigos nas seções: Qualidade de Vida, Alimento Seguro e UAN e Autora juntamente com outras profissionais Nutricionistas de um capítulo do Livro "Manual de Boas Práticas em Nutrição Enteral e Lactário", lançado pela Editora Manole em 2019. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa A Nutrição é minha paixão, soube disso logo no início do meu curso técnico em Nutrição e Dietética e não parei mais. Ser Nutricionista e ter o papel de gerir pessoas, processos, assegurar a qualidade e a segurança dos alimentos é desafiador, porém é apaixonante e muito gratificante. É com grande prazer que compartilho meus conhecimentos com vocês através desse E-book. Ele foi idealizado com muito carinho e produzido com conteúdos relevantes para Profissionais Nutricionistas, Técnicos em Nutrição e Acadêmicos de Nutrição, com o objetivo de ser uma fonte de consulta, ferramenta de trabalho ou para seu conhecimento e/ou atualização. Nesse meu primeiro E-book, vou abordar os temas: Gestão da Qualidade Segurança dos Alimentos BOA LEITURA A TODOS! Me siga nas redes sociais: Vania Konopa CRN3: 6764 @vaniakonopa_nutricionista linkedin.com/in/vaniakonopa/ facebook.com/vaniakonopa Gestão da Qualidade AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista A Gestão da Qualidade em Serviços de Alimentação é um sistema de gerenciamento que envolve o controle de todas as atividades e os processos, desde a elaboração das refeições até sua entrega ao cliente final. Para implementação é necessário utilizar ferramentas de qualidade que contêm técnicas para mensurar, definir, analisar e propor soluções de problemas. Histograma: ajuda a visualizar e analisar dados em serviços de alimentação e nutrição, permitindo identificar padrões e tendências que podem ser usados para melhorar a qualidade das refeições servidas. FERRAMENTAS NUMÉRICAS: Diagrama de Pareto: é uma ferramenta útil para priorizar os problemas ou as causas de problemas. É possível desenvolver um plano de ação para solucionar os problemas prioritários identificados. 5 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Diagrama de Dispersão: permite identificar se há uma correlação entre as variáveis e, em caso positivo, qual é o tipo de correlação. Pode-se, por exemplo, realizar ajustes nos ingredientes, nos métodos de preparo e nas porções dos alimentos, a fim de melhorar a qualidade nutricional das refeições e aumentar a satisfação dos clientes. Diagrama de Ishikawa: pode ser utilizado para identificar as possíveis causas de problemas relacionados à qualidade dos produtos ou à segurança alimentar. É importante envolver todas as pessoas envolvidas no processo, desde os funcionários da cozinha até os gestores do estabelecimento. FERRAMENTAS NÃO NUMÉRICAS: Diagrama de Fluxograma: é possível identificar e eliminar atividades redundantes nos processos de produção e distribuição. Folha de Verificação: permite coletar e analisar dados. Ao identificar tendências e padrões, é possível criar medidas corretivas para melhorar a qualidade dos serviços. FERRAMENTAS AUXILIARES: Benchmarking: consiste em comparar processos e práticas de uma empresa com as de outras empresas líderes no mesmo setor para identificar oportunidades de melhoria. 5W2H: ajuda a definir e implementar planos de ação de forma clara e objetiva. Para cada atividade, faça as seguintes perguntas: What? (O que será feito?), Why? (Por que será feito?), Who? (Quem fará?), Where? (Onde será feito?), When? (Quando será feito?), How? (Como será feito?) e How much? (Quanto custará?) 6 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Ao utilizar as ferramentas da qualidade, é importante que seja feito uma análise aprofundada para que não se elabore algo sem sentido e que gere mais um trabalho. Isto pode ocasionar retrabalhos, gastos de energia e tempo. Para evitar isto, apresento 3 dicas que podem ajudar a evitar estes problemas: 7 1 Dica - Entenda os fatos A necessidade de adoção de alguma ferramenta, geralmente ocorre diante de três fatos: Analisar algum problema Estabelecer alguma sistemática de gerenciamento e controle Implementar alguma ação prática 2 Dica - Promova a utilização duradoura Crie uma cultura de utilização da ferramenta Se for uma lista de verificação, por exemplo, demonstre a importância para todos de que o não preenchimento representa um sério problema para a organização. Se for o Diagrama Espinha de Peixe, explique porque devemos utilizar está ferramenta para identificar as causas de um problema. