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Laboratório em reumatologia

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LABORATÓRIO EM REUMATOLOGIA 
• Os exames laboratoriais são métodos complementares, ou seja, devem ser solicitados apenas para confirmar uma 
suspeita ou quantificar a intensidade e extensão de uma condição. Caso não reflita a clinica, deve ser questionado. 
• Proteínas de fase aguda: aquelas cuja concentração aumenta ou diminui em resposta ao estímulo das citocinas 
indutoras de inflamação, devido processos agudos ou crônicos (infecções, neoplasias, trauma, infartos teciduais 
ou artrites inflamatórias). Geralmente são sintetizadas no fígado e podem aumentar em 25% durante o processo 
inflamatório, embora os níveis não tenham expressão uniforme, ou seja, são regulados por interações de citocinas. 
 
• Alterações séricas das provas inflamatórias são acompanhadas de alterações em citocinas, gerando: 
→ Febre 
→ Anorexia 
→ Sonolência e letargia 
→ Perda muscular 
→ Produção de ACTH ↑ 
→ Anemia de d. crônica (normocrômica/cítica) 
• Marcadores positivos de inflamação: ↑ na vigência da inflamação 
→ Biomarcadores positivos: 
o Sistema de coagulação 
o Fibrinogênio 
o Proteína S 
o Inibidor do ativador do plasminogênio tec. 
 
→ Outros: 
o PCR 
o Proteína sérica amiloide A 
o α1 glicoproteína ácida 
o Fibronectina 
o Ferritina (>1000: S. Ativ. Macrofágica)
→ Participantes da resposta inflamatória: 
o Fosfolipase A2 secretória 
o Antagonista do receptor de IL-1 
o Fator estimulante de colônias 
→ Antiproteases: 
o α1 antiprotease 
o α1 antiquimiotripsina 
o Inibidor da tripsina pancreática 
• Marcadores negativos de inflamação: ↓ na vigência da inflamação 
→ Albumina 
→ Transferrina 
→ Transtirretina 
→ Alfa 2-HS glicoproteína 
→ Alfa-feto proteína 
VHS 
• Técnica de Westergren: proteínas plasmáticas, principalmente fibrinogênio e globulinas alfa/beta/gama ↓ cargas 
eletrostáticas sobre a superfície das hemácias, facilitando a agregação das células e acelerando a sedimentação. 
• Apresenta alta sensibilidade, porém baixa especificidade. Aumenta com a idade e varia com a raça. Baixo custo. 
• ↓ VHS: microcitose, policitemia e alterações morfológicas das hemácias (ex. falcização, esferocitose) devido ↓ 
agregação, hipofibrinogenemia, hipogamaglobulinemia, CIVD, anemia hemolítica, uso de corticoides e AINES. 
• ↑ VHS: macrocitose, sexo feminino, idade avançada, gravidez, infecções, neoplasias, trauma, anemia, macrocitose, 
gestação, diabetes, obesidade, hipotireoidismo, hipercolesterolemia, DRC, doenças cardíacas, doenças do tecido 
conjuntivo, uso de ACO e heparina. 
• Possui mais fatores confundidores. 
• Cálculo de LSN: idade /2 (homens) e (idade + 10) /2 (mulheres) 
 
