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162 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. BETABLOQUEADORES Os betabloqueadores são importantes agentes terapêuticos em pacientes com hipertensão, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca sistólica e ar- ritmias (nesse último caso, para controle de frequência cardíaca). O efeito anti-isquêmico dos betabloqueadores é embasado em evidências de que esses agentes reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial, aumentam a perfusão corona- riana pelo aumento do tempo de diástole e reduzem o consumo de oxigênio. Os estudos demonstram benefício na mortalidade total com o uso de propranolol, timolol, metopro- lol e, na presença de disfunção ventricular, com o uso de carvedilol. O uso dos betabloqueadores pode ser limitado devido a alguns efeitos adversos. Os betabloqueadores cardiosseletivos (~ 1-seletivo), como o ateno- lol, o bisoprolol e o metoprolol, têm algumas vantagens em relação aos be- tabloqueadores convencionais, minimizando esses efeitos e fazendo com que haja uma adesão maior ao tratamento e melhora da qualidade de vida. Dentre as possíveis vantagens, encontram-se melhora da resistência à insulina, dimi- nuição do LDL-C em associação ao aumento do HDL-C, atenuação do bronco- espasmo, diminuição do vasoespasmo coronariano, atenuação da vasculopatia periférica e melhora da disfunção erétil. Certamente, uma contraindicação importante é a presença de broncoes- pasmo ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Em recente revisão, foi observa- do que, em pacientes com cardiopatia isquêmica com indicação precisa para uso de betabloqueadores, o emprego de betabloqueadores cardiosseletivos é seguro e melhora o prognóstico de pacientes com distúrbio ventilatório moderado, não sendo evidenciado benefício para pacientes com doença pulmonar grave. De- vem ser iniciados em baixas doses e incrementados lentamente, observando-se o pico de fluxo e os sintomas respiratórios. A presença de bloqueios cardíacos avançados e a bradicardia sintomática também são contraindicações para o seu uso. A presença de diabete melito poderia ser considerada uma contraindicação para o uso de betabloqueadores, com base no fato de que poderiam mascarar os sintomas de hipoglicemia, sendo mais difícil o diagnóstico precoce. Todavia, hoje não se deixa de prescrevê-los por esse motivo. Atenolol Genérico. Atenolol; atenolol + clortalido- na. Apresentações. Atenolol: cpr ou cps de 25, 50 e 100 mg; clortalidona: cpr de 12,5 ou 25 mg. Farmácia popular. Atenolol. Apresentação. Cpr de 25 mg. Nomes comerciais. Ablok plus® (asso- ciado com clortalidona 12,5 ou 25 mg), Ablok®, Angipress®, Angipress CD® (asso- ciado com clortalidona 12,5 ou 25 mg), Angitens®, Atenobal®, Atenol®, Ateno- press®, Atenorese® (associado com clor- talidona 12,5 ou 25 mg), Atenorm®, Be- tacard plus® (associado com clortalidona 12,5 ou 25 mg), Betalor® (associado com 5 mg de anlodipino), Nifelat® (associado com 10 ou 20 mg de nifedipina), Plena- cor®. Apresentações. Cpr de 25, 50 e 100 mg. Usos. Hipertensão arterial sistêmica (HAS), cardiopatia isquêmica (angina Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed
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