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista 8 3 Escolha a melhor ferramenta para o seu trabalho O objetivo de cada ferramenta da qualidade é diferente! Por isso, dependendo do que será feito, determinada ferramenta não fará sentido. Entenda o objetivo da tarefa, para assim escolher a ferramenta! Por exemplo, se o objetivo é analisar a frequência que determinado dado aparece em seu processo, o histograma é a melhor opção. Agora se quero saber como uma variável se comporta em relação a outra, o diagrama de dispersão é a melhor escolha. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista A Melhoria Contínua é uma prática adotada para identificar problemas, aperfeiçoar os processos, aumentar a produtividade e a eficiência nos serviços ou produtos. Conheça as principais ferramentas para implementação da melhoria contínua: A Melhoria Contínua é essencial em Serviços de Alimentação e Nutrição, pois traz diversos benefícios: 9 Melhoria Contínua Utilizada para documentar e visualizar os processos. Exemplo: Etapas de recebimento e armazenamento. FLUXOGRAMA: Auxilia a identificar e priorizar os problemas mais importantes em um processo. Exemplo: Atraso na preparação de refeições. ANÁLISE DE PARETO: As etapas (planejar, fazer, verificar e agir) ajuda a melhorar continuamente os processos. CICLO PDCA: Visa promover mudanças positivas por meio de pequenas ações. Exemplo: Como podemos melhorar a qualidade dos alimentos? KAIZEN: Conhecido como Diagrama de Espinha de Peixe é uma ferramenta que identifica a raiz dos problemas. Exemplo: falta de treinamentos. DIAGRAMA DE ISHIKAWA: Permite que os produtos ou serviços atendam às necessidades e expectativas dos clientes Garante a segurança alimentar Resulta em redução de custos e desperdícios Aumenta a produtividade AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO SVania Konopa Nutricionista Indicadores de Qualidade 1 0 Definir e monitorar indicadores de qualidade nos Serviços de Alimentação é um dos principais desafios para gestores das operações. O que deve ser medido? Como definir parâmetros para otimizar a produção? O que fazer para assegurar a confiabilidade dos números? A alta complexidade das rotinas pode dificultar esse acompanhamento. Porém, sem dados, é praticamente impossível orientar as atividades de forma precisa e ter previsibilidade sobre recursos e necessidades. Os indicadores são capazes de revelar em detalhes a realidade do negócio. Quando se fala em indicadores de qualidade, nos referimos a números capazes de traduzir os melhores caminhos rumo aos objetivos traçados para a operação. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Indicadores de Qualidade: Financeiro: Per capita: avaliar a eficiência da empresa em gerar receita ou lucro em relação ao número de funcionários, além de determinar o preço de venda de cada porção. Custo per capita: custo total do produto/ n.º de porções Budget mensal: permite identificar despesas fixas e variáveis e controlar as finanças. Índice de perdas em estoque: é um indicador que mede a quantidade de produtos que foram perdidos ou danificados durante o processo de armazenamento, manuseio ou transporte. Cálculo do Índice de perdas em estoque: Valor dos itens desperdiçados / valor total de estoque 1 1 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Gestão de pessoas Turnover: é um indicador que avalia a taxa de entrada e saída de colaboradores em um determinado período de tempo. Cálculo de Turnover: (Número de funcionários que saíram durante um período específico / Número total de funcionários no início desse período) x 100 Absenteísmo: mostra a ausência de um colaborador no trabalho, seja por motivo de doença, acidente, licença, férias e entre outros. Cálculo de Absenteísmo: (Número total de dias de ausência / Número total de dias de trabalho) x 100 1 2 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Sustentabilidade: Sobra limpa: são alimentos produzidos que não servidos ou vendidos. % da Sobra limpa: peso (kg) total da sobra x 100 / total de peso da refeição distribuída Resto ingesta: se refere a alimentos que não foram deixados no prato pelos clientes. Cálculo de Resto ingesta: Peso do resto (kg) / total da refeição no período 1 3 Indicadores de Desempenho /KPI’S AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista KPI é uma sigla derivada do inglês Key Performance Indicator que em português significa: Indicador Chave de Performance. São números cruciais que fazem parte da estratégia de gestão de qualquer negócio. 