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Página 1 de 2 Período/Semestre: 5º Componente: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) SÍNDROMEMETABÓLICA - SEMANA 01 A Síndrome Metabólica é uma condição clínica em que anormalidades antropométricas, fisiológicas e bioquímicas levam ao aumento do risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares. A obesidade está de totalmente relacionada com a gênese dessa síndrome, visto que a quantidade exacerbada de gordura corporal predispõe o organismo a elevação da pressão arterial, assim como elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos (dislipidemia) e resistência aos efeitos da insulina. A resistência à insulina causada na SM, surge, aparentemente, pela inibição direta dos receptores de insulina nas células causada pelas citocinas inflamatórias liberadas pelo tecido adiposo. Com este fenômeno, há um déficit no transporte intracelular da glicose o que, a longo prazo, acarreta o surgimento do Diabetes Mellitus tipo 2 no indivíduo portador de SM. A prevalência desta síndrome pode quintuplicar o risco para o desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 2, que é uma doença crônica não transmissível que pode ser caracterizada como um conjunto de distúrbios metabólicos que acarretam a hiperglicemia, a qual se inicia com a resistência periférica à insulina, que a longo prazo progride para defeitos na atuação deste hormônio no organismo. Com isso, fatores como predisposição genética, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, obesidade, e alterações hormonais, podem predispor o desenvolvimento desta doença, tornando ainda mais evidente a correlação desta com a presença da síndrome metabólica no paciente. Para ser considerada uma síndrome metabólica o indivíduo deve apresentar ao menos três dos seguintes critérios: Circunferência da cintura > 102 cm em homens ou 88 cm em mulheres Triglicérides séricos ≥ 150 mg/dL Pressão arterial ≥ 130×85 mmHg Colesterol HDL-C < 40 mg/dL em homem ou < 50 em mulheres Glicose sérica > 100mg/dL (inclui diabetes) Um paciente obeso com síndrome metabólica possui grandes chances de desenvolver a Diabetes Mellitus tipo 2, uma comorbidade que corrobora com mais um grande fator de risco para a maior causa de mortalidade no país. A modificação do comportamento alimentar inadequado e a Página 2 de 2 perda ponderal, associadas à prática de atividade física regular, são consideradas terapias de primeira escolha para o tratamento da síndrome metabólica, por favorecer a redução da circunferência abdominal e da gordura visceral, melhorar a sensibilidade à insulina e diminuir as concentrações plasmáticas de glicose e triglicérides, aumentar os valores de HDL colesterol e, consequentemente, reduzir os fatores de risco para o desenvolvimento de Diabetes Mellitus do Tipo 2 e doenças cardiovasculares. Referências Bibliográficas LIRA NETO, José Cláudio Garcia et al. Prevalência da síndrome metabólica e de seus componentes em pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 27, 2018. MCLELLAN, Kátia Cristina Portero et al. Diabetes mellitus do tipo 2, síndrome metabólica e modificação no estilo de vida. Revista de Nutrição, v. 20, p. 515-524, 2007. PICON, Paula Xavier et al. Análise dos critérios de definição da síndrome metabólica em pacientes com diabetes melito tipo 2. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 50, p. 264- 270, 2006.
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