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Patologias do aparelho reprodutor masculino Copyright © 2006. All Rights Reserved. Official Web Page of Louisiana State University Introdução Acrobustite Alterações dos testículos Criptorquidismo- um ou ambos os testículos deixam de descer da cavidade abdominal para dentro da bolsa escrotal Criptorquidismo • O unilateral é mais comum que o bilateral. • Freqüente em eqüinos e caninos, mas pode ocorrer em qualquer espécie. • Alteração de caráter hereditário. Mecanismos responsáveis pela descida anormal dos testículos 1) Ausência do desenvolvimento gubernáculo (estrutura que orienta a migração); 2) Desenvolvimento anormal do gubernáculo, resultando em alteração de sua posição; 3) Crescimento excessivo e ausência ou retardo na regressão do gubernáculo. Características do testículo criptorquida • Geralmente diminuído de volume; • Consistente a palpação; • Afuncional do ponto de vista espermatogênico; Bilaterais (estéreis) Unilaterais (subférteis); • Coloração escura e sujeito a neoplasias; • Cães criptorquidas (10 X) mais susceptíveis a Sertolioma. Hipoplasia testicular • Pode ser congênita ou adquirida • Atinge 5% do rebanho brasileiro • Causas externas: – Deficiência hormonal, deficiências vitamínicas, metais pesados (Cadmio), desnutrição durante o período pré-pubere. Fonte: Drost Project Hipoplasia testicular • Acomete todas as espécies domésticas, especialmente touros, cavalos e varrões. • Maior freqüência no órgão esquerdo podendo ser bilateral. • Hereditária. • Cães com hipoplasia grave mostram sinais de feminização, com atrofia do pênis e perda da libido, desaparecendo os sinais após a castração. Tipos de hipoplasia • Moderada (parcial): somente 50% dos túbulos seminíferos são hipoplásicos. • Intermediária; há um número regular de túbulos seminíferos afetados. • Grave; totalidade ou quase totalidade dos túbulos são hipoplásicos. Testículo diminuído de volume, consistente a palpação e resistente ao corte. • Andrológico:Oligospermia ou azospermia.. Degeneração testicular • É a redução da eficiência do órgão; • Degenerações permanentes e progressivas são freqüentes. • Varia de discreta a severa, unilateral ou bilateral • Comum no cão e no bovino. Fonte: Drost Project Degeneração testicular • Fase inicial :Testículos com consistência flácida, tamanho normal ou discretamente diminuído e coloração pálida; • Fase avançada: órgão diminuído de volume, consistência firme a palpação, resistente ao corte. • Degeneração rápida e regeneração lenta quando reversível • Alteração adquirida. • Sêmen: ↓ da concentração de espermatozóides. • Principais defeitos encontrados no espermograma: decaptados, defeitos de cauda e gota citoplasmática proximal. Degeneração testicular Causas: Distúrbios de saúde acompanhados de: • Febre, • Toxemia, • Inflações locais que prejudiquem a termo-regulação, • Estresse térmico, • Animais obesos que se deitam com freqüência, • Deficiência de vitamina A (efeito indireto: diminuição da secreção de FSH e LH), fósforo e proteínas • Traumas. • Fatores hormonais. Administração de esteróides e anabolizantes. Orquite Causas comuns: brucelose, tuberculose, C. pyogenes, estreptococoses e piroplasmoses. Pode ser uni ou bilateral. Animal estéril. Sinais: aumento dos testículos, calor, rubor e dor. • Pode ser feita antibioticoterapia, com exceção da brucelose e tuberculose Fonte: Drost Project Neoplasias Mais comuns : Células de Sertoli (sertolioma) Células de Leydig (leydigocitoma); Células seminais (seminoma) XXV SEMEV Leydigocitoma (Leydig) Tumores das Células de Leydig (leydigocitoma) Cães e touros velhos Pode ser uni ou bilateral, múltiplo ou solitário. Maioria dos autores não considera esse tumor hormonalmente ativo; • Pode levar à degeneração dos túbulos seminíferos e hiperplasia prostática Células de Sertoli (sertolioma); • Cães, bovinos e equinos. • Frequente em testículos