Buscar

Educação Nutricional para Diabéticos 27-05

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
JULIANA CRISTINA MUNIZ LOPES HUMBERTO
JULIANA PEREIRA DOS SANTOS MEDEIROS
NATÁLIA CARNAVALE
EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABÉTICOS
SOROCABA 
2021
JULIANA CRISTINA MUNIZ LOPES HUMBERTO
JULIANA PEREIRA DOS SANTOS MEDEIROS
NATÁLIA CARNAVALE
EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABÉTICOS
Trabalho de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição, do curso de Nutrição da Universidade Paulista. 
Orientador (a): Prof. Sandra Regina Bicudo da Silva.
SOROCABA 
2021
JULIANA CRISTINA MUNIZ LOPES HUMBERTO
JULIANA PEREIRA DOS SANTOS MEDEIROS
NATÁLIA CARNAVALE
EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABÉTICOS
Trabalho de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição, do curso de Nutrição da Universidade Paulista. 
Orientador (a): Prof. Sandra Regina Bicudo da Silva.
Aprovado em:___________________
BANCA EXAMINADORA
 	/ 	/	
Universidade Paulista- UNIP
 	/ 	/	
Universidade Paulista- UNIP
 	/ 	/	 
Universidade Paulista- UNIP
	
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	Tema	7
1.2	Problema de Pesquisa	8
1.3	Hipótese	9
1.4	Justificativa	10
2	OBJETIVOS	11
2.1	Objetivo Geral	11
2.2	Objetivos Específicos	11
3	REFERENCIAL TEÓRICO	12
3.1	Diabetes mellitus	12
3.2	Complicações clínicas em casos de diabetes descompensada	18
3.3	Educação Nutricional para Diabéticos	22
4	METODOLOGIA	27
5	CRONOGRAMA	28
REFERÊNCIAS	29
ANEXOS	32
1 INTRODUÇÃO 
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que se caracteriza pela elevação dos níveis de glicose no sangue, que se origina a partir da deficiência e/ou restrição na produção do hormônio insulina. Para um tratamento efetivo se faz necessário que o indivíduo tenha consciência da sua atual condição de saúde e a partir disso possa refletir afim de modificar hábitos considerados inadequados para manutenção da glicemia, aderindo às práticas preventivas e protetoras da saúde (SANTOS, 2020).
A mudança de comportamento é o ponto crucial que define uma efetiva adesão ao tratamento proposto, pois diz respeito à adoção de atividades físicas, alimentação adequada e de maneira especial a promoção do autocuidado. A adesão ao tratamento pode ser considerada satisfatória quando o indivíduo assume a responsabilidade sobre a manutenção da sua condição de saúde, criando autonomia para modular seus comportamentos. Esta mudança de atitude é influenciada por diversos fatores e um deles é o conhecimento que a pessoa possui sobre a doença e o tratamento (FIGUEIRA et al., 2017). 
O tratamento do DM tipo 2 (DM2) inclui mudanças no estilo de vida, com a prática de exercícios físicos regularmente e o estabelecimento de uma dieta adequada. Quando o tratamento não medicamentoso não atinge os resultados esperados, ou a adesão é insatisfatória, é aplicada a terapia medicamentosa, iniciando-se com antidiabéticos orais (ADOs), e em determinadas situações, associa-se o uso de insulina (BRASIL, 2016). 
O uso de estratégias e ferramentas que facilitem a compreensão e a reflexão do indivíduo diabético é um fator que deve ser adotado por todos os profissionais de saúde adeptos à prática preventiva. A intervenção educativa deverá ser pautada em técnicas esclarecedoras, interativas e dinâmicas que busquem a interação com o público alvo e permita que estes ressignifiquem o seu estilo de vida. Essa modalidade de educação é de suma importância no controle dos níveis glicêmicos e autonomia do indivíduo, especialmente quando estruturada em uma perspectiva e crítica (SATO; AYRES, 2015). 
A complexidade impressa no processo saúde/doença do DM é definida pela sua expressiva prevalência, alta morbimortalidade e imensos custos gerados à vida das pessoas acometidas, sua família, sociedade e sistema de saúde, onde é necessário que as pessoas tenham conhecimentos que possibilitem a gestão adequada da doença. Dentre as políticas públicas para o DM e os consensos internacionais, um dos atributos em destaque dos profissionais da saúde, em especial os que compõem a Atenção Primária à Saúde (APS), é o desenvolvimento de atividades educativas, tanto no âmbito individual como coletivo para as pessoas com DM (SALCI; MEIRELLES; SILVA, 2018). 
Para tanto, a educação em saúde exige o rompimento das concepções e abordagens pedagógicas tradicionais que dominam o processo educacional. A abordagem mais almejada pelas políticas públicas que visa a educação em saúde é a sociocultural, em que o ser humano é compreendido em seu contexto, é sujeito de sua própria formação e se desenvolve por meio de um processo saudável de ação-reflexão-ação. Neste processo o indivíduo ainda se capacita, evidenciando a necessidade de ação concreta com base e valorização da sua realidade social, visando situações limites e superação das contradições. Essa educação deve ser pautada no diálogo claro, numa relação horizontal, como peça fundamental para a transformação em um processo que estimula a prática da ação-reflexão (FREIRE, 2011). 
A educação em saúde para o manejo e a prevenção das complicações crônicas do DM na Atenção Primária à Saúde abarca diversos sistemas que se encontram em constante interação, entre eles os profissionais em si, as equipes de Saúde da Família (ESFs), as equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), a gestão local, a gestão municipal, a estrutura local e as políticas de saúde em um dinâmico processo que permite a formação de redes de apoio dentro de redes de gestão. O contexto de complexidade impressos nestas redes envolve constantes relações marcadas por interligações, inter-relações, interconexões e múltiplas possibilidades oferecidas por esses sistemas, numa visão integradora que seja capaz de conceber inúmeras possibilidades (MORIN, 2011). 
A educação para o autocuidado tem como objetivo atingir toda população de pacientes com DM. Tendo este objetivo em vista, no ano de 2006 foi criada a National Standards for Diabetes Self-Management Education (DSME), com a intensão de garantir a qualidade da educação para o autocuidado fornecida aos pacientes com DM nos mais diversos cenários, baseados em evidências científicas. A educação para a saúde é reconhecida como um mecanismo eficaz na capacitação para o autocuidado, em que os pacientes cuidam da própria patologia. Essa estratégia educacional é conhecida por Empowering (empoderamento). Definida como meio para desenvolvimento da confiança do indivíduo nas suas capacidades, essa intervenção visa maximizar os recursos disponíveis e fornecer aos pacientes o conhecimento, a responsabilidade e as habilidades de efetuar mudanças de atitudes para promoção da melhora na própria saúde (IQUIZE et al., 2016). 
Para desenvolver a autonomia dos indivíduos portadores de doenças crônicas nas decisões do tratamento nutricional, novas abordagens se fazem necessárias. É preciso compreender as dificuldades relacionadas à adesão aos tratamentos em uso, o que pode explicar os desajustes do estado clínico, as ações de autovigilância exigidas em muitas doenças, as adaptações da rotina alimentar e do estilo de vida, pois isto reflete no nível de envolvimento do indivíduo no processo para realizar as mudanças (ANJOS; LEITE, 2020). 
1.1 Tema 
