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1 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S 2 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S 3 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino Revisão Ortográfica: Mariana Moreira de Carvalho PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S 6 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Raquel Henrique 7 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Ao colocar as concepções de linguagem, alfabetização, leitu- ra e escrita, aprendizagem e desenvolvimento, o estudo busca resga- tar o sentido de "escrita letrada" (aprender as letras e regras de escrita e, ao mesmo tempo, habilidades comunicativas) na Educação Infantil, defendendo a aprendizagem da linguagem escrita como um processo contínuo, ativo, dinâmico e complexo. A relação entre os sujeitos do ensino da língua escrita e a educação de crianças pequenas, no Bra- sil, tem sido feita ao longo dos anos, de forma perturbada: uma hora é entendida como uma meta, outra hora como uma área de estimulação simples. A história da Educação Infantil revela que a afinidade entre a função conferida à educação, na primeira infância, e o ensino da es- crita precisam ser entendidos como um fato social, sujeito às transfor- mações da história e sociedade. Portanto, o tratamento de um sujeito é inesgotável. Assim, embora o tema da alfabetização na educação infantil não seja novo, ainda é um assunto necessário. Alfabetização. Letramento. Habilidades. 9 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 OS FUNDAMENTOS DA PRÁTICA DE ENSINO DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO PARA AS CRIANÇAS Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 35 21 Meio Ambiente, Escola, Professor e Aluno em uma Estratégia Po- lítica ___________________________________________________________ Inclusão: Entre ser e dever ser __________________________________ Alfabetização e Estratégias Didáticas na Educação Pré-Escolar ___ CAPÍTULO 02 A POLÍTICA DE INCLUSÃO NA ESCOLA E SUA REPERCUSSÃO NO ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA A Inclusão Educativa ___________________________________________ 31 27Recapitulando ________________________________________________ 23Níveis de Conhecimento no Letramento ________________________ Recapitulando _________________________________________________ 42 CAPÍTULO 03 O PAPEL SOCIAL DA LEITURA E DA ESCRITA A Leitura como uma Prática Sociocultural e uma Ferramenta para Alcançar a Equidade Social por Meio do Ensino ___________ 46 Abordagens no Letramento ____________________________________ 25 10 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Importância da Leitura na Sociedade Atual ______________________ 50 Recapitulando __________________________________________________ 58 Considerações Finais ____________________________________________ 63 Fechando a Unidade ____________________________________________ 64 Referências _____________________________________________________ 67 11 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S A relação entre o ambiente, a escola, o professor e o aluno, sinérgica ou em contraste, interessa à teoria da educação; mas rara- mente as reflexões teóricas sobre essa relação foram aplicadas à inicia- ção na alfabetização. Por outro lado, alguns pesquisadoresque lidam com a alfabetização inicial muitas vezes se referem a esses tópicos por meio de prescrições que partem de pontos de vista cognitivos ou linguísticos fora do contexto da teoria da educação. Essa alternativa justifica a análise por meio de uma abordagem integrativa, a partir da perspectiva da pedagogia, com suas conexões filosóficas e científicas, entendendo a didática na complexidade de sua perspectiva atual. Afluente psicológico deste último, a reavaliação da teoria sócio-histórico-cultural fundada por Vygotsky, por suas origens filosóficas estéticas, semióticas e, em particular, sua teoria e prática pe- dagógica-hipóteses parecem fornecer respostas adequadas aos proble- mas colocados pela relação entre os termos enunciados. Também, nesta teoria estão fundamentos cognitivos coerentes para interpretar o acesso da criança ao uso significativo da linguagem escrita. O objetivo do ambiente letrado é promover uma atitude posi- tiva em relação à linguagem escrita e incentivar a aprendizagem da leitura e da escrita. Para alcançar este objetivo é muito importante ter uma variedade de estratégias para elaborar um ambiente letrado, para isso é necessário citar algumas: texturizar a sala de aula, ou seja, ler o ambiente com textos diferentes, como flipcharts, arquivos, pictogramas, espaços ou cantos com diferentes áreas, entre outros. As áreas devem estar dotadas de material que permita a interação das crianças com os colegas, o professor e os mesmos elementos que os compõem para favorecer a construção do conhecimento. Numerosos estudos confirmam a conveniência de introduzir ha- bilidades precoces, como a identificação de letras e palavras, a fim de melhor preparar as crianças para a aprendizagem de leitura. Modelos que integram aspectos como consciência fonológica e reconhecimento carta por meio da leitura e livros, discutindo pode otimizar a alfabetização em crianças e ajudá-las a decodificar e compreender. Como muitos estudio- sos estavam descobrindo como as crianças formulavam hipóteses sobre a aprendizagem da alfabetização, eles concluíram que ambos usam es- tratégias diferentes para leitura e escrita: semânticas (rótulos de produtos de leitura-chave ou rótulos de elementos do meio), testes de hipóteses, manipulação e exploração espontânea da linguagem. Além disso, neste processo, a experiência anterior de cada um com as letras intervém. A esse respeito, as crianças pré-escolares estão muito fami- liarizadas com as letras das ruas, os sinais comerciais, os rótulos dos 12 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S produtos, entre outros. Além disso, o desenvolvimento da alfabetização como um processo natural começa antes da educação formal, especial- mente quando a criança entende que palavras escritas comunicam uma mensagem que substitui os símbolos auditivos usados para identificar objetos, ações ou várias situações. Desse modo, esta condição permi- te-lhes, no seu processo de aprendizagem ativa, construir conhecimen- tos sobre literacia, apropriando-se dos significados da linguagem que o seu ambiente proporciona. 13 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S MEIO AMBIENTE, ESCOLA, PROFESSOR E ALUNO EM UMA ES- TRATÉGIA POLÍTICA A fim de definir uma estratégia política para a alfabetização ini- cial, é importante levar em conta as características diferenciais da edu- cação funcional, informal ou difusa, da educação formal e não formal. Educação funcional e educação formal: sabe-se que a educa- ção funcional ou informal é não sistemática, não intencional, desorga- nizada, ametródica, associada à aprendizagem por imersão. A educa- ção formal é caracterizada de maneira oposta, pois, é intencionalmente voltada para fins, organizada em um sistema que tem a escola como unidade, tem conteúdo programático de acordo com os fins, opta por diferentes critérios na relação educacional. A educação não formal inclui OS FUNDAMENTOS DA PRÁTICA DE ENSINO DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO PARA AS CRIANÇAS P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S 13 14 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S instituições escolares não integradas no sistema e, segundo autores de prestígio, adquire maior importância no segundo e terceiro níveis. Em relação ao primeiro nível, a educação funcional e a educa- ção formal sempre coexistiram, pelo menos desde a criação das primei- ras escolas precárias e seletivas, quando o homem gerou os primeiros sinais e os utilizou em suas transações em tempos muito remotos. A educação formal no século XIX: a educação funcional foi do- minante até que, no final do século XVIII, a educação formal foi cria- da mediante a institucionalização da escola pública como um órgão de educação popular, exigido pela revolução industrial e sob pressão do Terceiro Estado nessa Revolução. Seu primeiro objetivo era ampliar a alfabetização e, por sua ori- gem histórica, seu fim nem sempre explícito e nunca cumprido era pro- mover a igualdade social. Propôs-se conceder conhecimento e, atento ao progresso das ciências, incluiu temas científicos nos currículos para fins informativos e educativos. Em termos de métodos, o empirismo, em oposição ao escolasticismo, penetrou nas escolas, onde o profes- sor ainda era onipotente, quando a peculiaridade psicológica da criança ainda era desconhecida. A escola pública, que foi a expressão de um dos eventos mais revolucionários na história da educação, não foi, no entanto, sensível aos problemas do ambiente social e, embora tenha desempenhado um papel transcendente na evolução da cultura