1 4 Com KPIs bem alinhados, o gestor consegue ter clareza sobre os seus números e o desempenho das suas estratégias. São através dos indicadores chave de performance (KPIs) que se consegue traçar metas possíveis e entender quais alavancas do seu negócio deve ser analisada para melhorar o processo. É através desses indicadores que será possível tomar decisões mais assertivas com base em dados concretos e poder fazer análises mais precisas para atingir os objetivos necessários. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Conheça os 8 principais Indicadores de Desempenho para Gestores: Rentabilidade Mede a eficiência do restaurante em gerar lucro em relação ao investimento realizado 1. Produtividade da equipe É importante para avaliar a eficiência da equipe e a capacidade de atender a demanda de clientes. 2. Qualidade do serviço ou produto Avalia a satisfação do cliente com a qualidade do serviço prestado 3. Tempo de resposta ao cliente Mede o tempo que a equipe leva para atender a uma solicitação do cliente até o pagamento da conta. 4. Retenção de funcionários Mensura a taxa de retenção de funcionários 5. Tempo de ciclo de produção Mede o tempo que os funcionários levam para preparar cada prato. 6. Ticket médio Mede a média de gastos dos clientes em cada visita à Unidade de Alimentação e Nutrição. 7. Turnover de funcionários Apresenta a rotatividade de funcionários em um estabelecimento durante um determinado período. 8. 1 5 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Segurança dos Alimentos Vania Konopa Nutricionista A segurança de alimentos envolve uma série de medidas que visam controlar a entrada de qualquer agente (físico, químico ou biológico) que ofereça perigo ao consumidor, seja sobre sua saúde ou integridade física. Manual de Boas Práticas de Fabricação (MBPF) Procedimentos Operacionais Padronizados (POP'S ) Treinamento e Capacitação dos Manipuladores de Alimentos Higiene e Lavagem de mãos dos Colaboradores Controle de Temperatura durante o recebimento, armazenamento, produção e na distribuição dos alimentos Adoção de sistemas de gestão qualidade Coleta de Amostras e Análises Microbiológicas É fundamental e obrigatório que o Serviço de Alimentação tenha sua documentação para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos: 1 6 Portanto, o controle de qualidade e a segurança dos alimentos ocorre em todas as etapas da cadeia produtiva, incluindo desde a produção primária (campo), passando pela colheita, manuseio, transporte, recebimento, armazenamento, produção até seu consumo final. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S DTA'S - Doenças Transmitidas por Alimentos Vania Konopa Nutricionista As DTA'S são doenças causadas pela ingestão de alimentos contaminados por microrganismos patogênicos, toxinas ou produtos químicos. A contaminação cruzada, causada pelos manipuladores, pode levar à transmissão de micro-organismos através das mãos destes manipuladores para utensílios, maquinários, matéria-prima e até para o produto pronto para o consumo. Existem vários tipos de DTA'S, incluindo intoxicação alimentar e infecção alimentar. Um dos principais agentes etiológicos são microrganismos conhecidos como: Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Clostridium botulinum. Algumas medidas que podem ser adotadas para prevenir as DTA'S em restaurantes incluem: Garantir a higiene pessoal dos manipuladores de alimentos, como a lavagem frequente das mãos Garantir a higiene dos utensílios e equipamentos utilizados no preparo dos alimentos, mantendo-os limpos e desinfetados Controlar a temperatura dos alimentos durante todas as etapas do processo produtivo Garantir a qualidade e a procedência dos alimentos utilizados no preparo das refeições Treinar e capacitar os colaboradores em boas práticas de manipulação de alimentos e segurança alimentar Realizar a coleta e análise de amostras de alimentos para detectar a presença de microrganismos patogênicos e outros contaminantes 