Reumatologia | Lara Mattar | Medicina UFR 
PCR 
• Proteína sintetizada pelos hepatócitos, presente em pequenas quantidades no plasma (<1 mg/L), aumentando 
mais de 1000x durante uma infecção aguda. Atingem o pico máximo em 2-3 dias, e caem rapidamente sob cessação 
do estímulo (meia vida de 19h). 
• A maioria dos adultos tem PCR <0,3. Concentração >1 prediz doença inflamatória e >10 infecção bacteriana. 
• Assim como o VHS, o PCR prediz atividade da doença e prognóstico, mas não auxilia no diagnóstico diferencial. 
• ↑ PCR: sexo feminino, serosites, neoplasias, traumas. Em idosos, pode representar inflamação de baixo grau. 
Elevações persistentes ocorrem em estados inflamatórios crônicos, como TB pulmonar, neoplasias, AR, vasculites 
sistêmicas e na maioria das doenças autoimunes. 
MUCOPROTEÍNAS / α1 GLICOPROTEÍNA ÁCIDA 
• As mucoproteínas são uma fração heterogênea de glicoproteínas de mucopolissacarídeos que pode ser separada 
por eletroforese em 5 subfrações, conhecidas pelo nome genérico de proteínas de fase aguda. Podem ser 
encontradas no líquido sinovial. 
• A elevada variabilidade analítica do método de análise da mucoproteína recomenda substituição pela dosagem da 
α1 glicoproteína ácida, contudo, seu custo menor contribui para a manutenção da mucoproteína na rotina. 
• ↑ α1 glicoproteína ácida: TB, diabetes, neoplasias, infecções, doença do colágeno, gota, psoríase. 
• ↓ α1 glicoproteína ácida: desnutrição, hepatopatias, enteropatias com perda proteica, gravidez. 
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS 
• É o método comumente utilizado para rastreamento de anormalidade nas proteínas séricas. Os métodos utilizados 
são eletroforese, imunoeletroforese ou imunofixação. Ocorre uma centrifugação e separação por carga elétrica e 
peso molecular, levando à formação de um padrão de bandas. Posteriormente, o densitômetro verifica a 
concentração das proteínas no sangue. 
• Ela detecta as seguintes proteínas: albumina, alfa-1 globulina, alfa-2 globulina, betaglobulina e gamaglobulina. 
Ambas atuam no sistema imune, na coagulação e no metabolismo, além de transportarem moléculas. 
• Inflamação aguda: ocorre ↓ albumina e ↑ alfa-2 globulina. A fração alfa-2 globulina é mais confiável na avaliação 
de inflamação do que a VHS e a dosagem da PCR, pois sofre menos influência das medicações. 
• Inflamação crônica: ocorre ↓ leve ou moderada albumina, ↑ leve ou moderada gamaglobulina e níveis de alfa-2 
globulina normais ou levemente ↑. 
• Solicitada quando há sinais e sintomas sugestivos de: 
→ Desidratação 
→ Mieloma múltiplo 
→ Inflamações 
→ Cirrose/ascite 
→ LES 
→ Hipertensão 
→ Glomerulonefrite 
→ Síndrome de Cushing 
→ Enfisema 
→ Doenças hepáticas 
→ Anemia 
→ Pancreatite 
ALBUMINA: 
• Proteína de fase aguda negativa presente em maior quantidade, produzida no fígado, atua como transportador de 
hormônios e nutrientes, regulador do pH e exerce controle osmótico. 
• ↑ albumina: desidratação (principal, devido hemoconcentração). 
• ↓ albumina: inflamação, DM, hipertensão, edema, ascite, deficiências nutricionais, cirrose hepática. 
• VR: 4,01 a 4,78 g/dL; 55,8 a 66,1%. 
ALFA-1 GLOBULINA: 
• Constituída por várias proteínas, sendo as principais: 
→ Alfa-1 glicoproteína ácida (AGA): participa na formação de fibras colágenas e no sistema imune 
Lara Mattar
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→ Alfa-1 antitripsina (AAT): participa no sistema imune 
• ↑ alfa-1 globulina: inflamações, infecções, Cushing, artrites, gravidez, vasculites, uso de estrogênio e corticoides. 
• ↓ alfa-1 globulina: síndrome nefrótica, doenças hepáticas graves, enfisema, cirrose e carcinoma hepatocelular. 
• VR: 0,22 a 0,41 g/dL; 2,9 a 4,9%. 
ALFA-2 GLOBULINA: 
• Mais útil que o PCR e o VHS para avaliar inflamação, pois sofre menos influência de medicações. 
• Formada por 3 proteínas: 
→ Ceruloplasmina (CER): ↑ quantidade cobre, atua no metabolismo, incorporação do ferro a transferrina. Apesar 
de ser uma proteína de fase aguda, seus níveis demoram a subir. 
→ Haptoglobina (HPT): se liga à Hb circulante, promovendo sua degradação e eliminação da circulação. 
→ Macroglobulina (AMG): uma das maiores proteínas plasmáticas, responsável por regular reações inflamatórias 
e imunológicas, além de transportar proteínas e regular a síntese proteica no fígado. 
• ↑ alfa-2 globulina: sínd. nefrótica, doença de Wilson, degeneração hepática, CIVD, infarto cerebral, estrogênios. 
• ↓ alfa-2 globulina: anemia hemolítica, pancreatite, doenças pulmonares. 
• VR: 0,58 a 0,92 g/dL; 7,1 a 11,8%. 
BETA-1 GLOBULINA: 
• A principal proteína dessa fração é a transferrina, responsável pelo transporte de ferro. 
• ↑ beta-1 globulina: anemia ferropriva, gravidez, icterícia, hipotireoidismo, diabetes. 
• ↓ beta-1 globulina: infrequente, mas pode ser observada em inflamações crônicas (biomarcador negativo). 
• VR: 0,36 a 0,52 g/dL; 4,9 a 7,2% 
BETA-2 GLOBULINA: 
• Composta por 2 proteínas principais: 
→ Beta-2 microglobulina (BMG): marcador atividade celular, detecta tumores, útil no acompanhamento câncer. 
→ Proteína C reativa (PCR): útil na identificação de infecções e inflamações, já que sofre grandes alterações. 
• ↑ beta-2 globulina: doenças relacionadas com os linfócitos, inflamações e infecções. 
• ↓ beta-2 globulina: problemas no fígado, o que impede a síntese dessas proteínas.• VR: 0,22 a 0,45 g/dL; 3,1 a 6,1% 
GAMA GLOBULINA: 
• Composta pelas imunoglobulinas. 
• ↑ gama globulina: infecção, inflamação, doenças autoimunes (AR), linfoma, mieloma múltiplo, cirrose. 
• ↓ gama globulina: deficiência do sistema imune devido a doenças crônicas. 
• VR: 0,72 a 1,27 g/dL; 11,1 a 18,8% 
FERRITINA 
• Proteína intracelular com função de armazenamento, liberação e transporte do ferro. 
• ↑ ferritina: sobrecarga de ferro, doença hepatocelular, IR, neoplasias e hemocromatose. 
• ↓ ferritina: deficiência de ferro. 
