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PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS PROFESSORA MS. MICHELE MARTINS SILVA RIBEIRO INSTITUTO FEDERAL Sul de Minas Gerais Campus Avançado Carmo de Minas Sumário Módulo 1: Fundamentos do Plano de Cargos e Salários03 Capítulo 1: Introdução ao Plano de Cargos e Salários03 Capítulo 2: Análise de Função e Cargos10 19 Módulo 2: Remuneração e Administração de Carreiras 24 Capítulo 4: Tipos de Remuneração e Administração de Carreiras 24 Capítulo 5: Administração de Carreiras (ou Plano de Carreira) 30 Módulo 3: Implementação na Prática32 Capítulo 3: Pesquisa e Estrutura Salarial 32 Capítulo 6: Desenvolvimento dePlano de Cargos e Salários na Prática MÓDULO 1: FUNDAMENTOS DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS 1.1 DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA Silva (2002, p. 78) define o plano de cargos e salários como, “uma ferramenta utilizada para determinar ou sustentar as estruturas de cargos e salários de forma justa dentro da organização. Esse plano tem como objetivo alcançar os equilíbrios internos e externos, através da definição das atribuições, deveres e responsabilidades de cada cargo e os seus níveis salariais”. Sendo assim, o Plano de Cargos e Salários (PCS) é uma ferramenta estratégica de gestão de recursos humanos que visa organizar e estruturar a remuneração dos colaboradores em uma organização. Ele consiste em um conjunto de diretrizes e práticas que estabelecem a relação entre os cargos existentes na empresa, as responsabilidades associadas a cada um deles e as respectivas faixas salariais. Chiavenato (2003, p. 140) complementa que “a Política de Administração de Cargos e Salários da Empresa tem por objetivo reconhecer a capacitação profissional e o desempenho dos seus funcionários. O desenvolvimento técnico-profissional do funcionário e sua contribuição efetiva para os resultados da empresa serão os indicadores utilizados para esse reconhecimento.” CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO AO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS IMPORTÂNCIA: 1.2 OBJETIVOS DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL O PCS define as hierarquias internas da empresa, atribuindo a cada cargo um conjunto específico de deveres, responsabilidades, competências e requisitos. Além disso, estabelece critérios claros para a progressão na carreira e remuneração dos colaboradores, promovendo a equidade interna e a transparência nas relações de trabalho. O estabelecimento e implementação de um Plano de Cargos e Salários (PCS) são orientados por diversos objetivos que visam promover a eficácia e a equidade na gestão de recursos humanos dentro de uma organização. Estabelecer Equidade Interna: Garantir que a remuneração seja proporcional às responsabilidades e competências associadas a cada cargo. Evitar disparidades salariais injustificadas entre colaboradores que desempenham funções semelhantes. Exemplo: Garantir que dois colaboradores que desempenham funções semelhantes, como analistas de nível júnior, recebam salários proporcionais às suas responsabilidades. Isso evita discrepâncias salariais injustificadas e promove a equidade interna. Motivar e Engajar Colaboradores: Criar um ambiente em que os colaboradores se sintam reconhecidos e recompensados pelo seu desempenho. Oferecer oportunidades de crescimento na carreira vinculadas ao mérito e esforço individual. Exemplo: Implementar um sistema de bonificações atreladas ao desempenho individual, reconhecendo e recompensando os colaboradores que se destacam em suas funções. ¹ Veja o tópico – AMPLIANDO O CONHECIMENTO Atender às Expectativas dos Colaboradores: Alinhar as políticas salariais com as expectativas e necessidades dos colaboradores em relação à remuneração e benefícios. Exemplo: Realizar pesquisas periódicas para entender as expectativas dos colaboradores em relação à remuneração e benefícios. Ajustar o PCS com base nos feedbacks contribui para a satisfação e retenção dos funcionários. Atrair e Reter Talentos: Utilizar o PCS como uma ferramenta estratégica para atrair profissionais qualificados para a organização. Estabelecer práticas que contribuam para a retenção de talentos, oferecendo um ambiente competitivo em termos de remuneração. Exemplo: Suponha que uma empresa, atuante no setor de tecnologia, deseje atrair desenvolvedores talentosos para fortalecer sua equipe. Ao implementar um PCS que inclui não apenas salários competitivos, mas também benefícios inovadores, como horários flexíveis, programas de treinamento contínuo e oportunidades de trabalho remoto, a empresa se destaca no mercado de trabalho. Facilitar o Planejamento de Carreira: Estruturar uma progressão lógica de cargos e salários que permita aos colaboradores visualizar e planejar o desenvolvimento de suas carreiras dentro da organização. Exemplo: Estabelecer faixas salariais claramente