Para o tratamento efetivo de um indivíduo acometido com Diabetes Mellitus (DM), se faz necessário que ele tenha conhecimento da sua atual condição de saúde e a partir disso possa refletir e modificar hábitos considerados inadequados para manutenção da glicemia, efetivando a adesão a práticas alimentares e nutricionais preventivas e protetoras da saúde. Para isso, são importantes a aplicação de estratégias que promovam educação nutricional que visem a manutenção do estado de saúde e uma mudança geral no estilo de vida.
1.2 Problema de Pesquisa 
Como a aplicação efetiva de educação nutricional voltada especificamente à indivíduos acometidos pela Diabetes Mellitus interfere em suas mudanças de hábitos e estilo de vida?
1.3 Hipótese
As evidências apontam que parece haver umaresposta significativamente positiva extraídas dos projetos e programas de intervenção em educação nutricional aos indivíduos diabéticos, no tocante de parâmetros fisiológicos e psicológicos. 
1.4 Justificativa 
A diabetes é uma doença crônica de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina bem como da incapacidade desta de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência à insulina. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica, frequentemente acompanhada de dislipidemia, obesidade abdominal, hipertensão arterial e disfunção endotelial. O conjunto desses fatores pode elevar o risco de desenvolver outras comorbidades, tais como doenças cardiovasculares. (CARVALHO et al., 2012). 
Promover educação nutricional é uma estratégia para disseminar informações e alcançar o máximo possível de indivíduos, visando a melhora do estilo de vida, reduzindo significativamente índices de mortalidade e intervenções à nível de atenção secundária e terciária, que gera, além de tudo, redução de custos na rede de saúde pública. Além de tudo, as estratégias de intervenção visam minimizar os impactos desta patologia na vida dos indivíduos (ÁVILA; SILVA; COUTO, 2020).
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral
Realizar uma revisão sistemática da literatura atual que promova educação nutricional para a população diabética. 
2.2 Objetivos Específicos
· Promover reflexões acerca do tema, que contribuam para a promoção de educação nutricional para indivíduos diabéticos. 
· Destacar a importância da alimentação adequada para prevenção de complicações clínicas relacionadas à diabetes;
· Enfatizar o quanto a intervenção nutricional precoce pode contribuir para manutenção/recuperação do estado nutricional e bom prognóstico do diabético.
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 Diabetes mellitus
3.1.1 Conceitos e Definições – Aspectos Fisiológicos
Diabetes mellitus (DM) é o nome dado aos distúrbios metabólicos que resultam em níveis elevados de glicose no sangue. Existem vários tipos e várias causas de diabetes, porém todos os tipos apresentam complicações parecidas, como maior risco de lesão dos rins, dos olhos e dos vasos sanguíneos (ANJOS; LEITE, 2020).
O diabetes é uma das doenças mais comuns no mundo e, devido principalmente à má alimentação e à obesidade, sua incidência tem aumentado ao longo dos anos. DM é considerada um importante problema de saúde pública, podendo associar-se, quando mal controlada, a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, com consequente elevação nas taxas de mortalidade. Consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo (FRANCO JÚNIOR; HELENO; LOPES, 2013). 
Pode se apresentar de diversas formas e tipos. No Diabetes Mellitus tipo 1 ocorre a destruição das células β do pâncreas, que pode se envolver com processos autoimunes. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. O diabetes tipo 2 é mais comum, correspondendo a cerca de 90% dos casos de diabetes. (SBD, 2011). 
Apresenta ainda sua etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genéticos e ambientais. Caracteriza-se por distúrbios da ação e secreção da insulina (SKYLER, 2017). 
O DM é uma condição crônica de saúde, ou seja, não existe cura. Portanto, são necessários cuidados para que haja uma boa qualidade de vida. O tratamento tem como base as medidas preventivas e paliativas, que visam à diminuição e retardo dos agravos, por meio de tratamento farmacológico (comprimidos ou insulina) e modificações no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos, controle da glicemia, mantendo o nível de glicose normal, realização de testes sanguíneos regularmente, como o dextro, e a promoção alimentação saudável (LEITE et al., 2016).
A adoção de uma alimentação saudável é um dos principais pilares do tratamento e gerenciamento do DM. As recomendações para o consumo de alimentos naturais, inclusão de fibras, dando preferência para alimentos naturais, incluindo frutas e verduras regularmente na dieta, contribuem para a manutenção do controle metabólico e a prevenção das complicações decorrentes da doença (SBD, 2015). 
O diagnóstico do diabetes baseia-se, fundamentalmente, nos valores da glicemia plasmática de jejum (8 horas) ou após uma ingestão acentuada de glicose por via oral, ou ainda pelo nível de hemoglobina glicada, este ainda muito eficaz e solicitado pelos médicos no acompanhamento dos pacientes já diagnosticados com a doença (SÁ; NAVAS; ALVES, 2013). 
3.1.1.1 Glicose
A glicose é uma molécula simples de carboidrato, um monossacarídeo que fornece energia para as células funcionarem, o que é fundamental para nossa vida. Praticamente todo alimento que se encaixa na classe de carboidratos possui glicose na sua composição. A única molécula de carboidrato capaz de nos ofertar energia é a glicose (KASPER et al., 2015). 
Após uma refeição, os carboidratos digeridos serão absorvidos e chegarão à circulação sanguínea. Neste momento uma grande quantidade de glicose, galactose e frutose chegam à corrente sanguínea, aumentando a glicemia. Com a elevação da glicemia, o pâncreas libera o hormônio insulina, que armazena a glicose nas células. A insulina estimula o armazenamento de glicose no fígado, a chamada glicose hepática, para que, em períodos de necessidade o corpo tenha uma fonte de glicose que não seja adquirida apenas através da alimentação. Estas ações da insulina fazem com que os níveis de glicose se normalizem rapidamente (SKYLER, 2017).
Altos níveis glicêmicos têm um papel importante em várias complicações diabéticas. Geralmente a baixa produção insulínica faz com que o organismo desenvolva o diabetes, ou por uma incapacidade das células de reconhecerem a presença da mesma, ou seja, existe insulina, mas ela não consegue colocar a glicose para dentro das células. Há casos ainda em que o paciente apresenta os dois problemas, além de não produzir insulina em grandes quantidades, ela ainda funciona mal. O resultado final deste processo descompensado é o excesso de glicose no sangue que se acumula. Essa glicemia elevada, o que se chama de hiperglicemia, provoca dois grandes problemas: o primeiro é a falta de glicose nas células, que precisam da mesma para funcionar adequadamente; e o segundo, que ocorre após anos de doença, é a lesão dos vasos sanguíneos (FRANCO JÚNIOR: HELENO; LOPES, 2013).