e, em particular, no proces- so de independência dos países latino-americanos, registrou fracassos que mais tarde foram atribuídos à sua indiferença às diferenças. O século XX contra a educação formal: a educação formal, do- minante durante o século XIX, foi travada ao longo do século XX a partir de diferentes posições. Nas primeiras décadas, foi combatida a partir do movimento da "escola ativa" ou "nova escola", cujo "não-diretivismo" foi analisado com abordagens diversas e bem conhecidas. A configuração da psicologia e suas direções evolutivas - herdeiras do "naturalismo rousseau- niano" - que fortaleceu o pagocentrismo, enfatizando a espontaneidade da aprendizagem infantil, foi recente. A endereços europeus, dunks contra o qual eles chamaram de "tradicional pedagogia" direção filosófica de Dewey nos Estados Unidos, exaltando a importância da educação funcional ou informal, penetrando-a na escola adicionado intramural. É verdade que desde a Renascença o ideal de abrir as portas para a vida foi acariciado. Mas neste caso, as diferenças entre a educação informal e a formal desaparecem, para apagar os atributos da segunda, por não co- nhecer as diferenças entre fins e meios e anular o conteúdo com a sua proposta experiencial e instrumental. A atitude antiprogramática deste movimento foi denunciada algum tempo depois, por um manifesto de 15 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S conhecidos educadores americanos. A doutrina do deste movimento, altamente elogiada e contro- versa, permanece conceituado endereço de instrução inicial, quer no autoconstructivismo "como de desenvolvimento de um plano endógeno" ou a revalidação da educação funcional, que enfatiza a aprendizagem por imersão no ambiente. Essas orientações são complementarese re- duzem a ação do professor, contrapondo sua interferência na aprendi- zagem espontânea da criança. Os ataques contra a educação formal foram exacerbados em meados do século XX, a partir das teorias da reprodução, da sociologia e da desescolarização e contra-educação geradas na pedagogia. Reco- nhecendo suas críticas, outros sociólogos as tornam responsáveis pela "lenda negra", tão discutível quanto a lenda rosa da "escola tradicional". "Lenda negra" fala sobre o professor cuja "imagem" parece seguir o movimento oscilante da prevalência de educação funcional e formal. Assim, ele era escravo e servo na antiguidade e na Idade Média; soberano ou missionário no herbartismo e racionalismo do século XIX; es- quecido, culpado no paidocentrismo; opressor, tirano, genocídio; finalmen- te escravo novamente nas teorias do reprodutivismo e desescolarização. A educação formal é criticada como herdeira da heterogenei- dade social, da rigidez curricular, do autoritarismo do professor, mas seus ideais igualitários não são resgatados, embora não cumpridos; sua função de alfabetização, embora frustrada; sua preocupação pelo con- teúdo, embora obsoleto. Deste modo, o ambiente escolar na América Latina a partir dos anos 70 e 80, a Pedagogia Crítica e produtos da didática crítica resultou da reflexão pedagógica do reducionismo sucessivo, especialmente sob o desafio factual do fracasso escolar. A função educativa do meio ambiente merece ser objetada da mesma forma que a educação formal é objetada. O ambiente, pelo menos na América Latina, não satisfaz as grandes maiorias, nem as necessidades básicas nem o conhecimento social prévio ou paralelo que facilita o sucesso escolar; fatores como desnutrição, desintegração familiar, habitat miserável, marginalidade, violência, analfabetismo, va- riantes dialetais e competição da mídia eletrônica que se sobrepõem as culturas oral e gráfica, afetam seriamente a ação da escola. Se em qualquer caso, é duvidoso que atinge o domínio da escrita apenas pelo ambiente, à sua adversidade na escola de idiomas da América Latina é o único recurso para os setores socialmente marginalizados. Suas deficiências devem preocupar seriamente educadores e formuladores de políticas. Mas não para distorcer o educação formal, mas recuperar e atua- lizar os propósitos que estavam em sua origem e superá-los. 16 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S A estratégia política que prioriza a escola se baseia em um para- digma educacional holístico, que agrega valor ao ensino como um evento complexo, em que as condições de aprendizagem envolvidas e ensino em suas múltiplas transações, fatores internos e externos da escola e os fatores de mudança produzidos por ela. Numerosas publicações mostram a importância agora adquirida pela atualização das teses de Vygotsky. Suas análises filogenéticas, ontogenéticas, microgenéticas e históricas servem como uma estrutura para investigar o desenvolvimento cognitivo em relação à educação formal. Inúmeras investigações estão em anda- mento a partir do conceito da Zona de Desenvolvimento Proximal. Os resultados da aplicação de seus princípios na prática esco- lar são relatados. No presente caso, alguns dos tópicos da psicologia sócio-histórico-cultural fundada por Vygotsky serão levados às relações analisadas. O ambiente, geralmente tratado em termos ambíguos, é considerado com precisão em termos de relações sociais entre pesso- as, particularmente a criança com o adulto e com seus pares. Ao contrário dos processos elementares da vida psíquica, que têm uma origem biológica, os aspectos humanos que se manifestam em processos psicológicos superiores não são regidos por leis biológi- cas, não são inatas, a priori, não são construções internas do indivíduo sozinho, eles não são adquiridos por imersão. Eles respondem à lei da internalização, segundo a qual uma operação interpsíquica externa se torna intrapsíquica. O ambiente social começa a intervir ativamente desde que a criança nasce e é por isso que a infância é o centro da pré- -história de processos e conhecimentos psíquicos superiores. A escola e a origem do conhecimento científico: a aprendiza- gem espontânea ou cotidiana e a aprendizagem científica originam-se da relação da criança com o adulto, mas em diferentes contextos: em casa, o primeiro (ou em seu microambiente) e o outros na escola. Nas experiências cotidianas, o pensamento é imediato, como um conglome- rado, que pode ser expresso em palavras, mas não definido. O pensa- mento eminentemente analítico, científico, começa com as primeiras re- flexões sobre o simbolismo que, sendo adquirido na escola, define sua especificidade, embora reconhecendo a sua necessária relação com o meio ambiente natural e conhecimento socialmente adquirido. A mediação do signo e a especificidade da escola: Conside- ra-se que a mediação do signo é a contribuição mais significativa de Vigotsky, que o aprova para o papel desempenhado pelos instrumentos na hominização do homem. Mas sua característica diferencial é que ela é orientada para o interior do sujeito, que quando incorporado, pode re- alizar operações indiretas e complexas, transferíveis para outras apren- dizagens. Também a mediação dos signos confirma a especificidade da 17 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S escola, porque é nela que você aprende de maneira consciente. Escola e o Desenvolvimento de Processos Psíquicos Superiores Ao contrário das teorias de maturação e desenvolvimento em forma pura - que coloca a educação na esteira do desenvolvimento -, nessa teoria a instrução antecipa o desenvolvimento e o promove. As teorias acima mencionadas deram origem a restrições no ensino, ou à substituição de conteúdos por exercícios destinados a desenvolver ope- rações mentais. O conteúdo da instrução, seu conhecimento reflexivo e o controle voluntário dele desenvolvem os processos psíquicos supe- riores. É por isso que a escola é o lugar privilegiado para sua aquisição A Zona de Desenvolvimento Proximal O professor e a consciência do aluno e o controle interno. Dada a complexidade do relacionamento acima mencionado, Vygotsky cria o conceito da Zona de Desenvolvimento Potencial (ZPD). O nível evolu- tivo determinado pelos testes ou outros testes realizados, sem ajuda, é expresso como o Nível de Desenvolvimento Real (NDR), que é o resulta- do de ciclos já concluídos. Mas o próprio Vygotsky verifica experimental- mente que, quando se pede a crianças, similarmente avaliadas no NDR, que resolvam um problema mais difícil, elas podem alcançá-los se lhes for oferecido algum tipo de ajuda e, em geral, alcançá-los em diferentes níveis de demanda. Isso determina um segundo nível, o Zona de Desen- volvimento Proximal (ZDP), que ao prever uma taxa de desenvolvimento individual para cada caso, é mais importante do que o NDR. O NDP des- cobre as funções embrionárias e maturacionais "como os raios X". Ao contrário da ZDP, que é retrospectivo, a NDR é prospectiva, é direcionada para o futuro. Finalmente, a ZDP é definida pela diferença en- tre o NDR e o NDP. A experiência de Bruner, Ross e Wood Bruner mostra como a mãe ou adulto