definidas para cada cargo, indicando as oportunidades de crescimento (promoção). Assegurar Conformidade Legal: Cumprir as normativas e legislações trabalhistas relacionadas à remuneração, garantindo a conformidade legal do PCS. Exemplo: Manter o PCS atualizado de acordo com as mudanças na legislação trabalhista, garantindo que a organização esteja em conformidade com as normativas legais referentes à remuneração. Promover Transparência e Comunicação: Estabelecer critérios claros para a determinação de salários, promovendo a transparência e facilitando a comunicação interna sobre políticas salariais. Exemplo: Disponibilizar aos colaboradores documentos explicativos sobre a política salarial e os critérios utilizados na determinação de salários. Alinhar com a Estratégia Organizacional: Integrar o PCS aos objetivos e estratégias gerais da organização, garantindo que a gestão de cargos e salários contribua para o alcance das metas organizacionais. Exemplo: Integrar o PCS aos objetivos organizacionais, como incentivar a inovação. Criar incentivos financeiros para colaboradores que contribuem para a introdução de ideias inovadoras está alinhado à estratégia de promover a criatividade na empresa. MARRAS (2000, P. 94), SUBDIVIDE O PROGRAMA DE GESTÃO DE CARGOS E SALÁRIOS EM: DE ACORDO COM CHIAVENATO (2009, P. 206) “CARGO É UM CONJUNTO DE FUNÇÕES (CONJUNTO DE TAREFAS OU DE ATRIBUIÇÕES) COM UMA POSIÇÃO DEFINIDA NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, ISTO É, NO ORGANOGRAMA.” análise da função;1. descrição de cargos; 2. avaliação de cargos;3. pesquisa de salários;4. política de remuneração;5. construção da estrutura salarial.6. ² Volte na disciplina Cultura Empreendedora e Ética Profissional e relembre a importância dessas ações para que a empresa se torne competitiva no mercado. 1. 2. 3. ANÁLISE DA FUNÇÃO DESCRIÇÃO DE CARGOS AVALIAÇÃO DE CARGOS A análise da função é o processo de examinar e compreender as responsabilidades, tarefas e requisitos associados a uma determinada posição dentro da organização. Envolve a identificação das atividades-chave, habilidades necessárias e o impacto da função no sucesso global da empresa. A descrição de cargos envolve a documentação detalhada das responsabilidades, tarefas, habilidades e requisitos específicos associados a cada posição na organização. Ela fornece um perfil das funções desempenhadas por um colaborador em um cargo específico. A avaliação de cargos é um método sistemático para determinar a importância relativa de diferentes cargos dentro da organização. Ela utiliza critérios específicos, como responsabilidades, habilidades exigidas e impacto nas metas organizacionais, para atribuir uma classificação ou pontuação a cada cargo. n.º 4. PESQUISA DE SALÁRIOSA pesquisa de salários envolve a coleta e análise de dados sobre os salários praticados no mercado para posições similares. Permite que a organização ajuste suas práticas salariais para permanecer competitiva e justa em relação às práticas salariais do setor. 5. 6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA SALARIAL A política de remuneração é um conjunto de diretrizes e princípios que orientam as decisões relacionadas à compensação dos colaboradores. Inclui elementos como a abordagem para determinar salários, critériosde recompensas, benefícios e outros elementos que compõem a remuneração total. A construção da estrutura salarial refere-se à organização hierárquica e sistemática dos níveis salariais dentro da empresa. Inclui a definição de faixas salariais para diferentes cargos, proporcionando uma estrutura clara que reflete a hierarquia interna e as responsabilidades associadas a cada posição. Esses componentes são interdependentes e contribuem para a gestão eficaz de cargos e salários em uma organização, garantindo equidade, competitividade no mercado de trabalho e alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa. ANÁLISE DE FUNÇÃO E CARGOS CAPÍTULO 2 n.º CARGO: Posição que o colaborador ocupa na empresa. (Ex.: Cargo: Auxiliar Administrativo) FUNÇÃO: Compreende o conjunto de responsabilidades atribuídas ao colaborador no momento da contratação. É possível que, dentro do seu cargo, o colaborador assuma uma ou mais funções distintas. (Ex.: Cargo: Auxiliar Administrativo - Função: Estruturação e organização de arquivos de documentos). A Análise de Função é um procedimento sistemático e essencial no gerenciamento de recursos humanos de uma organização. Esse processo visa compreender as atividades desempenhadas pelos colaboradores. Marras (2000, p. 95) define que, “a análise de função fornece o universo de informações que compõem a base de todo o sistema a ser implantado. É em outras palavras, o estudo inicial das atividades exercidas pelo empregado; a clara definição de suas atribuições e das principais exigências de ordem mental, de responsabilidades, de conhecimentos e demais requisitos exigidos pelo cargo.” 