Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 1 ESCOLA FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS – DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA ROTEIRO DAS AULAS PRÁTICAS QUÍMICA DA ÁGUA Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 2008 DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 2 SEGURANÇA DE TRABALHO NO LABORATÓRIO É de interesse de todos da comunidade universitária que seja possível trabalhar em um ambiente seguro e saudável. Medidas sérias devem ser tomadas para minimizar os riscos e assim evitar os possíveis acidentes no laboratório. É importante salientar que as conseqüências de um acidente podem ser desastrosas não somente para quem o causou, mas também para os colegas do laboratório. É portanto, primordial que as pessoas que trabalham em um laboratório de química estejam cientes de suas responsabilidades e possuam uma atitude positiva para a obtenção de um local de trabalho seguro. “Seu primeiro acidente pode ser o último. Só depende de você.” DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo iii ÍNDICE Sumário Determinação do Teor de Sólidos Totais, Suspensos, Voláteis e Sedimentáveis .......... 1 Titulação Ácido-Base Potenciométrico ......................................................................... 2 Acidez .............................................................................................................. 3 Alcalinidade .............................................................................................................. 4 Dureza .............................................................................................................. 5 Turbidez e Oxigênio Dissolvido .................................................................................... 6 Nitrogênio Total - Método de Kjeldahl ......................................................................... 7 Demanda Química de Oxigênio (DQO) ........................................................................ 8 Determinação de Óleos e Graxas ................................................................................... 9 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) .................................................................. 11 DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo iv DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 1 Determinação do Teor de Sólidos Totais, Suspensos, Voláteis e Sedimentáveis Objetivo: Determinar a concentração de sólidos totais, suspensos (fração inorgânica) e voláteis (fração orgânica) de uma amostra de resíduo industrial Determinar a concentração de resíduos sedimentáveis medidos através do Cone Innhoff Equipamentos e Material: Balança analítica Dessecador Estufa Mufla Cadinhos de porcelana Amostra Procedimento: Sólidos Totais, Suspensos e Voláteis 1. Efetuar a pesagem do cadinho de porcelana vazio (P0, mantido por 2 horas em mufla, à 5500C) que se encontra no dessecador. CUIDADO! Não segure o cadinho com as mãos, utilize um papel ou uma pinça para este procedimento. 2. Homogeneizar bem a amostra e transferir 10 ml para o cadinho de porcelana. Levar a amostra para estufa mantida à 103 - 1050C por 24h, ou até atingir peso constante. Decorrido este tempo, transferir para o dessecador até que esfrie e efetuar nova pesagem (P1). 3. Em seguida, transferir a amostra para a mufla à 5500C por 2 horas. Decorrido este tempo, esfriar novamente em dessecador e efetuar a pesagem (P2). B. Resíduos Sedimentáveis 1. Transferir exatamente um litro de amostra para o cone Innhoff. 