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Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS Escola de Ciências Biológicas - ECB Departamento de Ciências Naturais – DCN Disciplina de Química Orgânica Professora: Samira Portugal Curso: Ciências Ambientais Aluno: Daniela Vilela Cunha Turma: Grupo 1 N° da prática: 2 Prática realizada em: 04/09/2017 Título da Prática: Síntese do ácido acetil salicílico (AAS) Rio de Janeiro I) Objetivos Síntese do Ácido Acetilsalicílico (comercialmente conhecido por Aspirina®) a partir da reação entre ácido salicílico e anidrido acético. Calcular o rendimento do produto final, ou seja, da aspirina, bem como o do reagente em excesso. II) Introdução A Aspirina® é um medicamento cujo princípio ativo é o ácido acetilsalicílico, tem funções analgésica, antinflamatória, antipirética, antiplaquetária, faz parte do grupo de substâncias antinflamatórias não esteroides. Sintetizada em laboratório, sua origem remete ao século XVIII, quando o reverendo Edward Stone, em 1757, experimentou a casca do Salgueiro (Salix alba), e seis anos depois comunicou à Royal Society (academia de ciências Britânica) o resultado das suas pesquisas, demonstrando as propriedades analgésicas e antipiréticas do extrato da planta. Em 1860, o químico alemão Hermann Kolbe, em laboratório, trabalhando na eletrólise de sais de ácido, preparou o ácido salicílico, em um procedimento que ficou conhecido como Síntese de Kolbe, ele foi o primeiro a utilizar o termo síntese na acepção do significado. Em 1898, outro químico alemão, Felix Hoffmann, em trabalho no laboratório Bayer, ao acetilar ácido salicílico com anidrido acético, chegou ao ácido acetil salicílico em uma forma estável, e em 1899, a empresa lançou comercialmente o produto com o nome Aspirina ®Bayer. 1 A síntese da Aspirina® em laboratório é o marco dos fármacos sintéticos a partir de substâncias orgânicas, especificamente um ácido e um ácido desidratado (anidrido). Uma das primeiras definições para ácido e base é de autoria do químico sueco Arrhenius, que define que ácido é todo composto que reage com a água para liberar íons H+, e base, o composto que em solução aquosa libera OH-, de tal forma que ao reagir um ácido com uma base se obterá um sal e água. Outras definições de ácidos e bases pertencem aos químicos Johannes Bronsted e Thomas Lowry, trabalhando separadamente, descobriram que a propriedade, em outros solventes, que diferenciava ácidos e bases era a transferência de um próton (íon H+), e a definição, conhecida por ácido e base de Bronsted-Lowry é: ácido é um doador de prótons, base é um receptor de prótons, nesta teoria, para todo ácido há uma base conjugada. A definição mais geral é a seguir, a cargo de G.N. Lewis, para quem ácido é um receptor de elétrons e base um doador de elétrons. E é sobre esta última teoria de ácido-base que se trabalharam os conceitos de acidez e basicidade na Química Orgânica. 1 Referências: OS PRODUTOS NATURAIS E A QUÍMICA MEDICINAL MODERNA, Cláudio Viegas Jr e Vanderlan da Silva Bolzani, publicado na web em 20/01/06; BAYER, A SCIENCE FOR A BETTER LIFE, sem autoria especificada, site oficial da Bayer. Além dos conceitos de ácido e base, é importante explorar a ideia de reação. Em Química Orgânica as reações são de diversos tipos: adição (síntese), substituição, eliminação, mas especificamente será abordada a reação de síntese, que consiste em dois compostos reagindo para formar um produto mais complexo e, por vezes mais estável. São reações fundamentais para aumentar o escopo laboratorial da Indústria Química. Cada reação tem o seu tempo, e o uso de catalisador é outro passo imprescindível para o aumento da cinética das reações, diminuindo as energias de ativação e aumentando a velocidade. Na maioria das vezes os catalisadores participam da etapa lenta da reação. No caso da síntese do ácido acetilsalicílico (AAS) será usado como catalisador o ácido sulfúrico (H2SO4). Mesmo com o uso do catalisador, esta se trata de uma reação na qual o produto finalizado não será obtido imediatamente, embora a reação completa seja finalizada em um tempo pequeno de laboratório, aproximadamente 30 minutos. O produto final, no caso o AAS, um sólido cristalino incolor, pouco solúvel em água, porém solúvel em álcool. Importante destacar que a síntese será a partir de dois compostos orgânicos de características ácidas: ácido salicílico (composto aromático com duas