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1 CARDIOLOGIA 1 CONCEITOS BÁSICOS O nodo sinusal comanda a frequência cardíaca em condições normais, por ser o mais rápido (60-80 impulsos por minuto) Leva a despolarização atrial mais rapidamente É representado pela onda P no ECG O nodo atrioventricular controla a despolarização (segura o impulso e depois libera), através do atraso fisiológico. No ECG é expresso pela onde QRS Onda T é a repolarização ventricular FREQUÊNCIA CARDÍACA Primeiro passo a ser analisado num ECG FC é determinada pela divisão: 1500/R.R (nº de quadradinhos localizados entra a distância de 2 ondas R) 1 quadrado possui 5 quadradinhos Taquicardia é >100bpm Taquicardia é considerada se a distância entre duas ondas R for <3 quadrados INTERVALOS Distância P-R normal: 120 a 200ms Período QT: período refratário ventricular Normal até 440ms RITMO Derivação DII: melhor derivação para avaliar ritmo sinusal Presença da onda P positiva que antecede onda QRS: presença do ritmo sinusal Bloqueio de ramo: ritmo sinusal + QRS alargado Bloqueio de ramo direito: derivação V1 mais positivo (rSR’) Bloqueio de ramo esquerdo: derivação V1 mais negativo 2 TAQUICARDIAS TAQUICARDIA COM ONDA “P” Sinusal: onda P positiva e “bonitinha” Atrial: onda P negativa (invertida) e irregular. Comum em pacientes com DPOC TAQUICARDIAS COM ONDAS “F” Aspecto serrilhado Flutter atrial: onda F negativa em DII, DIII e avF (300x/min) 2 ondas F para uma onda QRS (FC: 150bpm): 2:1 EXTRASSÍSTOLE Batimentos cardíacos antes do tempo esperado Alterações benignas Atrial: onda P diferente + QRS estreito Ventricular: ausência de onda P + QRS alargado. EXTRASSÍSTOLES VENTRICULARES ESPECIAIS Visualizar por derivação V1 Ocorre APENAS em pacientes com doença cardíaca Bigeminismo: 1 extrassístole ventricular para 1 batimento sinusal Trigeminismo: 1 extrassístole ventricular para 2 batimentos sinusais Pareada: 2 extrassístoles ventriculares simultâneas Taquicardia ventricular: > 3 extrassístoles ventriculares juntas Não sustentada: < 30 seg + estável Instável se: alteração em pulmão (congestão), coração (angina), circulação (hipotensão) ou cabeça (síncope) OBS: As alterações EV não são malignas, pois não matam o paciente, não culminarão para fibrilação ventricular Se sintomática, prescrever β- bloqueador. TAQUICARDIA VENTRICULAR Sem onda P e sem onda F + QRS alargado Sustentada: >30 seg OU instável MONOMÓRFICA Ondas QRS são iguais. OBS: Circuito de reentrada é o mecanismo das taquiarritmias para continuar a condução após “curto circuito”. Sede ao 3 choque (é chocável), e reverte rapidamente. POLIMÓRFICAS Ondas QRS são diferentes É maligna: presente em pacientes que evoluem para parada cardíaca Paciente entra em síncope (perda da consciência) 3 segundos após início da parada cardíaca. TORSADES DE POINTES Intervalo QT longo Taquicardia ventricular polimórfica Fatores de risco: antiarrítmicos; hipocalcemia, hipocalemia, hipomagnesemia; loratadina; BAVT, tricíclicos Nesses casos ao chocar o paciente, evitar administração de amiodarona. Utilizar sulfato de magnésio no lugar FIBRILAÇÃO VENTRICULAR Ausência de onda QRS Múltiplos circuitos de reentrada no ventrículo Ritmo de parada mais comum no adulto Ventrículo fibrilando= ventrículo infartando A cada 1 minuto de fibrilação tem-se 10% da massa miocárdica necrosado Devido a isso, o ACLS alterou a ordem para CABD FIBRILAÇÃO ATRIAL Taquicardia sem onda P e QRS estreito R-R irregular TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR Sem onda P e QRS estreito R-R regular Comum em ¼ da população: mulher jovem e sadia Reentrada nodal (70%): Ocorre por uma reentrada no nodo atrioventricular O normal é o estímulo entrar pela via β, mas 25% da população possui uma segunda via, a via α que também é capaz de produzir estímulo. Isso causa um curto circuito no nodo AV, mandando estímulo para átrio e ventrículo ao 4 mesmo tempo, sem o atraso fisiológico Reentrada da Via acessória (30%): o nodo AV conduz o estímulo, chegando a via acessória que envia esse estimulo novamente ao átrio, gerando curto circuito (ventrículo átrio ventrículo átrio...) A existência de P’ caracteriza a reentrada da via acessória Quem possui via acessória possui 2 marcos no ECG que caracterizam a síndrome da pré excitação ventricular, também chamada de síndrome Wolff-Parkinson-White: Intervalo PR muito curto Onda delta ALGORÍTMO DAS TAQUICARDIAS: 5 PERGUNTAS 1. Existe taquicardia? R-R < 3 quadrados 2. Existe onda P? Sim, atrial ou sinusal 3. Existe onda F? Se existe é Flutter atrial 4. QRS estreito ou largo? Se largo, ventricular 5. R-R regular ou irregular? Regular: taquicardia supraventricular Irregular: fibrilação atrial Qualquer taquiarritmia instável deve ser feito a cardioversão MANEJO CLÍNICO DAS TAQUICARDIAS TAQUICARDIA VENTRICULAR SUSTENTADA Causas: IAM agudo, cocaína, pós-IAM, IC, Caardiomiopatia Conduta na Instável: cardioversão