construi o "andaime" ou "apoio" de aprendizagem da criança para regular suas atividades de forma gradual, de acordo com sua capacidade de realizar, até o fim internalizá-los como procedimentos conscientes e auto-regulados, o que você faz sem ajuda. Bruner demons- tra as implicações para a conscientização que estão no coração da ZDP. Assim, Vigotsky elencada que processo escolar é um aspecto universal e necessário do processo cultural organizado e especialmente humana. O professor envolvido ativamente como um construtor de an- daimes, que proporciona aosalunos a construção de sua consciência e 18 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S seu controle interno. A teoria sócio-histórico-cultural e o acesso à escrita como significante, numa combinação de ações de fala como práxis. Vygotsky aponta que sistema de mediação de sinais na comu- nicação humana, particularmente enfatizando o discurso e examinando seu impacto sobre a função interpsíquica e intrapsíquica, destaca as formas de discurso identificados em cada situação particular. Ele consi- dera que na terminologia atual seus escritos podem ser expressos em termos de análise de discurso ou pragmática e encontra conexões e compatibilidades com seu contemporâneo Baktin. Na experiência relatada, as variantes de linguagem que apare- cem em crianças de diferentes culturas são levadas em conta, assim como as diferenças entre "discurso institucional" e "discurso extracurricular" (Cole 1990). Por isso, propõe-se criar na escola, situações reais de comunica- ção, que maximizem a expressão livre, espontânea e interativa dos alunos. A Consciência Linguística Em sua pesquisa dedicada a demonstrar as diferenças entre o aprendizado espontâneo e o científico, Vygotsky incluiu suas já famosas diferenças entre a idade linguística falada e a era lingüística escrita. No entanto, embora essas diferenças sejam válidas, o próprio Vygotsky, seus discípulos e outros pesquisadores mostraram que elas não são tão absolutas, tanto na evolução da linguagem falada, quanto no acesso à linguagem escrita. Logo após iniciar sua comunicação oral, a criança torna seu ob- jeto de conhecimento na "consciência linguística". Pesquisas sobre esse tema também mostram que muitas crianças experimentam dificuldades de chegar espontaneamente à "consciência lexical e fonológica". É por isso que o conhecimento gramatical que as crianças trazem para a escola é apoiado, enfatizando à consciência sintática, lexical e fonológica. Os jogos que ajudam a desenvolver audição fonêmica e descobrir os princípios básicos da estrutura, som da palavra, são propostos, consi- derando que são antecipações facilitadoras da construção do modelo de escrita e gráfica da palavra anterior. O acesso à linguagem escrita difere do acesso à linguagem oral, por motivos motivacionais e conceituais. A Necessidade de Escrever A origem do discurso da criança responde à necessidade de perguntar e responder. A origem da linguagem escrita, no entanto, não 19 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S obedece a necessidades semelhantes. Uma vez que falta a presença do interlocutor, diz Vigotsky, a criança "não sente necessidade (de es- crever) e tem uma vaga ideia de sua utilidade". Por isso é necessário criar situações e atividades que despertam nas crianças a necessidade de escrever e que os motiva a ler, por isso "que a escrita é algo que a criança precisa, que permite que você experimentar em suas múltiplas finalidades." Especialmente, obviamente, quando se trata de crianças em cujas casas não há leitura e, acima de tudo, raramente é escrita. Acesso à Redação Significativa Vygotsky foi provavelmente o primeiro a reconhecer que a criança aborda a escrita como um fato natural e não imposto de fora, mas o acesso ao significado requer atividade consciente. A linguagem oral em sua origem é espontânea, diz ele, assim que a criança não está ciente das operações que realiza ou dos sons que pronuncia quan- do começa a falar. Na linguagem escrita, sem a presença do interlocu- tor, somos obrigados a criar a situação, representá-la. Requer trabalho consciente por causa das diferenças estruturais que existem entre a linguagem oral, a linguagem internalizada e a linguagem escrita. Orientações mais precisas derivam da interpretação ontogené- tica da mediação do signo "como um longo processo de desenvolvimen- to" até que a criança atribua uma função simbólica "ao complexo siste- ma de signos da escrita". Ele considerou que somente se entendermos a história da evolução dos signos poderemos ter acesso a uma solução correta da psicologia da escrita. Experimentalmente Vigotsky mostra que o jogo e o desenho são precursores da linguagem escrita, porque em todos os mesmos simbolismos começam no primeiro fim e a segunda ordem retorna para a primeira ordem a um nível superior. O conceito de simbolismo de pri- meira ordem refere-se ao sistema de signos que representam direta- mente o significado das coisas ou seus relacionamentos. O simbolismo de segunda ordem representa indiretamente as coisas ou suas relações com a mediação de um símbolo intermediário. As primeiras marcas ou sinais de caráter mnemônico adquirem significado como símbolos de primeira ordem, que designam diretamen- te objetos ou ações. Mas a criança alcança um simbolismo de segunda ordem, quando cria símbolos escritos para representar a língua falada. Finalmente, dispensa a mediação da fala e chega à forma superior de simbolismo quando, pela da linguagem escrita, percebe o significado da mesma maneira que pela linguagem falada. 20 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S A compreensão da linguagem escrita é feita então, em primeiro lugar, por meio da linguagem falada, mas gradualmente esse caminho é abreviado até que a língua falada acaba desaparecendo como um símbolo intermediário. Nesse momento, a criança acessa a produção escrita na dimensão discursiva da linguagem. Ela é capaz de produzir uma mensagem que é compreensível para o receptor, sua escrita tem capacidade de leitura e ela mesmo lê a escrita dos outros. Segundo Luria (1979), é o ponto culminante da pré-história da linguagem escrita. A partir desse momento uma nova etapa ou "zona" que deverá conduzir ao domínio da linguagem escrita como "a mais alta forma de linguagem" com a precisão de sua sintaxe e regularidade e, a arbi- trariedade começa da sua ortografia. Somente ao adquirir as fundações desse domínio pode-se considerar que a criança é alfabetizada, talvez no final do primeiro ciclo, esperançosamente ao terminar a escola básica. Vigostky (1978) expressa grande preocupação com o ensino da leitura e da escrita inicial. Aliás, ele diz: "É necessário que as letras se tornem elementos da vida das crianças, assim como a linguagem é. Da mesma forma que as crianças aprendem a falar, devem aprender a ler e a escrever. Seguindo a filosofia de Dewey, as crianças crescem em sociedades letradas e a escola estende essa imersão. Ele argumenta que a escola pode ser um ambiente letrado mais rico do que o mundo fora da escola e não há diferença entre aprender fora e dentro dela. Com efeito, a criança deve ter em sua sala de aula uma biblioteca e materiais de leitura diferentes, ela deve manipular livros, jornais, folhetos, guias, avisos. Mas tudo isso, se necessário, não é suficiente. A necessida- de do trabalho consciente da criança produz o repensar pedagógico (cons- ciência, compreensão e ensino) de Vigostky, que diferencia o ensino dos aspectos motores daquilo que leva à "compreensão interna" da escrita. Vigostky sustenta, lamentando, que as crianças foram ensina- das a traçar letras e formar palavras, mas elas não aprenderam a língua escrita. Tanta ênfase foi colocada na mecânica da escrita que a lingua- gem escrita foi esquecida como tal. Apesar da existência de numerosos métodos para ensinar leitura e escrita, a pedagogia prática ainda tem que realizar procedimentos científicos e mais eficazes para ensinar às crianças a linguagem escrita. No entanto, oportuna refere-se às "opera- ções apropriadas dos métodos naturais". A maior contribuição de Vygotsky para os "procedimentoscientí- ficos" deriva de sua concepção de linguagem como uma função simbólica de origem social. Nas suas conclusões práticas, ele diz que "levar a criança a um entendimento interno da linguagem escrita deve ser provido, e que se trata de um desenvolvimento organizado". O "desenho e o jogo devem ser preparatórios", mas o "segredo do ensino é a preparação e organização 21 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S adequadas do complexo processo de transição de um simbolismo para outro, seguindo esse processo por meio de seus momentos mais críticos". Ele está particularmente preocupado com o uso de sinais es- critos para expressar símbolos falados da linguagem oral. "A criança tem que passar do desenho de objetos para o desenho da língua, e é difícil especificar como