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Transformadas em Sinais e Sistemas (BC1509) Aula 20 Professor: Alain Segundo Potts alain.segundo@ufabc.edu.br Sala 742-1 Bibliografia • LATHI, B. P.; Sinais e Sistemas Lineares, Bookman, 1a Ed., 2007. • ROBERTS, M. J.; Fundamentos em Sinais e Sistemas, McGraw-Hill, 1a Ed., 2009. • HAYKIN, S.; VAN VEEN, B.; Sinais e Sistemas, Bookman, 1a Ed., 2001. • OPPENHEIN, A.; WILLSKY, A.; NAWAB, S.; Sinais e Sistemas, 2ª ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010 Objetivos • Análises de sistemas lineares. • Estabilidade de sistemas. • Respostas de sistemas a sinais padrão. • Diagramas de pólos e zeros e Cálculo gráfico da respostas em frequência. Análises de Sistemas Lineares • Um dos grandes poderes da Transformada de Laplace reside em seu uso na hora de analisar sistemas lineares. • Sistemas lineares contínuos no tempo são descritos por equações diferenciais lineares e após a Transformação de Laplace as equações diferenciais passam a ser equações algébricas. • Além disso, a TL (unilateral) é muito útil na hora da analisar transitórios de sinais cuja excitação começa num tempo t=t0. Exemplos • Resolva a seguinte equação diferencial usando a Transformada de Laplace • para instantes de tempo t>0, e sujeita às seguintes condições iniciais: 2 2 7 12 0 d d x t x t x t dt dt 0 0 2, 4 t d x x t dt Exemplos • Solução 2 2 2 0 2 1 1 3 4 7 12 0 0 7 0 12 0 2 10 7 12 4 2 3 4 4 2 3 4 4 2 t t t d d L x t x t x t L dt dt d s X s sx x t sX s x X s dt s X s s s X s s s L X s L s s x t e e u t Exemplos • Seja o filtro passa-baixa mostrado na figura determine sua resposta quando excitado por um impulso de tensão unitária no instante t=, >0. Exemplos • Solução 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 in out out in out out out out in out out in out out in s out in s out out out out v t v t Cv t R v t v t L Cv t L R C sV s v V s V s R V s s V s v RC RC v V s V s V s e RC s s RC RC v e L V s L RC s s RC RC v t v 1 0 t t RC RCe u t e u t RC 0 1 0 0 1 1lim s out out out s v e v s v RC s s RC RC Estabilidade de Sistemas • Como já foi visto em aulas anteriores de acordo ao critério BIBO um sistema é estável se sua resposta ao impulso é absolutamente integrável. • A transformada de Laplace da resposta ao impulso é a função de transferência do sistema. 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 M M M M N N N N b s b s b s b H s a s a s a s a Estabilidade de Sistemas • O denominador desta função de transferência sempre pode ser factorado, e caso a fração seja própria ela pode ser expandida em frações parciais. 1 1 1 1 0 1 2 M M M M N b s b s b s b H s s p s p s p 1 2 1 2 N N KK K H s s p s p s p Estabilidade de Sistemas • Logo a resposta ao impulso seria: • Onde ps são os pólos finitos da função de transferência. • Para que h(t) seja absolutamente integrável cada um dos termos deve ser absolutamente integrável de maneira individual. 1 21 2 N p tp t p t Nh t K e K e K e Estabilidade de Sistemas • A integral da magnitude de um termo típico é: • Para esta integral convergir a parte real do pólo Re(p) tem que ser negativa. Re Im Re Im 0 0 1 Re 0 p t p t p t p tpt p t I Ke u t dt K e e dt K e e dt I K e dt Estabilidade de Sistemas • Desta forma temos que para que um sistema seja BIBO estável, todos os pólos finitos da sua função de transferência devem estar localizados no semiplano esquerdo aberto do plano complexo. • Note que quando falamos do semiplano esquerdo aberto não são incluídos os pontos sob o eixo j. Estabilidade de Sistemas • No caso em que existam pólos finitos não repetidos sob o eixo j o sistema é dito marginalmente estável. • A resposta ao impulso não vai decair com o tempo, mas também não aumentará. • A estabilidade marginal é um caso especial da estabilidade de acordo ao critério BIBO pois neste caso é possível encontrar sinais de entrada limitados que produzam respostas ilimitadas. Estabilidade de Sistemas • Caso existam pólos repetidos deve-se cumprir a mesma regra: a parte real dos pólos deve estar situada no semiplano esquerdo aberto. • Não entanto, se há pólos repetidos sob o eixo j e não há pólos no semiplano direito ó sistema é dito instável. Estabilidade de Sistemas Estabilidade Estabilidade Marginal Instabilidade Todos os pólos finitos no semiplano esquerdo aberto. Um ou mais pólos finitos singulares sobre o eixo j, mas nenhum pólo finito repetido no eixo j e nenhum pólo finito no semiplano direito aberto. Um ou mais pólos finitos no semiplano direito aberto ou pólos repetidos sobre o eixo j. Exemplos • Avalie a estabilidade dos sistemas associados a cada uma das funções de transferência dadas a seguir. 