• Não é um reagente de fase aguda medido na rotina, porém, na artrite idiopática juvenil do subtipo sistêmico e na 
síndrome de ativação macrofágica, tem um papel no diagnóstico. Nessas situações, os níveis são > 1.000 ng/mL. 
FIBRINOGÊNIO 
• Proteína sintetizada exclusivamente pelos hepatócitos, responsável pela coagulação. 
• ↑ fibrinogênio: gravidez, infecção, hepatopatia leve, sd. nefrótica, pós-infarto, artrite idiopática juvenil sistêmico. 
• ↓ fibrinogênio: CIVD, leucemia mieloide aguda, hepatopatia grave, carcinoma, sd. de ativação macrofágica. 
Lara Mattar
Lara Mattar
• Não é um exame solicitado na rotina das doenças reumáticas, porém seus níveis podem estar elevados em 
inflamações como artrite idiopática juvenil do subtipo sistêmico, o que a diferencia da síndrome de ativação 
macrofágica, em que ocorre hipofibrinogenemia. 
LÍQUIDO SINOVIAL 
• Transudato do plasma, acrescido de sacarídeos de alto peso molecular (destacando-se os hialuronatos), produzidos 
pelos sinoviócitos do tipo B. 
• Artrocentese com análise de LS (citologia total e diferencial, bacterioscopia, cultura e pesquisa de cristais) deve ser 
realizada se efusão articular de causa desconhecida, possibilitando estreitar o diagnóstico diferencial e distinguir 
padrão inflamatório e não inflamatório, sendo útil na determinação da causa da artrite, em especial a artrite 
séptica e a artrite induzida por cristal. 
• Características do LS: 
→ Volume: 3,5 ml no joelho 
→ Transparência: líquidos mais opacos decorrem da presença de céls. nucleadas (leucócitos) ou hemácias 
→ Cor: incolor. ↑ quantidade plasma e céls. nucleadas tornam o LS amarelo-esverdeado (inflamação/séptico) 
→ Viscosidade: viscoso, produz liga. Inflamação ↓ viscosidade devido enzimas proteolíticas. Infecção ↑ (pus) 
→ Citologia: praticamente acelular, <2.000 leucócitos/mm3. 
CITOLOGIA 
• <2.000 leucócitos/mm3: desordens primariamente não inflamatórias, como AO, necrose avascular, Artropatia de 
Carcot, hemocromatose, trauma. 
• >2.000 leucócitos/mm3: inflamação (polimorfonucleares >50%). 
• 50-150.000 leucócitos/mm3: infecção, com predomínio de polimorfonucleares (≥70%). 
• Eosinofilia no LS sugere infecção parasitária, alergia, neoplasia ou doença de Lyme. 
BIOQUÍMICA 
• Pouco útil no diagnóstico e tratamento das artrites. 
• Infecção bacteriana tem sido associada à ↓ glicose e elevação DHL. 
BACTERIOSCOPIA 
• Coloração de Gram fornece informações valiosas para o diagnóstico da artrite séptica e pode representar a única 
evidência microbiológica para agentes de difícil cultivo. A sensibilidade varia de 29-50% para artrites infecciosas. 
Dado o baixo rendimento, um resultado negativo não afasta infecção, principalmente se causada por micobactéria 
ou fungo. Logo, a confirmação de TB deve ser estabelecida por histopatologia e cultura da membrana sinovial. 
CULTURA BACTERIANA 
• A cultura é positiva na maioria dos pacientes com artrite séptica não gonocócica. 
• Antibióticos devem ser suspensos antes da aspiração articular. 
DETECÇÃO DE CRISTAIS 
• Gota: identificação de cristais de urato monossódico no líquido sinovial, (forma de agulha, com intensa 
birrefringência com elongação negativa) mediante análise no microscópio de luz comum e luz polarizada. Em 
alguns casos, a pesquisa pode ser feita em tecidos acometidos por depósitos desses cristais. O equivalente sérico, 
o ácido úrico, é de grande valia para o tratamento. 
• Artrite gotosa aguda: LS inflamatório (turbidez, ↓ viscosidade e ↑ celularidade, com predomínio de PMN). 
• Doença por depósito de pirofosfato de cálcio: nessa doença não existe um equivalente sérico do ácido úrico, como 
na gota. Os exames visam excluir gota e auxiliar na identificação de fatores associados. O LS é inflamatório. A análise 
a fresco ou sob microscópio polarizado mostra cristais de pirofosfato de cálcio na forma de barra ou romboide, 
com birrefringência negativa ou positiva (mas menor que o urato monossódico) e elongação positiva. 
Características Normal Osteoartrite D. inflamatórias Artrite séptica Hemorrágico 
Claridade Transparente Transparente Turva Opaca Variável 
Cor Incolor Incolor Amarela Amarela e verde Vermelha 
Viscosidade Alta Alta Baixa Baixa Alta 
Leucócitos < 200 200 a 10.000 5.000 a 75.000 > 50.000 Similar ao 
sangue 
Neutrófilos < 25% < 50% > 50% > 75% Similar ao 
sangue 
 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
• São condições nas quais os danos aos tecidos resultam de autoanticorpos ou de células autorreativas. Afetam cerca 
de 2% da população e estão ligadas a falhas nos mecanismos de autotolerância, que incluem: 
→ Defeitos no sistema imune: defeitos em céls. NK ou T supressoras, nas secreções de interleucinas, no processo 
de fagocitose ou nos complementos do sistema complemento, ou por ação de hormônios (estrogênios). 
→ Condições ambientais: infecções virais, bacterianas e parasitárias, medicamentos, agentes tóxicos. 
• Os testes de autoanticorpos costumam ter alta especificidade e baixa sensibilidade, ou seja, resultados negativos 
não excluem a doença, mas sua presença é fortemente sugestiva. Auxiliam na definição diagnóstica e prognóstica, 
subfenotipagem e monitoramento de atividade de doenças autoimunes. 
• A pesquisa de autoanticorpos utiliza diversos mecanismos que tem em comum o fato de expor o soro (exceto na 
encefalite autoimune, que se utiliza líquor) do paciente a uma fonte antigênica para verificar ligação por Ac. 
• O soro deve ser diluído em solução salina pH 7,2 - 7,4, pois normalmente há autoanticorpos naturais em baixa 
concentração que apresentam reatividade cruzada e de baixa avidez com ampla gama de autoantígenos. Ou seja, 
cada tipo de teste há uma diluição do soro para tornar irrelevante reatividade de autoanticorpos naturais (ruído). 
RIFI 
• Aplica-se soro pré-diluído sobre o substrato antigênico (monocamada de células de animais) e aguarda-se um 