1 7 Sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista A filosofia do APPCC é de prevenção, racionalidade e especificidade para controlar riscos que envolvam o alimento, principalmente relacionado a qualidade sanitária. O sistema é projetado para identificar e controlar possíveis problemas antes que eles ocorram. A ISO 22000 é a norma específica para o sistema de gestão da segurança de alimentos, baseada na ISO 9001 (gestão da qualidade), integra os princípios do sistema APPCC e as etapas de aplicação desenvolvidas pela Comissão do Codex Alimentarius. Sendo o APPCC combinado com Programas de Pré-Requisitos, extraindo os 7 princípios para implementar o sistema: 1 Identificação de perigos: Consiste na identificação de possíveis perigos ao longo do processo produtivo dos alimentos. 2 Avaliação de risco: Avalia o risco de ocorrência de cada perigo identificado. 3 Identificação dos Pontos Críticos de Controle: Identifica os perigos para que as medidas sejam implementadas. 1 8 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista 4 Implementação de medidas de controle:Implementa medidas por meio de treinamentos, monitoramento e verificação. 5 Monitoramento dos PCCs: É a verificação contínua dos PCCs para garantir que os limites críticos estejam sendo respeitados. 6 Ações corretivas: São ações e medidas corretivas para corrigir o problema. 7 Revisão e atualização: Avalia e monitora a efetividade do sistema APPCC. 1 9 Através dos princípios do APPCC é possível avaliar todos os potenciais perigos, definir os perigos realmente significativos, de acordo com uma análise de risco e estabelecer medidas de controle ao longo da cadeia de produção de alimentos. O Plano APPCC, é um sistema de abordagem científica e sistemática. Por isso, o seu desenvolvimento deve seguir uma sequência lógica de etapas: 1 Etapa: Formação da equipe de segurança alimentar Deverá ser composta por todos os setores, qualidade, produção, logística e manutenção, é importante que todos os setores estejam envolvidos, capacitados e que entendam qual o papel que cada um dentro do processo. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Com o método APPCC, é possível identificar falhas: Na matéria-prima Nos ingredientes Nos insumos E processo de manipulação dos mesmos 2 0 2 Etapa: Descrição do produto São as características físico, químico e microbiológica, modo de preparo, matéria-prima usada, método correto de armazenamento e transporte. 3 Etapa: Uso esperado ou pretendido Identificar qual a finalidade, informar se há algum alergênico presente em sua composição. 4 Etapa: Elaboração do fluxograma de processo O fluxograma deverá ser elaborado com todas as etapas sequenciais, de forma com que seja compreendido corretamente. 5 Etapa: Validação do Fluxograma de processo: Verifica se todas as informações necessárias estão presentes conforme a realidade do local, caso não esteja deverá ser ajustado. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista 2 1 Legislações Utilizadas para Elaboração do Sistema APPCC 01 Portaria Mapa nº 46 de 10/02/1998. Institui o APPCC nas indústrias de produtos de origem animal - Sob SIF. 02 Portaria MS nº 1428 de 26/11/1993. Regulamento técnico para inspeção sanitária de alimentos. 03 Portaria Mapa nº 368 de 08/09/1997. BPF (Boas Práticas de Fabricação) 04 Portaria CVS 05, de 09/04/13. Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para Serviços de Alimentação. 05 Resolução RDC 216 de 15/09/2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. 06 Portaria 2914 de 12/12/2011 – MS. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. 07 Resolução 275, de 21/10/02 – MS/ANVISA. Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos de alimentos e à lista de verificação das boas práticas de fabricação em estabelecimentos produtores de alimentos. Homologação de Fornecedores AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista A homologação de fornecedores é um processo de avaliação e seleção de empresas que fornecem insumos e matérias-primas. Procura garantir que os fornecedores atendam aos requisitos necessários para fornecer produtos ou serviços de qualidade e segurança. Para realizar a homologação de fornecedores em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), é necessário observar alguns aspectos durante a visita técnica ao