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AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO SISTEMA REPRODUTOR MSc. MARIA EDUARDA DOS S. L. FERNANDES Patologia Cirúrgica de Pequenos animais – 8º Período Graduação em Medicina Veterinária Introdução vRotina Clínico-cirúrgica vBanalização de diversas técnicas vImprudência x Imperícia x Negligência vConhecimento de Anatomia Anatomia Sistema Reprodutor FONTE: EVANS, 2013 IRRIGAÇÃO Artérias ovarianas Artérias uterinas médias SINTOPIA Sistema digestório Sistema urinário FONTE: KONIG (2016) INERVAÇÃO Fibras nervosas do plexo uterino e pélvico FONTE: SLATTER (2007) SUSTENTAÇÃO Ligamento suspensório Ligamento largo do útero ANATOMIA UTERINA Gata Cadela FONTE: KONIG (2016) ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Diagnóstico Diagnóstico Exame clínico Anamnese Comportamento Cios Histórico de cruzas/gestações Uso de injeções hormonais Exame físico Inspeção e palpação: Abdominal Vaginal Mamária Palpação dos linfonodos FONTE: Remevet, 2021 FONTE: Ana Carolina Campos, 2020 FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2016 FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015 Diagnóstico FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2016 Diagnóstico por imagem RADIOGRAFIA ULTRASSONOGRAFIA TOMOGRAFIA FONTE: SAMPAIO et al., 2017FONTE: Serviço de Diagnóstico por imagem da UFRRJ, 2015FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015 Diagnóstico por imagem RADIOGRAFIA (gestação 1/3 final) ULTRASSONOGRAFIA TOMOGRAFIA FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW, 2014 FONTE: NORSWORTHY, 2011 Diagnóstico por imagem RADIOGRAFIA ULTRASSONOGRAFIA TOMOGRAFIA SUSPEITA DE NEOPLASIAS ESTADIAMENTO TUMORAL FONTE: LITTLE, 2015 FONTE: NORSWORTHY, 2011 FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW, 2014 Diagnóstico por imagem RADIOGRAFIA ULTRASSONOGRAFIA TOMOGRAFIA FONTE: LITTLE, 2015 FONTE: LITTLE, 2015 FONTE: SAMPAIO et al., 2017 FONTE: SAMPAIO et al., 2017 Diagnóstico SUSPEITA DE NEOPLASIAS ESTADIAMENTO TUMORAL Radiografia torácica (LLD+LLE+VD) Ultrassonografia Avaliação cardiorrespiratória Citologia x Biópsias Imagem avançada SISTEMA UNIFICADO DE ESTADIAMENTO TUMORAL TNM Extensão/característica do tumor primário Ausência ou presença de metástases em linfonodos regionais Ausência ou presença de metástase a distância NEOPLASIA MAMÁRIA FONTE: Cedido por Larissa Thiengo, 2021 Diagnóstico laboratorial Hematologia Bioquímico renal Bioquímica hepática Exames hormonais OUTROS Urinálise Cultura bacteriana/fúngica Antibiograma/antifugigrama Escherichia coli INESPECÍFICOS Assintomática Apatia/depressão Inapetência Desidratação Mucosas pálidas 0 1 ESPECÍFICOS Corrimento vaginal Sangramento vulvar Aumento das mamas Massa nas mamas 02 AGRAVAMENTO DO QUADRO Dor abdominal Febre IRA Sepse (sinais de choque) 0 3 OUTROS SISTEMAS Êmese Tenesmo Constipação Diarréia Estrangúria Hematúria Incontinência urinária 0 4 FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW, 2014 Sinais Clínicos PIOMETRA PIOMETRA Animais de meia-idade à idosos Fêmeas > 9 anos: incidência de 66% > Risco em nulíparas, pseudogestação e