essa mudança é feita, porque a investigação apropriada ainda precisa levar a conclusões definitivas" Essas inves- tigações que Vygotsky propôs nos anos 30 só são produtivas quando são realizadas em sala de aula. A experiência que será apresentada imediatamente tenta se orientar nessa direção. Em combinação com as atividades linguísticas, motivacionais e cognitivas descritas acima, os professores envolvidos em nossa pes- quisa e desenvolvimento de uma iniciativa prolífica, tanto situações oca- sionais ou previstas, ou com o conteúdo curriculares, relaciona o que a criança pensa sobre o curso, sua experiência com sua linguagem falada que a expressa e vincula essa linguagem oral à sua escrita, que no iní- cio o professor ou um colega de classe mais avançado executa: é assim que a criança começa a experimentar que a escrita é linguagem e que a linguagem falada pode ser expressa por sinais. O "trabalho consciente" da criança permite que ela use suas pri- meiras experiências metalinguísticas para relacionar a linguagem falada à linguagem escrita, enquanto tenta produzir significado como o "princípio regulador do comportamento humano". De fato, o papel desempenhado pelo professor na concepção essencial da ZDP é colocado em prática. ALFABETIZAÇÃO E ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR A qualidade das experiências de alfabetização precoce está significativamente relacionada ao desempenho acadêmico subsequen- te dos estudantes. Essas experiências se manifestam de várias manei- ras, como interações entre estudantes e educadores, o ambiente rico em impressão e maneiras de introduzir as crianças na leitura e escrita. Entre os aspectos que afetam positivamente a qualidade de al- fabetização precoce em relação às experiências de linguagem oral, que foi expressa na presença de um diálogo ou troca verbal que colocam desafios tanto cognitivos e linguísticos, bem como a leitura dialógica e trabalho, o vocabulário se destaca. Já quando a fala de educadores é gerada na sala de aula, surgem de questões abertas que estimulam o diálogo e ideias e o espectro verbal e cognitivo das crianças é estendi- do. Ajudá-los a se expressar com novas palavras facilita a aquisição de 22 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S conceitos e enriquece o léxico e a estrutura sintática das crianças. Pelo contrário, um ambiente linguístico que não é propício para uma conversa mais elaborada impede adquirir maiores lexicais, ideias e conceitos associados com palavras específicas ou fazer conexões entre conhecimento prévio e que são internalização como estudos. Numero- sos confirmam a adequação de introduzir algumas habilidades, como a identificação de letras e palavras, a fim de preparar melhor as crianças para a aprendizagem da leitura. Os modelos que integram aspectos, como consciência psicológica e reconhecimento de letras por meio da leitura e discussão de livros, podem otimizar a alfabetização em crian- ças e ajudá-las a decodificá-las e compreendê-las. As primeiras experiências de alfabetização adquirem maior re- levância àquelas crianças que não têm a estimulação verbal e cognitiva necessária em casa, para depois ingressar no mundo letrado. Várias inves- tigações descobriram que uma pré-escola de qualidade pode compensar a falta de exposição à língua, vocabulário limitado ou falar pouco estimulado. Nesse sentido, ter uma educação pré-escolar, cujo objetivo prin- cipal é desenvolver a linguagem e a alfabetização, deve ser uma tarefa prioritária de qualquer sociedade que busque melhorar as condições de aprendizagem de seus alunos, especialmente aqueles que saem com óbvias desvantagens linguísticas e cognitivas. Atingir esses propósitos de alfabetização depende, em grande parte, do grau de conhecimento e uso que os educadores têm sobre os processos envolvidos no desenvolvi- mento das habilidades de linguagem, leitura e escrita. Foi observado que os educadores pré-escolares, nem sempre têm um conhecimento acaba- do e atualizado da importância que esses fatores carregam na promoção da alfabetização precoce e suas consequências. A importância da educação pré-escolar, particularmente para de- senvolver habilidades de alfabetização, é um foco de interesse da política pública e, portanto, mais estudos são necessários para entender melhor como as configurações das instituições e as estratégias didáticas utiliza- das pelos educadores facilitam a aquisição de disposições, habilidades e hábitos que auxiliam no desenvolvimento da leitura e da escrita. Nesta linha, é necessário investigar aspectos como, os tipos de interações dis- cursivas que ocorrem na sala de aula pré-escolar, a intencionalidade das atividades de leitura e escrita e o modo como elas são desenvolvidas. Conhecer com mais profundidade como os educadores traba- lham a consciência fonológica e o princípio alfabético, pode ajudar a determinar onde os nós críticos que afetam uma porcentagem significa- tiva de crianças, decodificando as dificuldades e a compreensão da lei- tura durante toda a vida escolar. Pesquisas sobre como as estratégias didáticas e o ambiente letrado favorecem sua aquisição podem ajudar 23 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S a alocar recursos humanos e materiais de forma mais eficiente, sendo evidente que os achados do presente estudo são consistentes com os encontrados em pesquisas anteriores. O que é preocupante é que o problema atravessa os diferentes níveis socioeconômicos, portanto, ter mais recursos não garante que a qualidade da educação, pelo menos no que se refere à alfabetização, seja maior. Isso também confirma o impacto positivo que um bom profes- sor tem sobre a qualidade da aprendizagem de seus alunos e, portanto, a tarefa pendente é melhorar a formação de professores o quanto antes. NÍVEIS DE CONHECIMENTO NO LETRAMENTO O homem nunca age diretamente nas coisas. Há sempre um intermediário, um instrumento entre ele e seus atos. Mas o que é saber disso? É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. No processo de conhecimento, o sujeito apropria-se, de certa forma, do objeto conhecido. O conhecimento implica sempre uma dualidade de realidades, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, que é pos- suído de um certo modo, pelo sujeito cognoscente. O pensamento é um co- nhecimento intelectual. Por meio do conhecimento, o homem penetra nas várias áreas da realidade para se apropriar dele. Agora, a própria realidade apresenta diferentes níveis e estruturas em sua constituição. Há, portanto, quatro espécies de considerações sobre a mesma realidade, o homem e, consequentemente, temos cinco níveis diferentes de conhecimento: - Conhecimento empírico; - Conhecimento científico; - Conhecimento filosófico; - Conhecimento teológico;- Conhecimento tácito. Também chamado de vulgar, o conhecimento popular, obtido por acaso, após inúmeras tentativas, é não sistemático. Por meio do conhecimento empírico, o homem comum conhece os fatos e sua apa- rente ordem, tem explicações sobre as razões de ser das coisas e dos homens, todas alcançadas mediante experiências realizadas ao acaso, sem ficar preso e por meio de investigações pessoais. Conhecimento científico: Esse conhecimento vai além do em- pírico: por meio dele, transcendendo o fenômeno, conhecemos as cau- sas e as leis que o governam. É metódico. Saber verdadeiramente é saber pelas causas. Daí as características do conhecimento científico: - É verdade, porque sabe explicar as razões de sua certeza, o 24 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S que não acontece com o empirista. - É geral, isto é, sabe o que é mais universal na realidade, válido para todos os casos da mesma espécie. A ciência, a partir do indivíduo, procura o que tem em comum com outros da mesma espécie. - É metódico, sistemático. O sábio não ignora que os seres e os fatos estão ligados uns aos outros por certos relacionamentos. Conhecimento filosófico: Esse conhecimento se distingue do científico pelo objeto da pesquisa e pelo método. O objeto das ciências são os dados imediatos e perceptíveis pelos sentidos ou pelos instru- mentos, pois, sendo de ordem material e física são, portanto, suscetí- veis de experimentação. O objeto da filosofia é constituído por realida- des imediatas, não perceptíveis pelos sentidos, que sendo de ordem suprassensível, transferem a experiência. No sentido clássico, a filosofia era considerada como a ciência das causas. Modernamente, preferimos falar sobre filosofar. Filosofar é um questionamento contínuo sobre si mesmo e sobre a realidade. A filosofia é uma busca constante de sentido, de justificação, de possibi- lidades, de interpretação sobre tudo o que envolve o homem e sobre o próprio homem, em sua existência concreta. A filosofia procura entender a realidade em seu contexto mais universal. Não fornece soluções definitivas para um grande número de perguntas. Permite então que o homem use