Nos pacientes com DM2, a Resistência à Insulina (RI) associa-se à disfunção das células β pancreáticas que não apresentam essa resposta adaptativa. Portanto, as anormalidades adaptativas das células β à RI são críticas para o desenvolvimento do DM2. As alterações das células β pancreáticas no DM2 são funcionais e quantitativas. A manutenção da massa de células β na vida adulta de um organismo saudável é resultado de um estado dinâmico de equilíbrio entre proliferação e apoptose (morte celular programada). Este processo fisiológico tem como objetivo garantir a homeostase da glicose. Estima-se que a taxa de renovação diária da massa de células β em animais é de 3% (CHEN et al., 2017).
A disfunção endotelial está associada a diversas alterações vasculares, como a aterosclerose, hipertensão arterial, hiperlipidemia e DM, que têm em comum a resistência à Insulina e, consequentemente, a redução da utilização de glicose pelos músculos. A insulina apresenta ação vasodilatadora, a qual se deve à produção endotelial de óxido nítrico (SKYLER, 2017).
O excesso de glicose é tóxico para as células dos vasos sanguíneos, fazendo com que as artérias sofram progressivas lesões, levando às complicações típicas do diabetes, como problemas renais, cegueira, doenças cardiovasculares, lesões neurológicas, gangrena dos membros e em casos extremos, necrose de membros que resultam em amputações dos mesmos (FRANCO JÚNIOR; HELENO; LOPES, 2013).
3.1.1.2 Tipos de Diabetes 
Existem váriostipos de diabetes, mas três respondem pela imensa maioria dos casos, são eles: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica ocasionada quando o pâncreas não efetua produção suficiente de insulina ou o corpo não utiliza a insulina sintetizada de maneira eficiente. Tal processo acarreta a hiperglicemia (IQUIZE et al., 2016).
Considera-se o diabetes mellitus tipo 1 uma doença autoimune, pois ocorre devido à alta produção equivocada de anticorpos contra as células beta do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina. Não se sabe exatamente o que desencadeia esta auto produção equivocada de anticorpos, mas sabe-se existem fatores genéticos e externos que interferem. O fato é que em alguns indivíduos, o sistema imunológico de repente começa a atacar o pâncreas, destruindo-o progressivamente (PAPADAKIS et al, 2018). 
Como o diabetes tipo 1 é uma doença que habitualmente surge nos primeiros anos de vida, costuma provocar complicações ainda na juventude. Um paciente jovem pode ter diabetes e sofrer assim as consequências da doença, sobretudo se o controle do diabetes não tiver sido bem feito ao longo de todos os anos. O seu tratamento consiste basicamente na administração regular de insulina para controlar a glicemia (PAPADAKIS et al, 2018).
Com a destruição das células beta do pâncreas, a capacidade de produção de insulina vai se diminuindo. Quando mais de 80% destas células estão destruídas, a quantidade de insulina presente já não é mais capaz de controlar a glicemia, surgindo, assim, o diabetes mellitus tipo 1 (SERENO; CAICEDO; RIVADENEIRA, 2018). 
O excesso de peso é o principal fator de risco para o diabetes tipo 2. A associação entre obesidade e diabetes tipo 2 é tão forte que muitos pacientes podem até deixar de ser diabéticos se conseguirem emagrecer. Há estudos que relacionam a maneira como estas gorduras são armazenadas, sendo que paciente com maiores quantidades de gorduras armazenadas na região abdominal apresentam maiores riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Esta situação muitas vezes vem acompanhada por outras condições, incluindo hipertensão arterial e colesterol alto. Esta constelação de condições clínicas (hiperglicemia, obesidade, hipertensão e colesterol alto) é referida como síndrome metabólica, sendo um grande fator de risco para doenças cardiovasculares (SERENO; CAICEDO; RIVADENEIRA, 2018).
O DM tipo 2 refere-se a uma doença que apresenta um grau de diminuição na produção de insulina, mas o principal problema é uma resistência do organismo à insulina produzida, fazendo com que as células não consigam captar a glicose circulante no sangue (FERRI, 2018).
Outros fatores de risco, além da obesidade e do sedentarismo, dificultam ainda mais o quadro dos indivíduos portadores diabetes tipo 2, sendo eles: história familiar de diabetes, colesterol elevado, história prévia de diabetes gestacional, hipertensão arterial, glicemia de jejum maior que 100 mg/dl (pré-diabetes), idade acima de 45 anos, ovário policístico, uso prolongado de medicamentos como corticoides, ácido nicotínico ou ciclosporina, tabagismo e dieta pobre em vegetais e frutas e rica em gorduras saturadas carboidratos simples (FERREIRA et al., 2011).
Inicialmente, a terapêutica oral utilizada inclui drogas que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas ou aumentam a sensibilidade das células à insulina presente no organismo. Com o tempo, a própria hiperglicemia causa lesão das células beta do pâncreas, fazendo com que haja uma redução da produção de insulina. Por este motivo é muito comum que, depois de muito anos de doença, os pacientes com diabetes tipo 2, passem a depender de insulina para controlar sua glicemia. Diversas medicações estão disponíveis para o tratamento da DM, entretanto, segundo a American Diabetes Association (ADA), apenas 50% dos pacientes que regularmente fazem uso dos mesmos atingem os níveis glicêmicos desejáveis. (FERRI, 2018).
O diabetes gestacional é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez e habitualmente desaparece após o parto, pois ocorre por uma resistência momentânea à ação da insulina. A placenta produz uma série de hormônios durante a gravidez e alguns deles inibem a ação da insulina circulante, fazendo com que a glicemia da mãe se eleve. Estudo indicam que parte deste efeito aconteça para assegurar uma boa quantidade de glicose para o feto que está em desenvolvimento, visto que a mulher grávida precisa de glicose tanto para ela quanto para o feto. Se não existisse essa ação anti-insulina, haveria mais riscos de hipoglicemia durante períodos de jejum, como durante o sono noturno por exemplo (MOURA et al., 2018). 
Na maioria das mulheres esta resistência momentânea à insulina não causa maiores problemas, já que o pâncreas é capaz de controlar a glicemia aumentando a produção de insulina. Estudo revelam que as grávidas produzem em média 50% mais insulina que as mulheres não grávidas (RODRIGUES, 2011).
O problema surge nas gestantes que já apresentam anteriormente algum grau de resistência insulínica, ou cujo pâncreas não consegue aumentar sua produção de insulina além dos níveis basais. É comum que o surgimento desta complicação aconteça somente após a 20ª semana de gestação, época em que os hormônios anti-insulina começam a ser produzidos em grande quantidade. Está associado com diversos problemas para o feto, incluindo parto prematuro, problemas respiratórios, hipoglicemia após o parto, bebês de tamanho acima do normal e maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 para a mãe e para o filho (CHEN et al., 2017).
3.1.2 Dados Epidemiológicos Brasileiros
O Diabetes Mellitus destaca-se como importante causa de morbidade e mortalidade. Estimativas globais indicam que 382 milhões de pessoas vivem com DM (8,3%), e esse número poderá chegar a 592 milhões em 2035 (GUARIGATA et al., 2014). 