estabelecimento: Cumprimento dos prazos nas entregas e preço atraente Cumprimento dos requisitos de qualidade das matérias-primas, insumos e demais produtos fornecidos Adequação às obrigações fiscais do setor de atuação Manual de Boas Práticas de Fabricação Procedimentos Operacionais Padronizados Treinamentos de Boas Práticas Exames de Saúde dos Colaboradores Disponibilidade de atualizar os pedidos conforme a solicitação do comprador; Assegurar apoio técnico quando necessário 2 2 Condições higiênico-sanitárias do local de produção e/ou armazenamento da matéria – prima Temperatura de Recebimento e Armazenamento de Alimentos Perecíveis AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista A carne quer seja bovina, suína, de aves ou pescados é um excelente meio de cultura para proliferação de bactérias e outros microorganismos. Quanto mais baixa a temperatura, menor a chance de uma bactéria se multiplicar, além de diminuir a velocidade de uma possível reação química. 2 3 Além da temperatura baixa, é indispensável que o alimento seja armazenado em lugar seco, limpo, ventilado (recomenda-se, no mínimo, 10 cm de distância entre alimento e vidro/parede) e devidamente protegido de insetos e ratos. O local de armazenamento da carne, seja em câmaras frigoríficas ou freezer, devem ter a higienização feita diariamente por um colaborador devidamente treinado para: Utilizar EPI'S (equipamentos de proteção individual ) como: luvas plásticas, toucas e sapatos de segurança Ter capacitação para a utilização de produtos químicos de limpeza Identificar qualquer foco de contaminação por agente externo (buracos, trincas, ovos de insetos, pelos de roedores etc); Reportar toda e qualquer necessidade de manutenção nas instalações, como portas, equipamentos de ventilação e pisos. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Um ponte importante é que ao retirar as carnes para a higienização ou manutenção do local é indispensável que elas sejam imediatamente transferidas para outro equipamento refrigerado. Quando se trata de contaminação microbiológica, poucos minutos são suficientes para comprometer a segurança alimentar do produto. É fundamental seguir as recomendações de recebimento e armazenamento em temperatura adequada: Pescados resfriados crus: no máximo a 3ºC ou conforme a especificação do fabricante. Carnes e derivados resfriados crus: no máximo a 7 °C ou conforme a especificação do fabricante. Produtos congelados: no máximo a -12ºC ou conforme a especificação do fabricante. 2 4 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Temperaturas de Cocção dos Alimentos Vania Konopa Nutricionista O controle de temperatura dos alimentos é a ferramenta mais eficaz na hora de evitar a sobrevivência e multiplicação de microrganismos patogênicos e garante a qualidade sanitária dos alimentos servidos. As frituras não devem ser aquecidas ou ultrapassar temperaturas superiores a 180 °C As preparações servidas frias devem ser reduzidas de 60 °C a 10 °C em duas horas. As preparações quentes devem atingir a temperatura mínima de 74 °C Após o resfriamento deve ser mantido em refrigeração com temperaturas inferiores a 5 °C As preparações servidas frias devem ser reduzidas de 60 °C a 10 °C em duas horas 2 5 O Binômio TempoxTemperatura é a máxima da Segurança dos Alimentos e para o Controle de Qualidade. AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Temperaturas de Distribuição dos Alimentos Vania Konopa Nutricionista Para alimentos quentes as recomendações são: As preparações servidas frias devem ser reduzidas de 60 °C a 10 °C em duas horas. Temperaturas abaixo de 60 °C, por no máximo 1 hora Temperaturas superiores a 60 °C, por no máximo 6 horas Para alimentos frios as recomendações são: As preparações servidas frias devem ser reduzidas de 60 °C a 10 °C em duas horas. Temperaturas entre 10 °C e 21 °C, por no máximo 2 horas Temperaturas até 10 °C, por no máximo 4 horas Orientar os funcionários quanto a aferição correta das temperaturas é fundamental, como também orientar como devem proceder quando encontrarem alguma variação e/ou inadequação das temperaturas aferidas. 