tempo. Em seguida, lava-se a reação com PBS para eliminar Ac aderidos não especificamente. A reação é, então, 
incubada com o conjugado fluorescente (imunoglobulina animal com fluoróforo acoplado), o que emite 
fluorescência proporcional à quantidade de autoanticorpos imobilizados na reação. 
AGLUTINAÇÃO E IMUNOTURBIDIMETRIA 
• Baseia-se no princípio de que os anticorpos podem manter espacialmente próximos dois objetos recobertos por 
antígenos reconhecidos por esses anticorpos. Isso se deve à bivalência da molécula de imunoglobulina, com duas 
regiões Fab. Dessa forma, micropartículas ou células recobertas com um determinado antígeno serão aglutinadas 
quando expostas a anticorpos contra esse antígeno. Caso o anticorpo seja de classe IgM (usualmente sob forma 
de pentâmero), a aglutinação é tão extensa que pode ser identificada a olho nu. É o caso do fator reumatoide IgM, 
que permite a aglutinação visível de partículas de látex revestidas com agregados de IgG. Este é de fato o princípio 
do teste do látex para pesquisa do fator reumatoide. 
• Uma evolução são os ensaios de turbidimetria e nefelometria, pois permitem a detecção de anticorpos IgG e IgA. 
O princípio é o mesmo, com micropartículas revestidas com o antígeno de interesse expostas ao soro. Para 
identificar a reatividade e consequente aglutinação das micropartículas, utilizam-se sensores fotoelétricos que 
analisam o comportamento de feixes de raios laser atravessando a solução contendo as micropartículas e os 
anticorpos. Se houver agregação das micropartículas,parte dos 
feixes de laser será desviada pelos agregados e não conseguirá 
impressionar os sensores fotoelétricos na extremidade oposta. A 
atenuação dos feixes é proporcional ao poder aglutinante dos 
anticorpos presentes. Este é o princípio da imunoturbidimetria. 
• Uma outra metodologia é a imunonefelometria, que aborda 
exatamente a parte do feixe de laser desviada ao colidir com os 
microagregados (efeito Tyndall). Sensores colocados em diferentes 
ângulos em relação à fonte de laser detectam os raios defletidos, 
de forma proporcional à quantidade de anticorpos presentes na 
reação. 
• A imunonefelometria e a imunoturbidimetria podem fornecer uma 
estimativa quantitativa ou semiquantitativa da concentração dos 
anticorpos mediante calibração com uma curva de padrões com 
reatividade conhecida. 
IMUNODIFUSÃO DUPLA E CONTRAIMUNOELETROFORESE 
• O ensaio de imunodifusão dupla foi o método usado para descoberta e caracterização de vários autoanticorpos de 
interesse em reumatologia, como aqueles contra Sm, U1-RNP, SS-A/Ro, SS-B/La, Jo-1, Scl-70 etc. 
• Baseia-se na precipitação de complexos antígeno-anticorpo em meio 
semissólido. A análise criteriosa das linhas de precipitação permite 
identificar a especificidade de autoanticorpos em cada amostra. 
• Uma variante é a contraimunoeletroforese, na qual o encontro de 
antígenos e anticorpos é acelerado e potencializado por corrente 
elétrica interposta entre a fonte antigênica e os poços com soro. 
• São métodos extremamente específicos, porém sua sensibilidade pode 
ser menor que os de imunoensaios de fase sólida. 
IMUNOENSAIOS DE FASE SÓLIDA 
• ELISA, quimioluminescência e imunofluoromertia constituem um grupo de ensaios baseados na adsorção de 
antígenos específicos em superfícies plásticas, usualmente do tipo poliestireno. 
• O formato mais usual é o de placas de microtitulação com 96 poços recobertos com o antígeno de interesse e soro 
diluído. O antígeno ou epítopo a ser adsorvido à fase sólida pode ser natural, por purificação de tecidos, ou 
recombinante, a partir de expressão do respectivo cDNA em bactérias ou células eucarióticas. 
• Após ligação dos anticorpos aos antígenos imobilizados na superfície, procede-se à lavagem com PBS para remoção 
de anticorpos irrelevantes. Então incuba-se a reação com conjugado à semelhança do ensaio de IFI, porém nesse 
caso a imunoglobulina animal anti-imunoglobulina humana está conjugada a outro tipo de marcador, como 
enzimas (peroxidase ou fosfatase alcalina) ou substâncias quimioluminescentes cromógenas (isoluminol). A reação 
de ELISA é analisada em um espectrômetro, e a quimioluminescência utiliza um luminômetro. 
• São métodos muito sensíveis, permitindo a detecção de autoanticorpos de baixa avidez e em baixa concentração. 
Contudo, é preciso cautela na interpretação de resultados fracamente positivos devido autoimunidade fisiológica. 
RASTREAMENTO DE AUTOANTICORPOS POR IFI EM CÉLULAS HEP-2 (FAN) 
• O “fator antinuclear” tende a ser substituído pelo termo “anticorpos anticélulas”, pois o IFI em células HEp-2 
detecta anticorpos contra componentes celulares além do núcleo, como citoplasma e aparelho mitótico. 
• A célula HEp-2 é uma linhagem derivada de carcinoma de laringe. 
• O IFI-HEp-2 oferece 3 informações: a presença de um anticorpo na amostra (resultado positivo), a concentração 
sérica do anticorpo (título) e os possíveis autoanticorpos presentes (padrão de imunofluorescência). 
• Embora seja tecnicamente simples, há muita complexidade na interpretação. É um teste extremamente “sensível” 
e pode detectar autoanticorpos em indivíduos saudáveis ou com doenças não autoimunes (não são falso-
positivos). Deve-se considerar que os títulos são mais baixos em indivíduos saudáveis e mais altos em enfermos 
autoimunes, mas esse não é um parâmetro absoluto, havendo exceções nas duas extremidades. 
• FAN-HEp-2+ em diversas enfermidades Frequência (%) 
Lúpus discoide 10 a 40 
Lúpus eritematoso sistêmico * > 90 
Lúpus induzido por fármacos 40 a 50 
Esclerose sistêmica * 80 a 90 
Artrite reumatóide 50 a 60 
Artrite reumatóide infantil 15 a 40 
Doença de Felty 90 a 95 
Síndrome de Sjogren primária * > 90 
Síndrome de Sjogren secundária 50 a 70 
Dermatomiosite/polimiosite 30 a 50 
Cirrose biliar primária * 80 a 90 
Infeções crônicas 10 a 50 
Neoplasias 20 a 30 
Indivíduos sadios * 5 a 13 
Indivíduos sadios com parentes de 1º grau com LES 25 a 50 
 