2. Efetuar a leitura após 60 min. Calcular a velocidade de sedimentação em mL/h Cálculos: 1. Sólidos Totais: ST (mg/L) = (P1 - P0)1000/vol. amostra (L) 2. Sólidos Totais Fixos: STF (mg/L) = (P2 - P0)1000/vol. amostra (L) 3. Sólidos Totais Voláteis: STV (mg/L) = ST - STF DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 2 Titulação Ácido-Base Potenciométrico Objetivo: Adquirir prática de titulação bem como verificar as diferenças de determinação do ponto final da titulação por dois diferentes métodos, titulação visual e titulação potenciométrica. Reagentes: NaOH 0,1 mol/L (já padronizado) Solução de HCl (amostra) fenolftaleína alaranjado de metila Procedimento: ÁCIDO FORTE X BASE FORTE A - Titular 25 mL de HCl 0,1 mol/L com a solução padrão de NaOH, utilizando fenolftaleína como indicador (triplicata). B - Titular 25 mL de HCl 0,1 mol/L com a solução padrão de NaOH, potenciometricamente (sem indicador). Anotar os volumes gastos para cada valor inteiro de pH até pelo menos mais 5 mL além do volume do pH de equivalência, tomando-se o cuidado de anotar os mesmos em intervalos de 0,2 unidades de pH perto do ponto de equivalência. ÁCIDO FRACO (AMOSTRA) X BASE FORTE C – Titular 25 mL da amostra de concentração desconhecida com a solução de NaOH, utilizando fenolftaleína como indicador (triplicata) D – Titular potenciometricamente 25 mL da amostra de concentração desconhecida com a solução de NaOH. Seguir o mesmo procedimento mencionado no item B. Obs: O relatório deve conter: - introdução abordando a importância e os diferentes métodos de titulação ácido base. - calcular o ponto final de titulação graficamente e através dos métodos de primeira e segunda derivadas. - comparar os resultados visuais e potenciométricos, discutindo as vantagens e desvantagens de ambos. DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 3 Acidez Objetivo: Determinar a acidez de soluções aquosas Reagentes: NaOH 0,1 mol/L fenolflateína alaranjado de metila Procedimento: MEDIDAS DE ACIDEZ: Ponto final de titulação: pH 3,7 (acidez de alaranjado de metila) e pH 8,3 (acidez de fenolftaleína ou acidez total). A – prepare 250 mL de solução 0,02 mol/L de NaOH a partir da solução padrão de NaOH 0,1 mol/L B – titule a amostra com solução de NaOH 0,02 mol/L, se possível até os dois pontos finais de equivalência, usando os respectivos indicadores visuais. Cálculos 1. calcule a acidez e em termos de mg de CaCO3/L. Lembre-se que o equivalente grama do CaCO3 é igual a sua massa molar dividido por 2 Acidez (mg CaCO3/L) = (VNaOH x [NaOH] x 50000)/Vamostra DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 4 Alcalinidade Objetivo: Determinar a alcalinidade de soluções aquosas Reagentes: HCl 0,1 mol/L fenolflateína verde de bromocresol Procedimento: MEDIDAS DE ALCALINIDADE: Ponto final de titulação: pH 8,3 (alcalinidade de fenolftaleína) e pH 4,5 (verde de bromocresol ou alcalinidade total). C – prepare 250 mL de solução 0,02 mol/L de HCl a partir da solução padrão de HCl 0,1 mol/L D – titule a amostra com solução de HCl 0,02 mol/L, até os dois pontos finais de equivalência, usando os respectivos indicadores visuais. É comum utilizar soluções 0,02 mol/L de ácido sulfúrico como titulante, mas o Standard Methods indica o uso de um ou outro ácido, o que importa mesmo é que a sua concentração seja conhecida. Cálculos 1. calcule a alcalinidade em termos de mg de CaCO3/L. Lembre-se que o equivalente grama do CaCO3 é igual a sua massa molar dividido por 2. calcule a alcalinidade em termos de alcalinidade de bicarbonato, carbonato ou hidroxila. Acidez (mg CaCO3/L) = (VNaOH x [HCl] x 50000)/Vamostra DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 5 Dureza Objetivo: Determinar os valores de dureza da amostra de água do rio e avaliar os valores encontrados com os limites recomendáveis paraágua de abastecimento (Padrões de Potabilidade) Reagentes: Solução tampão de amônia Solução Padrão de EDTA Indicador: Negro de eriocromo-T Amostra de água Procedimento: A - Titular 25 mL da amostra