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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed_Parte789

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790 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
• Usar com cautela em pacientes com ris-
co de suicídio. 
• Fazer ECG quando altas doses forem 
necessárias em idosos e em pacientes 
com doença cardíaca. 
Mianserina 
Nome comercial. Tolvon®. 
Apresentação. Cpr de 30 mg. 
Uso. Depressão. 
Contraindicações. Diabete melito, insufi-
ciência renal, cardíaca e hepática, glauco-
ma de ângulo fechado, hiperplasia prostá-
tica benigna. 
Posologia. Iniciar com 30 mg/ dia e au-
mentar a dose gradualmente a cada 3 
dias. A dose de manutenção é de 30-90 
mg/dia. 
Modo de administração. VO. Administrar 
preferencialmente em dose única à noite. 
Pode ser administrada com ou sem ali-
mentos. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: é adequada a partir do TGI. 
• Biotransformação: metabolismo hepá-
tico. 
• Meia-vida: 7-9 dias. 
• Eliminação: urina e fezes. 
Ajuste para função hepática e renal. Usar 
com cautela na IH ou na IR. 
Efeitos adversos. Os comuns são boca 
seca, fadiga, sedação, sonolência, tontura. 
Menos comumente, podem ocorrer dis-
crasias sanguíneas (agranulocitose), con-
vulsão, hipomania, hipotensão, distúrbios 
da função hepática, hepatotoxicidade, 
icterícia, artralgia, edema, ginecomastia, 
aumento de peso, constipação, hiperglice-
mia, insônia, tremores, visão borrada. 
Interações. Não administrar simultanea-
mente com IMAOs (observar um intervalo 
de duas semanas após a interrupção do 
IMAO). Pode haver potencialização dos 
efeitos depressores do SNC quando uti-
lizada com ansiolíticos e antipsicóticos. 
A fenitoína reduz os seus níveis. Evitar o 
consumo de álcool (a depressão sobre o 
SNC pode ser potencializada). 
Gestação e lactação. Uso não recomenda-
do na gestação e na lactação, pois não há 
estudos suficientes que comprovem a sua 
segurança nessas condições. 
Comentários 
• Apresenta um perfil de efeitos adversos 
favorável em relação ao sistema coli-
nérgico e cardiovascular, mas maior in-
cidência de depressão medular que os 
outros antidepressivos. , 
• E recomendado hemograma de contro-
le. 
• Nos primeiros dias, pode ocorrer preju-
ízo da capacidade de concentração, por 
isso deve-se orientar o paciente a evitar 
dirigir automóveis e operar máquinas 
• perigosas. 
• Usar com cautela em pacientes com in-
suficiência cardíaca e diabete melito. 
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE 
Os IMAOs foram introduzidos na dé-
cada de 1950 e são eficazes no tratamen-
to da depressão e do transtorno do pâni-
co. A sua utilização vem declinando com 
a introdução de agentes antidepressivos 
novos, como os ISRS e a venlafaxina. Atu-
almente, estão indicados somente para o 
tratamento da depressão refratária, com 
características atípicas e/ ou psicótica. 
A enzima MAO-A catalisa principalmente a 
noradrenalina, a serotonina e a adrenalina; a 
tiramina e a dopamina são catalisadas tanto 
pela MAO-A quanto pela MAO-B. Essas enzi-
mas são encontradas na membrana citoplas-
mática das mitocôndrias do SNC, do sistema 
nervoso simpático, no fígado e no TGI. Os 
IMAOs podem inibir reversível ou irreversivel-
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