irregularidades do ciclo estral Sinais clínicos > cadelas CONSIDERAÇÕES ↑PROGESTERONA ↓ A resposta imunológica - contração do miométrio ↑ Secreção das gls endometriais Realiza o fechamento da cérvix Ciclo estral: DIESTRO Terapias exógenas de estrógeno e progesterona ESTRO ↑ ESTROGÊNIO Abertura da cérvix + ↑ do nº de receptores progesterona no endométrio PIOMETRA APRESENTAÇÕES FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015FONTE: Arquivo pessoal, 2018 Aberta x Fechada Alterações uterinas podem predispor à piometra oHiperplasia endometrial cística oHemometra oHidrometra/Mucometra FONTE: Ana Carolina Campos, 2019 PIOMETRA CONSIDERAÇÕES FONTE: Ana Carolina Campos, 2019 FONTE: Serviço de Cirurgia UFRRJ, 2016 FONTE: Benito De La Puerta, 2014 Piometra Diagnósticos ≠ FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015 PIOMETRA Leucocitose Neutrofilia DE Anemia normocítica normocrômica Hiperproteinemia, hiperglobulinemia e azotemia Enzimas hepáticas Urinálise não específico ANTIMICROBIANOS de amplo espectro 7-10 dias RUPTURA UTERINA NaCl 0,9% morno a 50mL/kg TRATAMENTO CIRURGIA OH Clínico é controverso Diagnóstico – Tratamento IRA e/ou sepse Taxa de mortalidade Ruptura uterina PIOMETRA PROGNÓSTICO Afecções cirúrgicas nas mamas Glândulas Mamárias T1 e T2 Ramos lateral e ventral da intercostal, vasos torácico interno e torácico lateral Glândulas Mamárias T2 e ABcr Vasos epigástricos superficiais craniais Glândulas Mamárias ABcd e Ing Vasos epigástricos superficiais caudais Neoplasia mamária VASCULARIZAÇÃO FONTE: Adaptado de CASSALI et al., 2017 CADELA X GATA Neoplasia mamária Axilar Inguinal Poplíteos Ilíacos LINFONODOS SENTINELAS DRENAGEM LINFÁTICA Linfonodo axilar: T1, T2 e possivelmente ABcr Linfonodo inguinal: ABcd e possivelmente ABcr Hiperplasia mamária CONSIDERAÇÕES FONTE: Ana Carolina Campos, 2016 Doença benigna Edema e inflamação das mamas Causa: estimulação exagerada de progestágenos endógeno ou exógeno PREDISPOSIÇÃO Progesterona sintética >risco >animais jovens inteiros >períodos gestacionais >final ciclo estral Hiperplasia mamária COMO DIFERENCIAR? História do paciente Início agudo de tumores mamários Progressão da doença Dias x meses Apresentação Massas simétricas bilaterais Consistência firme Inflamação Áreas ulceradas Ausência de secreção mamária Histopatologia FONTE: Arquivo Pessoal, 2021 FONTE: Remevet, 2021 Hiperplasia mamária TRATAMENTO Clínico e/ou Cirúrgico FONTE: Cortesia de Shelagh Morrison, 2015 10 mg / kg SC dias 1, 2, 7/7d Aglepristone SUPORTE FONTE: NORSWORTHY, 2011 Hiperplasia mamária Neoplasia mamária Neoplasia mamária CONSIDERAÇÕES OSH anterior aos 12 meses/primeiro cio o Incontinência urinária o > risco de osteossarcoma o > chance mastocitoma o > chance linfoma o > chance de distúrbios muscoesqueléticos o ↓ 91% chance de neoplasia mamária o ↓ 86% após primeiro cio FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW, 2014 Neoplasia mamária CONSIDERAÇÕES Neoplasia + comum cadelas 3ª neoplasia + comum gatas Incidência > 6 anos (10-12 anos) >Siameses >Spaniels, Poodles e Teckels Mortalidade meia-idade à idosas Influência hormonal FONTE: DE NARDI et al., 2016FONTE: Arquivo pessoal, 2021 80-90% ADENOCARCINOMAS Neoplasia mamária CONSIDERAÇÕES Tumores malignos gatas: 85-93% cadelas: 50-70% Metástase: 50-90%: Linfonodos, pulmão, pleura e fígado Neoplasias malignas Carcinoma simples/inflamatório Sarcomas + Fibrossarcoma Osteossarcoma Lipossarcoma FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV (UFRRJ), 2016 Neoplasia mamária FO N TE : C ed id a po r Jo rg e C as tr o TRATAMENTO CIRÚRGICO TIPOS DE MASTECTOMIA FONTE: CALDAS et al., 2017 TÉCNICA FONTE: FOSSUM, 2014 Animais debilitados Como rbida des Ne op las ias ulc era da s/ infe ccio na da s Neoplasias com sangramentos Melhora do estado clínico Neoplasia mamária TRATAMENTO Lumpectomia (1) x Radical (2) AVALIAR CADA CASO DE FORMA INDIVIDUAL! Neoplasia mamária TRATAMENTO MASTECTOMIA Unilateral x Bilateral RELAXAMENTO DE TENSÃO Divulsão Walking suture Retalhos subdérmicos FO N TE : C ed id a po r Jo rg e C as tr o FONTE: NORSWORTHY, 2011 FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW, 2014 Neoplasia mamária TRATAMENTO Unilateral x Bilateral FONTE: NORSWORTHY, 2011 MARGEM CIRÚRGICA 2 CM MASTECTOMIA UNILATERAL + MASTECTOMIA UNILATERAL (14-21 DIAS) Neoplasia mamária TRATAMENTOUnilateral x Bilateral FONTE: NORSWORTHY, 2011 EXCESSO DE TENSÃO PREDISPÕE À DEISCÊNCIA! MASTECTOMIA Carcinoma inflamatório Crescem rápido Ulceração Invasão em vasos linfáticos subcutâneos Inflamação Edema Dor FONTE: APARÍCIO e VICENTE, 2015 NÃO É CIRÚRGICO! Neoplasia mamária LINFONODOS ACOMETIDOS FONTE: Serviço de Cirurgia HV-UFRRJ, 2017 Neoplasia mamária FONTE CASSALI et al., 2019 Azul patente dose2mg/Kg Não exceder 1mL/gato! Aplicação intradérmica MASTECTOMIA Complicações Deiscência Hemorragia Hematomas Recidivas Invaginação margens desbride e reconstrua! FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2016 Afecções clínico-cirúrgicas no Sistema reprodutor masculino Anatomia Sistema Reprodutor IRRIGAÇÃO Artérias testiculares Veias testiculares SINTOPIA Sistema digestório Sistema urinário Bulbouretrais Próstata FONTE: EVANS, 2013 GLÂNDULAS FONTE: KONIG, 2016 Anatomia Sistema Reprodutor dos Gatos IRRIGAÇÃO Artérias testiculares Veias testiculares SINTOPIA Sistema digestório Sistema urinário Bulbouretrais Próstata GLÂNDULAS FONTE: KONIG, 2016 Anatomia Sistema Reprodutor dos Cães IRRIGAÇÃO Artérias testiculares Veias testiculares SINTOPIA Sistema digestório Sistema urinário Bulbouretrais Próstata Vesicular FONTE: HORST & HANS, 2011 GLÂNDULAS INESPECÍFICOS Assintomático Apatia Inapetência Desidratação 0 1 ESPECÍFICOS Lambedura região perineal Sangramento perineal Aumento/lesão da bolsa escrotal Dor testicular Ferida testicular 0 2 AGRAVAMENTO DO QUADRO Exposição testicular Necrose testicular Hemorragia testicular 0 3 OUTROS SISTEMAS Disúria Estrangúria Hematúria Tenesmo Constipação 0 4 FONTE: Ana Carolina Campos, 2020 Sinais Clínicos Sinais Clínicos Afecções prepuciais/penianas Lambedura excessiva Fimose (filhotes) Trauma Briga Neoplasias FONTE: SMITH, 2013 Diagnóstico Diagnóstico Exame clínico Anamnese Comportamento Acesso à rua Histórico de cruzas Exame físico Inspeção e palpação: Abdominal Perineal Peniana e