Antropologia Histórica e Cultural

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Antropologia Histórica e Cultural
O grande risco que antropólogos e historiadores devem superar na produção intelectual interdisciplinar entre as duas áreas é:
demarcar seus territórios com clareza.
o determinismo da cultura sobre a História, e o anacronismo sobre a Antropologia.
utilizar conceitos de outras ciências sociais.
fugir de abordagens econômicas, já que o foco é a cultura.
utilizar fontes não oficiais, ou seja, documentos provindos de instituições públicas.
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Uma das mudanças nas análises da Nova História Cultural foi quanto à percepção das imagens e da arte, que passaram a ser entendidas respectivamente:
uma cópia fiel da realidade a qual o artista se propôs a ilustrar, e, um tipo de produção sem interferência de contextos econômicos e sociais.
uma fonte inquestionável de dados para o historiador, e, um conjunto de ações em um determinado contexto onde importa a intenção do artista.
como a construção cultural de uma representação segundo os valores de quem a produziu, e, interpretada também a partir de quem consome as produções artísticas.
uma fonte questionável de dados para o historiador, e, uma manifestação social sem vínculos com o público a quem é oferecida sua produção.
uma cópia fiel da realidade a qual o artista se propôs a ilustrar, e, interpretada também a partir de quem consome e as produções artísticas.
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A partir do conceito de cultura apropriado da Antropologia, e a forte ligação que a História teve com esta área das ciências sociais, muitas mudanças foram importantes, principalmente aquelas sentidas sobre os sujeitos históricos. Com a Nova História Cultural, houve uma apropriação maior dos estudos de gênero e da perspectiva feminista na História, este fato foi importante para:
a compreensão do gênero feminino como um sujeito histórico, protagonista de diversas ações dentro da História e desconstrução de uma visão da História feita só por homens.
confirmar de maneira inquestionável a supremacia dos valores masculinos presentes na História.
reconhecer o papel consolidado das mulheres e sua atuação em eventos menos importantes na História.
justificar atualmente as diferenças de remuneração, trabalho e condições de vida atuais entre homens e mulheres.
reconhecer o papel importante da maternidade da mulher e a função de manutenção da vida humana nos cuidados com o ambiente doméstico.
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Uma das maiores contribuições da Antropologia para as análises históricas foi:
o uso da antropometria como técnica de análises.
reconhecer o ponto de vista nativo, e assim, a possibilidade de entender sua cultura.
o uso da craniologia como técnica de análises.
o uso do método monográfico.
o fim da visão eurocêntrica da História.
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A obra “O grande massacre de gatos” teve sua publicação em 1984, seu autor, o historiador norte-americano Robert Darnton (1939- ), deixou evidente sua apropriação da Antropologia:
Interpretativa.
Estruturalista.
Evolucionista.
Difusionista.
Funcionalista.
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Entre os antropólogos do século XX, Clifford Geertz (1926-2006) talvez tenha sido o autor que mais dialogou com a História e trabalhou em conjunto com historiadores, a sua proposta metodológica de uma “descrição densa” foi importante para se pensar uma:
macrohistória.
microhistória.
história provisória.
história das grandes batalhas.
história dos grandes heróis.
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O historiador Robert Darnton considerava de extrema importância o trabalho empírico de lidar diretamente com as fontes e frequentar arquivos, pois:
o autor desconsiderava pesquisas baseadas em fontes indiretas.
a História só é feita a partir de documentos encontrados em arquivos nacionais e internacionais.
o trabalho do historiador não pode cair em uma narrativa abstrata, beirando a narrativa ficcional, seu interesse de pesquisa é real, como a cultura.
não há outros lugares para se obter dados de um objeto que não as fontes escritas.
assim como um escritor de ficção, o historiador necessita ter como referencia outras obras ficcionais.
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A Antropologia de Clifford Geertz se diferencia de outras formas do fazer antropológico do início do século XX, por relacionar-se de outra maneira com a História. São autores deste início de século:
Frazer e Tylor.
Lévi-Strauss e Marshall Sahlins.
Victor Turner e Mary Douglas.
James Clifford e George Marcus.
Edward Said e HomiBhabha.
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O cultural turn, também conhecido como giro cultural, foi um movimento ocorrido na década de 1980, que ampliou o conceito de cultura, que era antes tratado no singular e, posteriormente, foi considerado plural. Essa mudança significativa influenciou diversas áreas das ciências humanas e sociais, principalmente no dialogo entre a Antropologia e a História, sendo que, nesta última, vimos um novo movimento de produção acadêmica conhecido como:
Escola de Frankfurt.
Escola dos Annales.
História Cultural.
Nova História Cultural.
Positivismo.
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Podemos considerar que o ponto de vista nativo em Antropologia:
a visão de mundo que o antropólogo de uma determinada cultura carrega e o valor que a Antropologia dá para o fato de interpretar uma sociedade a partir do ponto de vista nativo.
a visão de mundo que o nativo de uma determinada cultura carrega e o valor que a Antropologia dá para o fato de interpretar sua sociedade a partir desta visão.
a visão de mundo que o antropólogo de uma determinada cultura carrega e o valor que a Antropologia dá para o fato dele interpretar sua sociedade a partir de seus valores.
a visão de mundo que historiadores de uma determinada cultura carregam e o valor que a História dá para o fato de interpretar sua sociedade a partir desta visão.
a visão de mundo que historiadores de uma determinada cultura carregam e o valor que a História não dá para o fato de interpretar sua sociedade a partir desta visão.
O antropólogo Lévi-Strauss (1908-2009) foi reconhecidamente um dos grandes contribuintes às reflexões sobre a História, suas definições foram importantes para perceber a diversidade de temporalidades com o conceito sobre sociedades:
atrasadas do ponto de vista do progresso histórico.
“quentes” e “frias”, e “estacionárias” e “cumulativas”.
desenvolvidas do ponto de vista do progresso histórico.
etnocêntricas, como um atributo positivo.
com ou sem história.
As chamadas classes populares ganharam grande destaque nas análises da Nova História Cultural, a obra “O grande massacre de gatos” de Robert Darnton é um dos grandes exemplos desta abordagem. No entanto, ela se diferencia da própria História Cultural ao propor que:
as classes populares sejam reconhecidas assim como E.P.Thompson ao falar sobre a formação do proletariado na Inglaterra.
as classes populares sejam entendidas não apenas a partir de aspectos economicistas, como a luta de classes, mas sobre a vida cultural vivida pelos desprivilegiados.
as classes populares sejam entendidas de acordo com o materialismo histórico.
as classes populares sejam entendidas pela sua condição nas relações de produção.
as classes populares sejam reconhecidas de acordo com o contexto cultural em que vivam, mas privilegiada a sua condição de vida material.
O conceito “teias de significado”, de Max Weber, foi apropriado por Clifford Geertz, e trouxe contribuições à História, seu significado está relacionado à ideia de:
conjunto de significados que dão sentido para os elementos simbólicos de uma cultura.
significados arcaicos sobre uma determinada cultura.
um conjunto de significados que só pode ser entendido por quem pertence à cultura que ela dá sentido.
significados que dão sentido para as estruturas, sendo estas, formadas por relações de estruturas.
significados virtuais elaborados por uma cultur