Em 14 de Novembro de 2019, dia Mundial do Diabetes, a International Diabetes Federation divulgou novos números que destacam o crescimento alarmante na prevalência de diabetes. Os dados da 9ª edição do Atlas de Diabetes da IDF mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo (SBD, 2019). 
A prevalência global de diabetes atingiu 9,3%, com mais da metade (50,1%) dos adultos não diagnosticados com o diabetes tipo 2, sendo responsável por cerca de 90% de todas as pessoas com diabetes. Estes resultados são importantes para destacar que muita coisa precisa ser feita para reduzir o impacto do diabetes no mundo. As evidências sugerem que o diabetes tipo 2, muitas vezes, pode ser prevenido, enquanto o diagnóstico precoce e o acesso a cuidados adequados para todos os tipos de diabetes podem evitar ou retardar complicações em pessoas que vivem com a doença (SBD, 2019).
Outras descobertas importantes do Atlas de Diabetes da IDF 9ª Edição inclui:
· A previsão é que o número total de pessoas com diabetes aumente para 578 milhões em 2030 e para 700 milhões em 2045.
· 374 milhões de adultos têm intolerância à glicose, colocando-os em alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.
· O diabetes foi responsável por cerca de US $ 760 bilhões em gastos com saúde em 2019.
· O diabetes está entre as 10 principais causas de morte, com quase metade ocorrendo em pessoas com menos de 60 anos.
· Um em cada seis nascidos vivos é afetado por hiperglicemia na gravidez.
De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), em 2017, a Federação Internacional de Diabetes estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade apresentou diagnóstico de diabetes. O DM é um grave problema de saúde pública no país. Está, junto com a Hipertensão Arterial Sistêmica na primeira posição como causas de mortalidade e de hospitalizações no SUS (SCHMIDT et al., 2011). 
Entre 2006 e 2016 o número de brasileiros com diabetes aumentou 1,6%. A doença atualmente atinge 8,1% da população brasileira, sendo mais importante entre mulheres atingindo 9,9% da população feminina e 7,1% dos homens. Os dados são da pesquisade vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas realizadas por inquérito telefônico (VIGITEL), do Ministério da Saúde do Brasil. Esta tendência é mundial, seu aumento é influenciado por fatores como o envelhecimento da população, mudanças de hábitos alimentares e sedentarismo. Estima-se que, no Brasil, poderão existir cerca de 11 milhões de portadores de DM em 2025 (BRASIL, 2016).
O aumento da incidência e prevalência das doenças crônicas representa grave problema de saúde pública, constituindo-se uma das principais causas de mortalidade na população adulta. Este fato decorre do estágio atual da transição demográfica/epidemiológica associado ao envelhecimento populacional. As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no País (ANJOS; LEITE, 2020).
3.2 Complicações clínicas em casos de diabetes descompensada
O comprometimento do estado nutricional afeta a saúde, considerando a associação da obesidade com alterações metabólicas como: dislipidemia, hipertensão arterial, intolerância à glicose, diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares e problemas ortopédicos como osteoartrite e gota (MOSCA et al., 2010).
A classificação do diabetes se estende em tipo 1 e 2, diabetes gestacional e outros tipos. No DM tipo 1 (DM1) ocorre uma destruição crônica das células β pancreáticas, por meio de mecanismos autoimunes, mediados por células como linfócitos T e macrófagos (Figura 1). O processo de autodestruição se inicia meses a anos antes do diagnóstico clínico da doença e, dependendo da idade do diagnóstico, cerca de 70 a 90% das células β já foram destruídas após os primeiros sintomas de hiperglicemia (FERREIRA et al., 2011).
Figura 1 – Diabetes Tipo 1
Fonte: BD - ADVANCING THE WORD OF HEALTH, 2021. 
No DM tipo 2 (DM2), a principal fisiopatologia é a resistência à ação da insulina, diminuindo a captação de glicose em tecidos insulinodependentes. No início da doença, em resposta a esta resistência, ocorre hiperinsulinemia compensatória, continuando por meses ou anos. Com o avanço do DM2, por causa da disfunção e redução das células β pancreáticas, a síntese e a secreção de insulina poderão ficar comprometidas e, em alguns casos, o uso de insulina será indispensável (MOURA et al., 2018). 
O DM é compreendido como um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos cuja principal característica é a hiperglicemia. No DM tipo 1, há uma ausência de produção de insulina pelo organismo e seu tratamento, obrigatoriamente, necessita de insulina exógena; o DM tipo 2 está relacionado a defeitos na ação, secreção da insulina e regulação da produção hepática de glicose, e seu tratamento implica a tomada de uma série de medidas para obtenção do controle dietético que incluem o combate à obesidade, promoção de atividade física regular e uso de medicamentos antidiabéticos orais, isolados ou combinados (MORAES et al., 2020).
O DM gestacional (DMG) é determinado pela diminuição da tolerância à glicose. O início ou o reconhecimento acontece pela primeira vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. No período pós-gestacional há redução da concentração de hormônios contrainsulínicos, diminuindo as necessidades da mãe de insulina e fazendo com que a glicemia volte à níveis da normalidade. No entanto, as gestantes que apresentam DMG possuem alto risco de desenvolver DM2 posteriormente (SKYLER, 2017).
A hiperglicemia crônica é o fator primário desencadeador das complicações do DM. É comum o desenvolvimento das microangiopatias, que comprometem as artérias coronarianas, dos membros inferiores e as cerebrais. Outras complicações também são conhecidas no DM e englobam as microangiopatias, afetando, especificamente o glomérulo renal, a retina e os nervos periféricos (RODRIGUES, 2011).
O não-reconhecimento desta condição causa constante deterioração metabólica, podendo provocar sequelas graves. A CAD ocorre quando há defeitos na secreção de insulina, total ou parcial, estimulando a liberação de hormônios contrainsulínicos como glucagon, cortisol, catecolaminas e hormônio do crescimento (FERREIRA et al., 2011). 
O aumento da glicose sérica promove a formação endógena dos produtos de glicação avançada (AGEs), responsáveis por complicações macrovasculares, incluindo danos celulares e teciduais. Os AGEs englobam várias moléculas sintetizadas a partir de interações aminocarbonilo, de origem não-enzimática, entre açúcares redutores ou lipídeos oxidados e proteínas, aminofosfolipídeos ou ácidos nucleicos. O dano celular ocorre por modificações das estruturas intracelulares, envolvidas com a transcrição gênica, alteração da sinalização entre as moléculas da matriz extracelular e a célula e pelas mudanças das proteínas ou lipídeos plasmáticos (FERREIRA et al., 2011).
O quadro hiperglicêmico provoca o aumento de AGEs circulantes e consequente dificuldade de degradação e eliminação. Isto aumenta os níveis de apoproteína B (ApoB-AGE) no plasma e, por ser constituinte da lipoproteína de baixa densidade (LDL), colabora para o desenvolvimento da aterosclerose por meio da deposição da LDL e ApoB-AGE na parede das artérias. Há comprometimento dos grandes vasos sanguíneos como as artérias coronarianas, dos membros inferiores e as cerebrais, resultando na doença arterial coronariana (DAC), DVP e no AVE (RODRIGUES, 2011).