funções: fenol e ácido carboxílico) e anidrido acético (sendo um ácido desidratado) em meio a catalisador ácido sulfúrico. A reação é uma acetilação nucleofílica e o ataque por parte do grupo OH- parte do composto aromático do ácido salicílico no anidrido acético, gerando um fragmento acetila2. Essa é a base da síntese de Kolbe. Cabe ressaltar que reações podem produzir produtos impuros ou com rendimento inesperado. No caso da prática a seguir serão avaliados o produto, seu rendimento, e o excesso de reagentes. Na síntese do ácido acetilsalicílico será usado ácido salicílico (sólido), anidrido acético (liquido) gerando o produto ácido acetilsalicílico (sólido) e o subproduto ácido acético (líquido). 2 Referência: https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/563568428750031/Nomenclatura.pdf III) Materiais e Métodos Materiais e Reagentes: - Arame - Argola - Balança de precisão - Balão de fundo chato 125 ml - Bastão de vidro - Béquer 100 ml - Béquer de 250 ml - Condensador de refluxo - Espátula - Funil de filtração - Funil para sólidos - Garras (2) - Mangueiras de borracha (2) - Manta de aquecimento - Mufas (2) - Papel de filtro (2 pregueados e 1 com dobradura normal) - Papel indicador universal (2) - Perfex - Pipeta graduada de 1 ml - Pipeta graduada de 10ml - Pro Pipete - Proveta de 50 ml - Suporte Universal (2) - Termômetro Reagentes: - Ácido salicílico (5,0g) - Ácido sulfúrico concentrado (0,5 ml) - Água destilada gelada (100ml) - Água destilada morna (50 ml) - Anidrido acético (7 ml) - Etanol (15 ml) Metodologia: a) Síntese A prática tem início com a montagem da aparelhagem, em um suporte foi colocada a manta de aquecimento, dentro dela um béquer com água. Pesou-se ácido salicílico na balança de precisão e o sólido foi transferido para o balão de fundo chato com auxílio da espátula e do funil para sólidos. Limpou-se o gargalo do balão com papel para evitar resquícios de sólido. Ligou-se a manta para aquecer a água do béquer, onde depois foi colocado o balão em banho-maria. Dentro da capela adicionou-se anidrido acético ao balão contendo ácido salicílico, com cuidado para não colocar a pipeta dentro do frasco com todo o reagente, contaminando a amostra. Ainda na capela, adicionou-se ácido sulfúrico concentrado ao balão com o recurso da pipeta graduada. Agitou-se o balão até a completa dissolução do reagente sólido. Acoplou-se ao suporte um condensador de refluxo, o qual foi encaixado a partir de duas garras e mufas. Em sua parte superior e mediana foram encaixadas, e presas com arame, mangueiras de borracha para que haja fluxo de água da torneira. Acoplou-se o termômetro a uma rolha e esta foi presa a outra garra no suporte do sistema. O termômetro fica mergulhado na água em aquecimento, com a finalidade de controlar a temperatura, que precisa ser mantida entre 50 oC e 60oC. A temperatura foi monitorada e a manta desligada. O sistema de resfriamento, mangueirascirculando água, foi ligado junto ao condensador. O balão, então, foi colocado no béquer em banho-maria, preso ao suporte com garra e nele acoplado o condensador, sem estar fechado. Foi monitorado o aquecimento durante o tempo necessário para que ocorresse a reação. b) Isolamento e Purificação Paralelamente foi montado o sistema de filtragem. No suporte prendeu-se, com garra e mufa, a argola para sustentar o funil de líquido. Neste funil foi colocado um papel de filtro com dobradura pregueada, especifica para sólidos. Abaixo do filtro foi colocado um béquer de vidro de 250 ml. Passado o tempo da reação de síntese, o sistema de aquecimento foi desmontado. Retirou- se o balão do condensador, e com auxílio de um perfex úmido, o balão foi resfriado. Foi adicionado ao balão 50 ml de água destilada gelada e com auxílio de um bastão de vidro, pressionou-se o sólido para que ele fosse quebrado, sem danificar a vidraria. Com o sólido partido em pequenos pedaços, o sistema em duas fases contido no balão foi filtrado. Usou água destilada gelada para lavar a reação pela segunda vez. Após a primeira lavagem foi usado o papel de tornassol para medir o pH do líquido que passou pela filtragem. Jogou-se fora a água utilizada na filtragem, e a reação foi lavada novamente com mais 10 ml de água gelada. Novamente o pH foi medido com outro papel de tornassol. Ao passo que a primeira filtração acontecia, a manta foi religada e acoplou-se um béquer com água para banho-maria. Em outro béquer de 50 ml