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SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG), INFLUENZA E COVID-19 Revisão de conceitos SatO2 - % de hemoglobina que esta ligada ao oxigênio (>95%) - Doenças pulmonares crônicas a SatO2 geralmente varia entre 88-92% Pa02 - Concentração de oxigênio dissolvido no plasma (>80mmHg) FiO2 - Varia conforme a oferta de oxigênio (21% em ar ambiente) PaO2/FiO2 - Usado para avaliar distúrbios respiratórios (300-500mmHg) - Menor que 200mmHg indica hipoxemia grave PaCO2 - Concentração de CO2 dissolvido no plasma (35-45mmHg) - Importante para eficácia da ventilação alveolar - PaCO2 < 35mmHg o paciente está hiperventilando - PaCO2 >45mmHg o paciente está hipoventilando A respiração não excreta todo o CO2 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA É uma síndrome definida pela incapacidade do organismo em realizar as trocas gasosas de forma adequada de instalação aguda e decorrente da disfunção é um ou mais componentes do sistema respiratório: Parede torácica, pleura,diafragma, vias aéreas, parênquima alveolar, circulação pulmonar, sistema nervoso central e periferico • IRespA Tipo 1 - Hipoxêmica PaO2 < 60mmHg Desequilíbrio ventilação/ perfusão • IRespA Tipo 2 - Hipercápnica PaO2 < 60mmHg e PaCO2 > 50mmHg A IRA tipo 2 é semelhante ao tipo 1, mas está associada ao aumento de CO2, este aumento pode ocorrer de duas formas: Aumento da produção de CO2 em situações de alta demanda metabólica e/ou diminuição na capacidade de excreção de CO2 Gravidade e instalação Manifestações Leve a moderada ou de instalação lenta Ansiedade, cefaleia, sonolência, dispneia leve Instalação rápida Delirium, paranoia, RNC, confusão, coma Grave Mioclonia, asterix, convulsão, papiledema • IRespA Mista - Associação entre tipo 1 e 2 Paciente com IRespA tipo 1 (hipoxêmica) que, na tentativa de compensação de hipoxemia, evoluem com fadiga da musculatura respiratória, evoluindo com hipercapnia importante. Isso ocorre em fase avançada da IRespA hipoxêmica. Etiologias • Hipoxêmicas (tipo 1) - Infecções por influenza, SARS-CoV e SARS-CoV-2, edema agudo de pulmão, etc. • Hipercápnica (tipo 2) - Asma, DPOC,guillain-barré, miastenia gravis, distrofia muscular, etc. • Mista - Deformidade da caixa torácica, politrauma, etc. INFLUENZA / GRIPE Etiologia: Vírus Influenza Tipos A e B com relevância clínica em humanos, alguns são zoonose (aves, suínos,equinos) - reservatório Subtipos Influenza A baseada em glicoproteínas de superfície: Hemaglutininas (H) - 16 tipos Neuraminidases (N) - 9 tipos Fisiopatologia H1N1 Dano celular primário pela ação viral -> Libração de citocinas pró-inflamatórias -> Resposta inflamatória exacerbada -> morte de macrófagos -> transudato alveolar -> infecção bacteriana secundária (não necessariamente) -> disfunção ventilatória -> insuficiência respiratória aguda tipo 1 (hipoxêmica). Apresentação clínica: • Assintomáticos/Oligossintomáticos - Febre,tosse, dispneia, calafrios, rinorreia, mialgia, entre outros • Quadro grave em extremos de idade e imunossuprimidos • Incubação: 1 a 7 dias • Transmissão: 24 horas antes dos sintomas até 7 dias após o inicio dos sintomas Complicações: • Pneumonia viral • Coinfecção bacteriana (30% dos casos) • Sepse • Disfunção orgânica • SRAG Diagnóstico - É clinico • Mas para provar, pode ser realizado o Swab nasal para realização de RT-PCR para vírus Influenza A e B (Sensível e específico) • Sorologia não da diagnóstico, pois a pessoa ja teve contato com o vírus em outro momento • VHS e PCR aumentados Exames complementares: Radiografia de tórax e TC Tratamento • Sintomáticos • Uso de antivirais (Oseltamivir) em paciente internados: < 2 anos > 60 anos Imunossuprimidos • Oseltamivir 75mg de 12/12h por 5 dias + oferta de oxigênio conforme demanda • Na criança: 10mg/kg COVID-19 Etiologia: Coronavírus Proteína spike (S): facilita a entrada do vírus nos pneumócitos Apresentação clínica • Tosse • Febre • Mialgias • Dor de cabeca • Dispneia • Anosmia • Ageusia • Rinorreia Alterações cardíacas na COVID: Miocardite, arritmias, injúria do miocárdio Diagnóstico: Swab nasal para RT-PCR Exames complementares: Radiografia de tórax A TC de tórax de triagem para diagnostico ou exclusão de COVID não é recomendada Fatores de risco para COVID-19 grave: Doença cardíaca/pulmonar/hepática crônica, diabetes, obesidade, demência, disturbios neurológicos crônicos, etc Tratamento - Depende da fase da doença Fase viral Leve a moderada: Sintomáticos Leve a moderada + risco de progressão para gravidade: Paxlovid Fase inflamatória: Oxigênio suplementar Corticoide - dexametasona 6mg IV ou VO 1x/dia por 10 dias Anti-coagulante - enoxaparina 40mg SC 1x/dia O uso de paxlovid tem pré-requisitos: 1. Paciente não grava que nao requer O2 suplementar 2. Teste reagente para Sars-CoV-2 3. Até 5º dias início dos sintomas Público alvo: Imunossuprimidos ≥ 18 anos e ≥ 65 anos Definição de gravidade: SatO2 < 94% Vacinação: Entrou no calendário vacinal da criança. Grupos prioritário 1 dose de reforço a cada 6 meses. Grupo de profissionais da saúde, indígenas, ribeirinhos, população em situação de rua, pessoas privadas de liberdade devem tomar o reforço anualmente. SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG), INFLUENZA E COVID-19
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