de água, adicionando 0,5ml da solução tampão de Amônia com a solução padrão de EDTA. Adicionar alguns grãos do indicador negro de eriocromo. Anotar os volumes de EDTA gastos para cada titulação Fazer em duplicata. Cálculos: Onde A = mg de CaCO3 equivale a 1,00 ml do titulante EDTA (= 1,152) )mL(V A1000)mL(V CaCOmgL amostra EDTA 3 1 DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 6 Turbidez e Oxigênio Dissolvido Objetivo: Determinar o valor de turbidez em várias amostras de água e comparar os resultados com os padrões de potabilidade estabelecidos pela ABNT, bem como o valor de OD Material: Turbidímetro Oxímetro Amostras de água Procedimento: Calibrar o turbidímetro e o oxímetro e executar as leituras em várias amostras de água Observação: Contemplar no Relatório: Introdução - quais as substâncias responsáveis pela turbidez nas águas Porque existe padrão de turbidez para água de abastecimento. Informações sobre OD DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 7 Nitrogênio Total - Método de Kjeldahl OBJETIVO Determinar o conteúdo de nitrogênio total presente numa amostra EQUIPAMENTOS Unidade de Digestão e Destilação - Büchi pH-metro REAGENTES Ácido sulfúrico concentrado Ácido sulfúrico - 0,09 mol L-1 Ácido bórico Sulfato de potássio - K2SO4 Sulfato de cobre - CuSO4. 5 H2O Hidróxido de sódio - NaOH PROCEDIMENTO 1- Digestão da amostra - 120 min Transferir para os tubos de digestão 25 mL da amostra, lembrar de colocar em um tubo 25 mL de água destilada (branco). Adicionar para cada amostra, 15 mL de ácido sulfúrico concentrado; 2,5 g de K2SO4 e 0,7 g de CuSO4.5H2O. Transferir todo o conjunto para a unidade de digestão Deixar digerindo por 120 min, colocar o indicador no ponto 6 Deixar esfriar. 2- Destilação Transferir para um béquer de 600 mL 0,12 mg de ácido bórico e diluir com 50 mL de água destilada. Colocar o béquer na saída do destilador. Conectar a amostra na unidade de destilação, adicionando 60 mL de hidróxido sódio (36%), ou até a solução se tornar escura. Destilar por 4 min, coletando em torno de 150 mL de destilado. Titular a amostra com solução de ácido sulfúrico 0,09 mol L-1 até pH 4,65, utilizando um eletrodo de pH previamente calibrado. 3- Cálculos amostra ácidoácido1 total V MV mgLN DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 8 Demanda Química de Oxigênio (DQO) OBJETIVO Determinar o valor da DQO presente numa amostra. EQUIPAMENTOS Digestor Espectrofotômetro REAGENTES ( previamente preparados) Solução de digestão: Dissolver 1,0216 g de K2Cr2O7 em 50 mL de água destilada. Adicionar 16,7 mL de H2SO4 concentrado e 3,33 g de HgSO4. Diluir para 100 mL. Reagente de ácido sulfúrico: 5,5 g de Ag2SO4 por kg de H2SO4 Padrão de biftalato de potássio (KHP) 1000 mg O2/L: Dissolver 0,085 g de biftalato de potássio em 100 mL de água destilada. PROCEDIMENTO Preparar várias diluições da amostra, caso não se conheça os valores prévios de DQO. Preparar também um branco, somente com água destilada. Adicionar aos tubos de digestão: 1,2 mL da solução de digestão e 2,8 mL da solução reagente de H2SO4. Adicionar 2,0 mL da amostra aos tubos previamente preparados com os reagentes. Transferir-los para o digestor e efetuar a digestão por 2 horas. Esperar esfriar e efetuar a leitura no espectrofotômetro no comprimento de onda de 620 nm. CÁLCULO Construa o gráfico de absorbância em função da concentração de DQO, empregando os valores de uma curva de calibração previamente preparada. Determinar o valor da DQO nas amostras. DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 9 Determinação de Óleos e Graxas OBJETIVO Determinar o conteúdo de gordura contido numa amostra EQUIPAMENTO Método de Extração Soxlet Aparelho de extração contendo cartucho de extração de papel Bomba de vácuo pHmetro REAGENTES Solvente: n-hexano Ácido Sulfúrico PROCEDIMENTO: 1- Preparo da amostra: Levar os frascos de vidro (reboilers) para estufa a 1030C por 30 minutos. Deixar esfriar em dessecador e efetuar pesagem ( P0). Esta etapa já foi realizada pelo técnico do laboratório para otimizar o experimento! Preparar um filtro de papel do tamanho do funil de Buchner, revestido com algodão. Com auxílio da bomba de vácuo iniciar a filtração da amostra (100 ml previamente acidificada com H2SO4 para pH em torno de 2,0). Esta operação deverá ser realizada gota a gota, para que não perfure a camada de algodão. Com auxílio de uma pinça, transferir o conjunto (papel de filtro e algodão) para o cartucho de extração. Tampar o cartucho com pedaço de algodão. 2- Fervura (mais ou menos 1 h) Abrir a torneira de água de resfriamento. Preencher os copos reboilers com 150 mL de hexano e colocar no extrator. Apertar o botão da presilha superior, baixar a vareta com o gancho pendurar o berço de celulose. Levantando novamente o conjunto dos berços. Apertar novamente o botão da presilha superior, descer o berço apoiando levemente no fundo do copo reboiler. Ligar o controlador e ajustar o gotejamento (em torno de 80 a 90 gotas/minuto para todas as provas). 3- Lavagem por refluxo (mais ou menos 30 minutos) Levantar os berços até a altura do bico gotejador, deixando em refluxo por 30 min. Esta operação é muito importante, para lavar os últimos traços de gordura que ficaram retidos no berço celulósico, contribuindo assim para melhorar a reprodutibilidade dos resultados. DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 10 4- Recuperação do solvente (tempo indeterminado) Fechar a válvula STOP FLOW de passagem impedindo desta maneira o retorno do hexano para dentro do reboiler, ficando o mesmo retido no depósito do condensador. Abrir rapidamente a válvula para poder dar um banho forte de solvente no berço, tornando a fechar a válvula. Quando quase todo o solvente evaporar para o depósito, desligar o aquecimento. Não deixar evaporar até a secura, para não degradar a gordura retida no reboiler. Desacoplar os reboilers e os condensadores. 5- Final Levantar o conjunto de vidro, retirar o reboiler e levar para a estufa à 700C até secura do solvente. Esfriar em dessecador e efetuar a pesagem (P1) 6- Cálculos Expressar o teor de gorduras em mg/L. DFQ – ICE – UNIFEI Química da Água – QUI 213 Profa. Dra. Márcia Matiko Kondo 11 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) OBJETIVO Determinar o valor da DBO numa amostra de efluente EQUIPAMENTOS: Incubadora de DBO Oxímetro MATERIAIS E REAGENTES: Água de diluição: Adicionar 1 mL de cada uma das soluções abaixo e diluir para 1 L com água destilada. Aerar por aproximadamente 2 h. 1. Tampão fosfato: dissolver 8,5 g KH2PO4; 21,75 g K2HPO4; 33,4 g Na2HPO4.7H2O e 1,7 g NH4Cl em 1 L de água destilada. 2. Sulfato de magnésio: dissolver 22,5 g MgSO4.7H2O em 1 L 3. Cloreto de cálcio: dissolver 27,5 g CaCl2 em 1 L de água destilada 4. Cloreto férrico: dissolver 0,25 g FeCl3.6H2O em 1 L de água destilada Frascos de DBO Pipetas graduadas PROCEDIMENTO 1. Quantificar a concentração inicial de oxigênio dissolvido. 2. Preparar o “branco” do teste colocando em um frasco âmbar apenas água de diluição, previamente aerada. 3. Em 5 frascos transferir a água de diluição até a metade. 4. Com auxílio de pipetas, transferir para cada frasco os volumes selecionados de amostra 5.Completar os frascos com água de diluição e levar à incubadora mantendo a temperatura em 200C, juntamente com a “branco” 6. Decorridos 5 dias, medir o oxigênio dissolvido em cada um. 7. O valor da DBO será a diferença em entre o OD inicial e o final 8. Considerar apenas os valores entre 40% e 70% do OD inicial CÁLCULO amostra frascoamostrainicial V VODOD DBO
Compartilhar