o sólido resultante da filtração foi colocado e a ele adicionado 15 ml de etanol. Este béquer foi levado ao banho-maria para solubilizar o sólido, novamente, e proceder com a segunda filtração. No sistema de filtração montado ao suporte foi colocado outro papel filtro dentro de um filtro de líquido, dessa vez o papel com dobradura simples. Abaixo do filtro colocou-se um béquer com água morna dentro. Filtrou-se a mistura do etanol com o produto da reação para dentro desse béquer. Após essa segunda filtração, colocou-se um vidro relógio com a identificação do grupo, e a solução permaneceu em descanso no laboratório por 7 dias. No sétimo dia, voltou-se ao laboratório para realizar a pesagem do papel filtro e montou-se um novo sistema de filtragem, com papel em dobradura pregueada. Após a realização da última filtragem, o papel contendo o sólido do ácido acetilsalicílico permaneceu em repouso no laboratório por 2 dias, quando foi pesado o produto total. Descontou-se do peso total o valor da massa correspondente ao papel filtro e, assim, foi obtido o valor correspondente ao ácido acetilsalicílico. Esquema de aparelhagem: 1- Condensador de tubos 2- Mangueiras de água 3- Garra 4- Manta de aquecimento 5- Béquer de 500 ml 6- Balão 7- Mufa 8- Termômetro 9- Tripé 10- Funil (líquido) 11- Espátula 12- Proveta 50ml 13- Funil (sólido) 4 5 1 7 2 2 6 8 9 10 11 12 13 3 1- Béquer 250ml 2- Suporte 3- Funil 4- Argola 5- Filtro Balança de Precisão 1 2 4 5 3 IV) Resultados e discussões Para alcançar a reação de síntese completa do ácido acetilsalicílico, utilizou-se equipamentos ideais e quantidades específicas de reagentes em temperatura adequada entre 50oC e 60oC. Considerando que abaixo da mínima haveria risco de não haver reação completa e acima da máxima, risco de degradação da reação. Através de estudos e experimentos, consta na literatura que este valor de temperatura é o mais adequado para o tipo de reação desejada. Foi utilizado condensador de refluxo, pois ele é mais eficiente aumentando a troca de calor com a água passando por ele, ou seja, enquanto o vapor sobe, o líquido desce devido à gravidade evitado a perda do produto através da evaporação. Outro método utilizado para ajudar em um melhor rendimento foi na parte do experimento após o aquecimento do balão por banho-maria e o resfriamento do mesmo onde semeou um cristal de aspirina, formando cristais no experimento. Isso ocorreu para que as moléculas se reorganizassem e formassem o retículo cristalino. Na parte da prática relativa ao isolamento e purificação foram necessárias duas lavagens por água destilada gelada, importante para não contaminar e não solubilizar, respectivamente. Ao colocar o papel indicador universal em contato com o líquido filtrado, na primeira lavagem encontrou-se um indicador de pH próximo de 2, enquanto na segunda lavagem o pH encontrando foi próximo de 3. Esses valores de pH pouco diferentes indicam que ainda havia subproduto de ácido acético na segunda lavagem. Para amenizar esse teor ácido, o produto poderia ser lavado mais vezes até extrair mais ácido acético. Na etapa de solubilização do sólido filtrado foi usado etanol morno, necessário por conta do grau de solubilidade do ácido acético ser mais potente em soluções alcóolicas pela característica anfipática desse solvente, e a temperatura, pela característica do AAS ser pouco solúvel a frio. Colocou-se água morna no béquer para receber o líquido da segunda filtração, também por essas características, o etanol ser anfipático (polar e apolar) e a temperatura de solubilidade do AAS. 1º Filtragem 2º Filtragem Ao final da prática obteve-se 3,34g de AAS, sendo como massa do filtro 1,52g e massa total 4,86g. Assim, realizando a subtração, foi possível chegar ao resultado de 3,34g. A reação de síntese do AAS, observando-se a quantidade de reagentes e de produto, está exemplificada a seguir. 