elétrica Conduta na estável: amiodarona (padrão ouro); procainamida Se causa não reversível, prevenir a morte: β-bloqueador + cardiodesfibrilador implantável (se necessário apenas) OBS: Bradicardia que mata: marca passo; Taquicardia que mata: cardiodesfibrilador implantável. FIBRILAÇÃO ATRIAL Causas: HAS; IC; doença mitral, tireotoxicose isolada Tipos: Paroxística: <7 dias Persistente: permanente Consequências: Diminuição do débito (aumento da FC, mas sem contrações efetivas) Tromboembolismo: estase Se > 48h de fibrilação atrial: diagnóstico é feito por ECO transesofágico Riscos para tromboembolismo: CHA2DS2VAS: Congestão Hipertensão Age: idade > 75 anos (2 pontos) Diabetes Stroke: infarto, TIA (2 pontos) Vasculopatias Age: idade >65 anos Sexo feminino Conduta: Instável: cardioversão elétrica Estável: Controle da frequência: PROVA < 110 bpm em repouso 1. Redução da FC: β-bloqueador, digital, antagonista do cálcio 2. Anticoagulação: warfarin, dabigatran Controlo do ritmo: casos refratários Se > 48h ECO (sem ECO: warfarin 3-4 semanas) 5 1. Reversão: amiodarona 2. Anticoagulação: pós reversão por 4 semanas ou manter medicação cronicamente (questões práticas) Ablação por radiofrequência para casos refratários OBS: Se 1º episódio de fibrilação atrial: reverter – melhor qualidade de vida. FLUTTER ATRIAL Instável/estável: Cardioversão elétrica: 50 joules Ibutilida: não utilizar amiodarona Cura: ablação Rastreio do trombo no flutter crônico TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR Instável: cardioversão elétrica Estável: manobras vagais Manobra de valsalva: 10 a 15 seg Valsalva modificada: após 15 segundos de valsalva, posicionar o paciente em decúbito dorsal com elevação de MMII Refratários: adenosina (verapamil) 10mg inicial e 12 na segunda dose se necessário. Cura; ablação RESUMINDO: TAQUICARDIA PRESENTE Mulher jovem e sadia: taqui supra Idoso e IAM: taqui ventricular RR irregular, sem onda P: Fibrilação atrial Serrinhas (onda F): Flutter atrial QT longo: torsades des pointes Taquiarritmia INSTÁVEL: Choque Fibrilação Atrial ESTÁVEL: reduzir FC+ Anticoagulação. BRADICARDIAS BRADICARDIA SINUSAL Definições: 1. Tem onda P positiva em DII 2. Cada onda P é seguida por uma onda QRS 3. O intervalo PR está “ok” (120-200ms) No intervalo de um quadrado tem uma onda P e o início de uma onda QRS 4. Frequência cardíaca baixa: < 60-50 bpm < 50 é quando, geralmente, inicia os sintomas de bradicardia Condutas: Assintomático: expectante. Observar apenas Sintomático:Atropina 0,5mg a cada 3-5 minutos. Dose máxima é de 3mg NÃO RESPONDEU A ATROPINA: Marca-passo ou Adrenalina (não utilizar noradrenalina) ou Dopamina BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BLOQUEIOS SUPRA-HISSIANOS São bloqueios benignos Possuem receptores parassimpáticos para atropina Primeiro grau: Onda P nunca é bloqueada PR >200ms Onda P demora a chegar no QRS Segundo grau: Mobitz 1 ou fenômeno de “Wenckebach” Caracteriza-se pela dificuldade progressiva da onda P chegar em QRS Intervalo PR vai alargando cada vez mais e as vezes bloqueia A conduta é a mesma da bradicardia sinusal. BLOQUEIOS INFRA-HISSIANOS 6 São considerados bloqueios malignos Frequentemente evoluem para assistolia Não possuem receptores para atropina Segundo grau: Mobitz 2 ou fenômeno de “Hay” Intervalo PR normal e, sem aviso prévio, bloqueia as vezes. Terceiro grau: BAVT (Bloqueio atrioventricular total) As ondas P penetram e saem do QRS SEMPRE bloqueiam Conduta: marca-passo, independente dos sintomas. OBS: Onda P com duas “corcovinhas”, independente se está positiva ou negativa, significa que o átrio cresceu MARCA-PASSO 1. TRANSCUTÂNEO: Pás adesivas são colocadas na mesma posição que se coloca o desfibrilador. Regular a frequência e força necessárias do choque. Paciente deve receber analgesia com fentanil (potente e cardioestável), pois é um choque forte. 2. TRANSVENOSO: Puncionar veia jugular interna direita O choque é efetuado diretamente no ventrículo Pode ser administrado fentanil para amenizar incômodos. 3. DEFINITIVO: Maioria das vezes é tripla câmara: contempla 1 atrio e 2 ventriculos. São 3 cânulas que administram choque diretamente no átrio e ventrículos. Existe o de dupla câmara que contempla apenas os ventrículos. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Definição: Cessação súbita e INESPERADA da circulação Diagnóstico: 1. Irresponsividade (em prova, o segundo passo é chamar ajuda) 2. Respiração agônica ou apneia 3. Ausência de pulso em grandes artérias: checar pulso durante 10 segundos A pessoa está em PCR. O que fazer? Chamar por ajuda e iniciar RCP BASIC LIFE SUPPORT (BCLS) C – Circulação: iniciar compressão torácica Local: superfície rígida Posição do socorrista: braço a 90°, se necessário, subir na maca “PUSH HARD: Empurra forte (5-6cm de aprofundamento) PUSH FAST: Empurra rápido (100-120 compressões por minuto) AND ALLOW RECOIL: E deixa voltar” A – Airway (Vias Aéreas): abrir vias aéreas Extensão cervical + elevação do queixo B – Breathing (Respiração): 2 ventilações Se ventilação com ambú: conectar em fonte de O2 30 compressões para 2 ventilações Trocar após 5 ciclos de 30:2 (obrigatório) Se optar pela compressão direta, sem ventilação, a troca deve ser feita a cada 2 minutos. D – Desfibrillation (Desfibrilação): apenas se o ritmo for chocável 7 Em parada realiza-se desfibrilação e não cardioversão Ritmos chocáveis: fibrilação ventricular ou taquiarritmia ventricular sem pulso Choque único: monofásico (360J / bifásico (200J) PÓS-CHOQUE VOLTAR PARA RCP: 5 CICLOS 30:2, INDEPENDENTE DE O RITMO VOLTAR AO NORMAL. CHECAR RITMO APÓS 5 CICLOS 30:2 E, SE ESTIVER SINCRÔNICO, CHECAR PULSO AINDA EM PCR INICIAR ACLS: TRATAR ARRITMIA COM DROGA OBS: 2 pontos que influenciam na eficácia da RCP são massagem cardíaca e desfibrilação precoce ACLS 1. Via aérea avançada: Não precisa respeitar 30:2 Compressões: 100-120/min Ventilar 10/min 2. Acesso venoso/intraósseo 3. Tratar arritmia Ritmo chocável (TV sem pulso/ FV) têm melhor prognóstico. São mais frequentes no meio extra-hospitalar Ritmos não chocáveis (AESP/ Assistolia) têm pior prognóstico e são mais frequentes no meio intra- hospitalar FV/ TV SEM PULSO I. Desfibrilar II. RCP com 5 ciclos 30:2 ou 2 minutos de compressão III. Checar ritmo Não responsivo IV. Desfibrilar V. RCP com 5 ciclos 30:2 ou 2 minutos de compressão VI. Checar ritmo Não respondeu Amiodarona 300mg (em segunda dose 150mg) AESP E ASSISTOLIA Em assistolia: Protocola da linha reta (CAGADA) CAbos: checar os cabos GAnhos: avaliar os ganhos, ampliar para conferir se realmente é linha reta DerivAção Confirmado assistolia Adrenalina 1mg a cada 3-5min RCP 5X 30:2 ou 2 minutos Checar. Se irresponsivo: 4. Identificar e corrigir causas 5 H’S Hidrogênio (acidose): administrar bicarbonato se muito grave Hiper/Hipopotassemia: administrar gluconato de cálcio se hiperpotassemia Hipovolemia Hipotermia Hipóxia 5 T’S TEP: administrar fibrinolítico Toxinas Tamponamento Tensão pneumotórax Trombose coronariana (IAM) 5. Cuidados pós RCP Sat O2 >94%, com a menor FiO2 possível 8 PAs > 90/ PAm >65 PROVA: Paciente retorna da parada comatoso considerar hipotermia (medir T °C central/ retal, esofágica) 32 a 36°C por 24h ou mais 9 CARDIOLOGIA 2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Funções do coração: Bombear sangue (músculo autônomo que precisa bombear com força adequada) Suprir demanda do organismo Sem elevar pressão de enchimento (no relaxamento o coração enche) Função sistólica (contração) e diastólica (relaxamento) Tipos de Insuficiência cardíaca: Sistólica: Redução da força de contração (ejeção ruim) baixo debito cardíaco Fração de ejeção (FE) <40% (a F.E. normal é em torno do 60%) 2 principais causas: doença coronariana e HAS Diastólica: Redução do relaxamento (enchimento ruim) baixo débito cardíaco Fração de ejeção > 50% (normal) 2 principais causas: doença coronariana e HAS OBS: As causas, fisiopatologia e sinais clínicos são os mesmos da IC sistólica e diastólica, porém, o tratamento difere de uma para outra. O GAP de FE entre uma e outra (10%): IC com FE limítrofe ou boderline, tratar igual a diastólica. Sistólica: há aumento das câmaras cardíacas e cardiomegalia e a bulha de enchimento é B3 (contração ruim) Diastólica: câmara e coração normais e a bulha de enchimento é B4 (enchimento ruim) Direita: Pulmão limpo, mas o que há atrás do ventrículo direito está congesto “o resto congesto” Turgência jugular patológica Hepatomegalia Ascite Edema de MMII Esquerda: Uma grande diferença é a doença pulmonar (DPOC) “pulmão congesto” Presença de estertores difusos Paciente com insuficiência esquerda tende a evoluir para insuficiência bilateral Alto débito: Maior trabalho cardíaco: maior trabalho cardíaco ou desvio de Sangue Beribéri Anemia Tireotoxicose Sepse Fistula AV sistêmica: Desvio do sangue da artéria para veia sem passar pelo capilar (não nutre tecido) “O problema está fora do coração”. São condições sistêmicas Baixo débito: Tem a FE elevada Relaciona-se diretamente ao coração Diagnóstico clínico: Tem que fazer ECO (é mandatório). Realizar em todo paciente suspeito 10 Critérios de Framingham: PROVA! BNP: é o peptídeo natriurético cerebral Produzido no ventriculo É alterado na insuficiência ventricular Dispneia na sala de emergência: um paciente com insuficiência cardiaca ou doença pulmonar? o BNP vai estar muito alto na IC. Pode dosar também o NT- pró-BNP (isoenzima mais específica) CLASSIFICAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (PROVA) FUNCIONAL (NYHA) I. Sem dispneia com atividades físicas usuais (assintomático) II. Com dispneia em atividades físicas usuais III. Dispneia com atividades leves IV. Dispneia em repouso ou qualquer atividade EVOLUTIVA A. Apenas fator de risco B. Doente, mas assintomático C. Sintomático: início do tratamento farmacológico