suas faculdades para en- xergar melhor o significado da vida concreta. Conhecimento teológico: O conhecimento relativo a Deus, acei- to pela fé teológica, constitui o conhecimento teológico. É esse conjunto de verdades às quais os homens veem, não com a ajuda de sua inte- ligência, mas pela aceitação dos dados da revelação divina. Aplica-se, de maneira especial, ao argumento da autoridade. Eles são os conhe- cimentos adquiridos por meio dos livros sagrados e racionalmente acei- tos pelos homens, depois de terem passado pela crítica histórica mais exigente. O conteúdo da revelação, feita à crítica dos fatos ali narrados e verificada pelos sinais que os acompanham, é autêntica e verdadeira. Eles passam tais verdades para serem consideradas confiá- veis e por isso são aceitas. Isto é cumprido com base na lei suprema da inteligência: aceite a verdade de onde ela vier, desde que seja legi- timamente adquirida. Apesar de tudo, não podemos dizer que apenas um tipo de conhecimento é utilizado, todos estão relacionados entre si, de tal forma que o cientista usa sua própria experiência, e usa a filosofia para que, ajudada pelos resultados obtidos pela aplicação do método científico, partindo de uma explicação para o fenômeno. Isso é o mesmo com os outros níveis de conhecimento. Conhecimento empírico corresponde ao conhecimento adqui- 25 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S rido pelo ser humano no seu dia a dia, por meio da observação, do senso comum, da sua experiência. Conhecimento tácito diz respeito ao conhecimento adquirido ao longo da vida, sendo inerente às habilidades de uma pessoa. ABORDAGENS NO LETRAMENTO Tratando-se das abordagens epistemológicas, axiológicas e ontológicas, de acordo com Moratti (2000) elas são: Abordagens Epistemológicas A classificação detalhada é que considera duas variáveis de cren- ça cognitiva (e filosófica): o privilégio como uma fonte de conhecimento (com dois valores: o empirismo e da racionalidade) e esse privilégio na relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento (com dois valores: ide- alismo e realismo). O cruzamento de ambas as variáveis (2X2) gera qua- tro tipos de abordagens epistemológicas. O que esta classificação mostra pode ser visto na tabela, onde as segunda e terceira colunas refletem os critérios de classificação, enquanto as colunas subsequentes são critérios associados aos dois anteriores (consequências ou implicações filosóficas). Abordagem Axiológica A Filosofia dos Valores vem do latimaxios, "o que é valioso ou esti- mável", e logos, "ciência", teoria do valor ou o que é considerado valioso. A axiologia lida não apenas com valores positivos, mas também com valores negativos, analisando os princípios que permitem considerar que algo é ou não valioso, e considerando os fundamentos de tal julgamento. A investiga- ção de uma teoria de valores encontrou uma aplicação especial em ética e estética, áreas onde o conceito de valor tem uma relevância específica. Foco Ontológico Ontologia é algo que estuda o ser enquanto ser, interesse em estudar o ser tem origem na história da filosofia, quando surge a partir da necessidade racional e não mitológica, o fenômeno das explicações do mundo físico também. Devemos lembrar que o caráter universal da filoso- fia teve sua origem na necessidade de conhecimento válido para todos os 26 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S fenômenos, e nas deficiências dos conceitos inicialmente desenvolvidos, para ser levado à prática concreta nos fenômenos físicos ou sociais. Por isso que muitos pensadores se dedicaram a refletir sobre o que poderia ser a base do mundo físico, mas o que acontece, quando observamos os objetos que percebemos no mundo físico, percebemos que existem objetos líquidos, sólidos ou gasosos, que alguns eles são compostos de matéria inerte, como pedra e outros, de matéria viva. É assim que encontramos diferentes elementos físicos, mas a razão exige que pensemos em um único elemento constituinte dos outros. Este elemento foi proposto por alguns pensadores que assumi- ram que poderia ser: água (Thales), fogo (Heráclito de Éfeso), ar (Ana- ximenes) e a combinação de quatro (Empédocles), mas Anaximandro propostos uma solução lógica, isto é, dito elemento, deveria ser indeter- minado (ao que ele chamava de Apeiron). Foi Parmênides que propôs a melhor solução, este pensador argumentou que existem duas maneiras de chegar a saber quais são os sentidos, e a razão para os sentidos atinge o mutável, ao inseguro, já não confiável em objetos, e pela razão chegamos ao universal, confiável e imutável. Tomando o segundo caminho, Parmênides encontrou algo co- mum e indispensável a todo objeto: que qualquer elemento natural, antes de ter qualquer característica específica, sem a qual não se existiria. Deste modo, desde então, a Ontologia é constituída como Ontos = Ser, e logos = estudo, neste caso, o real é igual ao ser, e o ser é igual ao fundamento de toda a realidade. Logo, a construção do conhecimento na primeira infância advém de experiências motoras e afetivas que estão for- mando estruturas cognitivas para perceber, lembrar, compreender, inter- pretar a realidade e constituir a base da personalidade do indivíduo. Com essa premissa, é impossível falar em desenvolvimento cognitivo nesse estágio evolutivo, sem dar atenção especial ao mundo afetivo da criança e aos contextos social e cultural, que lhe permitever, ouvir, tocar, gostar e prover recursos com os quais poderá gerar ações, movimentos e afetos. Por outro lado, as interações adulto-criança desenvolvem habili- dades de comunicação indispensáveis para o surgimento do pensamento matemático e simbólico, pelo uso de imagens e símbolos, que são utiliza- dos para inferir, resolver problemas, criar e buscar novas perguntas e res- postas, ou seja, a criança coloca em funcionamento processos mentais como: memória, compreensão, atenção, processamento de informações. Daí, como vimos, surge uma transformação sistêmica que cria, expande e fortalece as funções cognitivas, motoras e afetivas das crianças. 27 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Sobre o desenvolvimento dos conceitos da infância segundo Vy- gotsky, podemos afirmar que: A) um conceito expresso em uma palavra demonstra um ato de gene- ralização. B) o ensino direto de conceitos é produtivo e adequado ao desenvolvi- mento da criança. C) os conhecimentos científicos não passam por nenhum processo de desenvolvimento. D) os conceitos científicos são absorvidos já prontos mediante processo de assimilação. E) um conceito é um ato real e completo que pode ser ensinado por meio de treinamento. QUESTÃO 2 Analise as assertivas sobre o desenvolvimento do desenho na in- fância VIgotsky e assinale a alternativa CORRETA. I- O desenho é um tipo de criação na primeira infância. II- A criança desenha de memória o que sabe sobre as coisas. III- A criança prefere fazer coisas a representá-las pelo desenho. IV- Acriança se interessa pelo resultado do desenho e não pelo processo de desenhar. V- A representação real do objeto é o primeiro estágio do desenvol- vimento do desenho infantil. A) Somente as assertivas I, II e III estão corretas. B) Somente as assertivas I, II e IV estão corretas. C) Somente as assertivas I, III e V estão corretas. D) Somente as assertivas II, IV e V estão corretas. E) Somente as assertivas III, IV e V estão corretas. QUESTÃO 3 Indique a concepção teórica de aprendizagem e desenvolvimento humano defendida no seguinte discurso. O aprendizado gera desenvolvimento; logo, não há como esperar que a criança em idade escolar “amadureça” para poder aprender ler e escrever. O sujeito vai sendo inserido em uma cultura letrada e escolarizada, vai aprendendo e constituindo sua autonomia em relação aos seus mediadores, isto é, vai desenvolvendo-se. (LEITE, Sergio Antônio. Cultura, cognição e afetividade: a socie- dade em movimento. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2002. p. 130.) 