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CÁLCULO II 2022 - 2º Semestre Lista de Exercícios 3 Questão 1. Considere os pontos A = (x1, y1, z1) e B = (x2, y2, z2). Usando as propriedades de vetores no R3, mostre que o ponto médio entre A e B, isto é, o ponto P pertencente ao segmento AB tal que AP = BP , é dado por P = ( x1 + x2 2 , y1 + y2 2 , z1 + z2 2 ) . Solução: Um ponto Q pertencente ao segmento AB pode ser escrito da seguinte maneira: Q(s) = A+ s −→ AB, 0 ≤ s ≤ 1, onde s representa a fração do comprimento ao longo do seguimento AB. Para obter o ponto médio, portanto, devemos escolher s = 1 2 . Logo, temos: P = Q ( 1 2 ) = A+ 1 2 −→ AB = (x1, y1, z1) + 1 2 (x2 − x1, y2 − y1, z2 − z1) = ( x1 + x2 2 , y1 + y2 2 , z1 + z2 2 ) . Substituindo P = A+ 1 2 −→ AB na fórmula da norma de um vetor, verifica-se que: AP = || −→ AP || = || −−→ BP || = BP . Questão 2. Três forças −→ F 1, −→ F 2 e −→ F 3 atuam sobre um objeto colocado na origem de um sistema de coordenadas retangulares no plano, conforme figura abaixo. Sabendo que || −→ F 1|| = 6 √ 3, || −→ F 2|| = 3 √ 3 e || −→ F 3|| = 6 √ 2, determine a intensidade da força resultante e o ângulo que ela forma com o vetor −→ i . 1 Universidade Federal do Pará Cálculo II Lista de Exercícios 3 Solução: Escrevendo a força resultante como −→ F = Fx −→ i + Fy −→ j , temos: Fx = −→ F · −→i = (−→ F1 + −→ F2 + −→ F3 ) · −→i = (−→ F1 · −→ i + −→ F2 · −→ i + −→ F3 · −→ i ) . Temos: −→ F1 · −→ i = || −→ F1|||| −→ i || cos (π 3 ) = 6 √ 3 · 1 · 1 2 = 3 √ 3, −→ F2 · −→ i = || −→ F2|||| −→ i || cos (π 6 ) = 3 √ 3 · 1 · √ 3 2 = 9 2 , −→ F3 · −→ i = || −→ F3|||| −→ i || cos ( 3π 4 ) = 6 √ 2 · 1 · ( − √ 2 2 ) = −6. Assim, obtemos: Fx = 3 √ 3 + 9 2 − 6 = 3 (√ 3− 1 2 ) . 2 Cálculo II Lista de Exercícios 3 Já para a componente Fy, temos: Fy = −→ F · −→j = (−→ F1 + −→ F2 + −→ F3 ) · −→j = (−→ F1 · −→ j + −→ F2 · −→ j + −→ F3 · −→ j ) . Temos: −→ F1 · −→ j = || −→ F1|||| −→ j || cos (π 6 ) = 6 √ 3 · 1 · √ 3 2 = 9, −→ F2 · −→ j = || −→ F2|||| −→ j || cos ( 2π 3 ) = 3 √ 3 · 1 · ( −1 2 ) = −3 √ 3 2 , −→ F3 · −→ j = || −→ F3|||| −→ j || cos ( 3π 4 ) = 6 √ 2 · 1 · ( − √ 2 2 ) = −6. Assim, obtemos: Fy = 9− 3 √ 3 2 − 6 = 3 ( 1− √ 3 2 ) . Portanto, a força resultante é: −→ F = 3 [(√ 3− 1 2 ) −→ i + ( 1− √ 3 2 ) −→ j ] . A intensidade da força resultante é: || −→ F || = 3 √√√√(√3− 1 2 )2 + ( 1− √ 3 2 )2 = 3 √ 3− √ 3 + 1 4 + 1− √ 3 + 3 4 = 3 √ 5− 2 √ 3. 3 Cálculo II Lista de Exercícios 3 Já o ângulo α com o vetor −→ i é dado por: cos(α) = −→ F · −→i || −→ F || · ||−→i || = 3 (√ 3− 1 2 ) 3 √ 5− 2 √ 3 · 1 =⇒ α = arccos ( (√ 3− 1 2 )√ 5− 2 √ 3 ) . Questão 3. Determine o ângulo formado pelas retas x 3 = y − 1 5 = z − 2 2 e a reta que passa pelos pontos A = (1, 0,−3) e B = (4, 2, 2). Solução: Seja r a reta definida através das equações simétricas. Podemos identificar diretamente que o vetor −→v1 = (3, 5, 2) é paralelo a r. Sendo s a reta que passa pelos pontos A e B, um vetor paralelo a s é −→v2 = B − A = (3, 2, 5). Portanto, denotando por α ângulo entre as retas r e s, resulta: cos(α) = −→v1 · −→v2 ||−→v1 || · ||−→v2 || = 29√ 38 √ 38 =⇒ α = arccos ( 29 38 ) . Informações para resolver a Questão 4: dados dois vetores −→u ,−→v ∈ R3, o produto vetorial −→u ×−→v é um vetor de R3 tal que • −→u × −→v é ortogonal a −→u e a −→v (e o seu sentido obedece à chamada regra da mão direita); • ||−→u ×−→v || = ||−→u ||.||−→v ||. sen(θ) onde θ é o ângulo formado entre −→u e −→v . Questão 4. Uma partícula de carga q, que se move com velocidade −→v numa região onde existe um campo magnético uniforme −→ B , sofre a ação da chamada Força de Lorentz, dada por −→ F = q(−→v × −→ B ). a) Determine a intensidade da força de Lorentz −→ F para uma partícula com carga q = −1, 6 · 10−19C, que se move com velocidade −→v = 2 · 106m/s−→i sob a ação de um campo magnético −→ B = 1, 5 · 10−9 −→ k T. b) Determine o ângulo que a força −→ F forma com o plano determinado pelos vetores −→v e −→ B . Justifique. Nota: as unidades estão todas no S.I., de modo que a força resultante estará na unidade padrão Newton (N). Solução: 4 Cálculo II Lista de Exercícios 3 a) A intensidade da força de Lorentz é: || −→ F || = ||q (−→v ×−→B) || = |q| · ||−→v || · || −→ B || · sin(θ) = 1, 6 · 10−19 · 2 · 106 · 1, 5 · 10−9 · sin (π 2 ) N = 4, 8 · 10−22 N. b) Por definição do produto vetorial, a força −→ F é perpendicular tanto ao vetor −→v quanto ao vetor −→ B . Assim, sua projeção ao longo do plano formado por esses vetores será nula, o que implica que o ângulo entre −→ F e o plano determinado pelos vetores −→v e −→ B é de 90◦. Informações para resolver a Questão 5: dados dois planos α e β em R3, definimos o ângulo entre α e β como sendo igual ao ângulo entre vetores −→u e −→v onde −→u é um vetor normal a α e −→v é um vetor normal a β. Questão 5. Determine o ângulo entre os planos α : x+ 4y − 3z = 1 e β : −3x+ 6y + 7z = 0. Solução: Sendo −→u um vetor normal ao plano α e −→v e um vetor normal ao plano β, podemos tomar: −→u = (1, 4,−3), −→v = (−3, 6, 7). Portanto, sendo θ o ângulo entre os vetores −→u e −→v , resulta: cos(θ) = −→v · −→u ||−→v || · ||−→u || = 0 =⇒ θ = π 2 . 5
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