criptórquios. • Produz aumento do órgão. • É hormonalmente ativo principalmente nos cães criptorquidas, levando à: – Feminilização; – Alopecia bilateral; – Atrofia do pênis e prepúcio; – Perda da libido; – Ginecomastia. Seminoma (células seminais) • O criptorquidismo tb predispõe ao desenvolvimento do seminoma. • È o tumor testicular mais freqüente em cães velhos (direito) • Pode chegar a 6 cm de diâmetro e tem caráter invasivo. Alterações epididimárias Agenesia • É hereditária! • Na agenesia bilateral há azoospermia Hipoplasia e má formação - Congênita e hereditária; - Mais em bovinos; - Geralmente evolui para espermatocele e granuloma espermático. Fonte: Drost Project Alterações epididimárias Epididimite • Pode ser crônica ou aguda e cursar com a orquite (geralmente em cães). Fonte: Drost Project Alterações escrotais • Dermatites • Lesões pelo Pox virus Alterações das glândulas anexas 1-Vesiculite • As inflamações das glândulas testiculares são causadas pela brucelose e C. Pyogenes, além de micoplasmas, estreptococus e estafilococus. VESICULITE. • - Definição: Inflamação da glândula vesicular. Geralmente está associada a processos infecciosos. • - Ocorrência: Afeta principalmente ruminantes (+ bovinos) e eqüinos. • Em bovinos podemos destacar a – Brucella abortus, – Corynebacterium pyogenes, – Clamidia, – Mycoplasma bovigenitalium e – Hemophilus sommus. • Em eqüinos os mais freqüente são a – Hemophilus equigenitalium, – Pseudomonas aeruginosa e – Brucella abortus equi. Etiologia: Vesiculite: achados • Aumento de volume e sensibilidade da glândula (em bovinos esta fica com a superfície lisa); • Diminuição da motilidade dos espermatozóides devido a mudança das características do líquido seminal (redução do teor de frutose). • Redução do volume total do sêmen e presença de pus; • Sintomas: . Redução de fertilidade; dor abdominal, redução da libido; peritonite secundária (rara). • -- Tratamento: Antibioticoterapia parenteral, de acordo com a sensibilidade do agente (ou amplo espectro) por no mínimo 30 dias, e massagens diárias na glândula, para facilitar a saída do conteúdo. Vesiculite • Definição: Caracteriza-se por um aumento de volume desta glândula que pode ocorrer na forma de nódulos e/ou cistos. • Ocorrência: Afeta principalmente cães. Animais não castrados com idade superior a seis anos, em mais de 50% dos casos apresentam algum grau de hiperplasia prostática. Hiperplasia Benigna de Próstata • Etiologia: – Não está bem definida. – Segundo a literatura, em animais mais idosos, a próstata se torna mais sensível á testosterona, o que leva a hiperplasia. Hiperplasia Benigna Prostática • Achados: – Aumento de volume da glândula; – secreção sanguinolenta pela uretra peniana, hematúria, – Retenção de urina na bexiga devido a compressão da uretra; – Prostatite secundária; – Corrimento prepucial: Purulento, quando associado a prostatite, ou cinza-aquoso, quando ocorre formação de cistos. Hiperplasia Benigna de Próstata • Sintomas: – Disúria (dificuldade de micção) devido compressão da uretra; – Tenesmo (compressão do reto); – Dor abdominal; – Prostração e morte geralmente por uremia. – Febre (prostatite) • Diagnóstico: • Histórico (idade e não castrado); – Sintomatologia; – Palpação via retal ou abdominal; – Endoscopia. • Tratamento: – Orquiectomia bilateral; – Prostatectomia (difícil acesso); – Associação com antibióticos via parenteral, se prostatite secundária. Hiperplasia Benigna Prostática Alterações dos cordões espermáticos Cordão espermático • Aplasia segmentar do ducto deferente: pode ocorrer isoladamente ou associada a aplasia de epidídimo e ductos mesonéfricos. • Varicocele: dilatação das veias do plexo pampiniforme, cuja causa não é conhecida. Pode predispor a degeneração testicular. • Torção: cães, suínos, touros e ocasionalmente em eqüinos. Congênita. • Funiculite: inflamação do cordão espermático(seqüela de castração), suínos. Em eqüinos