2.1 PROCESSO DE ANÁLISE DE FUNÇÃO De acordo com Zimpeck (1990, p. 65), “os cargos se dividem em profissionais, semiprofissionais, administrativos ou gerenciais, de escritório e correlatos, de vendas, de serviços, qualificados, semiqualificados e não qualificados”. A Identificação de Cargos desempenha um papel importante na estruturação organizacional, permitindo uma compreensão clara das diferentes posições ocupadas pelos colaboradores. Essa clareza auxilia em uma alocação eficiente de recursos e uma definição precisa de responsabilidades, contribuindo para a eficácia operacional. Processo de Identificação de Cargos: O analista de cargos realizará uma investigação detalhada na estrutura organizacional; em cada cargo, buscando compreender as atividades desempenhadas pelo ocupante, os momentos em que são realizadas, os métodos utilizados, as razões por trás dessas atividades, o local onde ocorrem e os requisitos integrais associados ao desempenho dessas tarefas e; em documentos já existentes. 2.2 IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DE CARGOS Inicia-se com uma avaliação da estrutura organizacional, compreendendo a análise de organogramas, fluxos de trabalho e interações entre departamentos. AVALIAÇÃO ORGANIZACIONAL O envolvimento ativo com os ocupantes de cargos, supervisores e demais stakeholders é necessário. Entrevistas e consultas são ferramentas-chave para obter informações detalhadas sobre as nuances de cada cargo. Revisão de documentos internos, manuais de procedimentos e descrições de cargos existentes para consolidar informações sobre as funções existentes na organização. ENTREVISTAS E CONSULTAS ANÁLISE DOCUMENTAL A PARTIR DESSE PONTO, PROCEDE-SE À ELABORAÇÃO DA DESCRIÇÃO DOS CARGOS, COM O OBJETIVO DE ELENCAR CARGOS SEMELHANTES, AGRUPANDO-OS COM BASE EM SUAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS ESPECÍFICOS (MARRAS, 2000, P. 95). pg. Cargos de MN e MR – Mesma Natureza e Mesmos Requisitos – devem ser juntados num só e representam a situação ideal neste sentido. Cargos de MN e RD – Mesma natureza e Requisitos Diferentes – devem ser separados em descrições distintas, já que os requisitos (conhecimentos, experiência, responsabilidades etc.) variam. Não seria possível, portanto, juntar numa só descrição dois Escriturários, quando um deles só faz lançamentos contábeis e o outro analisa contas e faz balancetes. São, como se vê, cargos da mesma natureza. Cargos de ND e MR – Naturezas diferentes e Mesmos Requisitos – devem ser separados, a fim de evitar uma indesejável padronização exagerada de funções. Não seria conveniente, por exemplo, juntar numa só várias funções fabris, ou dois cargos como o de Carpinteiro e Serralheiro, os quais, embora exijam os mesmos requisitos básicos, são de natureza inteiramente divorciada; um trabalha em madeira e o outro em metal. Cargos de ND e RD – Naturezas Diferentes e Requisitos Diferentes – obviamente devem ser separados, pois, não tem relação, seja pela sua natureza, seja pelos seus requisitos. (ZIMPECK, 1990, p. 89). 1. Cargos de MN e MR – Mesma Natureza e Mesmos Requisitos: Dois Analistas de Marketing Sênior, ambos com as mesmas responsabilidades e requisitos de experiência, podem ser agrupados em uma única descrição de cargo. Nesse caso, representam a situação ideal de padronização, pois compartilham a mesma natureza e requisitos. 2. Cargos de MN e RD – Mesma Natureza e Requisitos Diferentes: Considere dois Escriturários em uma empresa. Ambos desempenham funções contábeis, mas um se concentra em lançamentos contábeis, enquanto o outro analisa contas e faz balancetes. Apesar de serem cargos da mesma natureza, os requisitos variam. Portanto, é apropriado separá-los em descrições distintas para refletir suas diferenças específicas. 3. Cargos de ND e MR – Naturezas diferentes e Mesmos Requisitos: Suponha que apareçam várias funções fabris em uma empresa, como Operador de Máquina A, B e C. Embora exijam os mesmos requisitos básicos, as naturezas das tarefas são diferentes. Nesse caso, é recomendável separar as descrições de cargo para evitar uma padronização excessiva de funções e reconhecer as peculiaridades de cada atividade. pg. 4. Cargos de ND e RD – Naturezas Diferentes e Requisitos Diferentes: Considere os cargos de Carpinteiro e Serralheiro em uma empresa de construção. Embora ambos exijam habilidades manuais e experiência, as naturezas das atividades são completamente diferentes: um trabalha com madeira, enquanto o outro trabalha com metal. Neste caso, é essencial separar as descrições de cargo, pois não há relação significativa, seja pela natureza das tarefas, seja pelos requisitos necessários. TÍTULO DO CARGO: Identificação clara e objetiva do nome do cargo. SETOR/ DEPARTAMENTO: Identificação do setor/ departamento de vínculo do cargo. RESPONSABILIDADES PRINCIPAIS: Detalhamento das principais tarefas e obrigações inerentes ao cargo. REQUISITOS EDUCACIONAIS E DE EXPERIÊNCIA: Especificação dos níveis educacionais e experiência profissional recomendados para ocupar o cargo. HABILIDADES TÉCNICAS E COMPORTAMENTAIS: Escreva as habilidades comportamentais necessárias. Escreva as habilidades técnicas, os cursos e idiomas que são imprescindíveis. RESTRIÇÕES: Restrições inerentes ao cargo. CADA CARGO É METICULOSAMENTE DESCRITO PARA PROPORCIONAR UMA VISÃO DAS RESPONSABILIDADES E REQUISITOS ASSOCIADOS. A DESCRIÇÃO DE CARGOS INCLUI ELEMENTOS COMO: 02 BENEFÍCIOS DA IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DE CARGOS: Baseia decisões de recrutamento, promoção e treinamento em informações claras e específicas sobre cada cargo. 