D. Refratário: não respondeu ao tratamento farmacológico TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIACARDIACA SISTÓLICA (F.E. REDUZIDA) Conceitos: Redução da força de contração (redução da F.E.) Aumento de volume (“fica muito sangue” Congestão pulmonar (faz furosemida) Redução do débito cardíaco (“sai pouco sangue do coração”) SRAA (aumento da resistência vascular periférica e retenção hidrossalina) Noradrenalina remodelamento ventricular O mecanismo compensatório é maléfico, pois aumenta o trabalho cardíaco e suas substâncias são cardiotóxicas DROGAS QUE AUMENTAM A SOBREVIDA São drogas que inibem o mecanismo compensatório β-bloqueadores IECA/BRA-II Antagonista da Aldosterona Hidralazina + Nitrato: Dupla dilatação Valsartam + sacubitril: BRA com vasodilatador (“IECA/BRA vitaminado”) IECA Qualquer um, é efeito de classe. Para quem? Todos que tiverem IC, mesmo assintomáticos Não usar se: K+ > 5,5 Insuficiência renal Estenose bilateral das artérias renais MAIORES MENORES Dispneia paroxística noturna Edema maleolar bilateral Turgência jugular patológica Tosse noturna Estertoração pulmonar Dispneia aos esforços Cardiomegalia Hepatomegalia Edema agudo de pulmão Derrame pleural (PROVA) Ritmo de galope da B3 (PROVA) Redução da capacidade vital Pressão venosa >16cm H2O Frequência cardíaca >120bpm Refluxo hepatojugular (1/3 do máximo) Tempo de circulação maior que 25 segundos Perda maior que 4,5Kg com diuréticos 2 maiores OU 1 maior e 2 menores = Insuficiência Cardíaca 11 β-BLOQUEADORES Apenas: metoprolol; caverdilol; bisoprolol Para quem? Todos com IC, mesmo os assintomáticos Quando inicia o paciente refere piora, por isso não se pode iniciar junto com o IECA. Tem que iniciar com doses bem baixas (benefício a longo prazo). Começa com IECA, e quando chegar na dose desejada, introduzir o β- bloqueador aos poucos Não usar se: Paciente agudamente descompensado (pulmão cheio) Pegadinha de prova: paciente gripou e descompensou, mas já usa β-bloqueador. O que fazer com o β-bloqueador? NÃO retirar, pode reduzir a dose apenas ANTAGONISTA DA ALDOSTERONA Exemplo: espironolactona Para quem? Classificação de Framingham II a IV (sintomáticos com IECA e β-bloqueador) Não usar se: K+>5,5 Insuficiência renal HIDRALAZINA + NITRATO Para quem? Alternativa para intolerantes ao IECA e BRA OU Terapia adjuvante: Sintomáticos com IECA+ β-bloqueador BLOQUEADOR DO RECEPTOR DA ANGIOTENSINA-II (BRA-II) Para quem? Intolerantes ao IECA (Tosse ou angioedema) Não usar se estiver utilizando IECA IVABRADINA Ação: Inibidor seletivo da corrente IF do nó sinoatrial, gerando bradicardia no paciente Para quem? Sintomáticos com IECA+ β- bloqueador+ FC >70bpm e ritmo sinusal Alternativo ao β-bloqueador (?) VALSARTAN + SACUBITRIL Ação: BRA-II+ inibidor da neprilisina (degrada vasodilatadores) Para quem? Alternativa ao IECA e BRA (quando o paciente não responde muito bem) DROGAS SINTOMÁTICAS Diuréticos Digital DIURÉTICOS Para pacientes sintomáticos Preferência à furosemida DIGITAL Digoxina Utilizar em casos refratários Associar ao diurético Benefícios: Melhora sintomática Melhora força de contração Reduz internações Não utilizar se: Insuficiência diastólica pura Cardiomiopatia hipertrófica APLICANDO O TRATAMENTO A. Tratar os fatores de risco: paciente que não tem IC B. IECA e β-bloqueador (PROVA) C. Depende do NYHA D. Depende do NYHA Se NYHA: I. IECA + β-bloqueador (sempre analisar se é possível ou não) 12 II a IV. IECA + β-bloqueador + diuréticos + espironolactona (SN) (pode ser digital ou hidralazina+ nitrato ou Ivabradina) TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE F.E. NORMAL (DIASTÓLICA) Objetivo: controlar fatores que prejudicam o relaxamento (PA, FC, coronariopatia) Se congestão: diurético HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) Definição: níveis médios de PA que conferem risco significativo de eventos cardiovasculares (IAM, AVC) Primário: 90-95% Secundário: 5-10% Semiologia: 3-5 minutos Sentado, pés no chão Braço na altura do coração Bexiga vazia Sem cigarro por 30 minutos e exercício por 60 minutos Sons de Korotkoff 1. Som nítido: PA sistólica 2. Som suave 3. Som amplificado 4. Som abafado 5. Desaparece: som diastólico Diagnóstico: HAS do Jaleco Branco HAS Mascarada Não tem, mas parece ter. Tem HAS, mas parece NÃO ter PA eleva pela ansiedade ao ver o médico PA normaliza no dia da consulta, pela satisfação do paciente em se consultar. MÉTODO DIRETRIZ BR: média de 2 aferições em, pelo menos, 2 consultas com PA >140X90 mmHg DIRETRIZ EUA: média de 2 aferições em, pelo menos, 2 consultas com PA >130X80 mmHg MAPA >130X80 (24h) >135X80 (vigília) >120X70 (sono) >125X75 (24h) >130X80 (vigília) >110X65 (sono) MRPA >135X85 >130X80 Lesão de órgão alvo Mesmo normotensa, se apresentar lesão de órgão alvo específica de HAS, recebe o diagnóstico de HAS. Lesão de órgão alvo: Coração: Coronariopatia Cardiopatia hipertensiva: Hipertrofia