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Tubos, Sondas e Drenos Introdução → Podem ser necessários no pré, trans e/ou no pós-operatório → Terapêuticos ou profiláticos → Temporários ou permanentes → Ativos (pressão negativa que aspira a secreção) ou passivos (compressão natural do organismo, retirando o líquido de forma passiva, sem aspiração) → Materiais: látex, silicone, plástico, teflon, polietileno e PVC → Calibres e tamanhos variáveis (Escala French define o calibre do cateter refere-se ao número de milímetros na circunferência interna da luz da sonda = 0,66 mm) Funções → Possibilitar a retirada de líquidos de cavidades corporais (tratamento clínico) → Possibilitar a retirada de ar de cavidades corporais → Possibilitar a infusão de líquidos e/ou medicações em cavidades corporais → Possibilitar a infusão de nutrientes em cavidades corporais → Localização: esôfago, estômago, vias biliares, intestino delgado, cólon ou reto Sonda Nasogástrica – Levin • Acesso nasal ou oral • Luz individual ou dupla → 2 vias da sonda • Marca radiopaca • Posição: paciente em decúbito dorsal, cabeceira inclinada 45° • Lubrificação da ponta (Xilocaína gel) • Posição de inserção: paciente em decúbito dorsal, cabeceira inclinada 45o • Pedir para o paciente deglutir • Comprimento 40-50 cm • Testes: aspirado gástrico, ausculta de injeção de ar e raio-x de controle • Fixação Sonda Orogástrica • Usados em bebês (nariz muito pequeno) e pacientes com suspeita de fratura de base de crânio Sonda Nasojejunal – Dobboff • Indicações: Nutrição enteral, medicações e descompressão nos casos de obstrução intestinal • Técnicas: Introdução: às cegas ou por fluoroscopia (arco em C ou Rx portátil) Fio-guia Peristaltismo – progressão para o jejuno Localização pelo raio-x Gastrostomia – Malecot • Sondas que penetram o estômago através da parede abdominal anterior • Indicações: Nutrição enteral Medicações Drenagem do estômago Pacientes com risco de broncoaspiração • Técnicas: Laparotomia, Laparoscopia, Percutânea com fluoroscopia, Endoscópica • Localização: estudo radiológico contrastado • Usados quando há perspectiva de precisar da sonda por muito tempo Jejunostomia • Sondas introduzidas através da parede abdominal anterior até o jejuno • Técnica: Jejuno pode estar ou não fixo à parede abdominal. • Fixação: sutura em bolsa ou túnel • Retirada por tração: após 4 semanas Balão de Sengstaken-Blakemore • Indicação: sangramento por varizes esofágicas • Técnica: Intubação → Introdução da sonda (via nasal ou oral) → Insuflar o balão gástrico → Controle com raio-x → Insuflar o balão esofágico → Aspiração contínua acima do BE com SNE → Controle com raio-x → Desinsuflar após 24h • Pode conseguir tratar o sangramento por compressão ou ajudar a conter o sangramento até fazer outro procedimento Dreno de Kehr • Sonda em formato de T • Indicações: drenagem das vias biliares colangiografia Cecostomia • Indicação: apendicite perfurada • Técnica: Percutânea (com fluoroscopia) ou cirúrgica • Retirada por tração: após 2 a 4 semanas Sonda Retal • Indicação: drenagem de fezes em pacientes acamados com diarreia ou incontinência fecal • Tipos de sondas: com e sem balão • Permanência máxima de 1 semana para evitar necrose anal por compressão → Indicação: drenagem de urina → Tipos: Alívio: usado para drenar a urina rapidamente sem precisar fixar a sonda (pela uretra ou punção suprapúbica) Supra-púbico (cistostomia): punção supra-púbica para drenagem rápida Cateter de Foley (com balão): cateter de demora Medida do débito urinário Tratamento de retenção urinária aguda Irrigação vesical Pós-operatório Duplo J: utilizado depois da retirada de cálculos da via urinária para manter o ureter pérvio Nefrostomia: drenagem direta do rim (fixado no flanco) Toracostomia Tubular • Indicações: Pneumotórax, Hemotórax, Quilotórax, Empiema (secreção purulenta), Derrame pleural persistente, Pós-operatórios • Técnica: Dreno tem extremidade multiperfurada Borda superior da costela inferior (entre o 4º-5º EI) → anestesia → incisão → abre com o dedo → introduz o dreno em direção posterossuperior (palpação para ver se está dentro da pleura) → fixa com ponto em U Conexão no selo d’água ou dispositivos de aspiração contínua Retirar o dreno após o fechamento da fístula aérea (ou seja, 24h depois que aparecer bolhas no selo d’água) Em caso de hemotórax, retirar quando começa a sair 100 ml ou menos Rx de tórax: observar se não dobrado, bem-posicionado, se a entrada do dreno não ficou muito próxima Dreno de Penrose • Dreno aberto ou passivo • Funções: drenagem de pus, sangue e líquidos corporais • Fixação: sutura inabsorvível + alfinete • Cobrir com curativo ou bolsa de ostomia • Remoção gradual ou de uma só vez c sucção fechada (PortoVac®) (ativo) • Função: drenagem de líquido seroso ou sanguinolento de locais de dissecção • Facilita a coaptação dos tecidos adjacentes • Impede a formação de seromas e hematomas • Permite monitorar o débito e a natureza do líquido drenado • Técnica: contra incisão e fixação com bailarina • Remoção quando a quantidade de secreção drenada atinge um nível aceitável Drenagem de Abcessos • Colocação: percutânea (guiada por USG ou TC) operatória • Cateter: ponta reta ou pigtail • Possibilitam estudos contrastados • Ex: abscesso hepático Riscos e Complicações → Introdução do cateter no cérebro → Perfuração: trajeto e órgão final (esôfago, estômago, duodeno, intestino) → Necrose por compressão (asa nasal, esôfago) → Refluxo gastroesofágico (esofagite, estenose, aspiração) → Infecções (sinusite, mediastinite, peritonite) → Celulite da parede abdominal → Sangramento → Erosão do dreno nos tecidos/órgãos vizinhos → Posicionamento incorreto → Obstrução intestinal → Colangite → Enfisema de SC → Obstrução da sonda ou dreno → Ruptura do dreno na retirada