• Há um código alfanumérico para diferenciar os padrões, contendo o acrônimo AC (anti-cell) e uma numeração. Ex: 
padrão nuclear homogêneo (A-1), citoplasmático pontilhado reticulado (AC-21), fuso mitótico (AC-26). A análise 
do padrão é um parâmetro valioso, pois alguns tendem a ocorrer quase exclusivamente em doenças autoimunes 
sistêmicas, como o AC-1 (nuclear homogêneo - LES) e AC-5 (nuclear pontilhado grosso). Em contrapartida, o AC-
2 (nuclear pontilhado fino denso), mesmo que em altos títulos, ocorre mais em indivíduos sem doenças 
autoimunes. 
 
• Alguns autoantígenos não estão presentes nessa linhagem celular e, portanto, os respectivos autoanticorpos não 
ocasionarão um teste IFI HEp-2 positivo. Autoanticorpos não detectáveis no teste IFI HEp-2 incluem aqueles contra 
a cardiolipina e outros fosfolípides, Ro52/TRIM21, proteinase 3, mieloperoxidase, IgG (fator reumatoide), 
peptídeos citrulinados, HMGCR (3-hydroxy- 3methylglutaryl coenzyme A reductase), NXP-2 (Nuclear matrix protein 
2), TIF1-γ (Transcriptional intermediary factor), MDA-5 (Melanoma differentiation associated protein 5), LKM, 
receptor da acetilcolina e moléculas de superfície neuronal (AMPA, NMDA, aquaporina 4 etc.). Ademais, a 
expressão de alguns autoantígenos é inconsistente nas células HEp-2, incluindo o sistema da proteína P ribossomal, 
as tRNA sintetases (Jo-1, PL-7, PL-12, etc) e a proteína SS-A/Ro60. Desta forma, um teste IFI HEp2 negativo não 
descarta a possibilidade desses autoanticorpos. 
• Testes específicos para pesquisa de autoanticorpos individuais: 
 