de ventrículo específico (HVE); insuficiência cardíaca Cérebro: Doença cerebrovascular; Demência Retina: Retinopatia hipertensiva: classificação de KEITH-WAGENER I. Estreitamento arteriolar: afunilamento II. Cruzamento arteriovenoso patológico: tortuosidade da vênula III. Hemorragia/exsudato: mancha vermelha e branca respectivamente IV. Papiledema: perda da nitidez da papila. Crônicas Agudas: emergências hipertensivas 13 Rim: Nefropatia hipertensiva Doença arterial periférica: redução de pulso em MMII. Classificação Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) DIRETRIZ BRASILEIRA Normal <120 <80 Pré-hipertensão 121-139 81-89 HAS estágio I 140-159 90-99 HAS estágio II 160-179 100-109 HAS estágio III >180 >110 DIRETRIZ NORTE AMERICANA PA elevada 120-129 <80 HAS estágio I 130-139 80-89 HAS estágio II >140 >90 Tratamento PA alvo: 1) Geral: <140X90 2) Em pacientes com maior risco cardiovascular: <130X80 Na diretriz americana TODOS devem chegar a PA <130X80 Pacientes com risco cardiovascular elevado: Doença renal crônica Diabetes Doença cardiovascular: AVE, ICC, coronariopatia Risco de doença cardiovascular em 10 anos >10% Classificação Terapêutica inicial Pré-HAS/PA elevada - Reavaliar em 1 ano+ tratamento não farmacológico HAS estágio1 - Início com uma droga (monoterapia) - Se paciente de baixo risco cardiovascular: tratamento não farmacológico por 3-6 meses antes de iniciar monoterapia se ainda assim houver a necessidade HAS estágio > II - Início com 2 drogas (associar as de 1ª linha) - É permitido aaté 3 associações com medicamentos de 1ª linha e, após, adicionar os de 2ª linha Tratamento não-farmacológico: Restrição sódica (<1-1,5g sódio) Dieta DASH (potássio, cálcio, vegetais, frutas) Perda de peso Moderação de consumo etílico Exercício regular Drogas de 1ª linha: Tiazídico 14 Bloqueadro do canal de cálcio (nifedipina) IECA BRA-II OBS: NÃO associar IECA + BRA-II, pois não traz benefícios reais e aumenta risco de efeito colateral. Drogas de 2ª linha: β–bloqueador α–bloqueador Clonidina Metildopa Espironolactona Hidralazina Alisquireno: inibidor direto da renina OBS: Utilizar hoje em dia um β– bloqueador para um paciente com HAS só se justifica se o paciente tiver, além de HAS, outra doença para qual o β– bloqueador seja indispensável (exemplo IC, doença coronariana) ANTI-HIPERTENSIVOS DE 1ª LINHA: INDICAÇÕES ESPECÍFICAS IECA ou BRA-II: Doença renal crônica Diabetes: em especial os com microalbuminúria Insuficiência cardíaca Tiazídico: 1º hidroclorotiazida,2º indapamina, 3ºclortalidona (maior benefício e menor efeitos colaterais) Negro (hiporreninêmico), desde que não tenha DRC, DM ou ICC Bloqueador do canal de cálcio: anlodipino, nifedipina Negro Doença arterial periférica ANTI-HIPERTENSIVOS DE 1ª LINHA: EFEITOS COLATERAIS IECA E BRA-II: IRA/ hipercalemia: não utilizar se creatinina > 3 e/ou K+ >5,5 ou estenose bilateral da artéria renal. Tosse crônica por aumento de bradicinina (BRA-II não faz) Tiazídicos: 4 HIPO: hipovolemia, hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia 3 HIPER: Hiperuricemia (por isso é contraindicado em histórico de gota), hiperglicemia, hiperlipemia Bloqueador do canal de cálcio: Edema de membros inferiores Não utilizar em casos de ICC HAS RESISTENTE PA elevada, apesar da associação de 3 drogas diferentes (entre elas, obrigatoriamente, o tiazídico) 1º Excluir pseudorresistência: avaliar a adesão do paciente ao tratamento, afastar o efeito do jaleco branco (utilizar MAPA, MRPA) 2º Excluir HAS secundária 3º HAS resistente verdadeira: adicionar 4ª droga (espironolactona) HAS SECUNDÁRIA CAUSAS ACHADOS DIAGNÓSTICOS Doença renal parenquimatosa Insuficiência renal, edema USG renal, baixa taxa de filtração glomerular Renovascular (estenosa da artéria renal) Sopro abdominal, hipocalemia, alcalose AngioTC, angiografia renal Hiperaldosteronis mo primário Hipocalemia, alcalose Aumento de Aldosterona, redução de renina Feocromocitoma (aumento de catecolaminas) Crises adrenérgicas Metanefrinas e catecolaminas Apneia obstrutiva do sono Ronco, sonolência Polissonografia 15 CRISE HIPERTENSIVA PA >180X120 mmHg EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Com lesão aguda de órgão alvo Tratar com anti-hipertensivo IV (prova): 1ª escolha é o nitroprussiato 2ª escolha vem o β-bloqueador e nitroglicerina A PA deve ser reduzida cuidadosamente: reduzir até 25% na primeira hora de atendimento Reduzir PA para 160X100 em 2-6h Exemplos de emergência hipertensiva: ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA Hiperfluxo cerebral, edema Quadro clínico: Cefaleia Náusea Vômito Confusão mental: Realizar TC de crânio para descartar AVE atípico (no qual o quadro se inicia por confusão mental) Tratamento: Nitroprussiato IV (reduzir até 25% da PA na primeira hora HIPERTENSÃO ACELERADA MALIGNA Retinopatias grau III e IV associado ou não a lesão renal Tratamento: nitroprussiato IV DISSECÇÃO