28 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S A) Abordagem culturalista de Bruner. B) Abordagem cognitivista de Piaget. C) Abordagem sociointeracionista de Vigotsky. D) Abordagem comportamentalista de Skinner. QUESTÃO 4 Corsino (In: Ensino Fundamental de 9 anos, 2007) traz de Vygotsky a afirmação de que o elo central do processo de aprendizagem é a formação de conceitos, comparando e inter-relacionando duas categorias de conceitos: os espontâneos e os científicos. Nessa perspectiva, é correto afirmar que os conceitos espontâneos A) são construídos cotidianamente pela ação direta das crianças sobre a realidade experimentada e observada por elas, e os conceitos cien- tíficos são construídos em situações formais de ensino-aprendizagem. B) são construídos fora da educação formal, nas situações vivenciadas pelas crianças e à educação formal está destinada a tarefa de promover o desenvolvimento da formação dos conceitos científicos. C) resultam de atividades significativas que as crianças vivenciam com seus familiares e os trazem quando chegam à escola, cuja finalidade é promover o desenvolvimento dos conceitos científicos. D) são desenvolvidos inicialmente na educação formal, pela imitação e depois pela memorização, enquanto os conceitos científicos se desen- volvem pela vivência cotidiana, dentro e fora da escola. E) não poderão ser desenvolvidos na educação formal, assim como os conceitos científicos, se a criança não tiver seu sistema biológico plena- mente desenvolvido e maturidade para tal. QUESTÃO 5 A abordagem desenvolvida por Lev Vygotsky (1896-1934), ao estu- dar, pelo viés psicológico, a questão da interação entre aprendiza- do e desenvolvimento, corresponde à tese de que existem relações dinâmicas altamente complexas entre os processos de desenvol- vimento e de aprendizado, as quais não podem ser englobadas por uma formulação hipotética imutável. Dessa maneira, considerando as questões correspondentes à teoria da Zona de Desenvolvimen- to Proximal de Vygotsky (2007), é correto dizer que: A) Os processos de desenvolvimento coincidem com os processos de aprendizado. Ou melhor, o processo de desenvolvimento progride de forma mais lenta e à frente do processo de aprendizado; desta sequen- ciação, resultam, então, as zonas de desenvolvimento proximal. B) A Zona de Desenvolvimento Proximal permite-nos delinear o futuro imediato da criança e seu estado dinâmico de desenvolvimento, pro- 29 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S piciando o acesso não somente ao que já foi atingido pelo desenvolvi- mento, como também àquilo que está em processo de maturação. C) O nível de desenvolvimento potencial da criança corresponde ao ní- vel determinado pela elaboração de problemas, sem precisar da orien- tação de um adulto. D) O nível de desenvolvimento real refere-se ao nível de desenvolvi- mento das características físicas da criança que se estabeleceram como resultados de certos ciclos de desenvolvimento incompletos. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE O homem possui diferentes níveis de conhecimento. Sabendo disso, cite esses níveis e explique-os. TREINO INÉDITO Quem é responsável por lidar com os valores positivos, negativos, analisando os princípios que permitem considerar que algo é ou não valioso? a) Axiologia. b) Ontologia. c) Epistemologia. d) Empirismo. e) Filosofia. NA MÍDIA O CONHECIMENTO NA ATUALIDADE: AVANÇAR OU ESTAGNAR Muitos possuem um amplo conhecimento dos acontecimentos diários que permeiam a vida cotidiana das pessoas neste mundo globalizado, mas, muitos não possuem acesso aos canais de comunicação disponi- bilizados por meio eletrônico, pois a internet não se constituiu realidade a todas as pessoas. Assim, como um nível de conhecimento é o empírico, cabe a indagação de como avançar nos estudos, de forma a todos continuarem a obter conhecimento. Fonte: (DIÁRIO DO AÇO). Disponível em: https://www.diariodoaco.com. br/noticia/0084582-o-conhecimento-na-atualidade-avancar-ou-estagnar NA PRÁTICA ORGANIZAR A ROTINA DA ALFABETIZAÇÃO Antes de receber a turma de alfabetização, o professor deve planejar que atividades vão proporcionar o contato sistemático e significativo com práticas de leitura e de escrita Aos 5 ou 6 anos de idade, as crianças percebem mais claramente que 30 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S existem outras formas de representar o mundo sem ser por meio de desenhos cheios de traços e cor. Descobrem, enfim, a presença e a importância da escrita, que permite a todos comunicar ideias e opiniões por meio, por exemplo, de cartas, bilhetes, notícias e poemas. Mas, para que cada um dos pequenos dê esse grande salto no aprendizado, é preciso que a atuação do professor no Ensino Fundamental de nove anos esteja ajustada a esse propósito. O passo inicial é definir com antecedência as atividades que vão fazer do ano letivo um encadeamento de descobertas, cadauma delas mais desafiante que a outra. "O educador precisa ter uma visão geral do tra- balho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período", explica a professora argentina Mirta Torres, especialista em didática da leitura e da escrita. 31 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S A INSLUSÃO EDUCATIVA Muito se ouviu falar sobre a resposta às necessidades educa- cionais de estudantes, que foram transferidos de serviços de apoio fixo ou de escolas de educação especial para escolas regulares e, muitas vezes, foi feita referência aos conceitos de integração, participação e adequação curricular, em suma, toda uma série de termos que podem ou não dar sentido aos processos desenvolvidos nessa área, tanto no país, quanto no contexto global. Por vezes, parece que os professores assumem sua tarefa mais por um profissional e que o princípio do direito à educação, longe de legitimar todos os membros de uma sociedade, participam em igual- dade de condições e igualdade de oportunidades, independentemente A POLÍTICA DE INCLUSÃO NA ESCOLA E SUA REPERCUSSÃO NO ENSINO DA LEI- TURA E DA ESCRITA P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S 31 32 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S de sua condição. Nos últimos anos, como resultado dos processos de globaliza- ção e mudanças nas abordagens da educação especial, a mídia educa- cional começou a falar de "inclusão educacional", um termo que, de al- guma forma, procura justificar a falta de clareza em relação à educação, ao que é proposto pelo Sistema Nacional de Educação, no que se refere à unificação de um currículo proposto por altas hierarquias. Você não pode falar sobre inclusão até uma análise e discussão dos diferentes processos, em que a experiência educacional de pessoas com necessidades educacionais especiais foi enquadrada; bem como os processos de formação de professores e outros profissionais relacionados a essas pessoas. A história mostrou que não apenas uma mudança no uso dos termos é necessária. Além disso, é claro que o que funciona em uma situação ou país, não deve necessariamente tornar-se moda ou ser assu- mido por outra nação, nem deve ser visto como verdade absoluta. Atualmente, as mudanças que foram geradas a partir da experi- ência do ser humano, do cotidiano e dos modos de abordar as realidades estudadas, obrigam a repensar as formas de trabalho, as experiências e tudo o que implica uma abordagem integral da tarefa professor profissio- nal, em que o ambiente é um elemento fundamental. Portanto, quando se trata de inclusão, criam-se expectativas para todas as pessoas e grupos que têm que fazer, em seu trabalho, com pessoas que necessitam de certos apoios para enfrentar não apenas sua interação e aprendizado em sala de aula, mas também em suas atividades, família e comunidade. Em outras palavras, tudo relacionado à cultura em que as pes- soas se desenvolvem deve ser levado em conta. Nesse sentido, a he- rança cultural que uma criança recebe também varia enormemente. Não podemos esquecer que o grupo cultural ao qual os alunos pertencem influencia seus valores e comportamentos e, portanto, esses aspectos devem ser considerados no trabalho que é feito com os alunos. Quando se fala em inclusão, fala-se de tolerância, respeito e solidariedade, mas acima de tudo, aceitação das pessoas, independen- temente de suas condições. Sem fazer diferenças, sem superproteger ou rejeitar o outro por causa de suas características, necessidades, interes- ses e potencial, muito menos por causa de suas limitações; para sobre- viver, um grupo social deve adaptar e modificar o ambiente em que vive. A Educação Especial mudou sua paisagem e, por isso, também muda seu modo de favorecer os processos educacionais das pessoas com necessidades educacionais especiais, passando do desenvolvi- mento de processos assistenciais a processos em que a individualida- de das pessoas é respeitada, dependendo da situação. Suas neces- sidades, características e interesses, e a ênfase é colocada no meio 33 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S ambiente, como um elemento que favorece ou atrasa os processos de participação de pessoas com necessidades educacionais especiais. Portanto, a educação especial deve ser reconceitualizada à luz dos processos de integração, e os alunos com necessidades educacio- nais especiais não devem ser concebidos como aqueles com uma ca- racterística individual ou com um déficit próprio, mas sim, devem se levar em conta a participação do meio ambiente, políticas governamentais, as- pectos sociais e educacionais, que facilitem as dificuldades que a pessoa vivencia em seu desenvolvimento socioeducativo e emocional e continu- am a dificultar seu desenvolvimento. No que diz respeito à integração es- colar, esta passou por uma série de etapas, entre as quais se destacam: - Reconhecimento do direito à educação para todos, porém, isso não reco- nhece as