prepucial Retal Palpação dos linfonodos FONTE: SCHLAFER et al., 2011 FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015 Diagnóstico FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015 Diagnóstico por imagem FONTE: GULARTE et al., 2018 FONTE: SILVA et al., 2015FONTE: FREITAG et al., 2007 Afecções clínico- cirúrgicas testiculares e na bolsa escrotal FONTE: Arquivo pessoal, 2018 Criptorquidismo CONSIDERAÇÕES Descida dos testículos Cão (15%) X Gato (1,5%) Causa Uni ou Bilateral? Localização Função testicular Complicações: torção testicular; neoplasias FONTE: Ana Carolina Campos, 2018 FONTE: BATISTA et al., 2016 Criptorquidismo Tratamento: Orquiectomia Torção Testicular CONSIDERAÇÕES Raro + comum em criptorquidas Idosos c/ neoplasia testicular Frouxidão no gubernáculo Traumática? Sinais agudos Orquite Dor abdominal (abdome agudo) Tratamento: Orquiectomia FONTE: Ana Carolina Campos, 2018 FONTE: Arquivo pessoal Neoplasia Testicular TIPOS Tumor da célula de Sertoli Tumor da célula de Leydig Seminomas CONSIDERAÇÕES Cão X Gato Benigno X Maligno Função testicular Tratamento: OrquiectomiaFONTE: ARGENTA et al., 2016 Neoplasia de bolsa escrotal Mastocitoma Hemangiossarcoma Carcinoma TIPOS FONTE: Ana Carolina Campos, 2018 Tratamento: Orquiectomia e Ablação de Bolsa Escrotal Abscesso na bolsa escrotal Estabilização Desbridamento Limpeza Antibioticoterapia amplo espectro FONTE: TOBIAS, 2012 CONSIDERAÇÕES Tratamento: Orquiectomia e/ou Ablação de Bolsa Escrotal Afecções clínico- cirúrgicas prostáticas Anatomia prostática FONTE: FOSSUM, 2014 Bilobada Suprimento sanguíneo é ramo da artéria urogenital Nervos pélvico e hipogástrico são localizados nos pedículos laterais ANATOMIA Hiperplasia Prostática CONSIDERAÇÕES Afecção prostática + comum no cão Idosos inteiros: 95% Causas Relação anormal androgênios e estrogênio + receptores de androgênios + sensibilidade aos androgênios Sinais clínicos Assintomático Constipação; tenesmo; disúria; hematúria FONTE: PARRY, 2007 TRATAMENTO Hiperplasia Prostática Assintomáticos? Tratar clinicamente os sintomas Cirúrgico Orquiectomia Involução 3 a 12 semanas FONTE: fmv.ulisboa.pt Cistos Prostáticos CONSIDERAÇÕES Etiologia desconhecida Congênito Hiperplasia prostática Sertolioma Sinais clínicos Assintomático Constipação; tenesmo; disúria; estranguria; hematúria; depressão; inapetência Podem evoluir para abscessos prostáticosFONTE: FREITAG et al., 2007 Abscessos Prostáticos CONSIDERAÇÕES Etiologia Infecção uretal ascendente Risco: infecção urinária; hiperplasia prostática cística; cistos Sinais clínicos = cistos prostáticos Dor; febre; vômito; desidratação Ruptura: choque e sepse Exames laboratoriais Hemograma: leucocitose com desvio; neutrófilos tóxicos Bioquímica: aumento de ALT e FA; Azotemia Urinálise: hematúria; piúria; bacteriúria FO NT E: Ar qu ivo pe ss oa l, 2 02 0 FONTE: Arquivo pessoal, 2020 FONTE: Arquivo pessoal, 2020 Cistos/Abscessos Prostáticos Tratamento: Drenagem; Lavagem; e Omentalização Conclusão vRotina Clínico-cirúrgica vBanalização de diversas técnicas vImprudência x Imperícia x Negligência vConhecimento de Anatomia Dúvidas? mariae.fernandes@faa.edu.br