AÓRTICA Existem 2 variáveis que fazem a dissecção se alargar: PA e frequência cardíaca Quadro de dor torácica intensa e súbita que irradia para as costas Ascendente (coronárias): Infarto por dissecção, por isso não há trombos Insuficiência aórtica Arco aórtico (vasos do pescoço) Subclávia: diferença de PA Carótida: síncope, AVE isquêmico Descendente (órgãos) Isquemia mesentérica Rim Classificação: DeBakey: I. Descendente + Ascendente II. Ascendente III. Descendente Stanford: A. Ascendente: muito mais grave B. Descendente Tratamento: Em suspeita: realizar o tratamento clínico Reduzir FC <60 bpm PASistólica < 120 o mais rápido possível (β-bloqueador IV + nitroprussiato IV) Confirmação clínica: ECO transesofágico, angioTC, angioRNM Tratamento cirúrgico Tipo A: sempre Tipo B: casos complicados apenas URGÊNCIA HIPERTENSIVA Sem lesão aguda de órgão alvo 16 Tratar com anti-hipertensivo V.O.: captopril, clonidina, β-bloqueador Reduzir a PA em 24-48h OBS: Paciente que chega no OS em emergência hipertensiva + infarto administrar nitroglicerina, pois ela vasodilata as coronarianas ORGÃOS- ALVO: Cérebro, coração, aorta, rim, retina. PSEUDOCRISE HIPERTENSIVA Paciente hipertenso, maltratado cronicamente, que chega em um pico hipertensivo (<180X120), com queixas vagas, que não denotam gravidade Na prática médica deve-se manter o paciente em observação, porém, não se tem obrigatoriedade de acompanhamento médico IMEDIATO RESUMINDO... Diagnóstico hipertensão: PA >140 X 90 (BR)/ 130 X 80 (EUA) MAPA (BR) >130X80 (24h) >135X85 (vigília) >120X70 (sono) Tratamento hipertensão: Alvos: <140X90 (todos/BR); <130X80 (aqueles com alto risco cardiovascular/BR); <130X80 (todos/EUA) 1ª linha: tiazídicos, bloqueador do canal de cálcio, IECA, BRA-II HAS Resistente Conceito: 3 drogas, incluindo tiazídicos Afastar: má-aderência, efeito jaleco branco (MAPA), HAS secundária Tratamento (4ª droga): espironolactona Crise Hipertensiva PA >180X120 Urgências: sem lesão de órgão alvo (tratamento por droga de via oral Emergência: lesão de órgão alvo aguda (tratamento por droga IV, reduzir até 25% em 1h) VALVULOPATIAS ANATOMIA Válvulas do coração direito: tricúspide e pulmonar Válvulas do coração esquerdo:mitral e aórtica FISIOLOGIA Diástole: momento em que o sangue passa do átrio para o ventrículo. Então, ocorre abertura das válvulas atrioventriculares e fechamento das semilunares Sístole: abertura das válvulas semilunares e fechamento das atrioventriculares Estenose: restrição à abertura Insuficiência: fechamento inadequado SEMIOLOGIA Foco mitral: íctus cordis, no 5º espaço intercostal (EIC) esquerdo Foco tricúspide: borda esternal esquerda baixa Foco aórtico: 2º EIC direito Foco pulmonar: 2º EIC esquerdo Sons: B1: fechamento das válvulas mitral e tricúspide B2: fechamento das válvulas aórtica e pulmonar Tudo que estiver entre B1 e B2 é sopro sistólico 17 Tudo que estiver entre o fim de B2 e início de B1 é diastólico B3: está no início da diástole. Aparece em sobrecarga de volume B4: “Bquátrio”. Está no fim da diástole. Aparece em sobrecarga de pressão (depende da contração do átrio para ocorrer) OBS: Paciente em Fibrilação Atrial não pode ter B4, pois o átrio não contrai suficientemente ESTÁGIO DE PROGRESSÃO DAS VALVULOPATIAS A. Fatores de risco para valvulopatias B. Valvulopatia leve a moderada e assintomática (progressiva) C. Valvulopatia grave e assintomática D. Valvulopatia grave e sintomática OBS: Indicações cirúrgicas “classe I”: doença grave desde que sintomática (estágio D) ou com baixa fração de ejeção (alguns do estágio C) ESTENOSE MITRAL Causa: Reumática (95%) História natural da doença: aumento de átrio esquerdo + congestão pulmonar Quadro clínico: Aumento de átrio esquerdo: fibrilação atrial, rouquidão, disfagia (há compressão de estruturas posteriores) Congestão: dispneia (piora com aumento da FC). Pacientes com estenose mitral não toleram taquicardia Exames complementares: Na prática: ECOcardiograma (área valvar <1,5cm2:grave) ECG: DII: onda P larga (>100ms/>2,5 quadradinhos) V1: onda P com porção negativa >1mm2/ 1 quadradinho (índice de Morris) Raio X: sinais radiológicos com aumento de átrio esquerdo Duplo contorno direito Sinal da bailarina Aumento de arco médio à esquerda Deslocamento posterior do esôfago: em perfil Exame físico: Sopro em ruflar diastólico Reforço pré-sistólico: no fim da diástole, ocorre pela contração atrial OBS: se o paciente evoluir para fibrilação atrial, o paciente continua a apresentar sopro em ruflar diastólico, mas não terá mais o reforço pré-sistólico B1 hiperfonético Estalido de abertura Tratamento: Medicamentoso: para controle da FC (ex: b-bloqueador) Intervenção: valvotomia percutânea com balão (abordagem conservadora possui melhor resposta) ESTENOSE AÓRTICA Causas: Calcifica: degeneração (comum em idoso) Bicúspide: malformação (comum em jovens) Reumática: pós-febre reumática História natural da doença: Para vencer