ASSOCIAÇÕES CLÍNICAS DE AUTOANTICORPOS ESPECÍFICOS 
AUTOANTICORPO ASSOCIAÇÃO PRINCIPAL ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA 
DNA nativo LES - 
Sm LES - 
PCNA LES - 
Proteína P ribossômico LES Hepatite autoimune tipo 1 
Nucleossomo LES - 
U1-RNP DMTC LES, ES, AR 
SS-A/Ro SSj LES, LE neonatal, ES, PM, CBP 
SS-B/La SSj LES, LE neonatal 
Jo-1 PM Superposição PM/ ES 
Scl-70 ES - 
Centrômero ES CBP, Síndrome de Sjögren 
Fibrilarina ES - 
RNA-polimerase I e II ES - 
Ku Superposição PM/ ES LES 
PM/Scl Superposição PM/ ES ES 
Filagrina/ citrulina AR - 
Profilagrina AR LES, AO, hepatite autoimune 
 
• ACPA: anticorpos contra peptídeos citrulinados; ANCA: anticorpos contra o citoplasma de neutrófilos; anti-aCL: 
anticardiolipinaanti-b2GPI: antibeta 2 glicoproteína; anti-LAC: anticoagulante lúpico; anti-MPO: 
antimieloperoxidase; anti-PR3: antiproteinase-3; anti- PS/PT: anti-phosphatidylserine/prothrombin; CarP: 
peptídeos carbamilados; FR: fator reumatoide; HMGCR: 3-hidroxi-3metilglutaril coenzima A redutase; MBG: 
membrana basal glomerular; MDA-5: myelome differentiation associated protein 5; NuMA: nuclear mitotic 
apparatus protein; NXP-2: nuclear matrix protein 2; PCNA: proliferating cell nuclear antigen; Sm: antígeno Smith; 
SRP: signal recognition particle; TIF1γ: transcriptional intermediary fator 1; U1- RNP: ribonucleoproteína U1. 
AUTOANTICORPOS CLINICAMENTE RELEVANTES EM DOENÇAS AUTOIMUNES NÃO REUMÁTICAS 
Doenças 
neurológicas 
NMDAR, AMPAR, CASPR2, GABA-A, DPPX, mGluR1, mGluR5, GAD65, LG1, GliR, IgLON5, Hu 
(ANNA-1), Ri (ANNA-2), Yo (PCA-1), Ma-1, Ma-2, DNER (Tr), CV2 (CRMP-5), PCA-2, anfifisina 
Doenças hepáticas F-actina, SLA/LP, LKM-1, LC1, PDC-E2, mitocôndria, gp210, músculo liso, Ro52/TRIM21, 
histonas, pANCA atípico 
Doenças intestinais Gliadina deamidada (IgA e IgG), transglutaminase tecidual (IgA e IgG), endomísio (IgA e 
IgA), ASCA (IgA e IgG), pANCA atípico, centrômero, Sp100 
Pênfigos BP180, BP230,DSG1, DSG-3 
 
• Evolução temporal: Os autoanticorpos precedem as manifestações clínicas de diversas doenças autoimunes por 
meses ou anos, denotando uma fase pré-clínica em que o distúrbio provavelmente está se instalando. Esta pode 
ser uma janela de oportunidade para estabelecimento de medidas preventivas. Mesmo que não desenvolva a 
autoimunidade, deve-se acompanhar devido predisposição. Sem a contrapartida clínica não se deve diagnosticar. 
ANTICORPOS ANTIFOSFOLÍPIDES 
• São anticorpos contra fosfolipídeos carregados negativamente, frequentemente coexistem com anticorpos contra 
a β2 glicoproteína-I. Tem o mesmo significado clínico: manifestações vaso oclusivas e hematológicas. 
• Anticardiolipinas e anticoagulante lúpico (maior associação trombótica). 
ANTICARDIOLIPINAS: dosa-se IgM / IgG / IgA (afrodescententes e pardos). O isotipo IgG é mais específico que o IgM 
para diagnóstico de síndrome antifosfolípide, normalmente presente em títulos moderados ou elevados. Em níveis 
baixos, associado a AR, TB, sífilis, hanseníase, HIV, sendo mais comum o isotipo IgG. 
ANTICORPO ANTI Β2 GLICOPROTEÍNA-I: cofator que atua na coagulação, liga anticorpo anti-cardiolipina à 
cardiolipina. Sua dosagem é critério adicional para classificação da SAF. Testes negativos não excluem diagnóstico. Os 
títulos podem estar reduzidos na vigência de trombose. 
 