2 2 100 200 80 4 6 1 15 4 4 1 64 H s s H s s H s s s s H s s s H s s 2 2 2 3 2 10 3 4 29 4 3 4 29 10 4 29 s H s s s s H s s s H s s s s E I ME E ME E I ME Respostas de sistemas a sinais padrão • Ao longo deste curso vimos que um sistema LTI é completamente caracterizado por sua resposta ao impulso. • Porém, em testes de sistemas reais a aplicação de um impulso para analisar a resposta ao impulso não é algo pratico. • Em vez disto utilizam-se outro tipo de sinais como o degrau unitário e as senóides. Resposta ao degrau unitário • Seja a função de transferência de um sistema LTI: • Para condições inicias nulas a TL do sistema para um sinal de entrada do tipo degrau unitário é: , grau de grau de N s H s N s D s D s 1 0N s N s H Y s H s sD s D s s • Se o sistema é estável segundo o critério BIBO, as raízes de D(s) encontram-se todas no SEA e a TL do termo N1(s)/D(s) é chamada de resposta transitória, porque decai a zero à medida que o tempo t. • A resposta forçada corresponde à TL inversa de H(0)/s que é H(0)u(t). Resposta ao degrau unitário • Suponha um sistema de primeira ordem com • A TL da resposta ao degrau seria então: • Aplicando a TL inversa temos: 1 A H s s p 1 1 A A A Y s H s s p s s s p 1 pty t A e u t Resposta ao degrau unitário • Se p>0 o sistema será instável e a magnitude da resposta decrescerá exponencialmente. Resposta ao degrau unitário • A velocidade do aumento exponencial depende do valor da magnitude de p. • O recíproco de p, =-1/p é chamado de constante de tempo do sistema e para um sistema estável a resposta atinge o 63,2% de seu valor final em um tempo igual a . Resposta ao degrau unitário • Considere agora um sistema de segunda ordem com função de transferência igual a: • Observe que esta função de transferência possui três parâmetros, o ganho em baixas frequências A, a relação de amortecimento , e a frequência angular natural n. 2 2 2 , 0 2 n n n n A H s s s Resposta ao degrau unitário • A resposta ao degrau deste sistema é:• Expandindo em frações parciais para 1 temos: 2 2 2 2 2 2 1 2 1 1 n n n n n n A A H s s s s s s s 2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 1 2 1 11 1 1n n H s A s s s Resposta ao degrau unitário • A resposta no domínio do tempo é: • Para o caso especial em que = 1 tem-se: • E a resposta no domínio do tempo é: 2 21 1 2 2 2 2 1 2 1 1 2 1 1 n nt t e e h t A u t 2 2 2 1 1n n nn n A H s A s ss s s 1 1 ntnh t A t e u t Resposta ao degrau unitário • Analisemos o comportamento de h(t) para A e n constantes: 1. <0. O sistema é instável. Para <-1 a resposta é uma exponencial em crescimento e para -1<<0 uma oscilação com amplitude crescente. 2. >0. O sistema é estável. a) >1: Sistema chamado de superamortecido. b) 0<<1: Sistema denominado subamortecido. c) =1: Sistema com amortecimento crítico. Resposta ao degrau unitário Resposta ao degrau unitário • Observe agora o caso em que a frequência natural n varia enquanto A e são constantes (A=1, =0.5). • Resposta ao degrau unitário Diagramas de Pólos e Zeros • Para um sistema estável a resposta em frequência pode ser obtida diretamente da função de transferência no domínio de Laplace fazendo sj. • Como a função de transferência é formada por dois polinômios e estes podem ser factorados temos: 1 2 1 2 M N s z s z s z H s A s p s p s p Diagramas de Pólos e Zeros • Para elaborar o gráfico da resposta em frequência devemos admitir que s esteja restrito a j. Graficamente isto significaria que s somente varia ao longo do eixo imaginário. • Logo a resposta em frequência do sistema fica como: 1 2 1 2 M N j z j z j z H j A j p j p j p Diagramas de Pólos e Zeros • A partir da resposta em frequência na forma fatorada em pólos e zeros podem ser obtidos os gráficos da magnitude e da fase do sistema. • Magnitude • Fase 1 2 1 2 M N j z j z j z H j A j p j p j p 1 2 1 2 M N H j A j z j z j z j p j p j p Diagramas de Pólos e Zeros • Os gráficos de magnitude e fase podem ser entendidos como gráficos que descrevem a distância e a orientação dos polos e zeros com relação ao eixo j. 3 3 s H s s Diagramas de Pólos e Zeros • Exemplo obtenha os gráficos de magnitude e de fase da seguinte função de transferência: • Magnitude: 3 3 s H s s 2 22 3 3 3 9 3 99 j H j j 2 2 0 0 2 2 3 9 0 9 3 9 3 9 lim lim lim lim H j H j Diagramas de Pólos e Zeros • Fase: 0 0 3 3 atan 2 3 atan 2 3 2 atan 0 2 3 lim lim lim lim H j j j H j H j Diagramas de Pólos e Zeros • Exemplo calcule a resposta em frequência do seguinte sistema: • Solução: 2 2 2 17 4 104 s s H s s s 1 4 1 4 2 10 2 10 s j s j H s s j s j 1 4 1 4 2 10 2 10 j j j j H j j j j j Diagramas de Pólos e Zeros • Magnitude: 2 2 2 2 2 2 22 2 2 22 1 4 1 4 2 10 2 10 4 1 4 1 10 4 10 4 16 4 4 1 100 4 10 4 10 16 j j j j H j j j j j Diagramas de Pólos e Zeros • Fase: 1 4 1 4 2 10 2 10 10 10 atan 4 atan 4 atan atan 2 2 H j j j j j j j j j Diagramas de Pólos e Zeros • Diagrama de Bode para o sistema. -30 -20 -10 0 10 M a g n itu d e ( d B ) 10 -1 10 0 10 1 10 2 0 45 90 135 P h a s e ( d e g ) Bode Diagram Frequency (rad/sec) Trabalho extraclasse • Estudar capítulo 15, epigrafes 15.5 até 15.11 • Exercícios com respostas 16-18 e 24. • Exercícios sem respostas 40-56.
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