pessoas com necessidades. - Em relação ao anterior, a resposta que foi dada a essas pessoas é marginal e segregada, por isso, os serviços diferenciados têm sido desenvolvidos nas instituições de ensino. A Integração Parcial aparece mais Tarde Essa situação faz com que a necessidade educacional especial seja percebida a partir de uma "perspectiva individualista" e, portanto, é necessário que os alunos sob esta condição sejam atendidos em diferen- tes serviços, por diferentes professores e em diferentes ambientes. Isso implicaria que os professores que atendem a essa população deve ser trei- nada nos diversos aspectos necessários para responder às necessidades e características da população com necessidades educacionais especiais. Esta situação, por outro lado, destaca a resposta educativa re- sultante é muitas vezes tão limitada que subestima a importância da interação social como um facilitador da aprendizagem. Os aspectos aci- ma mencionados levam, portanto, a uma proposta que se baseia no respeito pelos direitos humanos e deve levar em conta o princípio da normalização e filosofia de integração. Este princípio refere-se ao fato de que todos têm o direito de usar os serviços normais da comunidade e levar uma vida o mais normal possível. Tendo em conta o princípio da normalização, resultou serviços de desenvolvimento da educação para pessoas com necessidades edu- cacionais especiais, particularmente na Europa, durante as décadas de 70 e 80 desenvolveram o que é conhecido como integração escolar, por isso, se introduz o princípio da normalização, que é assumido a partir dos princípios teóricos da integração escolar, a setorização dos serviços educacionais e a educação individualizada. 34 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Desta forma, pode-se dizer que a escola integradora o que faz é quebrar barreiras, remover muros, procurar acesso e ajustes curricu- lares que permitam apoiar pessoas com necessidades educacionais es- peciais nos processos de acesso ao currículo proposto no Centro Edu- cacional. Os processos desenvolvidos na Espanha são particularmente importantes, pelo fato de que no final dos anos 70, aparece o relatório Warnock em que o conceito de pessoas com deficiência ou dificuldades de aprendizagem na educação é variado, e depois, traz o conceito de necessidades educativas especiais umtermo que implica a relatividade, interatividade, transitoriedade, e se refere à interação com o contexto, tanto a gênese e a resolução de conflitos, assim com que se referia a torna-se que qualquer aluno pode temporariamente ou permanente- mente precisar de algum tipo de ajuda para buscar um desenvolvimento acadêmico e social normalizado, um currículo comum. Como você pode ver, o conceito contém grupos diferentes, com diferentes características ou condições que pode exigir a qualquer momento de um determinado tipo de apoio, ajuda, adaptações e re- cursos, e este foi incluído na Convenção sobre os Direitos da Criança para o século XXI. Tudo isso também retomando as ideias expressas na Declaração de Salamanca em 1994, e onde a ênfase é colocada na educação de pessoas com necessidades educacionais especiais. Esta declaração também inclui aspectos relacionados aos processos de inclusão, que devem ser abordados nas políticas educacionais dos países que assinaram a Conferência de Salamanca. É importante perceber como, mesmo quando se dá atenção especial às pessoas com necessidades educacionais especiais, é fa- vorecida por dar uma resposta geral à situação, e favorece também os processos de resolução de problemas, o que facilitará o acesso aos processos de aprendizagem de todos os alunos e, ao mesmo tempo, permitir o desenvolvimento profissional dos professores. É interessante ver que no Brasil, em meados da década de 70, são iniciados os primeiros passos nos processos de integração, é assim que as salas de aula diferenciadas são abertas nas escolas regulares, onde são atendidas pessoas com retardo mental leve e moderado, No entanto, em áreas onde não existem escolas de educação especial, esses serviços di- ferenciados em sala de aula podem assumir compromissos mais severos. Por outro lado, são prestados serviços para atender alunos com dificuldades de aprendizagem, em recursos de serviços de sala de aula, tanto em problemas de aprendizagem, como de problemas de linguagem e transtornos emocionais, nesses serviços o aluno frequenta regularmente o curso correspondente, e durante algumas horas da se- mana, recebe um serviço na sala de recursos. 35 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S Mais tarde, quando as abordagens de educação especial va- riam, os serviços prestados a pessoas com necessidades educacionais especiais mudam de nome. É assim que as salas de aula diferenciadas são chamadas de salas de aula integradas. Nesse sentido, abre-se a oportunidade para que os alunos com as necessidades educacionais especiais acessem o Sistema Regulatório de Educação, utilizando os mesmos currículos de todos os alunos, desenvolvendo assim a partici- pação dos alunos em um ambiente educacional integrado e socializado, aspecto importantes no processo de integração. Nessas condições, há uma oportunidade para as escolas de permitir o acesso aos processos educacionais de pessoas com neces- sidades educacionais especiais, sem distinção de condições, e para fundamentar uma prática educacional que permita atenção às necessi- dades, características e interesses de todas as pessoas. A ideia de de- senvolver uma escola em que possam participar em igualdade e opor- tunidades todas as pessoas que estão em idade escolar. INCLUSÃO: ENTRE SER E DEVER SER A inclusão deve ser vista como uma interação, que é gerada em respeito às diferenças individuais e condições de participação, a partir de uma perspectiva de igualdade e equalização de oportunidades sociais, quaisquer que sejam os valores culturais, raça, sexo, idade e "a condição" da pessoa ou grupo de pessoas. Em outras palavras, é necessário, em uma sociedade como o Brasil, levar a cabo processos de conscientização que nos levem a entender quem somos e com quem compartilhamos; as pessoas devem ser identificadas e tratadas como elas são "elas mesmas", "uma delas", "o filho de ...", e também, garantir que cada indivíduo compreenda que há sempre alguém que ouve e en- tende. Não necessariamente que eu ensine, mas eu entenda. Nesse sentido, segundo a UNESCO (1994), a tendência da políti- ca social nas duas últimas décadas tem sido promover a integração, a par- ticipação e a luta contra a exclusão. A integração e a participação são parte essencial da dignidade humana e do gozo e exercício dos direitos huma- nos. No campo da educação, essa situação se reflete no desenvolvimento de estratégias que permitem uma autêntica igualdade de oportunidades. Desse ponto de vista, é importante mencionar que as condições que determinam a desigualdade da existência de uma pessoa em uma sociedade concreta são legitimadas por contextos historicamente cons- truídos e, portanto, podem ser revisadas a partir da participação cidadã. Em relação às idéias anteriores, a UNESCO (1994) comenta: 36 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S A experiência de muitos países mostra que a integração de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais é efetivamente alcan- çada em escolas inclusivas para todas as crianças da comunidade. É nesse contexto que aqueles que têm necessidades educacionais espe- ciais podem avançar no campo educacional e no da integração social. As escolas inclusivas representam uma estrutura favorável para alcançar igualdade de oportunidades e plena participação, mas para que elas sejam bem sucedidas é necessário intensificar um esfor- ço comum, não apenas de toda a escola, mas também de pares, pais, famílias e voluntários. A inclusão deve também ser concebida como uma organização política da sociedade civil na luta pela inclusão de grupos minoritários, cuja via de acesso mais importante é o acesso à educação, embora não seja o único. Portanto, a integração educacional e escolar está relacionada à inclusão na educação básica regular de todas as pessoas, indepen- dentemente de suas condições; assim, a decisão de envolver ou não pessoas envolvidas em processos de intervenção ou ação corretiva, ou participar de um modelo educacional, corresponde à família e à so- ciedade a que pertencem, não é tarefa dos especialistas, sejam eles técnico, científico ou profissional, como tem sido assumido. Pode-se dizer então que, este é um evento social e não natural. É mais uma construção social do que uma construção que se desenvol- ve sobre as recomendações estabelecidas na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), e vai além, pois, está relacionada aos Direitos Humanos, com os Direitos de meninas e mulheres, crianças, etc. e também sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Deficiências, a