2 6 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Para evitar a contaminação cruzada, é recomendado que cada tipo de alimento seja cortado em uma tábua de corte específica, identificada por uma cor diferente. As cores mais comuns e suas funções são: Padronização das cores das Tábuas de Corte Vania Konopa NutricionistaA padronização das cores das tábuas de corte é uma medida importante e eficaz para prevenir a contaminação cruzada em cozinhas e garantir a segurança dos alimentos aos consumidores. Tábua de cor verde: Utilizada para cortar vegetais, legumes e frutas Tábua de cor vermelha: Utilizada para cortar carnes vermelhas Tábua de cor azul: Utilizada para cortar peixes e frutos do mar Tábua de cor amarela: Utilizada para cortar aves Tábua de cor branca: Utilizada para alimentos como queijos e pães Tábua de cor bege: Utilizada para alimentos cozidos ou defumados 2 7 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Saiba que há vários tipos de luvas utilizadas em diversos procedimentos: Uso Correto e Tipos de Luvas para cozinha Vania Konopa Nutricionista As luvas são consideradas equipamentos de proteção individual (EPI’S) Luva térmica Protege o colaborador de temperaturas altas, como, por exemplo pegar panelas ou retirar assadeiras do forno Luva de malha de aço É indicada para quem trabalha com a manipulação de carnes em geral para evitar acidentes de trabalho. Luva de látex São utilizadas em procedimentos de higiene. Protege mãos e antebraço para evitar contato com produtos mais agressivos. Luvas nitrílicas É indicada para quem tem alergia ao látex, portanto são utilizadas também em procedimentos de limpeza. 2 8 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Portaria nº 2619: As luvas descartáveis utilizadas durante a manipulação de alimentos devem ser trocadas sempre que houver troca de atividade e as mesmas não devem ser usadas em procedimentos que diretamente envolvam calor, como cozimento, fritura, preparo de grelhados e assados e, quando do uso de máquinas de moagem, tritura, moldagem, mistura, e outras que acarretem riscos de acidentes. As luvas devem ser descartadas imediatamente após terem sido retiradas das mãos. A manipulação dos alimentos prontos para o consumo, que sofreram tratamento térmico ou que não serão submetidos a tratamento térmico, e de frutas, verduras e legumes já higienizados, deve ser realizada com o uso de utensílios previamente higienizados ou com luvas descartáveis, utilizados de forma a evitar a contaminação cruzada. RDC nº 216: Os manipuladores devem adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos preparados por meio da anti-sepsia das mãos e pelo uso de utensílios ou luvas descartáveis. Vania Konopa Nutricionista O que dizem as principais legislações sobre o assunto: 2 9 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S CVS nº5: Os manipuladores de alimentos devem adotar procedimentos de antissepsia frequente das mãos, especialmente antes de usar utensílios higienizados e de colocar luvas descartáveis (…) Estas devem ser trocadas e descartadas sempre que houver interrupção do procedimento, ou quando produtos e superfícies não higienizadas forem tocados com as mesmas luvas, para se evitar a contaminação cruzada. O uso da luva descartável de borracha, látex ou plástico não é permitido em procedimento que envolva calor, como cozimento e fritura e também, quando se usam máquinas de moagem, tritura, mistura ou outros equipamentos que acarretem riscos de acidentes. Vania Konopa Nutricionista 3 0 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Coleta de Amostras de Alimentos Vania Konopa Nutricionista A coleta de amostras de alimentos é fundamental para garantir a segurança dos alimentos. As amostras coletadas são analisadas para detectar a presença de microrganismos patogênicos, toxinas e outros contaminantes que possam colocar em risco a saúde dos consumidores. A Portaria CVS Nº5/2013 da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, determina que Serviços de Alimentação e Nutrição como restaurantes comerciais, cozinhas de escola, creches, presídios e hospitais devem guardar amostras de pratos prontos para esclarecer a ocorrência de doença veiculada por alimento. Para realizar a coleta, orienta-se usar o mesmo utensílio disponibilizado na distribuição. Antes de iniciar, higienize as mãos. Após, abra a embalagem ou saco esterilizado sem tocá-lo internamento ou soprá-lo. 1. 2. Colete a amostra, no mínimo de 100g ou 250ml emalimentos líquidos. Retire o ar e feche a embalagem. 