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Saúde da Criança Audiologia Pediátrica A triagem auditiva neonatal consiste no rastreamento auditivo antes da alta dos RN dos hospitais. Gestações com fatores de risco cursam com o dobro de prevalência de problemas auditivos nos RN. CAUSAS DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA Pré-natais: rubéola materna, CMV, sífilis, zika, alcoolismo materno, drogas ototóxicas, DHRN e prematuridade. Atenção para a ocorrência no 1º trimestre, pois ocasiona a não formação das estruturas auditivas. Após, a sífilis causa destruição das estruturas já formadas. Peri-natais (até 7 dias de vida): prematuridade, baixo peso, traumas, hipóxia, doenças hemolíticas. Pós-natais: infecções, drogas ototóxicas, trauma acústico, tumores e doenças do SNC. As otites são as únicas que causam alterações auditivas na orelha média. TESTE DA ORELHINHA É feito em até 48 horas antes da alta, visando identificar alterações auditivas presentes até o momento. CRITÉRIOS DE RISCO Antecedentes familiares de surdez permanente; Consanguinidade; Permanência na UTI por mais de 5 dias; Permanência na UTI na ocorrência de ventilação extracorpórea, anomalias craniofaciais, síndromes genéticas, infecções congênitas. Após a avaliação, deve-se definir diagnósticos diferenciais e seguro seguir com seu acompanhamento. Sempre checar os documentos de vacinação e de nascimento (se não fez, deve-se fazer o teste), além de sempre observar o comportamento do paciente a sua frente. SELEÇÃO DE EXAMES NO TESTE RN de baixo risco —> exame de emissões otoacústicas auditivas (EOA) + avaliação comportamental com agogô - RCP (reflexo cócleopalpebral). RN de alto risco —> EOA/PEATE (potencial evocado auditivo de tronco encefálico) + avaliação comportamental (RCP) e acompanhamento semestral. O teste da orelhinha (EOA) avalia apenas as células ciliares da cóclea, enquanto o PEATE avalia o nervo vestíbulococlear. Uma falha da EOA/PEATE na primeira tentativa pode ocorrer pela presença de vernix no conduto auditivo, devendo ser repetido em 15 dias. A repetições devem ocorrer até 3 meses, pois nesse período já deve ter diagnóstico definido. Aos 6 meses já deve ser definido o tratamento adequado. Nos pacientes de alto risco, o acompanhamento deve ocorrer semestralmente, enquanto nos de baixo risco o acompanhamento é dependente do pediatra (rotina). É necessário realizar a detecção precoce para que o SNC do bebê possa realizar sua plasticidade e maturação e, consequentemente, adaptação auditiva ao longo da vida. Bebês que aos 6 meses param de balbuciar, é indicativo de surdez bilateral profunda (pois não há retroalimentação sonora).
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