Na síndrome coronariana aguda (SCA) ocorre a oclusão do vaso sanguíneo, determinando um quadro clínico que se apresenta entre a angina instável, o infarto agudo do miocárdio (IAM) e a morte súbita. Acontece um enfraquecimento focal da placa de ateroma, que sofre ruptura e subsequente trombose. As placas instáveis, tipo mais frequente em indivíduos diabéticos, sofrem ruptura devido à menor espessura da capa fibrosa e maior quantidade de lipídeos (CHEN et al., 2017).
O óxido nítrico (NO) é importante para o funcionamento adequado do endotélio vascular, pois apresenta propriedades vasodilatadoras, inibe a agregação plaquetária e a proliferação das células musculares lisas vasculares. É sintetizado dentro da célula endotelial a partir da L-arginina pelo NO sintase endotelial (eNOS) na presença de oxigênio. Difunde-se do endotélio para a camada de células musculares lisas e plaquetas, ativando a guanilato ciclase (Gca) com consequente produção de GMP cíclico (GMPc), que promove o relaxamento vascular e inibe a agregação plaquetária (CHEN et al., 2017).
 A disfunção endotelial (DE) está presente no DM, diminuindo a disponibilidade de NO pelo desacoplamento do eNOS, no qual a transferência de elétrons na cadeia oxidativa não se completa adequadamente. Os elétrons vazam e são captados pelo oxigênio molecular, gerando radicais livres como o superóxido. A perda das propriedades do endotélio vascular, como a alteração no perfil antiaterogênico, causando migração e proliferação de células musculares lisas, agregação de plaquetas, oxidação da LDL, adesão de monócitos, plaquetas e síntese de citocinas inflamatórias, contribui para a aterogênese e, consequentemente, para os problemas macrovasculares (EID et al., 2018). 
A CAD, na condição de deficiência na secreção de insulina, total ou parcial, estimula a secreção de hormônios contrainsulínicos como glucagon, cortisol, catecolaminas e hormônio do crescimento. Esta resposta hormonal faz os tecidos dependentes de insulina metabolizarem os lipídeos ao invés dos carboidratos. Iniciam-se alguns processos catabólicos (lipólise, proteólise), e outros substratos (glicerol, alanina, lactato) são utilizados na síntese hepática de glicose (gliconeogênese), o que promove aumento do glicogênio hepático com posterior utilização (glicogenólise), logo, ocorre secreção de glicose pela célula hepática, agravando o quadro hiperglicêmico (EID et al., 2018).
3.3 Educação Nutricional para Diabéticos
3.3.1 Estratégias para Promoção de EducaçãoNutricional
O atendimento em saúde deve incluir atividades de cunho educativo e também de suporte para apoiar a população no enfrentamento dos desafios inerentes ao tratamento do DM. Assim, habilidades avançadas de comunicação, técnicas de mudança de comportamento, educação do paciente e habilidades de aconselhamento são necessárias para auxiliar os pacientes com problemas crônicos (ÁVILA; SILVA; COUTO, 2021).
O trabalho nos grupos operativos pode ser enriquecido com o uso de jogos educativos. São instrumentos de comunicação, expressão e aprendizado, que favorecem o conhecimento e, com isso, intensificam as diversas trocas de saberes e constituem a base do aprendizado (FERREIRA et al., 2019).
Considerando-se que a orientação nutricional é importante para auxiliar o indivíduo a melhorar seus hábitos alimentares e obter um controle metabólico da doença, essa deve ser realizada logo ao se fazer o diagnóstico de DM. É importante que a orientação dietética seja feita por profissional tecnicamente habilitado para desenvolver programas e ações de educação nutricional (ANUNCIAÇÃO et al., 2012).
Em relação ao estado nutricional, a maioria dos participantes (75,8%) apresentou excesso de peso. A alta frequência de sobrepeso e obesidade é um importante fator de risco para o diabetes. Estudo transversal realizado em Ribeirão Preto (SP) também encontrou alta prevalência (91%) de sobrepeso e obesidade entre os usuários com diabetes tipo 2. Estima-se que 80% dos pacientes diabéticos apresentem obesidade ou excesso de peso. Não houve associação significativa entre o conhecimento sobre alimentação e o estado nutricional dos indivíduos avaliados no presente estudo (ANUNCIAÇÃO, et al., 2012).
O processo de educação na construção de conhecimento em saúde é definido por diferentes conceitos, tanto na área da educação, quanto da saúde, os quais, um deles aborda sobre as práticas que contribuem para autonomia dos indivíduos ao autocuidado, que se dá por meio de debates com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção em saúde de acordo com suas necessidades. Desse modo, o intuito principal da educação em saúde é contribuir para que as pessoas descubram os princípios e padrões que melhor se adaptam a elas, visando a qualidade de vida (ÁVILA; SILVA; COUTO, 2020). 
Sabe-se que, os portadores de DM 2 devem ter cuidado no controle dos níveis glicêmicos, pois em longo prazo, a hiperglicemia pode resultar em processos patológicos, bem como, causar complicações, insuficiência de vários órgãos, e disfunções e, assim, comprometer a autonomia e qualidade de vida do portador. Contudo, conseguir manter os valores glicêmicos normais é uma tarefa que requer muitos cuidados (ÁVILA; SILVA; COUTO, 2021). 
Para ilustrar a importância das práticas educativas, destaca-se uma tríade importante no controle do Diabetes Mellitus: a família, rede de apoio e comunidade são indispensáveis. A intervenção ocorrida num estudo no Ambulatório Borges da Costa- MG, onde foi realizado um Programa Educativo através de Jogos com pessoas diabéticas, mostra como um jogo incentivava a presença de um acompanhante, seja da família ou alguém da vizinhança. Percebe-se que, com o passar dos anos, as intervenções multiprofissionais no controle das doenças crônicas foram sofrendo alterações (FERREIRA et al., 2019). 
Inicialmente eram realizadas por médicos e enfermeiros e depois foi aprimorada, com um novo sistema de referência entre profissionais e usuários dos serviços de saúde, dentre eles o nutricionista, o fisioterapeuta e o assistente social, com a formação de equipes básicas direcionadas à objetivos específicos, observadas nas práticas recentes. É importante aproximar o usuário do sistema, mas acima do trabalho em grupo, deve existir a especificidade de cada profissional, o que se trata de uma visão moderna. O saber técnico-científico desses profissionais são fundamentais para que os mesmos possam intervir no processo saúde-doença. O indivíduo diabético pode ter várias complicações, e cada profissional contribui para evitá-las (FERREIRA et al., 2019).
3.3.2 Políticas públicas voltadas à promoção de estratégias de intervenção
O Diabetes mellitus (DM) é uma condição crônica de saúde que exige cuidados permanentes para seu controle. Esses cuidados estão relacionados à adoção de hábitos saudáveis, aos aspectos nutricionais, ao incremento da atividade física regular, uso de terapêutica medicamentosa e auto monitorização da glicemia capilar no domicílio, entre outros. Para instituir e manter esses cuidados de modo sistemático e duradouro, é necessário o apoio de uma equipe multiprofissional capacitada e insumos para favorecer um melhor controle metabólico (SANTOS et al., 2011). 