a barreira de força da estenose, precisa haver hipertrofia de B1 B2 B4 B3 B1 EmPA 18 ventrículo específica (HVE). Sem essa hipertrofia não há como sobreviver HVE ocorre em fase avançada, quando o coração “cansa” Quadro clínico: Exames complementares: ECG: os sinais de HVE Em V5/V6 tem-se o padrão de Strain que é a inversão assimétrica da onda T (desce lentamente e sobe rapidamente) + aumento da onda QRS Raio X: apenas em fase avançada quando o ventrículo esquerdo dilata. Em PA há aumento do diâmetro transverso e deslocamento caudal da ponta (mergulha sob o diafragma) ECO: área valvar <1cm2 (grave) Exame físico: Sopro mesossistólico: ocorre no meio da sístole. Irradia para as carótidas Outros nomes para essa alteração: sopro sistólico crescente e decrescente. B4: sobrecarga de pressão (pode haver) Pulso parvus (redução de amplitude) e tardus (aumento da duração) Tratamento: O tratamento medicamentoso é insatisfatório (evitar beta- bloqueador) Intervenção: troca valvar (sem bons resultados na valvoplastia) Implante de prótese por cateter: indicação formal em alto risco cirúrgico. INSUFICIÊNCIA MITRAL Causas: Crônica: prolapso da válvula mitral Aguda: endocardite, infarto, reumática História natural: Aumento de átrio e ventrículo esquerdos: desenvolve insuficiência cardíaca Exames complementares: ECG: mesmo do da dilatação de VE e AE Raio X: mesmo do da dilatação de VE e AE ECO: fração regurgitante >50% = grave Exame físico: Sopro holossistólico: durante toda a sístole B3: sobrecarga de volume Tratamento: Medicamentoso: tratar insuficiência cardíaca Intervenção: reparo ou troca valvar INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Crônicas: Valva: reumática Aorta: aterosclerose, marfan (enfraquecem a aorta) Aguda: Valva: endocardite Aorta: dissecção História natural da doença: HVE MAIOR DEMANDA BAIXO FLUXO DISFUNÇÃO MAIOR DEMANDA SÍNCOPE ICC (DISPNEIA) TRÍADE CLASSICA DA ESTENOSE AÓRTICA 19 Aumento de ventrículo esquerdo (sobrecarga de volume): desenvolve ICC Redução da PA diastólica: isquemia das coronárias Exames complementares: ECG: mesmo do da dilatação de VE RAIO X: mesmo do da dilatação de VE ECO: fração regurgitante >50% = grave Exame físico: Foco aórtico acessório (3º EIC à esquerda): melhor lugar para escutar sopro aórtico B3: sobrecarga de volume Sopro protodiastólico: mais audível no início da diástole Sopro de Austin-Flint: jato regurgitante que gera estenose mitral “Tudo pulsa na insuficiência aórtica” Pulso de Corrigan: pulso martelo d’água Sinal de Quinke: leito ungueal Sinal de Muller: pulsação da úvula Sinal de Musset: pulsação da cabeça Tratamento: Medicamentoso: Vasodilatar se sintomático: sangue vai e não volta para o interior do ventrículo Intervenção: troca valvar 20 CARDIOLOGIA 3 SÍNDROMES CORONARIANAS Fisiopatologia: Placa estável: também chamada de angina estável. É a síndrome coronariana crônica Placa instável Placa rompida OBS: a instabilidade da placa se dá através da inflamação. ANGINA ESTÁVEL Clínica: angina típica Dor OU desconforto retroesternal que seja desencadeado por esforço/stress, mas que melhora em repouso (3-5 minutos na maioria das vezes, podendo durar até 20 minutos) ou com nitrato. Diagnóstico: padrão ouro é cateterismo Haver história clínica: fundamental Teste provocativo de isquemia, realizado pelo teste ergométrico: provocar o esforço para evidenciar a dor retroesternal. Avaliar se o paciente possui condições de fazer o teste: 1. Consegue fazer exercício: Avaliar desnível da onda ST: ECG basal normal: realizar teste ergométrico ECG basal anormal: Bloqueio de Ramo Esquerdo, Hipertrofia de ventrículo específico. Realizar cintilografia ou ECO de esforço 2. Não é capaz de realizar exercício: realizar testes com “stress farmacológico” Cintilografia com dipiridamol (evitar em asmáticos, pois realiza broncoespasmo), adenosina ECO com dobutamina TESTE ERGOMÉTRICO Infra >1mm: angina estável. Resultados de alto risco: indicam cateterismo Isquemia no estágio 1 de BRUCE Infra >2mm >5 minutos para recuperar do infra Déficit ionotrópico: a pressão sistólica reduz ou não se altera, sendo que o normal em uma atividade física é que ela aumente levemente. Arritmia ventricular Distúrbio de condição: bloqueio de ramo, bloqueio atrioventricular OBS: Em prova prática o tratamento não farmacológico deve ser citado. Em prova discursiva, escrever também o tratamento não farmacológico. Tratamento: Tratamento não farmacológico: Cessar tabagismo Exercício Reduzir peso Avaliar comorbidade Tratamento não farmacológico Antianginosos: β-bloqueador: contraindicado em BAV Bloqueador do canal de cálcio: equivalente ao β-bloqueador, e pode ser associado a ele. Nitratos de longa duração: sempre realizar o intervalo noturno Vasculoprotetores: funcionam como anti-inflamatório antiplaca Sd. Coronariana aguda 21 AAS Estatina Resgate em caso de dor: Nitrato sublingual Vacinação: influenza e pneumococo Quando realizar cateterismo? 