1. TOMADA DE DECISÕES EMBASADAS: Garante que as funções estejam em sintonia com os objetivos globais da organização, contribuindo para o sucesso organizacional. 2. ALINHAMENTO ESTRATÉGICO: Facilita o desenvolvimento de planos de carreira e programas de treinamento, permitindo que os colaboradores compreendam as habilidades necessárias para avançar em suas trajetórias profissionais. 3. DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA: O propósito deste processo é examinar e contrastar as responsabilidades associadas a diferentes cargos, visando categorizá- los em classes com base em uma ordem específica de características e requisitos. Essa categorização busca estabelecer uma padronização que facilite a administração do sistema de remuneração. Os fatores de avaliação aplicados aos cargos abrangem aspectos mentais, físicos e responsabilidades.Existem diversos métodos de avaliação de cargos, cada um com suas características e abordagens específicas. A escolha do método dependerá das necessidades e da cultura organizacional. 2.3 A AVALIAÇÃO DOS CARGOS MÉTODO PONTUAL CARACTERÍSTICAS: Atribui pontos a cada fator ou elemento de um cargo. Geralmente, utiliza-se uma tabela de avaliação com diferentes graus para cada fator. PROCESSO: Identificação e definição dos fatores de avaliação. Atribuição de pontos para cada fator com base nos graus estabelecidos. Soma dos pontos para obter a pontuação total do cargo. MÉTODO POR FATORES CARACTERÍSTICAS: Divide os cargos em fatores específicos, como habilidades, responsabilidades, condições de trabalho, entre outros. Cada fator é avaliado separadamente, e a pontuação final é calculada somando os pontos atribuídos a cada fator. PROCESSO: Identificação e definição dos fatores relevantes. Avaliação separada de cada fator para cada cargo. Combinação das pontuações para determinar a pontuação final. MÉTODO POR CATEGORIAS OU GRUPOS CARACTERÍSTICAS: Agrupa cargos em categorias ou classes, estabelecendo critérios para cada categoria. Menos detalhado que o método pontual ou por fatores. PROCESSO: Identificação e criação de categorias de cargos. Classificação de cada cargo em uma categoria específica com base em critérios pré- definidos. MÉTODO POR RANKS OU ESCALONAMENTO CARACTERÍSTICAS: Os cargos são classificados em uma ordem hierárquica com base em sua importância ou complexidade. Não envolve atribuição de pontos, apenas a determinação de posições relativas. PROCESSO: Comparação direta de cargos, estabelecendo uma ordem de importância. Classificação dos cargos em uma sequência hierárquica. MÉTODO POR COMPARAÇÃO DE PARES CARACTERÍSTICAS: Os cargos são comparados dois a dois, determinando qual deles é mais complexo ou importante. Esse processo é repetido até que todos os cargos sejam comparados. PROCESSO: Seleção de dois cargos para comparação. Identificação do cargo mais complexo ou importante. Repetição do processo até que todos os cargos tenham sido comparados. MÉTODO POR GRADAÇÃO DE TÍTULOS CARACTERÍSTICAS: Baseia-se na atribuição de títulos específicos a cargos com diferentes níveis de responsabilidade ou complexidade. Cada título representa uma categoria ou classe específica. PROCESSO: Definição de títulos e critérios associados a cada nível. Atribuição de títulos aos cargos com base em sua posição na hierarquia organizacional. A pesquisa salarial é uma prática necessária para as organizações que buscam compreender e manter a competitividade de seus pacotes remuneratórios no mercado de trabalho. Pesquisa Salarial por Amostragem: Este método envolve a coleta de dados salariais de uma amostra representativa de empresas do mesmo setor ou da mesma região. A escolha da amostra deve refletir a diversidade do mercado. Após a coleta, os dados são analisados estatisticamente para determinar médias, medianas e outros indicadores. Pesquisa Salarial por Cargo: Foca na análise de salários específicos para cargos similares ou idênticos em várias organizações. Essa abordagem busca criar uma visão mais detalhada das tendências salariais para funções específicas, permitindo comparações diretas entre as remunerações oferecidas para um mesmo cargo. Pesquisa Salarial por Segmentação de Mercado: Consiste em dividir o mercado de trabalho em segmentos