Tendo em vista a crescente necessidade de formular políticas capazes de suprir as demandas em doenças crônicas, sem elevar os custos em saúde, o governo do Estado de São Paulo, em março de 2001, promulgou a lei nº 10.782 que definiu as diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral a saúde da pessoa com diabetes mellitus, no âmbito do SUS (BRASIL, 2001). 
Em 2002, o Ministério da Saúde, em conjunto com sociedades científicas, elaborou o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Esse plano teve como objetivo reduzir: o número de internações, a procura pelo pronto-atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, os gastos com tratamento de complicações crônicas, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, de modo a promover melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2002). 
Com base nos direitos advindos da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, sobretudo o direito ao tratamento adequado e efetivo para o seu problema, e dos acordos entre as três esferas nacionais, em 29 de setembro de 2007, entrou em vigor a Lei Federal nº 11.347/06. Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos, materiais para aplicação de insulina e monitorização da glicemia capilar. Tal distribuição está condicionada ao cadastramento dos usuários nas unidades de saúde de sua área de abrangência e nos programas de educação em diabetes (BRASIL, 2006). 
É importantíssimo salientar que, mesmo depois da reforma sanitária que implantou o SUS em 1990, a distribuição gratuita dos medicamentos aos usuários com diabetes mellitus só foi regulamentada em 2007, ou seja, 17 anos após sua proposição, o que demonstra as inúmeras dificuldades ainda existentes para a real efetivação dos princípios e diretrizes preconizados (FERREIRA et al., 2019).
Reconhece-se que houve avanço no que diz respeito à criação de leis e normas que assegurem o acesso do usuário aos serviços de saúde. Por outro lado, a operacionalização das leis ainda esbarra na falta de mecanismos que sensibilizem os gestores e profissionais de saúde em relação às suas responsabilidades e conscientizem a população sobre os direitos que lhe são assegurados por lei (BRASIL, 2006).
Os gestores públicos se deparam com uma série de barreiras e deficiências no que se refere à atenção ao usuário com diabetes mellitus na rede pública de saúde no Brasil. Somente a promulgação da lei de proteção e amparo ao usuário com DM não garante a regulamentação e disponibilização dos recursos necessários para o tratamento da doença, tais como instrumentos e materiais para verificação da glicemia capilar no domicílio, medicamentos e insumos, de forma regular e equitativa para todos, bem como não assegura também a capacitação da equipe multiprofissional de saúde para o atendimento (SANTOS et al., 2011). 
Como consequência do não cumprimento da lei, observa-se a crescente utilização de recursos jurídicos por parte dos usuários, como meio de se obter o acesso aos medicamentos ou insumos necessários aos seus tratamentos. Torna-se evidente dessa forma que não basta a formulação e divulgação de documentos que garantam o direito à saúde, mas é necessário assegurá-lo como um direito efetivo de fato (FERREIRA et al., 2019).
Diante das considerações acima mencionadas, um estudo faz três apontamentos: o primeiro refere-seà importância do reconhecimento das iniciativas do Poder Legislativo como termômetro das pressões sociais, seja no setor saúde ou em qualquer outra área. Esses dados mostram, no caso da saúde, a forte preocupação da sociedade com a extensão da cobertura das prestações do SUS, em particular quanto aos medicamentos. O segundo apontamento diz respeito à baixa eficácia direta desse tipo de ação legislativa, uma vez que o caminho entre a apresentação da proposta e a sanção presidencial é, sabidamente, tortuoso, longo e, via de regra, lento. Por fim, um terceiro apontamento quanto aos motivos da necessidade de se recorrer ao Poder Legislativo, aparentemente redundante, face que a integralidade é um princípio constitucional que dispensaria leis que individualizam cada doença, medicamento ou tratamento (ÁVILA; SILVA; COUTO, 2020).
Desse modo, pode-se detectar que a adoção de novas maneiras de estruturar o sistema de saúde traz problemas que exigem uma abordagem ao mesmo tempo crítica e de busca de soluções criativas. O modelo de saúde vigente demanda a aquisição de novas competências pelos profissionais, além de novas informações que acompanhem a perspectiva dinâmica do processo saúde-doença, que tenham potencial adaptativo e que respeitem, sobretudo, a ética, o direito e a autonomia dos usuários (IQUIZE et al., 2017). 
Para que os direitos do usuário com DM, previstos em lei através da política de atenção aos usuários com diabetes sejam efetivamente implementados, torna-se necessário uma ampla divulgação, de modo a disseminar o conhecimento pela população e pelos profissionais de saúde. Considerando que a equipe multiprofissional em saúde deve ser um elo entre os usuários e o atual modelo de saúde vigente, cada vez mais há necessidade não apenas de educar os usuários com o intuito de oferecer informações acerca da doença e seu tratamento, mas também de conscientizá-los de seus direitos de cidadania, assumindo um papel de defesa de suas prerrogativas. É preciso, portanto, fortalecer o processo educativo, incluindo a dimensão ética-política durante as ações implementadas com os usuários do sistema de saúde (IQUIZE et al., 2017).
Essa postura é um ideal a ser conquistado no movimento das práticas cotidianas. Para isso, é primordial uma mudança de paradigma. Os profissionais de saúde devem dispor de competências do ponto de vista científico, tecnológico e bioético para exercerem suas funções em diferentes contextos sociais. Dessa maneira, é crescente a responsabilidade dos profissionais de saúde, enquanto seres proativos, de incorporarem uma postura reflexiva e ética que contemple a adoção de novos conhecimentos e habilidades necessários para a efetiva comunicação com os usuários com diabetes, configurando um ambiente propício para que as ações de saúde sejam traduzidas em um cuidado humanizado. Ademais, ainda cabe ao governo a promoção, implantação e fiscalização de políticas que garantam o direito da população de ter acesso à saúde (IQUIZE et al., 2017).
4 METODOLOGIA 
Para o presente trabalho tem sido realizada uma extensa pesquisa bibliográfica nos tradicionais bancos de dados eletrônicos, como Scielo, Lilacs, Pubmed, Google Acadêmico e banco de dados online da UNIP, por meio dos descritores: diabéticos; educação nutricional; estratégias nutricionais.
Em sequência, foram selecionados artigos correlacionados ao tema, cuja a seleção levou em consideração os critérios: nome da revista de publicação do artigo, data de publicação, sendo selecionados os iguais ou superiores ao ano de 2011 e relevância do assunto tratado.
A busca foi realizada através dos títulos ou dos resumos dos artigos e a seleção dos artigos em conformidade com o assunto proposto ocorreu nos meses de março de 2021. 
5 CRONOGRAMA
	Etapas
	Fevereiro 2021
	Março 2021
	Abril
2021
	Maio
2021
	Junho
2021
	Definição do tema do projeto de pesquisa e orientador
	X
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica
	X
	X
	