Declaração Mundial sobre Educação para Todos e, finalmente, toda a jurisprudência que salvaguarda o bem de todos os membros de uma sociedade. Tendo em conta o acima exposto, a inclusão educacional trans- cende o âmbito da escola e propõe o direito de todos à aprendizagem e atenção a cada uma das pessoas, de acordo com as suas necessi- dades, características, interesses e potencial, independentemente das suas características individuais. Por meio da inclusão, o objetivo é proporcionar às pessoas al- guma condição especial (permanente ou transitória), as mesmas opor- tunidades, em igualdade de oportunidades, que todos os membros de um país tenham acesso ao processo educacional; mas aqui o processo não termina. É necessário que a pessoa consiga se conectar com redes interpessoais, que atravessam todas as fronteiras antigas e, nesse sen- tido, é importante ter duas iniciativas de inclusão: 1. O que os alunos aprendem deve ser funcional para eles no ambiente de uma comunidade inclusiva (ao contrário do que é apenas 37 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O CO N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S funcional ou confortável em um ambiente segregado). Quando se fala em currículo funcional, faz-se menção ao ensino das habilidades utiliza- das no cotidiano, que permitem ao indivíduo avançar no mundo em que ele interage, da maneira mais independente possível. 2. Assegure-se de que o aluno socialize ou faça parte de uma comunidade natural. Por meio da inclusão, cada experiência, situação ou evento que ocorre em um processo interativo é utilizado, como uma ação de aprendizado e para fornecer todos os suportes de que as pessoas pre- cisam, levando em conta que o aluno deve ter apoio, até mesmo suportes que permitem a interação com outras pessoas em seu meio, seja de natu- reza social ou educacional, e sempre levando em conta suas necessida- des, características, interesses e potencialidades, de tal forma que todos os suportes convergem em uma resposta que permite o desenvolvimento integral do aluno, independentemente de suas condições. A este respeito é importante notar que sem a inclusão recíproca de base da pessoa com uma doença incapacitante, e os seus principais parceiros, em espaços diádicos, afetiva união social, não podem surgir formas mais avançadas de união humana (cognitiva, comunicativa e linguística) em que os processos naturais de aprendizagem e desenvol- vimento das pessoas ocorrem. Desta forma, indivíduos com NEE preci- sam ser incluídos nos co-fundamentos (fundações compartilhadas) de seus próprios espaços: cognitivos, comunicativos e linguísticos. Todas as pessoas com necessidades educacionais especiais precisam parti- cipar ativamente de situações, eventos e experiências que alimentam a co-construção (o que se busca é levar em conta os significados compar- tilhados) de seus tópicos de aprendizagem e conversação. Portanto, é importante atentar para as mudanças que devem ser feitas na escola, a fim de adequar o processo de ensino a todos os alunos, ou de outra forma, aos esforços individuais na integração dos alu- nos, eles podem acabar sendo, no final, estéreis. Isto está intimamente ligado à compreensibilidade do Sistema Educacional: é uma opção de política educacional, além de opções pessoais em favor de maximizar o desenvolvimento de pessoas com necessidades educacionais especiais. Portanto, quando se fala de educação inclusiva (ou educação para todos), deve-se dar atenção especial à forma como os alunos são in- cluídos em seus grupos, aos suportes que são fornecidos, que permitem o acesso ao processo de ensino e aprendizagem, de acordo com suas necessidades, características, potencialidades, interesses e limitações. De alguma forma, a educação inclusiva refere-se ao direito que todas as pessoas têm à educação, isto é, é uma construção teórica e filosófica. Para operacionalizar essa definição conceitual, é necessário recorrer à sua dimensão prática. A dimensão prática irá variar de con- 38 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S texto para contexto. Assim, a forma real tomada pela educação inclusiva dependerá dos recursos humanos, do estado de desenvolvimento do sistema educacional relacionado à formação pedagógica, instalações físicas, recursos econômicos, entre outros. Este conceito de educação tem sido debatido e vinculado à dignidade e aos direitos humanos. Para apoiar a integração de uma forma mais clara que leva à inclusão, devemos pensar sobre qual é a opção que existe entre educação regular e especial, e não corresponde apenas a um diagnóstico de um profissional ou um especialista, mas da escolha de um pai de família bem orientado. Desta forma, para entender e teorizar sobre a educação especial, deve ser realizado um processo de teorização da educação regular. É uma abordagem inclusiva da edu- cação regular e da vida participativa da sociedade, por parte de todas as pessoas sem qualquer distinção. Nesse sentido, diz-se que os países que vêm desenvolvendo os processos de integração de forma adequada, parecem ter um po- tencial para a Educação Inclusiva, mas qual seria o caminho adequado para realizar esse processo? Esse modelo deve emergir de uma revisão profunda dos esquemas sociais e educacionais e ser assumido pelo consenso social. Desta forma, é possível ser bem sucedido. Quando se fala de consenso, faz-se referência a uma análise das políticas, nas quais as pessoas com experiência devem estar envolvidas, e onde os educadores regulares das salas de aula, comprometidos com as mu- danças, devem participar, bem como os defensores da educação es- pecializada, desde que é importante que eles debatam sobre a escola. Além disso, é necessária uma unificação conceitual e prática da Educação Inclusiva. Isso enfatiza o que já foi mencionado sobre a construção teórica da inclusão, que deve adquirir um significado que esteja de acordo com o conceito em que se desenvolve, relacionando- -se com as finanças, a capacidade e a preparação dos professores, o trabalho de uma equipe nacional e que é capaz de oferecer educação regular, entre outras coisas. Para alcançar o sucesso na inclusão, dois aspectos devem ser levados em conta, a saber: 1.Trabalhar com uma equipe educacional que tenha a mesma filosofia, que seja entusiasta e esteja disposta a colaborar em um es- tudo frequente (análise, reestruturação, organização, entre outros) dos planos e projetos do centro. 2. Grupos de amigos que se encontram em torno de uma pes- soa com necessidades educacionais especiais, para apoiar sua inclu- são na comunidade natural. No entanto, não se deve esquecer que a integração é um processo que tem procurado tornar as escolas mais 39 P LA N E JA M E N TO D A A LF A B E TI Z A Ç Ã O E A S D IF E R E N TE S Á R E A S D O C O N H E C IM E N TO - G R U P O P R O M IN A S permeáveis às necessidades de todos os estudantes e, portanto, pode- ria atender àqueles que tinham necessidades especiais e que até então eram sistematicamente marginalizados dos centros comuns. Muitas são as dificuldades que podem surgir na implementa- ção dos processos de inclusão, dentre as quais podemos citar: 1. Da formação dos profissionais e da cultura organizacional dos centros à falta de modelos (organizacional, currículos e metodolo- gias) e o compromisso da Administração Educacional nesses proces- sos. Nesse sentido, uma das críticas que foi feita sobre a integração escolar é que ela foi implementada cedo demais, quando os professo- res do sistema geral não estavam preparados para receber alunos com deficiência em suas salas de aula. 2. Ignorância da maioria dos membros dos centros educativos em relação à abordagem da Inclusão (escola para todos). Não pode ser ignorado que ocorreram experiências com o uso de material da UNES- CO (Necessidades Especiais na Sala de Aula) que demonstraram a maneira em que medidas podem ser tomadas, se o centro educativo é favorável à Inclusão, e se elas vivem o desafio como possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional. Porém, ao invés de discutir o conceito de Inclusão, é importante avaliar as diferentes sociedades em que as ações institucionais são concretizadas, examinando o contexto em que ocorre a tomada de decisão e os interesses que as determinam. Portanto, as ideias não podem ser compreendidas se forem isoladas de seu contexto, mas sim como produto da análise dos ho- mens diante das condições sociais, políticas, econômicas e regionais concretas de uma sociedade. É necessário então, fazer uma análise da diversidade que é servida nas salas de aula, pois, é aí que os princípios democráticos da nossa educação devem ser concretizados. As condições para uma escola inclusiva são variadas e tudo de- penderá do contexto e da realidade de cada centro educacional, pois, é aí que nascem os processos de educação para todos. Um primeiro momen- to envolve
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