 
ANTICORPOS ANTI-CITOPLASMA DE NEUTRÓFILOS (ANCA) 
• Descritos em pacientes com glomerulonefrite pauci-imune, são dirigidos contra grânulos presentes no citoplasma 
de neutrófilos e monócitos e geralmente são do subtipo IgG. Os alvos dos ANCA são a proteinase 3 (PR3) e a 
mieloperoxidase (MPO). 
• São associados à: 
→ Granulomatose com Poliangeíte (granumatose de Wegener) 
→ Poliangeíte Microscópica 
→ Outras Vasculites Necrotizantes Sistêmicas 
C-ANCA: em 90% dos casos é anti proteinase 3, associada a granulomatose de Wegener especificidade de 80%. 
P-ANCA: mieloperoxidase sensibilidade varia de 30-80% para a glomerulonefrite rapidamente progressiva com 
crescentes, presente em 40% dos pacientes com angeíte eosinofílica (antiga sd de Churg Strauss), também associada 
à alveolite hemorrágica e a poliangeíte microscópica. 
TRIPLO POSITIVO: anticardiolipina + anti glicoproteína 1 + anticoag. Lúpico -> Não pode usar xarelto 
(inibidor direto de fator X), tem que usar marevan (varfarina) e acompanhar. 
• Em doenças não vasculíticas pode aparecer um padrão de ANCA atípico, associados a outras enzimas: elastase, 
lactoferrina, catepsina G, proteínas ligadas à heterocromatina, encontrado em doença inflamatória intestinal, 
colangite esclerosante, hepatite autoimune tipo 1 ou uso de drogas. 
FATOR REUMATÓIDE 
• Os dois sistemas de autoanticorpos mais importantes para o diagnóstico de AR são o fator reumatóide (FR) e os 
anticorpos anti-peptídeos cíclicos citrulinados (anti-CPP). 
FATOR REUMATÓIDE: O FR é um autoanticorpo direcionado contra a porção Fc das moléculas de IgG. Porém 
apresenta limitado valor no diagnóstico da AR devido a sua baixa especificidade em indivíduos saudáveis, 
especialmente em idosos. 
• Pode ser de qualquer classe de imunoglobulina, mais frequentemente IgM. 
• Waaler Rose: usa hemácias de carneiros recobertas com IgG de coelho, é mais específico e menos sensível. O 
método do Látex, que é o mais frequentemente utilizado, usa pérolas de látex recobertas com IgG humana. 
• O FR é positivo em apenas 60 a 80% dos pacientes acometidos por AR. Sua falta de especificidade fornece 
resultados positivos para portadores de outras doenças: LES, Esclerodermia, Síndrome de Sjögren, Sífilis. 
ENFERMIDADES EM QUE É COMUM A OCORRÊNCIA DE FATOR REUMATOIDE 
GRUPO DE DOENÇAS ENFERMIDADES ESPECÍFICAS 
Doenças virais Hepatite B ou C, mononucleose, influenza, AIDS, pós-vacinação 
Doenças autoimunes Artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica, polimiosite, 
dermatomiosite, síndrome de Sjögren, crioglobulinemia mista, cirrose biliar primária, 
hepatite autoimune, fibrose pulmonar idiopática (Harman- Hirsch), doença mista do tecido 
conjuntivo, vasculites 
Neoplasias Principalmente após irradiação ou quimioterapia 
Infecção bacteriana Tuberculose, sífilis, hanseníase, salmonelose, endocardite bacteriana sabaguda, brucelose, 
borreliose 
Doenças parasitárias Malária, calazar, esquistossomose, filariose, tripanossomíase 
 