	
	
	Sistematização e interpretação dos dados
	
	X
	
	
	
	Desenvolvimento da introdução, tema, problema da pesquisa, justificativa e objetivos.
	
	X
	
	
	
	Formatação dos fichamentos utilizados na pesquisa (ABNT)
	
	X
	
	
	
	Desenvolvimento do referencial teórico.
	
	X
	X
	X
	
	Impressão e encadernação do projeto de pesquisa
	
	
	
	X
	
	Entrega do projeto de pesquisa impresso
	
	
	
	X
	
	Apresentação do trabalho 
	
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS
ANJOS, J.G., LEITE, L.H.M. Atividades de autocuidado nutricional entre indivíduos com diabetes tipo 2. R. Assoc. bras. Nutr. Rio de Janeiro. V.11, n.1, p.19-34. 2020.
ANUNCIAÇÃO, P.C., et al. Avaliação do conhecimento sobre alimentação antes e após intervenção nutricional entre diabéticos tipo 2. Revista Baiana de Saude Pública. Salvador-BA. v. 36, n. 4, p. 986-1001, 2012.
ÁVILA, R.T.C., SILVA, S.V.B.F., COUTO, L.V.G. A educação alimentar e nutricional como estratégia no tratamento e controle do diabetes mellitus tipo 2: Uma revisão sistemática. REBES, Pombal- PB, v.11, n.1, p.122-129, 2021.
BD - ADVANCING THE WORD OF HEALTH - Diabetes Melitus Tipo 1 - 2021. Disponível em <https://www.bd.com/pt-br/our-products/diabetes-care/diabetes-learning-center/diabetes-education/types-of-diabetes/type-1-diabetes> Acesso em 19 de maio de 2021. 
BRASIL (2006). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde. 
BRASIL (2016). Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes São Paulo: AC Farmacêutica; 2016.
BRASIL. Lei n° 11.347, de 27 de setembro de 2006. Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos. Diário Oficial da União, Brasília (2006, set, 28).
BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2002.
CARVALHO, FS, et al. Importância da orientação nutricional e do teor de fibras da dieta no controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2 sob intervenção educacional intensiva. Arq Bras Endocrinol, São Paulo, v.56, n.2, p.110-119, 2012.
CHEN, C. et al. Human beta cell mass and function in diabetes: Recent advances in knowledge and technologies to understand disease pathogenesis. Molecular metabolim. v.6. n.9. p. 943–957, 2017.
EID, L.P., et al. Fatores relacionados às atividades de autocuidado de pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Esc Anna Nery. Cidade Nova- RJ. V.22, n.4, p.1-9. 2018.
FERREIRA et al., Diabetes melito: hiperglicemia crônica e suas complicações. Arq Bras Ciên da Saúde, v.36, n. 3, p. 182-8, Set/Dez 2011. 
FERREIRA, DL, et al. O efeito das equipes multiprofissionais em saúde no brasil em atividades de cuidado com o diabetes. Rev Eletr Acervo Saúde. Vol. 17, n2, p.1-7. 2019. 
FERRI FF. Diabetes mellitus. In: Ferri’s Clinical Advisor 2018. Philadelphia, Pa.: Elsevier; 2018.
FIGUEIRA, ALG, et al. Educational interventions for knowledge on the disease, treatment adherence and control of diabetes mellitus. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 25:e2863, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.1648.2863.Acesso em 31 mar. 2020. 
FRANCO JÚNIOR, A.J.A.; HELENO, M.G.V.; LOPES, A.P. Qualidade de vida e controle glicêmico do paciente portador de Diabetes mellitus tipo 2. Rev. Psicol. Saúde. Campo Grande- MS, v.5, n.2, p.102-108, 2013.
FREIRE P. Pedagogia do oprimido. 50ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2011.
GUARIGUATA, L., et al. Global estimates of diabetes prevalence for 2013 and projections for 2035. Diabetes Res Clin Pract. v.103, n.2, p. 137-49, 2014.
IQUIZE, RCC, et al. Práticas educativas no paciente diabético e perspectiva do profissional de saúde: uma revisão sistemática. J Bras Nefrol. Brasília- DF, n.39, v.2, p.196-204, 2017.
KASPER DL, et al., eds. Diabetes mellitus: Diagnosis, classification and pathophysiology. In: Harrison’s Principles of Internal Medicine. 19thed. New York, N.Y.: McGraw-Hill Education; 2015.
LEITE, M.T. et al. Gestão da atenção à saúde de usuários com doenças crônicas e degenerativas. Rev Saúde. 2016
MORIN E. Introdução ao pensamento complexo. 4ª ed. Porto Alegre: Sulinas; 2011.
MOURA, PC; et al. Educação nutricional no tratamento do diabetes na atenção primária à saúde: vencendo barreiras. Rev. APS. Juiz de Fora − MG V.21, n.2, p.226-234. 2018.
MOSCA, L. N. et al. Compulsão alimentar periódica de pacientes em tratamento para redução de peso. J Health Sci Inst. 2010;28(1):59-63. Disponível em: <https://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2010_01.aspx>. Acesso 
em: 15 abr 2021.
PAPADAKIS MA, et al., eds. Diabetes mellitus and hypoglycemia. In: Current Medical Diagnosis & Treatment 2018. 57th ed. New York, N.Y.: McGraw-Hill Education; 2018. Disponível em < https://accessmedicine.mhmedical.com/content.aspx?bookid=2683&sectionid=225135318> Acesso em 28 de abril de 2021. 
RODRIGUES, MTG. Adesão ao tratamento nutricional para o diabetes mellitus em serviço de Atenção Primária à Saúde. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2011.
SALCI, MA; MEIRELLES, BHS; SILVA, DMGV. Educação em saúde para prevenção das complicações crônicas do diabetes mellitus na atenção primária. EEAN. Cidade Nova- RJ. V.22, n.1, p.1-6, 2018.
SANTOS, ECB, et al., Políticas públicas e direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde com diabetes mellitus. Rev Bras Enferm, Brasília. V. 64, n.5, p.952-957. 2011
SANTOS, Wallison Pereira dos. Abordagens metodológicas utilizadas em intervenções educativas voltadas a indivíduos com diabetes mellitus. Revene. San Pedro de Montes de Oca, San José, n.38, Jan./Jun. 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15517/revenf.v0i38.38538>. Acesso em: 14 mar. 2021.
SÃO PAULO. Lei n°10.782, de 9 de março 2001. Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília (2001, mar, 09). 
SATO M, AYRES JRCM. Art and humanization of health practices in a primary care unit. Interface. Botucatu. V.19, n.55, p.1027-38, 2015. 
SERENO, Juan E; CAICEDO, Michelle A.; RIVADENEIRA, Pablo S. Pâncreas artificial: estratégias de controle glicêmico para evitar hipoglicemia. Dyna rev.fac.nac.minas , Medellín, v. 85, n. 207, pág. 198-207, dezembro de 2018. 
SCHMIDT MI, et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. J Lancet. v. 377, p.1949-1961, 2011
SKYLER, J.S. Differentiation of diabetes by pathophysiology, natural history, and prognosis. Diabetes. v.66, n.2., p. 241-55. 2017.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: 2011. 
ANEXOS
ANEXO 1 - RELATÓRIO COPYSPIDER 
ANEXO 2 – APÊNDICE A E B
32
ANEXO 1 - RELATÓRIO COPYSPIDER 
ANEXO 2 – APÊNDICE A e B
 UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de Nutrição
APÊNDICE A – FORMALIZAÇÃO DE TC - NUTRIÇÃO
	Nome
	Ra
	Assinatura
	Telefone/ e-mail
	Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto
	T2674J-1
	Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto
	(15) 99161-1460
	Juliana Pereira dos Santos Medeiros
	C16173-0
	Juliana Pereira dos Santos Medeiros
	(15) 99767-9985
	Natália Carnavale
	D77ABI-1
	Natália Carnavale
	(15) 98117-5880
TEMA DO TC (descrição sumária):
EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABETICOS 
Professor(a) Orientador(a): Sandra Regina Bicudo da Silva.
Assinatura: ___________________________________________________________________
Professor(a) Co - Orientador(a): _____________________________________________
Assinatura: ___________________________________________________________________
UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de Nutrição
DISCIPLINA DE PTCI – ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES
Apêndice B - Controle de Presença em reunião de orientação e descrição das atividades realizadas pelo aluno
Nome do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto RA: T2674J-1
Nome do(a) Professor(a) – Orientador(a): Sandra Regina Bicudo da Silva.
Tema: EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABETICOS 
Data: 11/03/2021
1o encontro
Atividades desenvolvidas: 
Formação do grupo, definição do tema e escolha do orientador do trabalho 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 16/03/2021
2o encontro
Atividades desenvolvidas: Fichamento dos artigos sobre o tema 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 20/03/2021
3o encontro
Atividades desenvolvidas: Entrega do pré projeto com para a professora orientadora, incluindo a estrutura do trabalho com tema, problema da pesquisa, hipótese e justificativa 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 30/03/2021
4o encontro
Atividades desenvolvidas: Entrega do 1° pré projeto, contendo capa, folha rosto, aprovação, sumário, introdução, tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos (geral e específicos), referências bibliográficas e relatório copyspider 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 06/04/2021
5o encontro
Atividades desenvolvidas: Reunião para primeira correção geral.
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 13/04/2021
6o encontro
Atividades desenvolvidas: Desenvolvimento e adaptação de uma nova justificativa. 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 20/04/2021
7o encontro
Atividades desenvolvidas: Esclarecimento de dúvidas quanto a formatação – referências e citações. 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 27/04/2021
8o encontro
Atividades desenvolvidas: Correção das demais referências de artigos ao longo do texto. 
Visto do aluno: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de Nutrição
DISCIPLINA DE PTCI – ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES
Apêndice B - Controle de Presença em reunião de orientação e descrição das atividades realizadas pelo aluno
Nome do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros RA: C16173-0
Nome do(a) Professor(a) – Orientador(a): Sandra Regina Bicudo da Silva.
Tema: EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABETICOS 
Data: 11/03/2021
1o encontro
Atividades desenvolvidas: 
Formação do grupo, definição do tema e escolha do orientador do trabalho 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 16/03/2021
2o encontro
Atividades desenvolvidas: Fichamento dos artigos sobre o tema 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 20/03/2021
3o encontro
Atividades desenvolvidas: Entrega do pré projeto com para a professora orientadora, incluindo a estrutura do trabalho com tema, problema da pesquisa, hipótese e justificativa 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 30/03/2021
4o encontro
Atividades desenvolvidas: Entrega do 1° pré projeto, contendo capa, folha rosto, aprovação, sumário, introdução, tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos (geral e específicos), referências bibliográficas e relatório copyspider 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 06/04/2021
5o encontro
Atividades desenvolvidas: Reunião para primeira correção geral.
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 13/04/2021
6o encontro
Atividades desenvolvidas:Desenvolvimento e adaptação de uma nova justificativa. 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 20/04/2021
7o encontro
Atividades desenvolvidas: Esclarecimento de dúvidas quanto a formatação – referências e citações. 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 27/04/2021
8o encontro
Atividades desenvolvidas: Correção das demais referências de artigos ao longo do texto. 
Visto do aluno: Juliana Pereira dos Santos Medeiros 
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de Nutrição
DISCIPLINA DE PTCI – ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES
Apêndice B - Controle de Presença em reunião de orientação e descrição das atividades realizadas pelo aluno
Nome do aluno: Natália Carnavale	RA: D77ABI-1
Nome do(a) Professor(a) – Orientador(a): Sandra Regina Bicudo da Silva.
Tema: EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA DIABETICOS 
Data: 11/03/2021
1o encontro
Atividades desenvolvidas: 
Formação do grupo, definição do tema e escolha do orientador do trabalho 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 16/03/2021
2o encontro
Atividades desenvolvidas: Fichamento dos artigos sobre o tema 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 20/03/2021
3o encontro
Atividades desenvolvidas: Entrega do pré projeto com para a professora orientadora, incluindo a estrutura do trabalho com tema, problema da pesquisa, hipótese e justificativa 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 30/03/2021
4o encontro
Atividades desenvolvidas: Entrega do 1° pré projeto, contendo capa, folha rosto, aprovação, sumário, introdução, tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos (geral e específicos), referências bibliográficas e relatório copyspider 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 06/04/2021
5o encontro
Atividades desenvolvidas: Reunião para primeira correção geral.
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 13/04/2021
6o encontro
Atividades desenvolvidas: Desenvolvimento e adaptação de uma nova justificativa. 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 20/04/2021
7o encontro
Atividades desenvolvidas: Esclarecimento de dúvidas quanto a formatação – referências e citações. 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________
Data: 27/04/2021
8o encontro
Atividades desenvolvidas: Correção das demais referências de artigos ao longo do texto. 
Visto do aluno: Natália Carnavale
Visto do(a) professor(a)-orientador(a): _____________________

Continue navegando