3 Estequiometria da reação: Ácido salicílico: C7H6O3 (s) – massa molecular: 138g/mol – utilizado: 5,00g Anidrido Acético: C4H6O3(l) – massa molecular: 102g/mol – utilizado: 7ml (7,56g). Sabendo que a densidade do Anidrido é 1,08g/cm3 em temperatura ambiente, é possível calcular a massa, em gramas, de acordo com o Sistema Internacional de Medidas por g/ml. Sendo assim, ao usar 7ml, tem-se a seguinte relação: 1,08g------1ml Xg -------7ml X= 7,56g Ácido acético - subproduto: C2H4O2 - massa molecular 64g/mol Ácido acetilsalicílico – produto C9H8O4 – massa molecular 180g/mol Para obtenção da reação completa tem-se 1 mol de cada reagente produzindo 1 mol do produto final e do subproduto: C7H6O3 (s) + C4H6O3(l) C2H4O2 (l) + C9H8O4 (s) 3 Referência: ASPIRINA: ASPECTOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E CIENTÍFICOS, Ricardo Oliveira Monteiro Lopes - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE QUÍMICA, Em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4095/2/2011_RicardoOliveiraMonteiroLopes.pdf para reação de 1 mol: C7H6O3 (s) + C4H6O3(l) C2H4O2 (l) + C9H8O4 (s) 138g + 102g 64 g + 180g Isto é, Em relação ao ácido salicílico, para uma reação completa de 5g de ácido salicílico deveria ter: C7H6O3 (s) C9H8O4 (s) 138g 180g 5g X X = 6,52 g A massa do produto final foi de 3,34g, ou seja, não houve um rendimento completo da reação. Sendo 6,52g --------- 100% 3,34g --------- X, sendo 51,22% de rendimento. Em relação ao anidrido acético, para uma reação completa de 7,56 g de anidrido deveria ter: C4H6O3(l) C9H8O4 (s) 102g 180g 7,56 X X = 9,86 Para uma reação completa de ácido salicílico em um mol com anidrido acético em 1 mol C7H6O3 (s) + C4H6O3(l) 138g + 102g Para 5g, tem-se a relação: 138g ------ 102g 5g --------- Xg X = 3,70 g Percebe-se então, com as relações acima especificadas, que o ácido salicílico é o reagente limitante, e o anidrido acético é o reagente que está em excesso. V) Conclusão Para a boa realização da prática é importanteutilizar materiais e métodos adequados, tanto para conseguir fazer corretamente a síntese do AAS, quanto obter o máximo rendimento. O uso correto da aparelhagem auxiliou para que não houvesse perdas de reagentes ou produtos, como foi o caso do uso do condensador de refluxo, que conteve o anidrido acético. Além do controle da temperatura na reação e nos solventes. A escolha dos solventes também foi de extrema importância, pelas suas qualidades polares, como a água, e anfipática no caso do etanol. Percebeu-se que quanto mais lavagem por água um produto sofre, mais subproduto ele elimina, no caso dessa prática, poderia ter sido mais lavada. Notou-se que a reações químicas são muito importante para formação de novos compostos. Porém, pode haver falhas na estequiometria que possam vir a prejudicar o rendimento total, como no caso desta prática, usando reagente limitante, ácido salicílico, em quantidade menor, para reagir com anidrido acético em quantidade maior do que deveria, fazendo deste um reagente em excesso. VI) Respostas do Questionário 1. Escrever a equação da reação de obtenção da aspirina. C7H6O3 (s) + C4H6O3(l) ------------------------ C2H4O2 (l) + C9H8O4 (s) (ácido salicílico) (anidrido acético) (ácido acético) ( ácido acetilsalicílico; Aspirina®) Trata-se de uma reação resumida da aspirina, pois não foram colocadas as etapas de substituição do OH- no fenol, formação do grupo acetila e desprotonação. A reação está representada na fórmula molecular e não estrutural dos compostos. 2. Que tipo de reação se verifica na obtenção da aspirina? Trata-se de uma reação de acetilação do ácido salicílico, que possui dois grupos funcionais: fenol e ácido carboxílico. Ela acontece em etapas, primeiramente uma substituição nucleofílica do grupo OH- do fenol sobre o carbono do grupo carbonila (C=O) do anidrido acético, seguido de eliminação de ácido acético, que é o subproduto da reação. 3. Qual a finalidade da adição de ácido sulfúrico concentrado? O ácido sulfúrico concentrado tem a finalidade na reação de catalisador, ou seja, não participa da reação, mas diminui a energia de ativação, acelerando a reação. 4. Se fosse feita a determinação do ponto de fusão do produto obtido em laboratório, você esperaria um valor real? Não, pois ao longo do processo o produto pode ter recebido impurezas, que ao se aglutinar alteram o ponto de fusão. H2SO4 (l) VII) Bibliografia consultada ATKINS, P. JONES, L. Princípios de Química, questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. F72,F85,F37. BARREIRO,E.; BOLZANI,V; VIEGAS JR. V.D. Os Produtos Naturais E A Química Medicinal Moderna. São Paulo e Rio de Janeiro, Revista Química Nova:. 2006. 328p. Em: < http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol29No2_326_24-DV04373.pdf> Acesso em 08 de setembro de 2017. BOYD,R.; MORRISON,R. Química Orgânica. 6 ed. Lisboa. Fundação Calouste Goulbekian, 2011. 38-41p; 829-833p . FRANCO,M.; OLIVEIRA,M. 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