1. Em casos refratários 2. Em pacientes de alto risco Lesão coronariana comprovada: Indicações cirúrgicas (colocar ponte): Tronco de coronária esquerda >50% Lesão bivascular (>70%) ou trivascular, associado ou não com insufuciência ventricular esquerda e/ou diabetes melitus. Casos que tem contraindicação ou refratariedade ao tratamento OBS: Quanto mais reduzida for a fração de ejeção esquerda (insuficiência ventricular), preferir ponte. Tipo de cirurgia: Ponte de safena: maior facilidade, porém possui menor duração Ponte mamária: possui maior patência (maior tempo de duração) SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (PROVA) Clínica e diagnóstico Anamnese e exame físico: Podem estar normais, alterados ou ocorrer morte súbita É silencioso em 25% dos casos: geralmente ocorre em mulher idosa, diabéticos, doente renal crônico e transplantado cardíaco. Aparelho cardiovascular: irradiação da dor. Aferir PA e pulso em membro superior, frequência cardíaca, ausculta cardíaca com B3 e sopros Aparelho respiratório: avaliar ruídos adventícios ECG: Suboclusão: inversão de onda T associado a infra de ST. Paciente pode ou não infartar: Infarto sem supra: troponina positiva Não houve infarto: é angina instável. Troponina estará negativa Oclusão: elevação da onda ST. Está ocorrendo infarto agudo do miocárdio com supra. A troponina estará positiva Marcadores de necrose: troponina É mais sensível e específica Determina risco cardiovascular Conduta inicial: Internação em UTI/CTI: MOVD Monitorização Oxímetro Veia Desfibrilador Medicação: MONABICHA Morfina: só em dor refratária Oxigênio: se sat <90 (EUA) <94 (BR) Nitrato SL: IV se dor refratária, EAP, HAS. AAS Beta-bloqueador: via oral IECA: IAM anterior, associado ou não a insuficiência cardíaca, fração de ejeção <40 ou nefropatia crônica Clopidogrel Heparina Atorvastatina: iniciar assim que estiver estável. Detalhe: 22 AAS, B-Bloqueador, clopidogrel: melhoram a sobrevida Clopidogrel: escolha para trombolítico Não usar morfina, nitrato e B- bloqueador em infarto de ventrículo direito Não usar B-bloqueador se uso de cocaína, ou insuficiência ventricular esquerda Não utilizar nitrato se uso de viagra ECG NA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 1. Se tem infra e supra: quem manda é o supra 2. Nem todo supra é IAM. Pode ser: Pericardite: supra difuso em todas as derivações + infra de PR Angina vasoespástica: variante de Prinzmetal Home jovem, tabagistaAngina inicia comumente a noite Supra de parede inferior Quadro com duração em média de 30 minutos A conduta é antagonista doo canal de cálcio TAKOTSUBO: Mulher pós-menopausa + grande stress Supra de parede anterior Aumento discreto de troponina Coronárias normais Ventrículo fica parecendo um cesto de pesca de polvo 3. Ordem das paredes: INFARTO DERIVAÇÕES CORONÁRIA Anterior V1 a V4 Descendente Anterior (DA) Septal V1 e V2 Lateral DI, AVL, V5 V6 Circunflexa (Cx) Lateral alto DI e AVL Anterior extenso DI, AVL, V1 a V6 Tronco (DA+ Cx) Inferior DII, DIII e AVF Coronária Direita (70%) Cx (30%) Posterior V7 e V8 Ventriculo direito (IAM inferior) V3R e V4R Coronária direita OBS: Sempre que houver IAM inferior, analisar se há IMA de VD (V3R e V4R) ANGINA INSTÁVEL/ IAM SEM SUPRA Tratamento: MONABICHA: a heparina deve ser a de baixo peso molecular Não fazer trombolítico Cateterismo + angioplastia imediata Instabilidade hemodinâmica ou elétrica (TV/FV) Dor refratária Adicionar inibidor de IIb/IIIa Cateterismo + angioplastia precoce (2-24h) 23 Escore de Grace >140 Aumento de troponina Infra de ST IAM COM SUPRA DE ST Tratamento: MONABICHA Sempre preferir angioplastia à trombolítico 1. Tem angioplastia no hospital. Realizar em até 90 minutos (tempo porta- balão) 2. Não tem angioplastia no hospital. Consegue transferir e angioplastar? Transferir o paciente. Transferir também, independentemente do tempo porta-balão, qualquer paciente em choque ou IC grave ou contraindicado ao trombolítico 3. Não consegue transferir em até 2h. trombolítico em 30 minutos (tempo porta-agulha). Se falhou, ou coronária reocluiu, transferir o paciente para angioplastia. Contraindicação ao trombolítico: Absolutas: Sangramento ativo patológico Diátese hemorrágica Dissecção aórtica Tumor craniano ou malformação arteriovenosa ou AVE hemorrágico prévio AVE isquêmico ou TCE < 3 meses Complicação clássica de prova: Infarto de VD Quadro clínico: IAM inferior (D2, D3, AVF) Queda de PA + pulmões limpos Turgência jugular + redução da FC Tratamento: Reposição volêmica + reperfusão Não usar: morfina, nitrato, B- bloqueador, diuréticos. Alfabeto da alta: A. Aspirina, atorvastatina B. B-bloqueador C. Clopidogrel e comorbidades D. Dieta E. Enalapril e exercícios Ordem das estatinas: Fluvastatina: estatina mais fraca Rosuvastatina: estatina mais forte Atorvastatina: estatina mais utilizada.
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