Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Interações. Todas as quinolonas formam complexos com cátions multivalentes que impedem a absorção oral com antiácidos, sucralfato, ferro e zinco, que não devem ser administrados simultaneamente, reco- mendando-se intervalo de 2 horas. O uso concomitante com a teofilina pode pro- longar a meia-vida deste último fármaco, elevar seus níveis séricos e aumentar o risco de reações adversas. Recomenda-se monitorar cuidadosamente os níveis séri- cos da teofilina e ajustar sua dose, se ne- , . cessaria. Gestação e lactação. As quinolonas pro- duzem artropatias, por danos nas cartila- gens, em animais de experimentação, e há relatos em humanos dessa ocorrência. Por isso não se aconselha seu uso durante a gestação. Não existem dados quanto ao uso na amamentação, mas a ofloxacina e a pefloxacina foram detectadas no leite materno. Ofloxacina (0) Nomes comerciais. Flogirax®, Floxtat®, Floxtar® e Ofloxan®. Apresentações. Cpr com 200 e 400 mg. Fr-amp com 200 e 400 mg. Mecanismo de ação. Bactericida, com ação intracelular, inibindo a síntese das , prote1nas. Espectro. Ativa, in vitro, contra o Myco- bacterium tuberculosis, em concentrações menores do que 1,3 µg/mL; contra mico- bactérias do Complexo Avium-intracelulla- re (MAC), em concentrações plasmáticas entre 10-100 µg/mL; e contra os Mycobac- terium fortuitum e Mycobacterium kansasii, em concentrações até 3 µg/mL. Uso nas micobacterioses. A ofloxacina faz parte do esquema para TBMR ainda em uso no País, com a amicacina, terizidona, pirazinamida e etambutol, e compõe es- quemas com múltiplos fármacos no trata-, menta de micobacterioses atípicas. E usa- da ainda em substituição à etionamida no esquema SEEtZ (estreptomicina, etambu- Medicamentos na prática clínica 565 tol, etionamida e pirazinamida), nos pa- cientes com intolerância digestiva a este fármaco, e no esquema SOE, em associa- ção à estreptomicina e ao etambutol, nas hepatotoxicidade do RHZ e nos pacientes com doença hepática crônica prévia. Na nova proposta do PNCT/MS, a ofloxaci- na será substituída pela levofloxacina no esquema de tratamento de pacientes com multirresistência. Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Posologia. No esquema para tratamento da TBMR, utilizar 400 mg/dia em pacien- tes com peso inferior a 50 kg, e 600-800 mg/ dia em pacientes com peso igual ou superior a 50 kg, 2x/dia. Na substituição da etionamida no esquema SEEtZ ou no primotratamento alternativo (esquema SOE), administrar 15 mg/kg, 2x/dia. Parâmetros farmacocinéticos • Absorção: bem absorvida por VO. • Pico sérico: de 2,3 e 10, 7 µg/mL após 1-2 horas da administração oral de 200 e 600 mg, respectivamente. • Distribuição: difunde-se amplamente por todos os tecidos e fluidos. Ultra- passa mal a barreira hematoencefálica, tendo concentração no líquido cefalor- raquidiano de apenas 16-20% do nível sérico atingido com a mesma dose. A concentração no líquido de ascite é se- melhante ao nível sérico. • Eliminação: cerca de 900/o é eliminada pelo rim sob forma inalterada e So/o so- fre biotransformação hepática, sendo eliminada como metabólitos inativos. Modo de administração. VO, preferen- cialmente 1 h antes ou 2 h após as refei- ções. Nas infusões EV, em SF, SG ou SGF, a concentração final da solução deve ser de 4 mg de ofloxacina por mL, e o tempo de infusão deve ser de 60 min. Ajuste para função hepática e renal. Pode ser utilizada na IH. Administrar SOO/o da
Compartilhar