específicos, como setores industriais, tamanhos de empresas ou regiões geográficas. A pesquisa é conduzida separadamente para cada segmento, reconhecendo as diferenças de remuneração que podem existir entre eles. PESQUISA E ESTRUTURA SALARIAL CAPÍTULO 3 3.1 MÉTODOS DE PESQUISA SALARIAL MÉTODO DE PESQUISA SALARIAL PESQUISA SALARIAL POR AMOSTRAGEM DESCRIÇÃO EXEMPLO DE APLICAÇÃO PESQUISA SALARIAL POR CARGO PESQUISA SALARIAL POR SEGMENTAÇÃO DE MERCADO Coleta dados de salários de uma amostra representativa de empresas. Analisa salários para cargos similares ou idênticos em várias organizações. Divide o mercado em segmentos específicos para análise. Coletar salários de 20 empresas do setor de tecnologia na região metropolitana. Calcular médias e medianas. Comparar salários de Engenheiro de Software em diferentes empresas de desenvolvimento de software. Pesquisar salários de profissionais de marketing em empresas de diferentes tamanhos (pequenas, médias e grandes). As políticas de remuneração são diretrizes e práticas estabelecidas por uma organização para definir como ela remunera seus colaboradores em troca de suas contribuições. Essas políticas não apenas visam atrair talentos, mas também a retenção, motivação e engajamento dos profissionais. Chiavenato (2003, p. 85) evidencia que uma política de remuneração: 3.2 POLÍTICAS DE REMUNERAÇÃO 1. deve formar uma parte constitutiva e integral da política de pessoal da empresa; 2. os salários devem ser baseados primariamente do valor do cargo, de acordo com a avaliação do cargo; 3. as classes de cargos facilitam a estrutura administrativa, mas não proporcionam a história global na determinação dos salários; 4. o sistema deve proporcionar maior flexibilidade para recompensar o mérito pessoal, desempenho e tempo de serviço. o bom desempenho deve ser premiado. A eficácia deve ser recompensada; 5. a política para progressão salarial deve ser relacionada com o número de classes de cargos e com os procedimentos de revisão; 6. o sistema deve ser flexível a fim de facilitar o desenvolvimento e a mobilidade interna do pessoal, além de acomodar mudanças motivadas por pressões inflacionárias externas e mudanças nos valores relativos de mercado; 7. o sistema deve ajudar no recrutamento e na retenção de empregados adequados; 8. todas as pessoas devem estar conscientizadas dos respectivos componentes do sistema; 9. o sistema deve facilitar o custeio e o controle; 10. a situação nunca é estática, deve permitir constante adequação ao futuro, com relação a previsões e orçamentos. Este processo envolve a definição de faixas salariais, níveis hierárquicos e critérios que orientam a remuneração dos colaboradores. Definição de Faixas Salariais: A primeira etapa na construção da estrutura salarial é a definição de faixas salariais que agrupam cargos semelhantes ou de mesmo nível hierárquico. Essas faixas proporcionam limites claros para os salários, evitando discrepâncias injustificadas. Políticas de Progressão Salarial: Estabelecer políticas de progressão salarial é necessário para garantir que os colaboradores tenham oportunidades de avanço na carreira. Essas políticas podem incluir aumentos automáticos com base no tempo de serviço, mérito ou promoções. Cálculo de Aumentos e Incentivos: A estrutura salarial deve levar em consideração os critérios para calcular aumentos salariais e a concessão de incentivos. Isso pode envolver fatores como desempenho individual, resultados da equipe ou atingimento de metas organizacionais. Equidade Interna e Externa: Garantir a equidade interna implica em remunerar de maneira justa cargos que exigem habilidades e responsabilidades semelhantes dentro da organização. A equidade externa, por sua vez, visa manter os salários competitivos em relação ao mercado, evitando defasagens ou excessos. 3.3 CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA SALARIAL Análise de Benchmarking: A análise de benchmarking salarial, comparando as práticas remuneratórias da organização com as do mercado, é uma ferramenta valiosa na construção da estrutura salarial. Isso ajuda a manter a competitividade e atratividade para retenção de talentos. Comunicação Transparente: Uma comunicação transparente sobre a estrutura salarial é essencial. Os colaboradores devem compreender como os salários são determinados, quais políticas de progressão estão em vigor e quais critérios são considerados para aumentos e incentivos. Revisões Periódicas: A estrutura salarial não é estática. Revisões periódicas são necessárias para ajustar as faixas salariais conforme as mudanças no mercado, evolução dasresponsabilidades dos cargos e alinhamento com a estratégia organizacional. Nível Hierárquico Faixa Salarial (Anual) Política de Progressão Critérios de Aumento Benchmarking de Mercado Diretor Executivo R$ 250.000 - R$ 350.000 Mérito e Desempenho Resultados Organizacionais Posicionamento em relação a empresas do