decorrência de migração de larvas de Strongyllus sp. Patologias do pênis • FIMOSE. • - Definição: Anomalia caracterizada por estenose do óstio prepucial. Pode ser congênita ou adquirida. • - Ocorrência: A condição congênita afeta principalmente gatos, cães, garanhões e touros, nesta ordem. • Etiologia: Cães hereditário, sendo mais comum em certas raças como boxer e buldog, em outras espécies é desconhecida. • - Achados: Diminuição do óstio prepucial; Balanopostite devido retenção de urina; • - Sintomas: Dificuldade ou impossibilidade de exposição do pênis; Desconforto (dor); Perda gradual da libido. • - Prognóstico: Cães - desfavorável. Outras espécies – reservado • Tratamento: Incisão cirúrgica de forma a remover um fragmento em forma de triângulo da extremidade do prepúcio. • Controle: Evitar colocar animais afetados na reprodução. • Parafimose • Dificuldade de retração do pênis, principalmente devido a lesões do músculo retrator do pênis, estenose. • Tratamento: limpeza de lesões no pênis, compressas de água fria, aumento do diâmetro do óstio prepucial. Hematoma peniano • Geralmente devido a ruptura da túnica albugínea, por traumas no momento da cópula, • Freqüentemente o hematoma ocorre no dorso do pênis, a identificação da patologia é dada pela inspeção e palpação. • Tratamento: o tempo de recuperação está diretamente envolvido com a evolução do quadro, hidroterapia (ducha), punção se necessário, antiinflamatórios, antibióticoterapia Frênulo persistente do pênis • Após separação do pênis e prepúcio durante a puberdade, uma porção do frênulo persiste. • Pode acometer bovinos, mas é mais comum em cães Poddle miniatura e Cocker Spaniel. ( gen recessivo). Patologias do pênis XXV SEMEV Patologias do pênis Laceração prepucial • Lesões traumáticas no prepúcio, dependendo da extensão e tempo de evolução • TRATAMENTO: sutura com plastia local almejando evitar alterações no óstio prepucial, • tratamento tópico (limpeza, agentes desinfetantes, ducha e repelentes), cicatrização por segunda intenção. Patologias do pênis Fístula Uretral: • Traumas na porção do pênis=> hemospermia • Diagnóstico: Exame de sêmen e Endoscopia. • Tratamento: Cauterização, Cirurgia e Tratamento com antibióticos e sulfas. Patologias do pênis • BALANOPOSTITE. - Definição: Inflamação do pênis e prepúcio que na maioria das vezes ocorre por causas sépticas. • A inflamação somente do pênis é denominada de Balanite e somente do prepúcio de Acrobustite. Devido a proximidade e constituição, geralmente os dois órgãos estão afetados. • Ocorrência: Ocorre em todas as espécies domésticas, porém é mais freqüente no touro, cão e garanhão. • Os principais fatores predisponentes são: – Animais com prepúcio penduloso (bovinos); – traumas; – tumores e – idade avançada (devido a queda normal de resistência). FIG. 5. Prepúcio Patologias do pênis FIBROPAPILOMA. • Definição: Tem o aspecto de crescimentos com formato de "couve flor", geralmente múltiplos, firmes e queratinizados, localizados na porção livre do pênis e as vezes no prepúcio. • Ocorrência: Afeta principalmente bovinos e suínos. • Fibropapilomas – Acomete mais animais com baixa resistência. Etiologia: É causado por um vírus da família Papovaviridae, que causa um crescimento de natureza sub-epitelial (recoberto pelo epitélio) • Achados: – Crescimentos queratinizados na porção livre do pênis e prepúcio. – Corrimento prepucial sanguinolento ou purulento. – aderência entre pênis e prepúcio; • Sintomas: – Aumento de volume local; – Dificuldade de exposição do pênis; – Perda gradual da libido. • Diagnóstico: – Exame clinico especial do genital; – Exposição manual do pênis; – Biópsia • Prognóstico: – Depende da extensão das lesões. • Tratamento: – Vacina autógena; – Remoção cirúrgica; – Autohemoterapia (não explicado); – Cauterização com formol a 10%. • Controle: – Separação dos animais afetados.
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