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Mudanças hormonais no período da fecundação e sinais presuntivos de uma gestação - O organismo feminino sofre mudanças funcionais e anatômicas durante a gravidez, a fim de adaptar-se à presença do feto em desenvolvimento; O PAPEL DOS HORMÔNIOS A gonadotrofina coriônica pode ser detectada na urina e no sangue de 7 a 8 dias antes da menstruação esperada. Secretado desde o início da gestação com a função de manter o corpo lúteo gravídico e a constância de estrógeno e progesterona; Estrógeno: aumenta a musculatura uterina (hipertrofia e hiperplasia das fibras musculares e aumento da atividade contrátil), aumenta a irrigação vascular para o útero, dilatação do órgãos sexuais externos e orifício vaginal, relaxamento dos ligamentos pélvicos, crescimento das mamas (proliferação de ductos alveolares); Progesterona: Fornece nutrientes que ficam armazenados no endométrio para o feto, inibe contrações uterinas e atua no crescimento das mamas, com proliferação de lóbulos e alvéolos. Efeito relaxante sobre a musculatura lisa uterina, vesícula biliar, urinária e digestiva. Somatotropina coriônica humana (HCS): inicia produção por volta da 5ª semana, diminui a utilização de glicose pela mãe, tornando-a mais disponível ao feto. Efeito lipolítico, promove glicogenólise no fígado materno e leva ao aumento da glicemia. Relaxina: aparentemente relacionada com o amolecimento da cérvix do trato reprodutor inferior e inibição das contrações uterinas. Surge no soro junto com o hCG · PRESUNÇÃO Alterações do organismo materno que podem ser notados pelas próprias mulheres. Durante a anamnese os principais sintomas a serem observados serão a amenorreia, sintomas neurovegetativos e movimentação fetal. A implantação ovular pode causar sangramento, o sinal placentário. · SINAIS DE PROBABILIDADE · SINAIS DE CERTEZA Manifestações neurovegetativas (presuntivas) Digestivas: náuseas e vômitos matinais, ptialismo, sialorreia, flatulência. Sensoriais: aversão a odores Cardiovascular: dispneia, palpitações, lipotimia Urinárias: nictúria, polaciúria Neurológicas: sonolência e fragilidade emocional Mamárias: aumento e hipersensibilidade da mama Outros sinais Aumento do abdome, fadiga, movimentação no abdome, amenorreia Sinais de probabilidade Amolecimento da cérvice uterina com posterior aumento do volume Paredes vaginais e colo mais vascularizados *podem ser falso-positivos, por isso a importância de associar a outros sinais. Sinais de gravidez Os sinais de certeza envolvem tecnologias. Ausculta cardíaca e USG - Há também sinais extragenitais, como o sinal de Halban, o qual, devido à ação hormonal gera a formação de lanugem e pelos na face; e a tumefação gengival, pode ocorrer sangramento, hiperemia e dor gengival. - Observa-se também hiperpigmentação, em região do rosto (cloasma gravídico), linha nigra no centro do abdome e aréola secundária ou sinal de Hunter; - Aumento da vascularização na região genital (sinais de probabilidade) mucosa vestibular arroxeada e coloração arroxeada na mucosa vaginal, sinal de Jacqueimer-Kluge - Temperatura basal: sinal clínico de suspeita, observa-se elevação persistente por mais de 16d. Êmese e hiperêmese gravidíca - O quadro de náuseas e vômitos da grávida (NVG) tem sua prevalência em 85% dos casos; - O período de incidência é entre 5 a 9 semanas, em 90% das gestações, reduzindo progressivamente, tornando-se ocasional a partir de 20 semanas; - Apenas 10% das gestações têm necessidade de tratamento farmacológico diante do quadro de NVG. Os quadros mais graves, denominados hiperêmese gravídica, respondem por 1,1%. - Mulheres com histórico de NVG em gestação anterior, obesas, com irmãs u filhas que apresentaram NVG e nulíparas jovens apresentam maior risco de desenvolver NVG e suas formas graves. ETIOLOGIA: - Base etiológica multifatorial. Possíveis teorias: - TEORIA ENDÓCRINA: aumento da gonadotrofina coriônica, estrógeno e progesterona. O aumento de hCG tem relação temporal com a concentração máxima e pico de ocorrência das NVG, em média entre a 7ª e a 10ª semana. Não necessariamente explica, pq nem todas gestante apresentam o quadro emético. progesterona e estrogênio reduzem a musculatura lisa e a atividade peristáltica de todo o TGI, a distensão intestinal ativa alguns mecanismos biomoleculares envolvidos nos quadros eméticos. Aumento dos hormônios tireoidianos e da leptina com os quadros de NVG. No entanto, sem comprovação. - TEORIA DA INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI: associação positiva com a infecção, a carga bacterina e a intensidade dos sintomas. No entanto há porcentagem de gestantes portadoras da infecção que não apresentam NVG. O H. pilory não explica isoladamente. - TEORIA GENÉTICA: O risco de uma gestante desenvolver NVG é 3x maior se sua mãe também apresentou esta complicação, no entanto não há identificação dos genes responsáveis. - TEORIA PSICOGÊNICA: situações de estresse (gravidez não programa ou não desejada, imaturidade emocional, temores, situações de violência, insegurança) potencializando sinergicamente o aparecimento e manutenção do processo emético em gestante predispostas. Diagnóstico de gravidez - O diagnóstico clínico recorremos à anamnese e ao exame físico (inspeção, palpação, toque vaginal, ausculta e temperatura basal); - Nas glândulas mamárias, além da sensibilidade dolorosa,há surgimento dos tubérculos de Montgomery (ácinos glandulares sebáceos, denominados tubérculos, aumentam de tamanho) ao redor da aréola; - O útero, no estado pré-gravídico, não é palpável, pois está localizado em intrapelve. A partir de 12 semanas é palpável em borda superior da sínfise púbica; O diagnóstico laboratorial - Testes imunológicos, sensíveis e rápidos, a partir da urina: prova da inibição da hemoaglutinação (hemácias com hCG não aglutinam) e prova de hemoaglutinação invertida (com a presença da hCG ocorre aglutinação das hemácias). A partir de 10 a 12 semanas é possível realizar ausculta cardíaca com o sonar, o uso de estetoscópio Pinard após 20 semanas; Ultrassonografia (USG), entre 4 a 5 semanas o saco gestacional e os batimentos cardíacos podem ser observados na usg transvaginal. IDADE GESTACIONAL - Pode ser calculada com a data da última menstruação, aumento do volume uterino e uso da ultrassonografia, além da detecção de batimentos cardíacos e percepção dos movimentos fetais. DUM: REGRA DE NAEGELE - Adiciona-se 7 dias ao primeiro dia da última menstruação e 9 meses; em casos de meses que a soma ultrapassa os 12 meses, pode-se subtrair 3 meses. - Aumento do volume uterino: palpável a nível de SP a partir da 12ª semana. - USG: entre 12 e 20 semanas. - Ausculta: a partir da 12ª semana - Movimentos fetais: a partir da 18ª semana
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