mesmo porte no setor Gerente Sênior R$ 120.000 - R$180.000 Tempo de Serviço e Mérito Metas de Departamento Comparação salarial com empresas concorrentes Analista de Projeto R$ 70.000 - R$ 90.000 Progressão Linear Avaliação de Desempenho Pesquisa salarial em organizações similares Assistente Administrativo R$ 40.000 - R$ 55.000 Tempo de Serviço Metas Individuais Posicionamento em relação a empresas locais Estagiário R$ 15.000 - R$25.000 Sem Progressão Avaliação de Supervisor Comparação com padrões de remuneração para estágios REMUNERAÇÃO É GÊNERO E SALÁRIO É A ESPÉCIE DESSE GÊNERO. Salário: Segundo Paschoal (2001, p. 11), “o salário se origina basicamente do valor do cargo e, dentro dele, as eventuais variações têm origem, de um lado, nas qualificações e, de outro, na performance dos seus ocupantes, de acordo com a política salarial da organização”. O salário é a contraprestação financeira regular, geralmente paga mensalmente, que um empregador oferece a um trabalhador em troca dos serviços prestados. Ele é uma parte fundamental do contrato de trabalho e representa a compensação monetária pela contribuição do funcionário para as atividades e metas da empresa. Remuneração: A remuneração é um termo mais abrangente que engloba todas as formas de compensação financeira e benefícios que um trabalhador recebe como resultado de seu emprego. Enquanto o salário é um componente específico da remuneração, esta última pode incluir outros elementos, como bônus, participação nos lucros, comissões, benefícios adicionais, como seguro de vida, plano de aposentadoria, entre outros. Em resumo, a remuneração representa a totalidade das recompensas financeiras e benefícios oferecidos ao empregado em virtude de seu trabalho. O art. 457 da CLT menciona que se compreendem na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber, as gratificações legais e as comissões, além dos adicionais devidos decorrentes da prestação de serviços como horas extras, adicional noturno, insalubridade, periculosidade, dentre outros. MÓDULO 2: REMUNERAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRAS pg CAPÍTULO 4: TIPOS DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS Horas Extras; Adicional Noturno; Adicional de Periculosidade; Adicional de Insalubridade; DSR (descanso semanal remunerado); Comissões; Gratificação Quebra-caixa; Gorjetas. AS VERBAS CONSIDERADAS COMO REMUNERAÇÃO E QUE FAZEM BASE PARA CÁLCULO DE 13º SALÁRIO, FÉRIAS, RESCISÕES ENTRE OUTRAS, SÃO: pg Abonos; Prêmios (assiduidade, triênio, anuênio, biênios, quinquênios); Ajuda de custos (qualquer valor); Abonos habituais Salário in Natura – fornecimento habitual de qualquer vantagem concedida ao empregado (aluguel de casa, carros, escola de filhos etc.). Diárias para viagem, ainda que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário recebido pelo empregado. A PARTIR DE 11 DE NOVEMBRO DE 2017, A LEI 13.467/2017, POR MEIO DA ALTERAÇÃO NO PARÁGRAFO 2º DO ARTIGO 457 DA CLT, DETERMINOU QUE, MESMO QUANDO OCORREM DE MANEIRA REGULAR, CERTOS ELEMENTOS NÃO SÃO CONSIDERADOS COMO PARTE DA REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO: A remuneração fixa é a parte consistente e previsível do pacote salarial, composta pelo salário base mensal ou anual de um colaborador. Essa modalidade é estável e não está atrelada ao desempenho imediato do indivíduo. Os benefícios, como plano de saúde, vale-refeição e férias remuneradas, também são considerados componentes da remuneração fixa. Características e Conceitos: Estabilidade: Proporciona uma renda regular e constante para os colaboradores. Previsibilidade: Facilita o planejamento financeiro, já que o valor é conhecido e regular. Base Hierárquica: Geralmente está vinculada à posição e responsabilidades do cargo. Aplicações: Posições com Responsabilidades Estáveis: Cargos administrativos, de suporte e operacionais. Estabilidade Financeira: Situações em que a previsibilidade é necessária, como empréstimos e financiamentos. Equilíbrio com Remuneração Variável: Complementa componentes de remuneração variável para criar um pacote completo. A remuneração variável é composta por componentes que podem flutuar com base no desempenho individual, de equipe ou organizacional. Essa abordagem visa recompensar diretamente o alcance de metas específicas, incentivando a excelência e o alinhamento com os objetivos da empresa. Características e Conceitos: Incentivo ao Desempenho: Está diretamente ligada ao alcance de metas e objetivos. Dinamismo: Pode variar de período para período, dependendo do desempenho. Motivação: Funciona como um estímulo adicional para alcançar metas e superar expectativas. Aplicações: Vendas e Comissões: Comissões baseadas em vendas atendem ao desempenho dos profissionais de vendas. Participação nos Lucros (PLR): Compartilhamento de lucros como recompensa pelo desempenho organizacional. Bônus por Metas: Pagamentos adicionais vinculados ao alcance de objetivos específicos. REMUNERAÇÃO VARIÁVEL: 4.1 REMUNERAÇÃO FIXA E VARIÁVEL: CONCEITOS E APLICAÇÕES REMUNERAÇÃO FIXA: DEFINIÇÃO DE BENEFÍCIOS: Os benefícios são elementos adicionais à remuneração que as organizações oferecem aos seus colaboradores como parte do pacote total de compensação. Esses benefícios visam melhorar a qualidade de vida dos funcionários, promover satisfação no trabalho e, muitas vezes, contribuir para a atração e retenção de talentos. 