ANTICORPOS ANTIPEPTÍDEO CITRULINADO (ACPA): A pesquisa de APCA é especialmente útil no diagnóstico 
diferencial de poliartrite recente. O ANTI CCP-2 é específico para AR (96-98%) com sensibilidade entre 60-70%. 
Anticorpos anti-CPP são anticorpos direcionados a várias proteínas/peptídeos contendo resíduos de arginina 
modificados (citrulinas), potencializando o sítio de ligação aos anticorpos. Diferentes substratos têm sido 
desenvolvidos para detectar anticorpos anti-CPP e o mais conhecido e utilizado é o Peptídeo Cíclico Citrulinado (CPP). 
• Os anticorpos anti-CPP, além de serem altamente específicos para o diagnóstico laboratorial da AR, também tem a 
vantagem de aparecer precocemente durante a evolução da doença, justo quando o diagnóstico é mais difícil e a 
intervenção médica é mais eficaz. 
• Outros ensaios laboratoriais tem sido utilizados para o diagnóstico da AR, como os anticorpos anti-queratina (AKA) 
e anticorpos anti-vimetidina citrulinada modificada (anti-MCV). Contudo, os testes anti-CPP mostraram-se mais 
sensíveis que os testes AKA e equivalentes em termos de sensibilidade e especificidade aos testes anti-MCV, com 
a vantagem de já estarem disponíveis em sistemas automatizados, com resultados mais precisos e rápidos. 
• Indicações dos autoanticorpos anti-CCP: 
→ Suspeita de AR 
→ Diagnóstico diferencial entre AR precoce e doenças do tecido conectivo 
→ Diagnóstico diferencial entre manifestações tardias da AR e polimialgia reumática 
→ Avaliação das chances no desenvolvimento de erosões destrutivas das articulações 
→ IMPORTANTE: Doenças como LES (15%), TB, Sjoegren (14%), PM/DM (23%) e esclerodermia (6%) podem 
apresentar teste positivo, mas em títulos baixos. 
• Valores pouco acima do mínimo para positividade: > 50 UI/ml ACCP e 200 UI/ml FR = ↑ probabilidade de AR. 
DOENÇAS OSTEO-METABÓLICAS 
• Os principais testes para diagnóstico de doença metabólica são as dosagens de cálcio e fósforo urinários e séricos. 
PTH e vitamina D (25-OH vitamina D) direcionam determinação da causa para variação de cálcio sérico e urinário. 
• Marcadores de formação óssea: 
→ Fosfatase alcalina óssea ou total (soro) 
→ Osteocalcina (soro) 
→ PINP e PICP (soro) 
• Marcadores de reabsorção óssea: 
→ Hidroxiprolina (urina) 
→ Piridinolina e deoxipiridinolina (soro) 
→ N-telopeptídeo (NTX) 
→ C-telopeptídeo (CTX) 
→ Fosfatase ácida tártaro-resistente (soro) 
 
MARCADORES DE REABSORÇÃO ÓSSEA 
Marcadores Características 
Fragmento ou telopeptídeo aminoterminal 
do colágeno tipo 1(NTx) 
Derivado do colágeno 1; detecção no soro e na urina; coeficiente 
de variação elevado 
Fragmento ou telopeptídeo carboxiterminal 
do colágeno tipo 1 (CTx) 
Derivado do colágeno 1 ; detecção no soro ;mais usado 
atualmente pelo melhor coeficiente de variação 
Piridinolina (PYD) Derivado do colágeno; interligadores de colágeno (cross- links); 
detecção na urina (em desuso) 
Deoxipiridinolina (DPD) Derivado do colágeno; interligadores de colágeno (cross- 
links);detecção na urina (em desuso) 
Fosfatase ácida tartarato resistente (TRAP) Enzima presente na borda em escova do osteoclasto; mede 
atividade do osteoclasto 
Hidroxiprolina (HYP) Derivado do colágeno; detecção na urina; em desuso pela grande 
interferência da dieta 
 
MARCADORES DE FORMAÇÃO ÓSSEA 
Marcadores Características 
Fosfatase Alcalina 507 aminoácidos; secretada pelo osteoblasto, detecção no soro 
Fração óssea da fosfatase alcalina 507 aminoácidos com diferentes graus de glicosilação; secretada 
pelo osteoblasto; detectada pelo soro; funçãomineralização 
Osteocalcina 49 aminoácidos; secretada pelo osteoblasto maduro; detecção no 
soro; função: interação com cálcio e cristais de hidroxiapatita 
Peptídeo do colágeno tipo 1 c(P1CP) e 
N(P1NP) 
Derivado do colágeno tipo 1 ; detecção no soro; função: formação 
da matriz óssea não mineralizada. 
 
 
 
	VHS
	pcr
	Mucoproteínas / α1 glicoproteína ácida
	Eletroforese de proteínas
	Albumina:
	Alfa-1 globulina:
	Alfa-2 globulina:
	Beta-1 globulina:
	BETA-2 GLOBULINA:
	GAMA GLOBULINA:
	Ferritina
	FIBRINOGÊNIO
	Líquido sinovial
	Citologia
	Bioquímica
	Bacterioscopia
	Cultura bacteriana
	Detecção de cristais
	Doenças autoimunes
	Rifi
	Aglutinação e imunoturbidimetria
	Imunodifusão dupla e contraimunoeletroforese
	Imunoensaios de fase sólida
	Rastreamento de autoanticorpos por IFI em células HEP-2 (FAN)
	Anticorpos antifosfolípides
	Anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos (ANCA)
	Fator reumatóide
	Doenças osteo-metabólicas

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