3. Faça a identificação com: nome doestabelecimento, nome do produto, data e horário da coleta e nome do responsável. 4. Armazene os alimentos frios ou líquidos sobrefrigeração a 4 °C, por 72 horas. E os alimentos quentes sob congelação a - 18ºC, por 72 horas. As refeições produzidas devem ser colhidas na segunda hora do tempo de distribuição. 3 1 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Treinamento e Desenvolvimento de Colaboradores Vania Konopa Nutricionista O treinamento e a capacitação de colaboradores em UAN são essenciais para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos produzidos. Além disso, o treinamento pode ajudar a reduzir o desperdício de alimentos, aumentar a produtividade, melhorar a comunicação e reduzir os riscos de acidentes de trabalho. Temas que devem ser abordados no treinamento/capacitação: Boas práticas de manipulação Higiene pessoal Higiene do ambiente Preparo dos alimentos Perigos físicos e químicos Contaminação cruzada Doenças transmitidas por alimentos 3 2 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Planilhas de Controles e Registros obrigatórios em um Serviço de Alimentação Vania Konopa Nutricionista As planilhas são ferramentas importantes para o controle de segurança dos alimentos e para o controle de qualidade. As informações coletadas nas planilhas podem ser usadas para identificar áreas que precisam de melhorias e treinamento. Existem algumas planilhas obrigatórias que devem ser preenchidas regularmente: Planilha de higiene dos equipamentos Planilha de troca de filtros de climatização Planilha de higienização da caixa d'água Planilha de controle de saúde dos manipuladores Planilha de controle de temperatura dos equipamentos Planilha dos programas de capacitação dos manipuladores Planilha de controle de temperatura dos alimentos Planilha de controle de temperatura no recebimento da mercadoria 3 3 Planilha de controle de pragas e vetores Planilha de controle das análises microbiológica da potabilidade da água Planilha de controle das trocas dos filtros de água AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista 3 4 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC 275/2002: Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Brasília, DF, 2002. 01 Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução N° 216, de 15 de setembro de 2004: Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Brasília, DF, 2004. 02 SÃO PAULO. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria SMS 2619/2011: Aprova o Regulamento de Boas Práticas e de Controle de condições sanitárias e técnicas das atividades relacionadas à importação, exportação, extração, produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, transporte, armazenamento, distribuição, embalagem e reembalagem, fracionamento, comercialização e uso de alimentos, incluindo águas minerais, águas de fontes e bebidas -, aditivos e embalagens para alimentos. São Paulo, 2011 03 SÃO PAULO. Coordenadoria de Vigilância em Saúde. Portaria CV5/2013: Dispõe sobre o regulamento técnico de Boas Práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para Serviços de Alimentação. São Paulo, 2013. 04 AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista 3 5 Referências Bibliográficas 05 ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. 06 BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.saude.gov.br. 07 SILVA JUNIOR, Eneo Alvesda. Manual de Controle Higiênico- Sanitário em Serviços de Alimentação. 1ª edição - Volume I . São Paulo: Livraria Varela, 2010. 08 ABREU, Edeli Simioni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; SOUZA, Ana Maria de. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: Um modo de fazer. 7ª edição. Editora Metha;2019. 09 DIAS, Juliane; HEREDIA, Luciana; UBARANA, Fernando; LOPES, Ellen. Implementação de sistemas da qualidade e segurança dos alimentos - Volume 1. 1ª edição. São Paulo, 2010. http://www.anvisa.gov.br/ https://www.saude.gov.br/ AL IM EN TO S, P ESSOAS e PROCESSO S Vania Konopa Nutricionista Obrigada! Gostaria de expressar minha gratidão pela leitura do meu E-book sobre Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos. Espero que as informações apresentadas tenham sido úteis e relevantes para o seu desenvolvimento profissional.
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