4.2 BENEFÍCIOS: DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS: Os benefícios podem ser classificados em várias categorias, atendendo a diferentes necessidades e prioridades dos funcionários. Os benefícios compreendem vantagens e facilidades fornecidas pela empresa aos seus colaboradores além do salário base. Eles podem assumir diversas formas e abrange desde aspectos financeiros, como planos de saúde, até benefícios voltados para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, como flexibilidade de horários. BENEFÍCIOS FINANCEIROS: Salário e Comissões: A compensação direta, incluindo salário base e comissões por desempenho. Participação nos Lucros (PLR): Pagamentos com base nos resultados financeiros da empresa. BENEFÍCIOS DE PROTEÇÃO SOCIAL: Plano de Saúde: Cobertura para despesas médicas e hospitalares. Seguro de Vida: Proteção financeira para os beneficiários em caso de falecimento. Seguro de Acidentes Pessoais: Cobertura para acidentes não relacionados ao trabalho. BENEFÍCIOS DE BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA: Vale-Refeição e Vale-Alimentação: Auxílio alimentação concedido por meio de cartões ou vales. Auxílio Creche: Apoio financeiro para custos relacionados ao cuidado de filhos pequenos. Programas de Bem-Estar: Iniciativas que promovem saúde mental e física, como programas de ginástica laboral e atendimento psicológico. BENEFÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: Educação Corporativa: Reembolso ou auxílio para cursos e treinamentos relacionados ao trabalho. Plano de Carreira: Orientação e oportunidades para avanço na carreira dentro da empresa. BENEFÍCIOS DE FLEXIBILIDADE E EQUILÍBRIO ENTRE VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL: Trabalho Remoto e Flexibilidade de Horários: Possibilidade de realizar o trabalho fora do escritório ou ajustar o horário de trabalho. Férias Flexíveis: Opções para agendamento de férias de acordo com as necessidades do funcionário. BENEFÍCIOS SOCIAIS: Eventos e Atividades da Empresa: Confraternizações, eventos sociais e atividades de consolidação de equipe.. TIPOS DE BENEFÍCIOS Obrigatórios: São benefícios que a legislação, acordos coletivos ou convenções determinam que as empresas devem fornecer, tais como férias, 13º salário, aposentadoria, horas extrase licença maternidade. Espontâneos: São benefícios oferecidos de forma voluntária pela empresa, sendo uma decisão estratégica. Exemplos incluem planos de saúde, seguro de vida, horários flexíveis, entre outros. CLASSIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS QUANTO À EXIGÊNCIA: A. CLASSIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS QUANTO À NATUREZA: Benefícios monetários: Consistem em concessões financeiras, como 13º salário, férias remuneradas e aposentadorias. Benefícios não monetários: Englobam serviços, vantagens e facilidades, como refeitórios, assistência médica, transporte fretado, oportunidades de desenvolvimento e reconhecimento. B. CLASSIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS QUANTO AOS OBJETIVOS: Assistenciais: Têm o propósito de oferecer suporte ao empregado e sua família em situações imprevistas e emergenciais, como planos de saúde, empréstimos e seguro de vida. Recreativos: Visam proporcionar descanso, diversão e bem-estar mental ao colaborador, abrangendo benefícios como vale-cultura, sedes de lazer e promoção de atividades esportivas. Supletivos: Buscam facilitar e melhorar a qualidade de vida dos funcionários, incluindo benefícios como restaurante na empresa, transporte fretado e flexibilidade de horários. C. CAPÍTULO 5 O desenvolvimento da carreira do profissional não é responsabilidade da empresa, mas Moreira (2018, p. 20) afirma que “a empresa deve criar condições e situações de desenvolvimento, mas o grande responsável pela carreira é o próprio profissional”. A administração de carreiras refere-se ao processo contínuo de planejamento, desenvolvimento e gestão das trajetórias profissionais dos colaboradores dentro de uma organização. Ela visa alinhar as aspirações individuais dos funcionários com os objetivos estratégicos da empresa, promovendo um ambiente de trabalho motivador e estimulante. ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRAS (OU PLANO DE CARREIRA) Dutra (1996, p. 103) apresenta que, Para uma empresa com centenas, milhares ou dezenas de milhares de profissionais, seria impossível conciliar as diferentes expectativas de carreira das pessoas com as necessidades organizacionais, caso não fossem disponibilizadas diretrizes, estruturas de carreira, instrumentos de gestão etc., que chamamos de Sistema de Administração de Carreiras. Assim, o sucesso da administração de carreiras depende da parceria entre colaboradores e a organização. Os funcionários são incentivados a assumir um papel ativo em sua trajetória profissional, identificando metas e desenvolvendo habilidades relevantes. Simultaneamente, as empresas devem proporcionar oportunidades de crescimento, reconhecimento e equidade na progressão de carreira. O planejamento da carreira: Envolve a definição de metas a curto, médio e longo prazo, considerando os interesses, habilidades e valores individuais. Estratégias como a identificação de lacunas de competências, a busca por mentorias e o desenvolvimento contínuo são fundamentais para o planejamento eficaz. 1. Programas de Desenvolvimento de Carreira: empresas investem em programas robustos de desenvolvimento de carreira. Estes podem incluir treinamentos, workshops, mentorias e oportunidades de rotação, permitindo que os colaboradores adquiram novas habilidades e estejam preparados para assumir responsabilidades crescentes. 2. Capítulo 6: Desenvolvimento de Plano de Cargos e Salários na Prática Diagnóstico Organizacional:1. Antes de iniciar o desenvolvimento do PCS, é preciso realizar um diagnóstico organizacional, que envolve a análise das estruturas existentes de cargos e salários, a identificação de lacunas e a compreensão das necessidades específicas da organização. O diagnóstico servirá como base para a construção de um PCS alinhado aos objetivos estratégicos e à cultura da empresa. 2. Envolvimento das Partes Interessadas: O sucesso do PCS depende do envolvimento ativo das partes interessadas, incluindo líderes de equipe, gestores de RH e colaboradores. Promover a participação destes stakeholders no processo de desenvolvimento, através de entrevistas, pesquisas ou workshops, contribui para a criação de um plano que seja equitativo, transparente e aceito por todos. MÓDULO 3: IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA 3. Descrição e Análise de Cargos: A elaboração de descrições de cargos detalhadas e a análise de cada função são passos importantes e, envolve identificar responsabilidades, habilidades necessárias e requisitos para cada cargo. A análise de cargos fundamenta a estruturação da remuneração, garantindo equidade e consistência. 4. Pesquisa Salarial: Realizar uma pesquisa salarial é essencial para entender as práticas remuneratórias do mercado. Ao identificar a média salarial para cargos similares em outras organizações terá ajuda para posicionar competitivamente a remuneração oferecida pela empresa, contribuindo para a atração e retenção de talentos. 5. Estruturação e Classificação de Cargos: Com base nas análises de cargos e na pesquisa salarial, procede-se à estruturação e classificação dos cargos. Estabelecer faixas salariais, níveis hierárquicos e critérios de progressão é necessário para criar uma estrutura coerente e alinhada com a hierarquia organizacional. 6. Comunicação e Treinamento: Com a implementação do PCS, a comunicação clara e eficaz se torna necessária. Colaboradores devem ser informados sobre as mudanças, os critérios de avaliação e as oportunidades de desenvolvimento. Além disso, programas de treinamento podem ser implementados para garantir a compreensão e a adesão adequadas ao novo sistema. 7. Monitoramento e Revisão Contínua: Um PCS eficaz requer monitoramento constante e revisões regulares. Mudanças nas estruturas organizacionais, no mercado ou nas leis trabalhistas podem impactar a eficácia do plano. A realização de avaliações periódicas permite ajustes necessários para manter a relevância e eficácia do PCS ao longo do tempo. REFERÊNCIAS BRASIL. Consolidação das leis do trabalho (CLT). 48. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. ______. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diário Oficial da União, Brasília, 2017. CHIAVENATO, I. Remuneração, Benefícios e Relações de Trabalho. São Paulo, 2003. DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelos, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 1996. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3º ed. São Paulo: Futura, 2000. MOREIRA, L. S. Plano de carreira: a opinião dos gestores e colaboradores para a empresa laranja mecânica Ltda. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração) - Centro Universitário UNIRG, Tocantins, 2018. PASCHOAL, L. Administração de cargos e salários: manual prático e novas metodologias. 2. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. SILVA, M. de O. Cargos e salários. In: BOOG, Gustavo; BOOG, Magdalena (Coord.). Manual de gestão de pessoas e equipes. São Paulo: Gente, 2002. ZIMPECK, B. G. Administração de salários. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1990.